Após quatro anos, Elize Matsunaga vai a júri popular em São Paulo
Júri de Elize deve durar até 5 dias
Ela é ré no processo de homicídio doloso contra o marido Marcos Matsunaga. Elize confessou ter matado e esquartejado a vítima, em 2012
Acusada de matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga vai a júri
popular nesta segunda-feira (28/11), em São Paulo. O julgamento, no
Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, se inicia quatro
anos após a morte brutal do empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro
do grupo Yoki. A expectativa é de que o júri dure até cinco dias e a
sentença seja definida só na sexta-feira (2/12). A ré vai dormir na
carceragem do fórum.
Elize confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a
esquartejou em sete partes, em 19 de maio de 2012. Ela é acusada de
homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e
recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de
cadáver. Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize matou o marido
para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil.
A
defesa, feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio, deve
alegar que Elize matou Marcos Matsunaga para se defender de agressões do
homem e, desesperada, cometeu o crime. Foram convocadas pela acusação e
defesa 22 testemunhas. Se
for condenada por homicídio simples, a bacharel em Direito,
ex-enfermeira e ex-garota de programa terá uma pena entre 6 e 20 anos de
prisão. Como está presa há mais de 4 anos e não tem outros antecedentes
criminais, ela poderia sair com ordem de soltura por ter cumprido mais
de um sexto da pena. Com as acusações qualificadoras, o homicídio passa a
ser hediondo e a condenação chega a 30 anos.
Entenda
Elize
e Marcos Matsunaga se conheceram por meio de um site de anúncios de
prostitutas de luxo, quando ele ainda era casado, em 2004. Ele se
separou da mulher e em 2009 e se casou com Elize. Três anos depois ela o
matou. O crime teria ocorrido durante uma discussão do casal, ela com
30 anos e ele, 42 na época. Ela contratou um detetive para investigar o
marido. Um vídeo mostrou o executivo abraçado com uma mulher, uma
prostituta, na saída de um restaurante, na véspera do crime.
Fonte:Correio Braziliense
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