Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Deficiência na Educação barra o desenvolvimento
Não há país desenvolvido que não tenha passado por uma fase em que um
grande contingente de jovens bens instruídos começou a entrar no
mercado de trabalho. A partir desse momento, a produtividade da economia
passou a crescer numa velocidade maior, subiu a renda da sociedade,
ampliou-se o consumo, atraindo mais investimentos e, assim, instalou-se
um círculo virtuoso alterando de forma estrutural o padrão de
desenvolvimento do país.
O Brasil, por óbvio, não escapa à regra. A notícia ruim é que o país,
outrora mais jovem que hoje e menos a cada dia que passa, tem sido
inepto em educar a população e, assim, perde este chamado “bônus
demográfico” de que várias sociedades se aproveitaram de forma
competente.
O contingente da população entre 20 e 30 anos chegou a seu ponto
máximo em 2010. E passou a decair inexoravelmente — tendência que está
por trás da urgência da reforma na Previdência, retardada em excesso por
leniência dos políticos. Afinal, haverá mais beneficiários do INSS do
que contribuintes do sistema. Esta é a trajetória da insolvência. Outro
indicador do envelhecimento médio da população é a proporção da faixa de
65 ou mais anos de idade em relação à população de até 14 anos: era
18,6% em 2000, estima-se que atingiu 36% este ano e chegará a 2030 em
76,3%.
Este fenômeno demográfico universal reduz os horizontes para o Brasil
chegar ao estágio de país desenvolvido, porque o sistema educacional —
inclusive o privado — não tem conseguido instruir jovens de forma que
atendam às exigências do mercado de trabalho, em crescente sofisticação
ditada pela revolução tecnológica.
O mais recente teste internacional Pisa (Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes), sigla em inglês, confirmou a má situação
brasileira. Aplicado periodicamente entre alunos de 15 anos, de 70
países, o Brasil continua a ratear nas últimas colocações. Desta vez,
somou 401 pontos, mais apenas que a República Dominicana, Argélia,
Kosovo, Tunísia, Líbano e Peru.
Em relação ao Pisa anterior, os estudantes brasileiros caíram em
Leitura e Matemática — na primeira disciplina, ficaram em 59ª colocação
e, na segunda, 65ª. Em Ciência, o Brasil ficou estagnado em pouco mais
que 400 pontos. A comparação entre os rendimentos de escolas públicas e privadas
mostra discrepâncias conhecidas: as particulares são melhores, mas não
em relação às públicas federais. Porém, mesmo assim, o ensino privado
sinaliza dificuldades. Seus estudantes obtiveram 477 pontos, tanto
quanto os húngaros, situados no meio do ranking, 70ª posição.
O aspecto muito negativo destes resultados é que eles refletem a
crise aguda do ensino médio brasileiro, a porta de saída do ensino
básico para um curso superior, profissionalizante e/ou o mercado de
trabalho. E a má preparação deste aluno não é novidade. Estabeleceram-se metas para as fases do ensino básico, num projeto
que objetiva colocar a média do rendimento dos alunos brasileiros, em
2020, no nível em que os países desenvolvidos congregados na OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) estão hoje. As
metas têm sido atingidas na fase preliminar do básico. Mas esses
avanços são perdidos no ensino médio.
O resultado dramático de tudo isso está refletido em gráficos acima: a
elevada evasão no ensino médio tem retrocedido, mas os 12% da população
entre 15 e 17 anos ainda fora da escola são um índice elevado. E
infelizmente ainda há grande contingente de “nem-nem”(nem trabalham,
nem estudam), entre jovens na faixa de 18 a 24 anos. A força de trabalho
do país, portanto, não está sendo reposta como deveria. O quadro tem
melhorado, porém não o suficiente para dar tranquilidade quanto ao
futuro.
Justifica-se, então, a linha da reforma do ensino médio enviada ao
Congresso por medida provisória, para se ganhar tempo. O Legislativo tem
feito mudanças, e o projeto precisa tramitar, independentemente de
incompreensões de fundo ideológico. O desafio é que haveria ainda duas décadas para fechar-se de vez a
janela do bônus demográfico — quando a proporção de idosos ultrapassará a
de jovens. Dá a medida do tempo que falta para o país alcançar o
desenvolvimento — condição hoje circunscrita a bolsões regionais e até
mesmo urbanos. A corrida é para que não ocorra o pior: um país velho,
sem ter ficado rico.
Os pontos-chave 1 Países precisam instruir a população jovem, para atingir o nível pleno de desenvolvimento 2 E como as pessoas envelhecem, um fato inexorável, não se tem todo o tempo para isso
3
A vantagem de se contar com muitos jovens, o “bônus demográfico”, acaba cedo ou tarde
4 Por esta razão, preocupa que o ensino médio continue com um rendimento muito baixo
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