A disputa pela Procuradoria-Geral da República embolou, e Jair Bolsonaro deve adiar a escolha do sucessor de Raquel Dodge.
Para tudo
O presidente fez um gesto na direção do
subprocurador-geral José Bonifácio de Andrada, que entrou no páreo
depois que o favoritismo do também subprocurador Augusto Aras foi
abalado por uma campanha contra por parte de pessoas próximas ao
presidente. O Planalto confirmou que a escolha, antes prevista para se
dar até esta sexta-feira, deverá ficar para a próxima semana.
Climão
No interior do Ministério Público Federal, o clima é de
apreensão. O desprezo demonstrado pelo presidente em relação à lista
tríplice da categoria e a imprevisibilidade quanto ao critério que vai,
afinal, definir a escolha, levam incerteza aos procuradores quanto à
continuidade de investigações e procedimentos e à acolhida interna que o
indicado terá. [o presidente não é obrigado a seguir indicação da categoria e menos ainda a seguir critérios que não os estabelecidos em lei.]
Gestos
Ainda no páreo, Raquel Dodge segue fazendo gestos em
direção ao governo. Deu parecer pelo arquivamento de uma representação
que pedia abertura de investigação contra Sergio Moro no âmbito da
Operação Spoofing. Isso depois de evidências de que segurou
investigações que tinham o próprio Bolsonaro como pivô, como a denúncia
de que abrigou funcionária-fantasma em seu gabinete de deputado.
Congresso
Enquanto isso, no Legislativo, a pauta econômica
avança, a despeito da ausência de uma base parlamentar formal. Sinal de
que Bolsonaro estava certo e “reinventou” a articulação política?
Apoiadores do presidente dirão que sim, mas o fato é que a agenda
econômica tem mais aderência no Parlamento que os demais projetos, entre
eles os relativos a segurança e à pauta de costumes (que avançam a
passos lentos ou sofrem derrotas). [há uma ação orquestrada, por parte dos inimigos do presidente Bolsonaro e do Brasil, no sentido da continuidade da política esquerdista da destruição dos VALORES MORAIS, dos BONS COSTUMES e da FAMÍLIA = CÉLULA MATER DA SOCIEDADE.]
Morde e assopra
Além disso, ao mesmo tempo em que votam matérias
como a reforma da Previdência e a MP da Liberdade Econômica, deputados
investem num grito de independência, avançando com projetos próprios,
discutindo a limitação ao uso de instrumentos como decretos e MPs e
aprimorando instrumentos que lhes garantam poder, como o Orçamento
impositivo.
Vera Magalhães - BR 18 - O Estado de S. Paulo
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