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sábado, 17 de agosto de 2019

Cinco escolas decidem hoje se aceitam gestão compartilhada com PM

Alunos, pais ou responsáveis e servidores de cinco colégios da rede pública vão às urnas neste sábado (17/8) para votar a favor ou contra a adoção do regime compartilhado com a Secretaria de Segurança, implementado em outras quatro unidades desde o início do ano

[um absurdo que uma ação que além de aumentar a segurança nas escolas, ajuda a formar nos alunos uma mentalidade ORDEIRA e DISCIPLINADA, seja objeto de votação;

muitos dos alunos que votam, e votarão contra, são usuário de drogas ou mesmo 'aviões' do tráfico;

professor, servidor e pais de alunos que são contra merecem uma atenção especial - são possuidores de algum tipo de problema.]

 

Cinco escolas públicas do Distrito Federal decidem neste sábado (17/8) se aderem ou não ao modelo de gestão compartilhada com a Secretaria de Segurança Pública, adotada por outras quatro desde o começo do ano. Alunos com mais de 13 anos,  responsáveis e servidores decidem o futuro dos colégios por meio de votação. O pleito ocorre, das 8h às 21h, no Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga; no Centro de Ensino 1 do Itapoã; no Centro de Ensino Fundamental 407 de Samambaia; no Centro de Ensino Gisno (Asa Norte); e no Centro de Ensino Fundamental 1 do Núcleo Bandeirante. As unidades têm mais de 7 mil alunos.

A Secretaria de Educação decidiu propor o projeto de militarização a essas cinco escolas após análises do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e das ocorrências criminais nas regiões onde elas estão situadas. As instituições escolhidas apresentaram dados que preocuparam o GDF, pelo rendimento institucional abaixo do esperado e pelo alto índice de criminalidade na cidade situada. Com 1,4 mil alunos entre 11 e 19 anos, o Centro de Ensino 1 do Itapoã, por exemplo, tem graves problemas com violência. “Nosso tempo é ocupado indo às delegacias levar alunos com facas e drogas, indo separar brigas em corredores, repreendendo tráfico de substâncias nos banheiros. É difícil conviver com isso, porque nossa formação é pedagógica, não somos forças policiais e não estamos aptos a tratar dessas questões”, contou a diretora, Liesi Beatriz Maciel, que defende a militarização.

Por outro lado, o professor de língua portuguesa na unidade Luiz Mathias diz que as soluções apresentadas pelo governo são imediatistas e não valorizam os profissionais da sala de aula. “Somos constantemente massacrados e não temos as condições mínimas de trabalho; então, é claro que assim surgem problemas. Mas o ideal seria dar aos professores as ferramentas para melhorar os índices, não trazer militares para que eles resolvam do jeito deles”, ressalta. Fundado em 2015, o centro de ensino não tem psicólogo nem monitor. [esse professor tem um comportamento no mínimo esquisito, diferente;
diz ser massacrado, mas, com certeza será menos danoso aos profissionais de ensino serem 'massacrados' e terem a integridade física garantida, do que serem massacrados e ainda estarem sujeitos a sofrer agressões;
os professores merecem ter as condições de trabalho melhoras - uma das publicidades mais verdadeiras é: 'Professor, a profissão que ensina todas as outras profissões' - mas, a solução do 'massacre' deve ser buscada em outros departamentos e a segurança - com a implantação da ORDEM - é oferecida pela militarização.]
 
Expansão
O secretário de Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, garantiu que o modelo faz com que cada pasta envolvida apresente soluções sem que uma interfira na outra. “Estamos chegando para ajudar, não vamos misturar as coisas. Não há a menor chance de os militares prejudicarem o trabalho dos professores.” O GDF prevê 40 colégios com esse modelo até o fim do governo atual. No último sábado, o Centro de Ensino Fundamental do Condomínio Estância III, em Planaltina, aprovou a gestão, com 59,69% de votos a favor.

A Secretaria de Segurança Pública divulgou nesta sexta-feira (16/8) o resultado de uma pesquisa sobre o modelo de gestão compartilhada, após ouvir 1252 pessoas, entre estudantes, professores, servidores e militares que trabalham ou estudam nas escolas militarizadas. Segundo o levantamento, 60,8% dos professores concordam que o novo método fez da escola um lugar melhor para trabalhar. Já 54,4% dos alunos responderam que preferem a escola como era anteriormente.

O Sindicato dos Professores (Sinpro) questiona os dados. Por meio de nota oficial, destaca que o levantamento “revela que a intervenção militar não agrada estudantes” e que, para 49,68% deles, as escolas compartilhadas não tiveram melhorias significativas que justificassem o modelo.
 
 

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