Folha de S. Paulo
Episódio envolvendo avó de primeira-dama deveria servir para cair a ficha de Bolsonaro
Dados compilados pela Folha e divulgados neste domingo (11) mostram uma
piora nos indicadores de saúde nos primeiros seis meses do governo de
Jair Bolsonaro. As informações integram um robusto levantamento sobre outras áreas. No
caso específico da saúde no país, identifica-se um agravamento, por
exemplo, na oferta de assistência básica, porta de entrada do SUS. Na avaliação de especialistas, um dos fatores que levam a esse cenário
tem vínculo com o desmonte do programa Mais Médicos. Houve ainda uma
redução no número de agentes comunitários que fazem o atendimento casa a
casa do cidadão.
Seria injusto e equivocado debitar da conta de Bolsonaro os problemas
enfrentados pelo SUS. Nenhum governo até hoje conseguiu diminuir a
sobrecarga do sistema público nem encontrar caminhos para que o
atendimento às pessoas seja justo, rápido e de qualidade. A 37 km do Palácio do Alvorada, o Hospital Regional de Ceilândia já
virou um modelo de caos, falta de estrutura e descaso com os pacientes.
[o governador Ibaneis, demonstrando a mais completa, total e absoluta incompetência, acredita que consegue resolver o CAOS CAÓTICO na saúde do Distrito Federal, , causado por falta de profissionais e material, demitindo diretor de hospital - em Ceilândia, já está no quarto direitos, só na gestão Ibaneis.
Além de não resolver nada - a solução não está nem tanto na construção de mais hospitais e sim na contratação de médicos, técnicos de enfermagem e pessoal de apoio - ainda espalha o desânimo entre os profissionais que ainda restam - o que está diretor por ao sair diretor para o trabalho não sabe se volta diretos e os demais funcionários quando participam de alguma reunião com o direito 'do momento' não sabem se o que ele está pensando em implantar, será implantado no dia seguinte, já que ele pode ser demitido a qualquer momento.] Em maio, o Ministério Público do DF fez uma visita e identificou
superlotação, cadeiras usadas como leito, pacientes espalhados pelos
corredores e ausência de equipamentos.
No sábado (10), o repórter Daniel Carvalho encontrou a aposentada Maria
Aparecida Firmino Ferreira, 78, deitada havia dois dias em uma maca em
um corredor (lotado de pacientes) do hospital de Ceilândia à espera de
cirurgia após sofrer fratura. Maria Aparecida é avó da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Minutos
depois de a reportagem procurar o governo do DF, ela foi transferida a
um hospital de melhor estrutura para que fosse, enfim, operada. [o Ibaneis só não demitiu o diretor - que não tem culpa do desastre no HRC - por não ter diretor, visto que ainda não encontrou quem quisesse substituir o que ele demitiu no começo da semana passada.
Quando ele ficou sabendo do caso da avó da esposa do presidente Bolsonaro e foi logo mandando demitir, um assessor lembrou que o demitido no começo daquela semana ainda não havia sido substituído.]
A aposentada não poderia furar fila só pelo fato de ser avó da
primeira-dama. Assim como também pouco importa a relação que teve ou tem
com a neta e mulher do presidente. O episódio deveria servir para Bolsonaro entender que sua verborragia
diária cansou. Há prioridades urgentes. O paciente do SUS não aguenta
mais ser tratado como um mané. [o que complica é que Brasília vive um CAOS CAÓTICO não só na área de saúde; também não tem SEGURANÇA PÚBLICA, TRANSPORTE PÚBLICO, EDUCAÇÃO - Ibaneis recebeu um CAOS, que transformou no CAOS de todos os CAOS - assim, qualquer intervenção do presidente da República na Saúde vai ser um mero paliativo.]
Leandro Colon - Folha de S. Paulo
Leandro Colon - Folha de S. Paulo
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