Vozes - Gazeta do Povo
Democracia em crise
Calibre 38 é o mais usado por empresas de segurança privada.- Foto: Arquivo/Agência Brasil
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Calibre 38 é o mais usado por empresas de segurança privada.- Foto: Arquivo/Agência Brasil
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Ora, o problema do aborto pertence, com toda a evidência, a esta última espécie. O questionamento do aborto existe porque a prática do aborto existe, e não ao contrário. Que alguém decida em favor do aborto é o pressuposto da existência do debate sobre o aborto. Mas o que é pressuposto de um debate não pode, ao mesmo tempo, ser a sua conclusão lógica. A opção pelo aborto, sendo prévia a toda discussão, é inacessível a argumentos. O abortista é abortista por decisão livre, que prescinde de razões. Daí que o discurso em favor do aborto evite a problemática moral e se apegue ao terreno jurídico e político: ele não quer tanto afirmar um valor, mas estatuir um direito (que pode, em tese, coexistir com a condenação moral do ato).
Quanto ao conteúdo do debate, os adversários do aborto alegam que o feto é um ser humano, que matá-lo é crime de homicídio. Os partidários alegam que o feto é apenas um pedaço de carne, uma parte do corpo da mãe, que deve ter o direito de extirpá-lo à vontade. [o feto não é um dedo da assassina e sim um SER HUMANO INOCENTE E INDEFESO.] No presente score da disputa, nenhum dos lados conseguiu ainda persuadir o outro. Nem é razoável esperar que o consiga, pois, não havendo na presente civilização o menor consenso quanto ao que é ou não é a natureza humana, não existem premissas comuns que possam fundamentar um desempate.
Com isso, a questão toda se esclarece mais do que poderia exigi-lo o mais refratário dos cérebros. Não havendo certeza absoluta da inumanidade do feto, extirpá-lo pressupõe uma decisão moral (ou imoral) tomada no escuro. Entre a precaução e a aposta temerária, cabe escolher? Qual de nós, armado de um revólver, se acreditaria moralmente autorizado a dispará-lo, se soubesse que tem 50% de chances de acertar numa criatura inocente? Dito de outro modo: apostar na inumanidade do feto é jogar na cara-ou-coroa a sobrevivência ou morte de um possível ser humano.
Chegados a esse ponto do raciocínio, todos os argumentos pró-aborto tornaram-se argumentos contra. Pois aí saímos do terreno do indecidível e deparamos com um consenso mundial firmemente estabelecido: nenhuma vantagem defensável ou indefensável, nenhum benefício real ou hipotético para terceiros pode justificar que a vida de um ser humano seja arriscada numa aposta.
Mas, como vimos, a opção pró-aborto é prévia a toda discussão, sendo este o motivo pelo qual o abortista ressente e denuncia como "violência repressiva" toda argumentação contrária. A decisão pró-aborto, sendo a pré-condição da existência do debate, não poderia buscar no debate senão a legitimação ex post facto de algo que já estava decidido irreversivelmente com debate ou sem debate. O abortista não poderia ceder nem mesmo ante provas cabais da humanidade do feto, quanto mais ante meras avaliações de um risco moral. Ele simplesmente deseja correr o risco, mesmo com chances de zero por cento. Ele quer porque quer. Para ele, a morte dos fetos indesejados é uma questão de honra: trata-se de demonstrar, mediante atos e não mediante argumentos, uma liberdade autofundante que prescinde de razões, um orgulho nietzschiano para o qual a menor objeção é constrangimento intolerável.
- Publicado originalmente no Jornal da Tarde, 22 de janeiro de 1998
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou a Oeste suas impressões depois das manifestações que terminaram em atos de vandalismo na capital federal no último domingo, 8. Para o ex-ministro, os atos de vandalismo não podem ser respondidos pelas autoridades sem serenidade: “No domingo ocorreu o inimaginável, com depredação de prédios públicos. É hora de temperança, de compreensão, de ouvir e refletir. O entendimento é a melhor forma de afastar conflitos de interesse”.
Marco Aurélio Mello enfatiza que os episódios são uma espécie de contingência de vários fatores e atores, e que o foco hoje deveria estar na restauração dos direitos no Brasil: “Aqueles que claudicaram devem sopesar os acontecimentos. Os agentes públicos, dos Três Poderes da República — Legislativo, Executivo e Judiciário — devem examinar atos praticados, fazendo-o sem arrogância, voltando os olhos ao bem comum. Que prevaleça a ordem jurídica. Paga-se um preço por viver em um Estado de Direito, e é módico, o respeito às regras legais e constitucionais”.
O ex-ministro ainda destacou que o extremismo que assustou a todos não surgiu do nada, e sim como uma reação violenta à desordem institucional: “Já diziam os antigos que nada surge sem uma causa. Chegou-se, em termos de reação, ao extremo, e isso não é bom para a República. Quem claudicou na arte de proceder, sabendo-se que o exemplo vem de cima? Eis a indagação a ser feita.”
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (2001-2003) e três vezes presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello foi ministro do STF de 1990 a 2021.
O ex-presidente do STF Marco Aurélio Mello recentemente classificou o Inquérito 4.871 (das fake news) de “inquérito do fim do mundo”. O inquérito aberto de ofício é criticado como inconstitucional e contrário à democracia, sem que sua suposta legalidade tenha sido até hoje provada.
Marco Aurélio Mello também considerou “agressivo” o discurso de Alexandre de Moraes, ao tomar posse como presidente do TSE, além de afirmar que temia “tempestade” em sua atuação na Corte eleitoral.
Em entrevista de abril do ano passado, ele comentou a postura de Moraes: “Ele [Moraes] está se aproximando de colocar a estrela no peito e o revólver na cintura. Ou seja, a atuação como xerife”.
Redação - Revista Oeste
O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta segunda-feira o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, que era militante do PT e foi morto no sábado a tiros por um simpatizante do presidente. Bolsonaro afirmou que houve uma "briga de duas pessoas" e reclamou de quem se refere ao autor do crime, o agente penal José da Rocha Guaranho, como "bolsonarista".
O presidente afirmou também que "ninguém fala" que Adélio Bispo de Oliveira, que o esfaqueou durante a campanha eleitoral de 2018, "é do PSOL". Adélio foi filiado ao partido entre 2007 e 2014, fato amplamente noticiado. — Vocês viram o que aconteceu ontem, uma briga de duas pessoas, lá em Foz do Iguaçu. “Bolsonarista”, não sei o que lá. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSOL — disse o presidente, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. [aliás, um dos assessores do PSOL é o italiano terrorista, Achiles Lollo, que, covardemente, assassinou na Itália "tocou fogo, com gasolina, em um casal e duas crianças;"]
Arruda foi morto na noite na noite de sábado, enquanto comemorava seu aniversário em uma festa com tema do PT. O guarda municipal reagiu ao ataque e atirou contra Guaranho, que, segundo a Polícia Civil do Paraná, está no hospital sob custódia.
O agente penal exibe apoio constante a Bolsonaro em sua conta no Twitter e segue um "script" comum a outros apoiadores do presidente nas redes sociais.
Na noite de domingo, Bolsonaro já havia comentado o caso. O presidente pediu para que, “independente das apurações”, os seus eleitores que apoiarem “quem pratica violência contra opositores mude de lado e apoie a esquerda”.
Na manhã desta segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o assassinato de Arruda "não é preocupante", e que não há elementos para classificar o caso como ato político.— Evento lamentável. Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Todas da área policial ali, um era guarda municipal, o outro era agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso daí — disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.
Política - O Globo
"...O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, comemorou seus 38 anos com um bolo que reproduzia a imagem de um revólver. O tema fazia uma referência a sua nova idade, já que a arma de calibre 38 é popularmente conhecida como "três oitão". Na decoração, munições e pentes de armas completavam a composição da mesa.
O parlamentar usou, durante a festa em família, uma camisa com a imagem de um fuzil e um boné com a inscrição "9MM", que indica o calibre de uma pistola. Eduardo tem como uma de suas principais bandeira o amplo acesso às armas de fogo. Ele participou no sábado de um ato do Movimento Pró-Armas a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
É o que dá, quando se pensa um pouco nas coisas, contar com o ministro Moraes para tudo — uma hora, quando a escolha for entre o couro dele e você (você e todas as suas sagradas instituições), o homem vai saltar com o seu paraquedas. Mas isso já é uma outra história, que fica para uma outra vez.
A ordem foi dada, repetida e desobedecida
Não houve mal-entendido nenhum nessa história, como vão tentar dizer ao público que houve, nem “diferenças de compreensão”, nem “defeito de comunicação” e outras desculpas que dariam vergonha a um pano de estopa. Ao contrário: nada poderia ter sido mais claro. Moraes mandou Bolsonaro depor na sexta-feira, dia 28 de janeiro, às 14 horas, na Polícia Federal de Brasília; fez questão, inclusive, de confirmar sua ordem mais uma vez, no próprio dia do interrogatório, negando um pedido de “ausência” feito na última hora pelo Palácio do Planalto. Qual é a dúvida?
O STF piscou. E daqui para a frente? Vai piscar de novo?
Leia também “O ministro sem fronteiras”
J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste
O vice-presidente da CPI, que desde o começo do espetáculo quis disputar a boca de cena com os outros dois, parece ter encontrado de algum tempo para cá o papel que mais lhe satisfaz; talvez, sem saber, esteja tendo a grande oportunidade de colocar para fora, à vista de todos, o que realmente sempre quis ser e até agora esteve escondido nas dobras da sua estrutura psicológica. Está se revelando, talvez mais que os outros, um policialzinho frustrado e subitamente portador de uma farda desses – que sempre sonhou com um revólver na cinta e uma carteirinha escrita “Polícia”, para intimidar as pessoas e se comportar como o pequeno ditador de quarteirão que tanta gente conhece e lamenta.
Nada deixa o senador mais feliz do que chamar os jornalistas para ameaçar alguém de prisão – como no caso de um empresário acusado por ele de “evadir-se”, para não comparecer à um interrogatório na delegacia de polícia que está armada no Senado Federal. É o seu jeito de ser “autoridade” – através da repressão, como sonha boa parte da esquerda neste país. É o seu jeito de aparecer no noticiário. É um retrato acabado desta CPI.
J. R. Guzzo, colunistas - GauchaZH
Informação foi obtida pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação junto ao Exército e à Polícia Federal (PF), em uma parceria com os Institutos Igarapé e Sou da Paz
[Nos Estados Unidos para uma população abaixo de 350 milhões de habitantes, o número de armas em poder dos civis, ultrapassa os 390 milhões e a segurança - seja efetiva seja a sensação - é maior do que a existente no Brasil.]
Kyle Rittenhouse, 17 anos, assassinou [exerceu seu direito de defesa contra desordeiros que colocavam em risco sua vida] dois manifestantes durante um protesto do Black Lives Matter em Kenosha, Wisconsin Imagem: Reprodução
Brasil Armado: As regras para quem quer ter uma arma de fogo dois anos depois do primeiro decreto de Bolsonaro que flexibiliza o acesso ao armamento
A segunda e terceira colocadas — pistolas Taurus TH 380 e Glock G25, ambas de calibre .380 — são armas para autodefesa. Enquanto a é procurada pelo bom custo-benefício, a Glock desperta interesse por ser mais moderna e pela confiabilidade. Como são compactas, é fácil carregá-las escondidas.
De todas as armas registradas no Exército, 72% são de fabricação brasileira. Empatadas em segundo lugar, estão as importadas dos Estados Unidos (9%) e da Áustria (9%), seguidas das italianas (3%). Por aqui, a Taurus é a marca dominante entre os revólveres (98%) e pistolas (49%), enquanto a E.R. Amantino e a CBC se sobressaem entre as espingardas (70%) e carabinas (59%), respectivamente.
Brasil - O Globo - MATÉRIA COMPLETA
O número de brasilienses que adquiriram, de maneira legal, armas de fogo no Distrito Federal cresceu em mais de 540% em 2020, comparado ao período de janeiro a setembro de 2019, segundo dados obtidos com exclusividade pelo Correio, junto à Polícia Federal (PF). A maioria dos equipamentos foi comprada por pessoas físicas. Outro estudo divulgado, este mês, pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostra que a capital da República é a unidade da Federação com mais armas de fogo em todo o país.
Com base no levantamento do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da PF — responsável pelo controle de armas de fogo em poder da população, como previsto no Estatuto do Desarmamento —, nos nove primeiros meses deste ano, a corporação expediu 4.660 registros para cidadãos comuns, servidores, empresas privadas e órgãos públicos do DF. No mesmo período do ano passado, o número foi de 722. O registro é o documento, com validade de 10 anos, que permite a pessoa a manter o armamento, exclusivamente, em casa ou no local de trabalho.
Os dados são mais expressivos quando separados por categoria. Das 4.660 armas adquiridas nesse período, 1.510 foram obtidas por pessoas físicas, contra 371 no mesmo período do ano passado. Nos órgãos públicos, foram registrados 2.605 novos armamento, contra apenas 160 em 2019.
DF no topoTodas as unidades da Federação registraram aumento na aquisição de armas no ano passado. Depois do DF, São Paulo aparece em segundo lugar, com 154.378 registros, seguido por Rio Grande do Sul (96.269), Minas Gerais (81.076), Santa Catarina (63.319) e Paraná (62.878). Os dados do Anuário de registro de arma por estado são apenas do Sinarm. No caso do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército Brasileiro, que contabiliza armas a policiais e bombeiros, caçadores, atiradores e colecionadores, há apenas o número de agosto deste ano, onde registrou-se 1.128.348 armas no país.
Para o advogado criminalista Luiz Paulo Batista, o aumento da aquisição de armas por pessoas no âmbito rural e urbano pode ser uma maneira de “tentar se proteger”, mas ele reprova a ideia de que o armamento traz a sensação de segurança. “É importante salientar que a arma de fogo não é sinônimo de segurança. Não é porque a pessoa está sob a posse de uma arma, que está segura. É necessário pontuar que a pessoa, para ter esse armamento, tem de ter certidões criminais negativas, passar por testes de tiro e psicotécnico. Tem de estar em condição de usá-la”, frisou.
Ele considera, ainda, que uma população armada não ajuda a reduzir as taxas de criminalidade. “Para alcançarmos essa redução, é necessário o Estado estar bem aparelhado. Oferecer recursos aos agentes de segurança pública, bons salários, viaturas, etc. Precisamos dar condições aos policiais para poder combater o crime organizado como um todo. Isso, sim, alcançará um resultado significativo”, explicou.
Bruno Nalcher, 34 anos, trabalha como Instrutor de Armamento e Tiro (IAT) e é apaixonado pelo esporte. “Comecei a me interessar pela área há oito anos, quando percebi que as pessoas que praticavam tiro não tinham a conduta adequada nessa parte técnica do armamento, como montagem e cuidados. Então, fiz o curso e decidi montar minhas próprias turmas para instruir melhor os alunos”, destacou. Atualmente, Bruno dá instruções de tiro para 10 pessoas.
Há oito anos, ele deu processo à compra do próprio armamento. “Tem uma série de regras para conseguir efetuar a compra, mas que são fundamentais para garantir a segurança. Não é qualquer pessoa que consegue. A arma, de maneira alguma, pode sair de dentro do domicílio, a não ser para o estande de tiros”, finalizou.
Enquanto isso, a população segue sofrendo com as armas de fogo nas mãos de criminosos. Proprietária de um salão de beleza no Lúcio Costa, no Guará, Gisele dos Santos, 41 anos, sofreu um assalto, há dois anos, enquanto trabalhava. Desde então, o estabelecimento é cercado por grades. “Meu salão estava cheio de clientes quando um homem chegou e anunciou o assalto. Ele estava armado e levaram dois celulares dos clientes. Fiquei com muito medo. Depois disso, toda vez que entrava alguém no salão, eu achava que era bandido. Mas, agora, tenho o controle do portão e só entra quem eu permitir”, detalhou.