Análise Política
Depois da segunda onda vem a terceira? Isso aconteceu, por exemplo, na Gripe Espanhola. E ali a mais mortífera foi a segunda. Agora, a Europa parece às voltas com o recrudescimento das infecções pelo SARS-CoV-2, uma terceira onda que preocupa as autoridades sanitárias (leia).
Também
porque o ritmo da vacinação no Velho Continente deu uma engasgada, por
causa das dúvidas sobre a vacina de preferência deles, a
Oxford/AstraZeneca. Houve relatos de complicações após a administração,
ela foi interrompida em diversos países mas agora parece que vai ser
retomada.
Lá, como cá, a disputa se dá em torno
de apertar e estender, ou não, as medidas de isolamento social. Mas ali
preservou-se um grau bom de coordenação entre governos e países. Se
acertarem, a chance de todos acertarem juntos é grande. Igualmente se
errarem.
Por aqui, a turbulência federativa vai
firme. Um exemplo insólito é a divergência entre o governador de São
Paulo e o prefeito da capital, aliados e ambos do mesmo partido, sobre o
feriado prolongado que a prefeitura determinou (leia). E assim caminha o Brasil. Tomara que a vacinação acelere logo.[a divergência só prospera devido a falta de uma coordenação central, de um comando central, que prevalecesse sobre estados e municípios = Poder Executivo Federal. O STF concedeu autonomia aos estados e municípios = quem tem autonomia pode tomar decisões conforme achar conveniente.]
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
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