A conduta do comandante, muito política para o posto que ocupa, prejudica a imagem das Forças Armadas, avaliam ministros ouvidos pelo Radar
Não foi apenas Jair Bolsonaro, com suas grosserias contra o ministro Luis Roberto Barroso, que irritou os ministros do STF na semana passada. Integrantes da Corte também estão insatisfeitos com o lado “tuiteiro” do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, que anda, na visão dos ministros da Corte, avançando em temas políticos em algumas falas.
Numa entrevista ao Globo, por exemplo, Baptista disse que a nota da Defesa, sobre “não aceitar” críticas aos militares envolvidos em supostos casos de corrupção no governo, era um “alerta”. Ele também curtiu postagens de apoiadores de Bolsonaro que pediam uma “faxina” no país.
Para um importante ministro da Corte ouvido pelo Radar, [detalhe: tem ministro do STF mais desimportante do que um outro = seu par?como se avalia a importância de um ministro do STF? antigamente eram todos iguais em importância?] por exemplo, a conduta do comandante prejudica a imagem das Forças Armadas. “O que esse comandante da aeronáutica quer dizer? Vai pegar em armas? Se Bolsonaro não conseguiu dar golpe em 2019, que era um presidente forte. Agora, que é fraco e já não governa – é governado pelo Congresso – é que não vai conseguir”, diz o ministro. [em nossa modesta opinião, um golpe - não estamos defendendo golpe ou dizendo que vai acontecer um - para ocorrer independe da força do presidente junto ao Congresso, junto ao STF.]
Outros ministros manifestam pensamento semelhante, ao avaliar que a postura do chefe da Aeronáutica contribui para o clima de polarização eleitoral que o presidente tenta criar. “As Forças Armadas não precisam de cabo eleitoral”, ironiza um magistrado.
Radar - VEJA
Nenhum comentário:
Postar um comentário