Candidato à reeleição não citou nominalmente o adversário, mas falou em escândalos na Petrobras; ele ainda destacou 7 de Setembro e disse não poupar esforços "para salvar vidas" [entendam que o presidente Bolsonaro representando o Brasil na Assembleia Geral da ONU, tem liberdade de falar o que entender conveniente ao Brasil; aceitem, vai doer menos.]
O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta terça-feira, o candidato do PT a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Sem citar o nome do petista, seu principal adversário nas eleições, Bolsonaro ressaltou escândalos de corrupção na Petrobras e afirmou que "o responsável por isso foi condenado em três instâncias". [completando: ... e por nove juízes diferentes.] Ainda na sua fala, ele defendeu seu governo e citou a agenda ideológica.
— No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade.
A fala de Bolsonaro foi repleta de referências à política interna do Brasil, com diversos temas que o presidente tem explorado em seus discurso eleitorais.
Bolsonaro, por exemplo, lembrou as comemorações do Bicentenário da Independência — na ocasião, ele foi acusado pelos seus adversários de ter utilizado a data com propósitos eleitorais.
— Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira. Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.
Bolsonaro utilizou a tribuna da ONU para se defender de acusações que tem sofrido durante a campanha, como por sua política durante a pandemia de Covid-19 e sua relação com mulheres.
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Em relação à pandemia, Bolsonaro afirmou que seu governo "não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos". Entretanto, o presidente diversas vezes minimizou a gravidade da Covid-19, além de ter descumprido e desestimulado as principais recomendações de especialistas para conter o vírus.
Já sobre as mulheres, o presidente disse que seu governo tem dado "prioridade" à "proteção das mulheres".
Em outro momento, exaltou a primeira-dama Michelle Bolsonaro, sua principal cabo eleitoral entre as mulheres.
—Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.
(...)
Exposição internacional
Bolsonaro chegou em Nova York na segunda-feira, vindo direto de Londres, onde acompanhou o funeral da rainha Elizabeth II. O núcleo da campanha do presidente tem a expectativa de que os dois compromissos internacionais deem uma projeção positiva a Bolsonaro, na reta final da campanha eleitoral.
Entretanto, o presidente foi criticado por utilizar a viagem ao Reino Unido em função de sua tentativa de reeleição. Na segunda-feira, o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a campanha de usar imagens de um discurso proferido da sacada da residência oficial do embaixador em Londres.
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