Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O
veredito para Bretas é fruto de seus atos.Ele é culpado por ter
autorizado a deflagração de 68 operações policiais contra corruptos e
lavadores de dinheiro, e recuperado quase R$ 4 bilhões que haviam sido
roubados dos brasileiros por poderosos.
Ele também é culpado por ter
condenado e prendido gente grande que nunca coube nas prisões do Brasil.
Esses criminosos tão graúdos foram espremidos em cubículos, suas celas
nas penitenciárias, algo que certamente foi a maior violação de direitos
humanos da nossa história recente.
E o juiz teve a audácia de fazer
isso reiteradamente, com mais de 300 prisões.
Bretas é um criminoso terrível. Não satisfeito em prender um antigo Rei do Palácio dos Guanabaras, ele prendeu mais um.
Mas
não basta mencionar os grandes números da sua culpa, é preciso dar mais
detalhes dos crimes de Bretas.
O magistrado é culpado, por exemplo, por
ter prendido e condenado Sérgio Cabral.
Apenas no primeiro caso, condenou-o a cumprir mais de 17 anos de prisão
por propinas de cerca de R$ 80 milhões em obras do PAC Favelas,
Maracanã, Arco Metropolitano e Metrô.
Bretas, aliás, é muito culpado
disso porque condenou várias vezes Cabral até que suas penas
ultrapassaram 430 anos.
É culpado ainda por bloquear os 100 milhões de
dólares que o ex-governador mantinha em contas no exterior, além de
barras de ouro, joias luxuosas e diamantes.
Bretas
é um criminoso terrível. Não satisfeito em prender um antigo Rei do
Palácio dos Guanabaras, ele prendeu mais um. O juiz também condenou
outro ex-governador do Rio de Janeiro por corrupção, organização
criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as acusações, Luiz Fernando Pezão
recebia uma mesada de R$ 150 mil de Cabral, com direito a 13º salário
por integrar a organização criminosa.
Além disso, teria recebido mais de
R$ 11 milhões da Fetransport.
Pezão recebeu a sentença de 98 anos de
prisão. Quanto abuso do juiz.
Bretas é culpado ainda por condenar Eike Batista
a 30 anos por corrupção e lavagem de dinheiro porque, segundo a
sentença, pagou R$ 52 milhões em propinas a Cabral em troca de
benefícios em contratos públicos. Além disso, Bretas é culpado por ter
condenado Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do
Brasil, por crimes que incluíram a compra de votos de membros do Comitê
Olímpico Internacional para que o Rio fosse escolhido como sede dos
jogos olímpicos. A pena superou 30 anos de prisão, por corrupção, lavagem e organização criminosa.
A
ficha corrida de juiz segue adiante: é culpado por ter condenado Jacob
Barata Filho, conhecido como Rei dos Ônibus, em diferentes processos, a
penas que somaram 40 anos de prisão por corrupção e participação em
organização criminosa. Em um dos processos, as propinas chegavam perto
de R$ 150 milhões.
Mas, mesmo com todas essas condenações, os criminosos estão sendo soltos com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal
de que sua prisão só pode acontecer após o julgamento do último recurso
na última instância.
A soltura mais recente foi a de Sérgio Cabral, um
Rei confesso, perdão, um réu confesso.
Em relação a todos eles, ainda, a
última palavra sobre a sua culpa é da Justiça, e os tribunais vêm anulando os
casos com base em questões formais, em geral, como a interpretação de regras
sobre qual justiça deveria julgá-los.
Enquanto as portas das prisões vêm sendo
abertas para condenados por corrupção de centenas de milhões de reais, Bretas é
o culpado. De fato, há provas consistentes e públicas de seu trabalho contra a
corrupção.
Já em relação às acusações contra ele no
Conselho Nacional de Justiça, o órgão impôs sigilo sobre o procedimento e
a decisão, impedindo que o juiz se defenda publicamente e que a decisão
do Conselho seja escrutinada pela sociedade.
Esse escrutínio é mais
importante quando se trata do afastamento de um juiz, um ato tão
drástico e impactante sobre a independência judicial, ainda mais quando a
decisão dos conselheiros não foi unânime.
Só
o que existe é a prova de um trabalho abnegado e corajoso que incomodou
muitos criminosos poderosos e desarticulou a organização criminosa mais
perigosa que tomou conta do Rio de Janeiro – e não me refiro aos
traficantes.
Mesmo estando o procedimento sob
sigilo, as acusações foram divulgadas por parte da imprensa, mas nada veio a
público de consistente contra o juiz.
Não há triplex, sítio, contas no
exterior, joias, bolsas luxuosas, malas de dinheiro, barras de ouro, diamantes,
farras de guardanapos nem dinheiro na cueca.
Só o que existe é a prova de um
trabalho abnegado e corajoso que incomodou muitos criminosos poderosos e
desarticulou a organização criminosa mais perigosa que tomou conta do Rio de
Janeiro – e não me refiro aos traficantes.
Refiro-me a
criminosos que roubaram, mataram ou prejudicaram milhões, mas fizeram
isso usando gravatas, de dentro de seus palácios. Eles usaram, como
arma, as suas canetas. E cada organização criminosa usa as suas próprias
armas para reagir contra os agentes da lei.
Neste caso, a reação não
vem com balas, mas com a tinta no papel, por meio da reação patrocinada
por caros advogados e apoiada por aliados políticos que influenciam a
própria seleção dos conselheiros do CNJ e do Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP).
A
pressão política vem surtindo efeito. Em recente decisão, o CNMP puniu o
procurador coordenador da força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro
com a pena de demissão, que foi convertida em suspensão
De fato, a indicação dos
conselheiros precisa ser aprovada pelo Senado, que, no passado recente, recusou
nomes simpáticos à operação Lava Jato e utilizou as sabatinas para mandar recados
claros.
Numa delas, um senador perguntou: “Vossas excelências estarão daqui a
mais uns dias tomando posse [como conselheiros do CNMP]. Se cair na mão de Vossas
Excelências [o caso envolvendo Deltan], qual seria a conduta, a maneira que os
senhores iriam se posicionar, já que estão fazendo parte de um órgão que é controlador?”
A
pressão política vem surtindo efeito. Em recente decisão, por exemplo, o
CNMP puniu o procurador coordenador da força-tarefa da Lava Jato do Rio
de Janeiro com a pena de demissão, que foi convertida em suspensão.
Qual o seu crime? Nenhum.
Ele foi punido por ter dado divulgação na
imprensa a uma denúncia contra Edison Lobão e Romero Jucá. A denúncia,
por definição, é pública e nada impede sua divulgação.
Contudo, um
assessor a registrou nos sistemas da Justiça, por equívoco, como
sigilosa.
Em questão de dias, o juiz levantou o sigilo, reconhecendo que
deveria ser pública.
O
sistema está em busca de pretextos, está procurando pelos em ovos, para
punir os agentes de lei que trabalharam contra a corrupção política.
Como se vê, o sistema está em
busca de pretextos, está procurando pelos em ovos, para punir os agentes de lei
que trabalharam contra a corrupção política. Ironicamente, Edison Lobão e
Romero Jucá estavam na terça-feira no auditório do CNJ, na cerimônia de
recondução de um dos seus conselheiros, no mesmo dia da punição de Bretas pelo
órgão.
Nunca vou esquecer o recado que
esse mesmo conselheiro, quando estava no CNMP, deu aos procuradores da Lava
Jato quando fez uma visita de cortesia à força-tarefa da operação Lava Jato, em
Curitiba: “Não queremos puni-los, mas vocês têm que me ajudar a ajudar vocês”. A
frase, que ficou famosa na boca de um personagem corrupto do filme Tropa de
Elite, caiu muito mal.
A imprensa anunciou que Cabral
e Pezão comemoraram a punição de Bretas. Reportou-se ainda que as
defesas de variados réus buscarão a anulação das suas condenações na
Lava Jato do Rio de Janeiro.Renan Calheiros comemorou a decisão no Twitter:
O que ele disse, para bom entendedor, foi mais ou menos o seguinte:"No Sermão do Bom Ladrão,
em 1655, Padre Antonio Vieira comparou o tratamento dado aos ladrões de
galinhas e aos governantes ladrões: “Não são só ladrões, diz o santo,
os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher
a roupa: os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título
são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o
governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com
manha, já com força, roubam e despojam os povos. — Os outros ladrões
roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo
do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são
enforcados: estes furtam e enforcam”.
Os verdadeiros
ladrões no Brasil ainda são os governantes ladrões que roubam e
enforcam. Desde 1655, não mudou muita coisa por aqui. Nossa indignação
precisa se transformar em força política – nas redes sociais, nas ações
parlamentares e nos votos – para dizermos: basta!
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