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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

General Heleno defende direitos humanos para ‘humanos direitos’

[O general Heleno está certo, certíssimo, quando diz que 'Direitos humanos são, basicamente, para humanos direitos'.

Enquanto vigorar no Brasil a situação atual em que os 'Direitos humanos são para os bandidos, para os MANOS',  a criminalidade só vai aumentar.

Tem sentido valer o entendimento de que em um confronto polícias x bandido, em que o bandido morre, as investigações já começaram acusando os policiais?: é isso que a turma dos direitos humanos - denominação correta: turma dos direitos dos manos - tem imposto.

Bandido tem que ser tratado como bandido e policial tem que ter o direito prioritário de voltar para casa vivo.

Já o bandido tem que ser convencido, na prática, com fatos,  que  quando sai para cometer crimes terá poucas chances de voltar para casa.

Por isso o entendimento do futuro governador do Rio é valido - Witzel quer atuação de atiradores de elite no Rio de Janeiro
  ver aqui.

Indicado como futuro ministro da Defesa no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Augusto Heleno afirmou nesta quarta-feira, 31, que a transição já começou, que o País está “deixando a desejar” no combate à criminalidade e que, atualmente, há uma certa “inversão” na discussão sobre direitos humanos no Brasil.  “Direitos humanos são, basicamente, para humanos direitos. Essa percepção, muitas vezes, não tem acontecido. Estamos deixando a desejar nesse combate à criminalidade”, disse o general Heleno durante entrevista à Rádio Eldorado.

O aliado de Bolsonaro declarou ainda que, no Brasil, não há um progresso na redução da criminalidade nem na contenção do crime organizado. Para o general, é fundamental respeitar os direitos humanos na resolução desses problemas, mas, segundo ele, existe uma “inversão de valores nessa história”. Heleno afirmou que o tema dos direitos humanos é de “alta relevância”, mas que a necessidade de existir um ministério para o assunto é algo discutível. “Se mudar a estrutura, não vai mudar sua importância.”  Segundo o general, é preciso mudar a visão estratégica do problema da segurança. Questionado sobre a manutenção da intervenção federal no Rio, Heleno disse que a decisão cabe ao presidente eleito. “É um assunto a ser discutido. Vai ser objetivo de conversa entre o novo governador (Wilson Witzel, do PSC) e o presidente.”

‘Exceção’
O general da reserva avaliou que, com o uso das tropas federais, a situação se converteu em um problema de segurança nacional. “Não podemos aceitar que caminhemos pouco a pouco para virar um ‘narcopaís’ – o número de homicídios que temos no Brasil, o maior consumidor de crack do mundo, o segundo de cocaína, o maior local de passagem de droga do mundo. É uma série de títulos que não orgulha um povo. É um absurdo tratar isso como situação normal. É situação de exceção que merece tratamento de exceção”, afirmou.

Para ele, o Brasil vive hoje uma crise moral, ética, econômica e social, e está à beira do abismo, com a economia “caótica”, e que, para sair dessa situação, é preciso que os governantes também deem bons exemplos. “O governo tem que se pautar em três pilares: honestidade, transparência e austeridade. E esses precisam se apoiar no exemplo.”
Sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Defesa, Heleno disse que seria uma honra e uma realização profissional, mas afirmou que prefere que a confirmação seja feita por meio de decreto no Diário Oficial da União. “Já tenho idade para não ficar alimentando nada que não seja concretizado.”

O general Heleno disse ainda que a pasta tem estrutura sólida e foi uma das menos afetadas pelas gestões dos últimos governos, as quais qualificou como “catastróficas”. Segundo ele, a influência político-partidária não foi capaz de modificar as diretrizes do Ministério da Defesa. Entre os desafios do novo ministro, o aliado de Bolsonaro citou o aumento da integração entre as Forças e a luta por orçamento, “tendo consciência das restrições”.  

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 21 de outubro de 2018

O bunker dos militares de Jair Bolsonaro

Generais se reúnem em subsolo de um hotel de Brasília para discutir táticas de campanha e articular alianças políticas. Do QG, saíram propostas que hoje são a tônica do discurso do candidato do PSL

Não há mapas pendurados nas paredes ou espalhados pela mesa. Nem sofisticados instrumentos de comunicação ou criptografia. De comum com os tradicionais bunkers militares, que servem para manter seus ocupantes a salvo de guerras ou desastres e prontos para dali traçar estratégias, está o fato de se instalar no subsolo. É ali, numa sala com duas portas de madeira, com as paredes externas adornadas com um tecido de losangos coloridos, em um discreto e modesto hotel na Asa Norte, a cerca de menos de cinco quilômetros da Esplanada dos Ministérios, que os principais generais ligados à campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, reúnem-se. Do bunker instalado no subsolo do Hotel Brasília Imperial saem algumas das principais estratégias usadas na campanha e o conjunto de propostas de um futuro governo.


 Evaristo Sá/AFP; Divulgação

As reuniões são anteriores mesmo à própria candidatura de Bolsonaro. Estão relacionadas com o desejo que as Forças Armadas, como instituição, demonstrou de participar mais ativamente do debate político brasileiro. O grupo congrega cerca de 20 militares da reserva. À frente, cinco generais que hoje formam o núcleo duro com origem na caserna da campanha do PSL: Augusto Heleno, Oswaldo Ferreira, Aléssio Ribeiro e o candidato a vice de Bolsonaro, Hamilton Mourão. Entre os militares da reserva mais engajados na discussão política, a turma ficou conhecida como “Grupo de Brasília”.

Os generais Augusto Heleno e Oswaldo Ferreira são os precursores da equipe. Heleno é apontado como eventual ministro da Defesa do governo Bolsonaro. O general Oswaldo Ferreira é o principal mentor do time de Bolsonaro para a área de logística e infraestrutura. É cotado para assumir um Ministério da Infraestrutura. Ao grupo, aderiu logo também o general Hamilton Mourão, que acabou se tornando o candidato a vice de Bolsonaro. E o general Aléssio Ribeiro Souto, responsável por elaborar as principais propostas do governo bolsonarista na área da Educação. Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, Souto defendeu publicamente que seja revisada a narrativa sobre o Golpe Militar de 1964, dando “os dois lados da história”, e até o estímulo do estudo do criacionismo nas escolas.


COMO TUDO COMEÇOU
No segundo semestre de 2017, o general Ferreira começou a se aproximar de Bolsonaro e enxergar nele o caminho para a maior inserção política que os militares pretendiam. Bolsonaro buscava diretrizes na área de desenvolvimento de logística, setor em que os militares são considerados especialistas. Ferreira foi incorporando aos debates outros militares. Em março deste ano, as reuniões foram se tornando mais frequentes.

No início, os encontros ocorreram em várias localidades. Uma delas foi a casa do general reformado Augusto Heleno. Outra no apartamento onde mora Oswaldo Ferreira. Em uma ocasião, reuniram-se na sala de um assessor do deputado Delegado Francischini (PSL-PR) na Câmara. Ouvido por ISTOÉ, esse assessor conta que, nessa reunião, a pauta principal foi segurança. “Há muito debate. Muitas vezes, o que eles pensam não chega a ser incorporado à campanha. Apesar de serem próximos do Bolsonaro, não significa que vão ser atendidos por ele”, afirma o assessor. Com o tempo e a ascensão de Bolsonaro, os militares entenderam que precisavam de um lugar discreto e sempre disponível para as reuniões. Onde pudessem conversar sem chamar a atenção. Foi quando conseguiram alugar a um custo baixo a sala no hotel.

As reuniões têm formato parecido. Não participam delas somente militares. Em várias ocasiões, são também convidados especialistas civis que tenham afinidade com o perfil do grupo. O economista Paulo Guedes, provável ministro da Fazenda, já participou de mais de uma delas. Um dos participantes, principalmente pessoas ligadas às Forças Armadas ou algum civil convidado, realiza uma exposição de pontos para o grupo que, a partir daí, começa a trazer ideias e alternativas para o plano de governo. Do bunker, saíram várias propostas que hoje são a tônica da campanha de Bolsonaro. Um exemplo disso é a defesa que Bolsonaro tem feito de valores da família tradicional brasileira. Surgiu do grupo a tese de que parte da sociedade enxerga exagero em questões relacionadas a minorias de gênero e a defesa do aborto.

Dentro da cultura militar, que privilegia a logística e a estratégia, o grupo busca traçar diretrizes para o país a partir de 2019, com planos detalhados de execução e metas a serem atingidas. Como numa guerra a ser vencida, o grupo traça táticas militares para governar o País.


IstoÉ

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Frente elevaria o nível da campanha

Jaques Wagner entra em campo

O petista vitorioso na Bahia tentará costurar uma ‘frente democrática’ para dar fôlego a Fernando Haddad 

[A tal frente só funcionará se impedir Bolsonaro de aumentar para 60.000.000, no segundo turno, os votos do primeiro - o que obrigará o 'poste' de Lula a  arranjar mais de 30.000.000 de votos para somar ao que recebeu no primeiro e isso não conseguirá nem somando os votos do histérico Ciro, da perdedora nata Marina, do invasor Boulos e outras coisas do mesmo naipe.

A propósito, Ciro, Marina e Meirelles estão tentando convencer Boulos a fundar o MSV - Movimento dos Sem Votos.]


Fernando Haddad e o comissariado petista querem costurar uma “frente democrática” para derrotar Jair Bolsonaro e puseram em campo o ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner. Se conseguirem, no mínimo, levantam o nível da campanha. Wagner é competente e seu desempenho na Bahia comprova isso. Governou o estado de 2007 a 2015, elegeu o sucessor que, por sua vez, acaba de se reeleger. 

Se lhe faltasse credencial, no início do ano defendia uma chapa com Ciro Gomes e Haddad na vice. Foi atropelado pelo oráculo de Curitiba, recolheu-se e foi tratar de sua campanha para o Senado.  As duas principais pontas dessa costura são Ciro Gomes e Fernando Henrique Cardoso. Ciro tem um capital eleitoral e já disse que “ele não”. [o capital eleitoral de Ciro já fez com que o cearense de  Pindamonhangaba, perdesse duas ou três eleições.] Ainda falta que entre na campanha de Haddad.

Ele seria um corpo estranho no estilo que Haddad apresentou no primeiro turno. A questão será saber em que tipo de campanha e de propostas cabem os dois.  Só o tempo dirá onde o PT estava com a cabeça quando atropelou-o e, sobretudo, quando Dilma Rousseff descumpriu a palavra dada ao irmão de Ciro, que lhe oferecia uma cadeira de senadora pelo Ceará.  Roberto Mangabeira Unger, velho amigo dos Gomes, já conversou com Haddad.

A ponta de Fernando Henrique Cardoso é mais delicada. Ele está fechado em copas, numa dupla negativa: “Não concordo com o reacionarismo cultural e o descompromisso institucional de uns vitoriosos e tampouco com a corrupção sistêmica e com o apoio ao arbítrio na Venezuela e em outros países”. Para tirá-lo dessa posição será necessária muita conversa.  Mesmo assim, FHC sabe o peso biográfico de um eventual silêncio. São duas costuras possíveis para Jaques Wagner.

Uma parte do fenômeno Bolsonaro saiu do rancor petista, da eternizada adoração oracular a Lula e, sobretudo, da resistência dos comissários à autocrítica.   Muitas pessoas podem até votar em Haddad, mas se o preço for defender a moralidade petista no balcão de uma lanchonete acabam votando no capitão. O rancor produzido pela onipotência virou veneno e ainda está lá.  Mesmo depois do massacre de domingo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse o seguinte: “Nós vamos fazer um chamamento a todos os democratas. (...) Não temos restrição, se as pessoas tiverem noção do que está em jogo no Brasil e defenderem a democracia têm que estar nessa caminhada.”
 
Quem a ouvisse acreditaria que falava a uma plateia de militantes. “Têm que estar”, por que, cara pálida? A causa democrática não precisa do toque de clarim do PT, é justo o contrário.  A ideia segundo a qual o programa do PT precisa apenas de ajustes é suicida. Quem propõe uma frente democrática não fala essa língua, até porque felizmente os comissários já jogaram no mar a proposta de uma Constituinte.  A maior frente já construída na política brasileira foi a das Diretas-Já, de 1984. Nela entrou até Tancredo Neves que, com fina percepção, a considerava “necessária, porém lírica”.


Na sua fala ao Jornal Nacional, Jair Bolsonaro desautorizou a sugestão de Constituinte de sábios e a referência ao “autogolpe” de seu vice Hamilton (e não Augusto) Mourão. 
Fica combinado assim. Faltou esclarecer o significado de uma frase na sua saudação de domingo: “Vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil”.  Sem ativistas não há democracia. Não existiriam o PT, nem o PRTB de Levy Fidelix com seu aerotrem. Bolsonaro também precisa de um filtro moderador, mas talvez a banda golpista de seu eleitorado nem o queira.


Elio Gaspari, jornalista - O Globo