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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Senado - CPI eleitoreira tira o lugar da investigação que realmente precisa ser feita - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o principal articulador da CPI do MEC. [o senador estridente colherá mais uma derrota - o que lhe é habitual, já que sempre perde.                   Uma das mais vergonhosas foi na CPI Covidão, quando o calhamaço que pensava merecer ao menos uma rápida leitura do TPI - Haia foi recusado antes de ser entregue.]

A  partir de amanhã, quem for apresentador de televisão, mas for pré-candidato, já não pode mais estar na tevê ou vai ficar impedido pela Justiça Eleitoral, porque a lei está proibindo.  
 E a partir de sábado, quem for candidato e ocupar um cargo no Executivo, como o presidente da República ou um governador, não pode nomear, transferir com fins eleitorais, não pode mandar dinheiro para estado ou município com fins eleitorais. 
Se for fazer uma inauguração, não pode contratar show. São os rigores da lei eleitoral, para dar igualdade de condições entre o candidato que está no poder e o candidato que está fora do poder.


MAIS UMA DO BOCA DE VELUDO

Senadores preferem CPI para aparecer em vez de CPI para levar a sério
No Senado, mais um movimento para fazer uma CPI eleitoreira. Conseguiram fazer aquela da Covid, a CPI do circo, que por ordem do Supremo passou na frente de todas as CPIs que estavam prontas para ser instaladas. Recorreram ao Supremo e o ministro Barroso deu uma liminar que foi confirmada pelo plenário do Supremo menos pelo ministro Marco Aurélio, que disse que o Supremo não tem de dar ordem ao Senado, de acordo com o artigo 2.º da Constituição.

Há etnias isoladas que têm “proprietário”: a ONG estrangeira é proprietária, usa essa etnia para mostrá-la, como se fosse um zoológico humano, e fatura milhões com documentários na Europa
Abriram a CPI da Covid, e quem ficou para trás? O primeiro lugar da fila, a CPI das ONGs da Amazônia, que está pronta para começar desde o fim de agosto de 2019. Há uma pressão muito grande, diz o senador Plínio Valério, inclusive de uma grande rede de televisão e de muita gente que não tem interesse em mostrar o que está acontecendo, segundo ele, com 100 mil ONGs que recebem estrangeiros. 
A ex-ministra Damares me disse ontem que há etnias isoladas que têm “proprietário”: a ONG estrangeira é proprietária, usa essa etnia para mostrá-la, como se fosse um zoológico humano, e fatura milhões com documentários na Europa, mostrando como vivem os índios brasileiros.
 
 É esse o horror que a gente precisa mostrar numa CPI, mas tem gente querendo esconder. O senador Plínio Valério me disse, e eu coloquei isso no meu artigo que sai nos jornais de hoje, que em Coari uma ONG comprou um território equivalente a um décimo do território da Holanda. 
No subsolo tem gás de petróleo – que coincidência! 
A maior parte dos territórios indígenas, me disse também a ex-ministra Damares, foi coisa de gente estrangeira, uma antropóloga belga botava um, dois, três índios. “Plantava” índios, em geral em área de fronteira, e dizia que tinha de ser território indígena. Tudo isso sob a expectativa de um julgamento do Supremo sobre o tal marco temporal, que é simplesmente o julgamento de gramática, porque na Constituição diz que terras indígenas são as terras que ocupam, e não que vierem a ocupar, nem as que ocuparam. Diz ocupam, isso é presente do indicativo, de 5 de outubro de 1988, simples. 

Bons números na segurança e no emprego
Para terminar, quero lembrar vocês que, no ano passado, os homicídios caíram mais uma vez, queda de 6,5%; saiu no Anuário de Segurança Pública. E o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostra que em maio foram criados 277 mil novos postos de emprego; neste ano, 1,51 milhão. E isso que o cadastro não revela aqueles que estão trabalhando, vendendo na internet ou viraram microempresários.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Usam o verde como camuflagem - "Biden ameaça com sanções e nos oferece esmola para nos comprar"

Alexandre Garcia

''O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais no subsolo e na biodiversidade. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de devastar sua mata original''

Joe Biden ainda vê Brasil como quintal dos Estados Unidos. No debate eleitoral da semana passada, o candidato ameaçou os brasileiros: “Aqui estão US$ 20 bilhões. Parem de destruir a floresta e, se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”. Ele debatia com Donald Trump, mas se dirigiu aos brasileiros e afirmou que a Floresta Amazônica absorve mais carbono que o que é emitido nos Estados Unidos. Quis mostrar que a floresta interessa ao mundo, por absorção de carbono, o que pressupõe internacionalização. [Tentem internacionalizar - talvez até consigam, difícil, porém possível - talvez se surpreendam, se decepcionem, se desesperem, com o que conseguiram 'internacionalizar'] Desinformado e atrapalhado, Biden repetiu chavões. Estudiosos mostram que a Floresta Amazônica praticamente empata na geração de oxigênio e absorção de carbono.

O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais no subsolo e na biodiversidade. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de devastar sua mata original. Biden ameaça com sanções e, em atitude de humilhação, nos oferece esmola para nos comprar. Já antecipa o que fará se for presidente.

A Amazônia não caiu em nossas mãos por acaso. Foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além de Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu; depois, subindo o rio, empurrando os espanhóis, com soldados e flecheiros até Quito e erguendo fortes em pontos estratégicos, até que o Tratado de Madri consolidou os limites. Pedro Teixeira, Plácido de Castro, Rio Branco garantiram as fronteiras com a espada e a caneta. Em 1849, uma missão “científica” da marinha americana concluiu que a livre navegação pela Amazônia seria um “grande benefício para o povo americano”. Coube ao Barão de Mauá organizar apressadamente a Cia. de Navegação do Amazonas para o Brasil ocupar o rio, antes de ser ocupado. Em abril de 2013, o rei Harald V da Noruega, visitou o território Ianomâmi, em Roraima, a convite da Fundação Noruega para a Floresta Tropical, como se estivesse em área internacional. Golbery do Couto e Silva, na “Geopolítica do Brasil”, lembra que a fronteira só existe com a ocupação pelos brasileiros. JK, ao construir Brasília, alargou o Brasil e os brasileiros ocuparam a amplidão antes deserta, criando uma superpotência de alimentos.

O defensor da nossa Amazônia, do nosso petróleo, o juiz e escritor de esquerda, cassado pelo AI-1, Osny Duarte Pereira, ficaria horrorizado ao constatar que a mídia brasileira aprovou as ameaças do intrometido Biden. No Brasil, as ameaças de Biden ganharam apoios que, em outros tempos, seriam tachados de entreguistas pela esquerda liderada por Leonel Brizola. E a direita recebe de presente a bandeira do nacionalismo.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

De costas para o gol - Fernando Gabeira

In Blog

domingo, 21 de outubro de 2018

O bunker dos militares de Jair Bolsonaro

Generais se reúnem em subsolo de um hotel de Brasília para discutir táticas de campanha e articular alianças políticas. Do QG, saíram propostas que hoje são a tônica do discurso do candidato do PSL

Não há mapas pendurados nas paredes ou espalhados pela mesa. Nem sofisticados instrumentos de comunicação ou criptografia. De comum com os tradicionais bunkers militares, que servem para manter seus ocupantes a salvo de guerras ou desastres e prontos para dali traçar estratégias, está o fato de se instalar no subsolo. É ali, numa sala com duas portas de madeira, com as paredes externas adornadas com um tecido de losangos coloridos, em um discreto e modesto hotel na Asa Norte, a cerca de menos de cinco quilômetros da Esplanada dos Ministérios, que os principais generais ligados à campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, reúnem-se. Do bunker instalado no subsolo do Hotel Brasília Imperial saem algumas das principais estratégias usadas na campanha e o conjunto de propostas de um futuro governo.


 Evaristo Sá/AFP; Divulgação

As reuniões são anteriores mesmo à própria candidatura de Bolsonaro. Estão relacionadas com o desejo que as Forças Armadas, como instituição, demonstrou de participar mais ativamente do debate político brasileiro. O grupo congrega cerca de 20 militares da reserva. À frente, cinco generais que hoje formam o núcleo duro com origem na caserna da campanha do PSL: Augusto Heleno, Oswaldo Ferreira, Aléssio Ribeiro e o candidato a vice de Bolsonaro, Hamilton Mourão. Entre os militares da reserva mais engajados na discussão política, a turma ficou conhecida como “Grupo de Brasília”.

Os generais Augusto Heleno e Oswaldo Ferreira são os precursores da equipe. Heleno é apontado como eventual ministro da Defesa do governo Bolsonaro. O general Oswaldo Ferreira é o principal mentor do time de Bolsonaro para a área de logística e infraestrutura. É cotado para assumir um Ministério da Infraestrutura. Ao grupo, aderiu logo também o general Hamilton Mourão, que acabou se tornando o candidato a vice de Bolsonaro. E o general Aléssio Ribeiro Souto, responsável por elaborar as principais propostas do governo bolsonarista na área da Educação. Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, Souto defendeu publicamente que seja revisada a narrativa sobre o Golpe Militar de 1964, dando “os dois lados da história”, e até o estímulo do estudo do criacionismo nas escolas.


COMO TUDO COMEÇOU
No segundo semestre de 2017, o general Ferreira começou a se aproximar de Bolsonaro e enxergar nele o caminho para a maior inserção política que os militares pretendiam. Bolsonaro buscava diretrizes na área de desenvolvimento de logística, setor em que os militares são considerados especialistas. Ferreira foi incorporando aos debates outros militares. Em março deste ano, as reuniões foram se tornando mais frequentes.

No início, os encontros ocorreram em várias localidades. Uma delas foi a casa do general reformado Augusto Heleno. Outra no apartamento onde mora Oswaldo Ferreira. Em uma ocasião, reuniram-se na sala de um assessor do deputado Delegado Francischini (PSL-PR) na Câmara. Ouvido por ISTOÉ, esse assessor conta que, nessa reunião, a pauta principal foi segurança. “Há muito debate. Muitas vezes, o que eles pensam não chega a ser incorporado à campanha. Apesar de serem próximos do Bolsonaro, não significa que vão ser atendidos por ele”, afirma o assessor. Com o tempo e a ascensão de Bolsonaro, os militares entenderam que precisavam de um lugar discreto e sempre disponível para as reuniões. Onde pudessem conversar sem chamar a atenção. Foi quando conseguiram alugar a um custo baixo a sala no hotel.

As reuniões têm formato parecido. Não participam delas somente militares. Em várias ocasiões, são também convidados especialistas civis que tenham afinidade com o perfil do grupo. O economista Paulo Guedes, provável ministro da Fazenda, já participou de mais de uma delas. Um dos participantes, principalmente pessoas ligadas às Forças Armadas ou algum civil convidado, realiza uma exposição de pontos para o grupo que, a partir daí, começa a trazer ideias e alternativas para o plano de governo. Do bunker, saíram várias propostas que hoje são a tônica da campanha de Bolsonaro. Um exemplo disso é a defesa que Bolsonaro tem feito de valores da família tradicional brasileira. Surgiu do grupo a tese de que parte da sociedade enxerga exagero em questões relacionadas a minorias de gênero e a defesa do aborto.

Dentro da cultura militar, que privilegia a logística e a estratégia, o grupo busca traçar diretrizes para o país a partir de 2019, com planos detalhados de execução e metas a serem atingidas. Como numa guerra a ser vencida, o grupo traça táticas militares para governar o País.


IstoÉ