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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Ministério Público Federal vai reabrir investigações sobre a morte de Vladimir Herzog [o Brasil é uma Nação Soberana e vai ignorar as decisões dessa corte e nada vai acontecer.]



[antes de tentar enquadrar o Brasil por fatos devidamente anistiados,  essa corte pró-esquerda deveria cuidar da matança (atual) que está ocorrendo na Nicarágua e na Venezuela.

Eventuais delitos cometidos durando o Governo Militar, no combate a porcos terroristas foram anistiados, ou só os assassinos da esquerda devem ser anistiados, indenizados e pensionados?

O MP deveria ser isento e antes de cogitar de punir mortos que supostamente assassinaram o jornalista Herzog, deveria cuidar de prender o Clemente que se orgulha dos crimes que cometeu - vídeo abaixo.] 

Tem dezenas de vídeos com depoimentos de outros assassinos - escolhemos dois ao acaso.

Seria este ESCROQUE COMUNISTA da Paz condicente com o seu sobrenome? 

Claro que não, Vamos conhecer um pouco sobre quem foi este "Santo" TERRORISTA que lutou contra o Brasil, e é visto hoje pelos jovens apoiadores do PT, como um herói que "lutou pela democracia" durante o REGIME MILITAR. Carlos Eugênio da Paz, foi um dos militantes da ALN que esteve presente em quase todos os atos terroristas da organização. Ex-comandante da ALN, membro da Coordenacão Regional e Nacional da Organização. Juiz e carrasco do "Tribunal Vermelho ", participou ativamente de, como ele mesmo declarou, cerca de 10 assassinatos. Um dos mais discutidos JUSTIÇAMENTOS, entre os próprios militantes das organizações terroristas foi o de Márcio Toledo Leite, que o próprio CLEMENTE, diz não se arrepender e defende a execução de Hennig Boilesen descrito em seu livro : Viagem à Luta Armada.o homem da ALN que avalia fuzis "bons para execução" e amigo do Dirceu que integrava o mesmo grupo terrorista. Ele trata da morte como quem diz: "Está frio lá fora e hoje e segunda-feira". Eis a transcrição do que este ASSASSINO TERRORISTA fala no vídeo apresentado pela novela exibida no SBT, em retribuição do Silvio Santos ao governo do PT, após o operário que nunca foi padrão ter salvo o banco Panamericano. "Eu, atrás (no banco do fusca) com um fuzil Mauser 762, que é um fuzil muito bom para execução, de muita precisão. E quando ele (a vítima) chega na esquina da alameda Casa Branca, ele tinha de parar porque tinha uns dois carro na frente... Ele teve que parar. Quando ele parou, eu tava no banco de trás do carro e falei 'Vou dar um tiro nele'. 

Peguei o fuzil, o companheiro que tava na frente, no Fusca, baixou a cabeça e já dei um primeiro tiro de fuzil. Não acertei de cheio porque eu sou destro; eu atiro nessa posição (Note a frieza como ele demonstra a posição e o verbo NO PRESENTE), como eu tava atrás, no Fusca, eu tive que inverter e atirei assim, então pegou aqui, de cabeça, no occipital dele, mas já começou a sangrar. Ele abre a porta do carro e sai do carro. Nós saímos. Só o motorista que não sai porque o motorista tem que ficar ali, assegurando a fuga. Saímos eu e outro companheiro. Ele sai com a metralhadora, eu saio com o fuzil. Ele (a vítima) saiu correndo em direção à feira, o companheiro metralhando ele, e eu acertando com dois, três, quatro (tiros), acertei três tiros nas costas dele, e o companheiro, com a metralhadora, acertou vários. Aí, de repente, ele caiu; quando ele caiu, eu me aproximei, e, com a última bala, a gente sempre dá o último tiro de misericórdia, que é para saber que a ação realmente foi cumprida até o fim. "Uma nação soberana e justa se constrói também através das lutas de seu povo. Quando uma parte da sociedade apela para a violência, é bom que aqueles que defendem a democracia e a liberdade respondam com as mesmas armas. Isso vai construindo uma consciência a longo prazo, mesmo se essa luta não conseguir todos os seus objetivos."

Jornalista foi torturado e morto durante a ditadura militar



O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) vai reabrir as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. A informação foi dada nesta segunda-feira pelo procurador Sergio Suiama, na TV Cultura, onde Herzog trabalhava quando foi torturado e morto em 1975, na sede do DOI-CODI, em São Paulo, durante a ditadura militar, no governo do presidente Ernesto Geisel, e confirmada pelo MPF.

O inquérito será retomado depois que a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos condenou, no início de julho, o Estado brasileiro. Foi a primeira vez que a Corte reconheceu um assassinato cometido durante a ditadura do Brasil como um crime contra a humanidade. O Brasil havia sido condenado em 2010 por não ter investigado os desaparecimentos ocorridos na Guerrilha do Araguaia. Suiama atuou como perito na Corte, a pedido do Centro de Justiça e Direito Internacional (Cejil), do qual fazem parte Clarice e Ivo Herzog, e o evento realizado nesta segunda-feira serviu para explicar o trâmite do processo. — O MPF anunciou que o caso vai voltar a ser investigado. Estavam aguardando a decisão internacional. Já começa o cumprimento da sentença — afirmou Beatriz Affonso diretora do Centro de Justiça e Direito Internacional (Cejil) para o Brasil, que ajudou a família a apresentar o caso na CIDH.

A decisão, segundo Affonso, pode ter impacto em outros casos semelhantes, mas também só deve ser resolvida no Supremo Tribunal Federal. Tem um horizonte novo muito importante que os administradores de Justiça no Brasil vão ter que enfrentar que é não poder usar prescrição e a Lei de Anistia como obstáculo para investigação — explicou ela. — As outras investigações também não vão poder ser barradas por isso ou, com certeza, vai criar um mal estar de outro patamar. Com certeza, vamos parar no STF para decidir sobre o crime contra a humanidade.

Na sentença do caso Herzog, ficou estabelecido que daqui um ano o governo brasileiro deverá apresentar um relatório mostrando o que fez para reabrir as investigações contra os responsáveis pela morte e também como procedeu para pagar uma indenização de cerca de U$ 240 mil devido aos danos morais e materiais sofridos pela família com o assassinato do jornalista. [essa turma da esquerda gosta muito é de uma indenização.] 
 
De acordo com o MPF, os documentos do caso estavam em Brasília e o inquérito estava suspenso a pedido aguardando a decisão da CIDH sobre o caso. Depois da sentença, a documentação já foi enviada para SP, onde a procuradora responsável pelo caso, vai instaurar um novo procedimento de investigação nos próximos dias. O caso Herzog estava arquivado desde 2008.  — O que significa silenciar um jornalista para uma democracia? Acho que esse caso é antigo, mas onde fica explícito como a gente fragiliza um país quando o estado resolve silenciar um jornalista — afirma Affonso.

CRIME CONTRA HERZOG
Herzog nasceu na antiga Iugoslávia, em Osijek, hoje a quarta maior cidade da Croácia, mas devido a perseguição nazista a família veio para o Brasil. Ele era diretor de jornalismo da TV Cultura quando foi ao Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) para prestar um depoimento em 25 de outubro de 1975. Naquele dia, foi submetido a um interrogatório sob tortura e morreu devido à violência sofrida. [???]

À época do crime, os militares afirmaram que Herzog tinha cometido suicídio dentro da prisão. Com uma tira de pano, os agentes amarraram o corpo pelo pescoço à grade de uma janela e chamaram um perito do Instituto Médico Legal paulista para fotografar a cena forjada de que Vlado, como era conhecido, tinha dado fim à própria vida. Para tentar comprovar sua versão, o governo militar divulgou a foto do corpo pendurado, em que se vê os pés do jornalista apoiados no chão, evidenciando a farsa.

Depois da morte, a Justiça Militar realizou uma investigação na qual sustentou a versão do suicídio. No entanto, em 1978, em uma ação cível, a família conseguiu o reconhecimento da responsabilidade do estado pela morte do jornalista, mas os militares que cometeram o assassinato nunca foram punidos. Em 1992, as autoridades brasileiras iniciaram uma nova investigação, mas esta foi arquivada com base à interpretação vigente da Lei de Anistia.

A sentença da CIDH determina que o Brasil reabra as investigações e o processo penal “para identificar, processar e, caso seja pertinente, punir os responsáveis pela tortura e morte de Vladimir Herzog, em atenção ao caráter de crime contra a humanidade desses fatos e às respectivas consequências jurídicas para o Direito Internacional".
No dia da condenação, o Ministério das Relações Exteriores informou, por nota, que encaminhará à CIDH, dentro do prazo estipulado de um ano, um relatório sobre as medidas implementadas para apurar a morte do jornalista. “O Brasil reconhece a jurisdição da Corte e examinará a sentença e as reparações ditadas", diz a nota.[ esta declaração foi proferida pelo Ministério das Relações Exteriores, que é chefiado por Aloysio Nunes, terrorista que foi anistiado - ninguém questiona o fato dele ter sido anistiado;
por gratidão ele fala a asneira de que o Brasil reconhece a jurisdição da tal corte.]




CASO BACURI
Na terça-feira (31), encerra o prazo para o governo brasileiro prestar informações sobre o assassinato de Eduardo Leite, ex-integrante da Vanguarda Popular Revolucionária e conhecido como Bacuri. Ele morreu em 8 de dezembro de 1970 e é considerado o militante que passou mais tempo sob tortura durante a ditadura. Foram 109 dias sob interrogatório violento nas instalações da Marinha, do Exército e pela equipe do delegado Sérgio Fleury. De acordo com a família, pouco antes de morrer, ele já não conseguia andar. No entanto, para entregar seu corpo, as Forças de Segurança forjaram um tiroteio. [esse bacuri participou de várias ações terroristas e sempre se destacou pela crueldade e covardia com que agia.]
 
A família de Bacuri, também por meio do Cejil, denunciou o caso em 2011 à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, etapa anterior à apreciação da CIDH. Eles exigem que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte já que seu corpo tinha diversos sinais de tortura, como ausência dos olhos, orelhas e língua.  — Nunca houve uma investigação, nem uma abertura de inquérito. Não temos nenhum rastro — explicou o advogado Erick Curvelo, que atua para o Cejil no caso.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores disse que o processo é sigiloso e que o governo vai prestar as informações necessárias dentro do prazo.


 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

SOLDADO MÁRIO KOSEL FILHO



Em 26 de junho de 2014 enviei o seguinte e-mail à (c) Omissão da Verdade:
Hoje, 26 de junho, é um dia em que deveria ser reverenciado o herói SOLDADO MARIO KOSEL FILHO, que teve seu corpo estraçalhado por um carro-bomba atirado contra o quartel do então II Ex, por militantes da organização VPR. A presidenta da República, na ocasião - 1968 -, era militante dessa Organização. Segundo a imprensa, os pais de MARIO KOSEL FILHO passaram a receber a quantia de 350 reais, posteriormente reajustada para 1.140 reais, muito aquém das quantias dadas aos assassinos anistiados. 

DIÓGENES JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA, posteriormente militante do PT, um dos que participaram desse e outros dez atos terroristas – posteriormente banido para o México em troca da vida de um diplomata sequestrado – após ser anistiado, foi aquinhoado com uma pensão vitalícia de 400.337,73 reais, e mais uma pensão mensal de 12.627,72, tudo livre do imposto de renda,
O atentado ocorreu no dia 26 de junho de 1968. Há 47 anos, portanto.


                              NÃO DEVEMOS ESQUECER!
                                   Carlos I. S. Azambuja

Na madrugada fria e nublada do dia 26 de junho de 1968, no Quartel General do II Exército, o silêncio e a tranqüilidade eram visíveis. Oficiais, sargentos e soldados dormiam e descansavam. Nos seus postos, as sentinelas estavam atentas, zelando pela vida de seus companheiros e protegendo as instalações do QG, pois o período era conturbado. As guaritas estavam guarnecidas por jovens soldados que, aos 18 anos, cumpriam com o dever, prestando o serviço militar obrigatório. Todos pertenciam ao efetivo do 4º RI e se apresentaram nos primeiros dias de janeiro.

Durante a instrução, eram continuamente alertados a respeito da situação que o País atravessava. Sabiam que nessas ocasiões os quartéis são muito visados, como possíveis alvos para as ações terroristas. Além disso, todos foram alertados e souberam dos detalhes do assalto ao Hospital Militar, pois as vítimas eram seus colegas do 4º RI, unidade do Exercito onde servia Lamarca, que já pertencia à VPR.

Quando assumiram o serviço de guarda no QG, foram instruídos quanto aos procedimentos em caso de um ataque às instalações do quartel. Todos estavam tensos e ansiosos. Mal sabiam que um grupo de dez terroristas, entre eles duas mulheres, rodava em um pequeno caminhão, carregado com 50 quilos de dinamite, e mais três Fuscas, na direção do QG. Tinham a missão de causar vítimas e danos materiais ao Quartel General. Por medo e por covardia, não tiveram a coragem de atacá-lo de outro modo que não fosse por um ato de terror.
 
Seguiam os ensinamentos de um de seus líderes, Carlos Marighella que, no seu Minimanual do Guerrilheiro Urbano escreveu:
“O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar.”
“Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado.”

Às 4h30, a madrugada estava mais fria e com menos visibilidade
Nessa hora, uma sentinela atirou em uma caminhonete, que passava na Avenida Marechal Stênio Albuquerque Lima, nos fundos do QG, e tentava penetrar no quartel. Desgovernada, batera, ainda na rua, contra um poste. As sentinelas viram quando um homem saltou desse veículo em movimento e fugiu correndo.

O soldado Edson Roberto Rufino disparou seis tiros contra o veículo. O soldado Mário Kozel Filho, pensando que se tratava de um acidente de trânsito, saiu do seu posto com a intenção de socorrer algum provável ferido. Ao se aproximar, uma violenta explosão provocou destruição e morte num raio de 300 metros.

Passados alguns minutos, quando a fumaça e a poeira se dissiparam, foi encontrado o corpo do soldado Kozel totalmente dilacerado.
O coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau ficaram muito feridos.

Consumava-se mais um ato terrorista da VPR. Os estragos só não foram maiores porque a caminhonete, ao bater  em um poste, parou e não penetrou no quartel. O soldado Mário Kozel Filho morreu no cumprimento do dever e foi promovido a sargento após a sua morte. O Exército Brasileiro, numa justa homenagem, colocou o seu nome na praça principal do QG do antigo II Exército, hoje Comando Militar do Sudeste, e na Ordem do Mérito Militar.
Participaram deste crime hediondo os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT). Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Eduardo Coleen Leite, (o Bacuri) José Araújo da Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.

Por: Carlos I.S. Azambuja - Historiador

Transcrito do Site: TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Resultados do Terrorismo

Quando as massas não estão dispostas a empreender a luta armada, não basta que o partido esteja”.(Chou-En-Lai)

Em 1974, quando a Guerrilha do Araguaia foi desmantelada, nenhum Serviço de Inteligência, em todo o mundo, teria coragem de vaticinar que 14 anos depois o povo cativo da Europa Oriental, nas ruas, com um mínimo de sangue, mas com muito suor e lágrimas, derrubaria o socialismo real, cujo modelo a esquerda radicalizada tupiniquim deseja importar para o Brasil. Tampouco que logo depois, em dezembro de 1991, a bandeira vermelha com a foice e o martelo seria arriada definitivamente do Kremlin, marcando o fim da Pátria do Socialismo e o encerramento de uma era histórica.
Ficha de Dilma no DOPS
No Brasil, os terroristas, assaltantes de bancos, de casas comerciais, e até de residências, os“justiçadores” de companheiros, os seqüestradores de autoridades e de aviões, portadores da “verdade científica” do marxismo-leninismo-stalinismo-trotskismo-pensamento de Mao-Tsetung e Henver Hoxa, foram anistiados. Anistia significa esquecimento. Prova do esquecimento é o fato de que, hoje, alguns estão no Poder, em órgãos do Executivo e do Legislativo. Alguns são ou foram governadores e prefeitos.

Todavia, uma minoria desses ex-terroristas, apoiada por alguns políticos e por órgãos reconhecidamente infiltrados por comunistas (a expressão correta seria: pelos ainda comunistas), buscam promover o ‘julgamento’ público, num ato explícito de revanchismo, daqueles que, constitucionalmente, os combateram, defendendo a Pátria. Nesse sentido, promovem eventos de ‘denúncia de torturadores’, na tentativa de derrotarem, hoje, por outros meios - ditos pacíficos - os que os derrotaram.[infelizmente, apesar do heroísmo, amor a Pátria e dedicação ao combate dos porcos terroristas, os MILITARES e AGENTES DE SEGURANÇA que combateram na guerrilha não agiram com a energia necessária e que foi empregada, e bem empregada, pelos que combateram os porcos guerrilheiros da guerrilha rural, especialmente a Guerrilha do Araguaia: tivesse sido usado contra os guerrilheiros urbanos a mesma energia, todos, ou quase todos, teriam sido excluídos e hoje muitos não estariam governando o Brasil e buscando o revanchismo.]

Nenhuma alusão, no entanto, é feita, por ninguém, aos que perderam suas vidas em decorrência da violência armada que as esquerdas declararam ao regime. Seus nomes não são recordados; suas famílias não promovem passeatas; nada reclamam da Pátria e nada reivindicam ao Estado e a seus governantes, a não ser um mínimo de coerência.

Esses nomes não devem ser esquecidos, desde o primeiro, Carlos Argemiro Camargo, sargento do Exército, morto por um grupo de terroristas comandados pelo coronel reformado do Exército Jefferson Cardim de Alencar Osório, em 28 de março de 1966, no Paraná, até o último, Otávio Gonçalves Moreira Junior, delegado da polícia de São Paulo, em férias no Rio de Janeiro, metralhado em Copacabana, ao sair da praia, por terroristas da ALN, PCBR e VAR-PALMARES, em 25 de fevereiro de 1973.

Durante as operações desenvolvidas na guerra suja do Araguaia, por cerca de 2 anos, para debelar a guerrilha que o PC do B tentou implantar na região, as Forças Armadas sofreram 9 baixas. Antes da morte de qualquer guerrilheiro, dois militares foram mortos: sargento Mario Ibrahim da Silva e cabo Odílio Cruz Rosa; posteriormente um outro desapareceu - soldado Francisco Valdir de Paula -; e 6 foram feridos (três Oficiais, dois Sargentos e um Cabo). Estes terão seus nomes preservados.

Os terroristas, no entanto, nas guerrilhas urbana e rural, não se limitaram a matar os que, constitucionalmente, defendiam o que eles denominavam de “ditadura militar”. Foram mais longe. “Julgaram” e mataram vários de seus companheiros, “justiçados”, não por terem cometido qualquer crime. Foram assassinados sob a acusação empírica de “fraqueza ideológica”, o que era considerado “um perigo em potencial” para as Organizações. Ou seja, aqueles que abandonaram ou pensavam abandonar o “centralismo democrático” e ousaram pensar com suas próprias cabeças foram considerados “perigosos” e pagaram com a vida, pois, algum dia, em algum momento, poderiam colaborar com o “inimigo de classe”. Foram eles:

- Antonio Nogueira da Silva Filho, da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (Var-Palmares), condenado ao “justiçamento” em 1969 (a “sentença” não foi efetivada por ter o “condenado” fugido para o exterior); 

- Geraldo Ferreira Damasceno, militante da Dissidência da Var-Palmares (DVP), “justiçado” em 29 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;

- Ari Rocha Miranda, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 11 de junho de 1970 por seu companheiro Eduardo Leite (“Bacuri”), durante uma “ação”, em São Paulo; [este porco chamado Bacuri foi um dos mais cruéis guerrilheiros, cruéis e covardes, mas, felizmente, antes de ser abatido teve tempo e estímulo bastante para pensar nos seus crimes.]

- Antonio Lourenço, militante da Ação Popular (AP), “justiçado” em fevereiro de 1971, no Maranhão; 
- Marcio Leite Toledo, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 23 de março de 1971 por seu companheiro Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz;

- Amaro Luiz de Carvalho (“Capivara”), militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e, posteriormente, do Partido Comunista Revolucionário (PCR), “justiçado” em 22 de agosto de 1971, em Recife, Pernambuco, dentro do presídio onde cumpria pena;

- Carlos Alberto Maciel Cardoso, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 13 de novembro de 1971, no Rio de Janeiro;

- Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, da Resistência Armada Nacionalista (RAN), “justiçado” em 28 de junho de 1973 dentro do colégio em que era professor, por um comando da Ação Libertadora Nacional (ALN). Maria do Amparo Almeida Araujo, então militante da ALN e hoje presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais”, em Pernambuco, participou dos levantamentos preliminares que propiciaram o “justiçamento” que ela diz não saber quem praticou (depoimento da mesma no livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, do jornalista Luiz Maklouf, 1998), embora, é evidente que para que o “justiçamento” pudesse ser efetuado, ela devesse passar esses levantamentos para alguém;

- Salatiel Teixeira Rolins, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), “justiçado” em 22 de julho de 1973 por militantes do PCBR. Segundo Jacob Gorender - que em 1967 foi um dos fundadores do PCBR -, em seu livro “Combate nas Trevas”, os assassinos não poderiam intitular-se “militantes do PCBR”, pois, nessa época, “o PCBR não mais existia”.

Na Guerrilha do Araguaia (1972-1974), foram “justiçados” pelo PC do B: 

- “Mundico” – Rosalino Cruz Souza, guerrilheiro; Osmar, Pedro Mineiro, João Pereira e João Mateiro, moradores da região. Estes, por suposta colaboração com as Forças Armadas.

Alguns desses “justiçadores” estão aí, alguns desempenhando funções públicas.

Deve ser recordada também a morte, na Guerrilha do Araguaia, da Cadela Coroa - citada em uma série de reportagens publicadas pela imprensa em 1996 - também “justiçada”, de acordo com as leis da guerrilha, por ter-se transformado em um perigo em potencial.

Conforme matéria publicada no jornal “Arauto” – informativo do Clube de Aeronáutica – de julho de 1996, a Cadela Coroa era uma espécie de mascote, dado seu apego aos membros doDestacamento A da guerrilha. Em 1972, todavia, ocorreu um fato que iria selar o destino deCoroa: com a chegada dos militares à área, os terroristas tiveram que se embrenhar na selva eCoroa, que acabara de dar cria, acompanhou-os. Mas, movida pelo sentimento materno, todos os dias sumia do acampamento e andava diversos quilômetros para amamentar os filhotes que deixara para trás.

A partir daí, os bravos terroristas do Destacamento A passaram a encará-la não como a melhor amiga do homem, mas como uma ameaça, pois, afinal, os militares poderiam seguí-la e chegar até eles. Por isso, decidiram que ela deveria ser “justiçada”, por ter-se tornado potencialmente perigosa. Por sorteio, a tarefa coube ao guerrilheiro “Zezinho”- Micheas Gomes de Almeida, que a matou a facadas, pois não podia ser a tiros que chamariam a atenção.

Morte semelhante - recorde-se - à do tenente Alberto Mendes Junior, morto a coronhadas de fuzil por Carlos Lamarca, no Vale da Ribeira, em maio de 1970, também para não despertar a atenção da tropa que o perseguia.
 
Vamos imaginar que a história tivesse ocorrido ao contrário. Caso a Cadela Coroa tivesse sido morta, digamos, pela tropa das forças legais. O fato teria, então, sido apontado como mais uma prova de que as Forças Armadas “atuaram como bárbaros”, como disse o Sr. João Amazonas, em depoimento no Congresso Nacional.

Não teriam faltado os protestos de uma ONG qualquer, mantida não se sabe por quem, dedicada à defesa dos direitos das cadelas amigas de guerrilheiros. Seria lançada, possivelmente, outra edição, atualizada, do “Brasil, Nunca Mais”, acrescentando o nome de Coroa. Tudo isso com o indispensável aval e aplausos do grupo filantrópico, de utilidade pública, “Tortura Nunca Mais”.

Intelectuais de esquerda viriam a público protestar, com crônicas dominicais nas páginas dos principais jornais, entrevistas na TV, poesias e outros meios que dispusessem. Finalmente, surgiria um cineasta, já com um roteiro pronto e os protagonistas escolhidos para contar a história de mais uma vítima do “terrorismo de Estado”. As cenas externas, com clips levados ao ar no horário nobre das televisões, seriam rodadas no Araguaia.

Finalmente, uma Comissão de Cães Mortos ou Desaparecidos seria criada, cujos integrantes também viajariam para o Araguaia, acompanhados por experts estrangeiros, em busca das ossadas de Coroa que, se encontradas, seriam levadas para a Unicamp. Os recursos financeiros para tudo isso não seriam problema. Aliás, essa tarefa poderia ser encampada,agora em 2014, pela © Omissão da Verdade que, evidentemente, encontraria uma forma de culpar a repressão pela morte da Coroa...


Por: Carlos I. S. Azambuja é Historiador - Do Blog Alerta Total