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domingo, 12 de agosto de 2018

Bolsonaro é o 'moleque sabido' que ajudou na captura de Lamarca?

[só batem, só tentam desvalorizar, os que estão no topo.
o guerrilheiro e traidor Lamarca foi abatido em 1971 e Bolsonaro formou-se na Aman em 1977, com 22 anos;

quando  o traidor foi abatido por força comandada pelo general Cerqueira,  Bolsonaro tinha entre 15 a 16 anos; nem um petista - categoria que se destaca pela falta de inteligência, bom senso e noção - iria afirmar ter participado com aquela idade da operação abate Lamarca.] 

Candidato repete que participou de busca à lider esquerdista, mas se aproveita de mito da caserna para avolumar -  enganosamente - a própria biografia

Na história da repressão a grupos guerrilheiros nos anos 1970, militares do serviço de inteligência atribuem ao que chamam de “moleque sabido” uma informação essencial na investigação sobre Carlos Lamarca, capitão do Exército que desertou para se tornar líder de grupos armados de resistência à ditadura militar. O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tenta acoplar à sua biografia conservadora uma suposta participação na busca a Carlos Lamarca, quando o guerrilheiro passou em 1970 pelo Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, em fuga de tropas do Exército que o perseguiam. [foi nessa fuga que o  desertor e traidor Lamarca - com a covardia característica de todos os terroristas e assassinos que conspiravam contra o Brasil - assassinou covardemente o tenende Mendes da PM-SP.]  Seria Bolsonaro o “moleque sabido” ou o candidato tenta se apropriar de episódio mítico entre os militares para avolumar a própria biografia? [obviamente que Bolsonaro jamais incorreria em tão elementar e inequívoca contradição - nem o mais estúpido dos petistas seria capaz de tanta falta de noção.
Óbvio que a ascensão de Bolsonaro desperta em seus adversários o incontrolável desejo de tentar desmoralizá-lo e uma das táticas é semear a confusão.]

Quando Lamarca chegou a Eldorado, cidade em que Bolsonaro passou a infância, o hoje candidato a presidente tinha 15 anos recém-completados. Em entrevistas, como a concedida há duas semanas ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Bolsonaro repete que ainda “moleque” ajudou na “caça ao Lamarca” porque conhecia as matas na região de Eldorado. Propositadamente, Bolsonaro mistura dois episódios distintos para colocar-se no centro de fatos relevantes para a história? São episódios que aconteceram com um ano e quatro meses de diferença e em dois locais distantes entre si por 210 km. 

Época teve acesso a arquivos de um velho militar - por sinal, eleitor de Bolsonaro - que serviram de base para os relatos detalhados da perseguição das Forças Armadas ao capitão desertor. O mais famoso desses relatos é o projeto Orvil (livro de trás para diante). A inciativa reuniu documentos e depoimentos de oficiais das Forças Armadas que buscavam rebater as informações publicadas no livro “Brasil: Nunca Mais”, obra de 1985 em que defensores dos direitos humanos reconstruíram torturas e assassinatos ocorridos nos porões da ditadura militar. Em mais de 300 páginas, “Brasil: Nunca Mais” era uma narrativa devastadora da rotina de torturas, assassinatos e desaparecimentos forçados de presos políticos. [o livro Brasil Nunca Mais é o mais completo amontoado de mentiras - são tão gritantes as contradições do mentiroso livro, que com o advento da internet e outros recursos, o BNM foi para o arquivo;
enquanto, para ficar só em um exemplo, o livro A VERDADE SUFOCADA, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, já alcança várias edições.]  O projeto Orvil buscou contar a história dezenas de militares assassinados pelos grupos esquerdistas, usando para tal arquivos e depoimentos de integrantes da repressão. 

São esses arquivos militares que mostram que Bolsonaro mistura histórias diferentes para enobrecer seu passado. 
1 – A história do “moleque sabido” de Itapecerica
Em janeiro de 1969, o assalto a unidades militares para o roubo de armas era a principal preocupação do alto comando do Exército. Aquela época, duas irmãs viviam em um sítio de Itapecerica da Serra, município da Grande São Paulo. Cada qual vivia com sua família em dois trechos dos terrenos. Os documentos dos agentes da repressão preservam seus nomes chamando-as apenas de “irmã da frente” e “irmã de trás”, em referência ao ponto do sítio em que cada casa se localizava em relação à rua de acesso. Um dos filhos da “irmã da frente” começou a ser impedido de circular livremente por todo o terreno. Como insistia em andar para todos os lados, recebeu safanões de homens que estavam trabalhando nas redondezas da casa de trás. O garoto reclamou com a mãe. Esta não se dava com o cunhado - velho militante esquerdista - e decidiu fazer uma queixa na delegacia de polícia de Itapecerica. Questionada se havia motivos para que o filho tivesse sua circulação restrita, ela mencionou que vira homens pintando de verde um caminhão, dando a ele aparência de veículo militar. 

A informação despertou a curiosidade do delegado. Às 13h do dia 23 de janeiro de 1969, policiais localizaram cinco homens nos arredores do sítio. Quatro foram presos. Um conseguiu fugir. Os presos foram então enviados à Segunda Companhia de Polícia do Exército. Apresentaram uma versão para a pintura do caminhão considerada aceitável: eram contrabandistas que precisavam falsificar o caminhão militar para distribuir mercadorias.  O major que comandou o interrogatório achou a história perfeita demais. Imaginou que subversivos poderiam tê-la criado. Mandou então um destacamento vasculhar a região do sítio em Itapecerica. A chegada dos blindados de reconhecimento M-8 logo se tornou uma festa para as crianças de Itapecerica. Nenhum suspeito foi nem sequer avistado. O capitão que comandava o pelotão começou a perguntar para as crianças sobre estranhos que rondavam o local. Assim descreveu o diálogo que manteve com um garoto de “não mais de 10 anos”, a quem chamou de “moleque sabido”: 

“ -  E como o pessoal chega até o sítio?
   - Eles vêm de carro até aquelas árvores lá embaixo, onde deixam o carro e sobem a pé.
   - E qual o carro de que se utilizam?
    - É um Fusca cinza, quase novo, mas que tem os dois pneus de trás completamente carecas.
      - Oi, moleque sabido. Só faltava você ter anotado a chapa desse carro para ser um verdadeiro policial.
    - E anotei.
     - Puxa! Então vá até sua casa e traga essa anotação para mim, porque é muito importante.
       - Não. Anotei aqui [apontou para a própria fronte]. A placa é 30-81-45".
 
Não há comprovação da existência do “moleque sabido”. Mas os militares de inteligência contaram que, às 18h30 do mesmo dia, um carro foi abandonado por “terroristas” no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Para escapar de uma blitz, os “terroristas” fugiram a pé, deixando parte das armas no banco do carro: um Fusca cinza, placa 30-81-45, com dois pneus muito gastos. Dentro do carro, havia uma nota fiscal de uma Kombi verde, vendida a Carlos Lamarca. 

Na tarde do mesmo dia, Lamarca desertara do 4º Regimento de Infantaria, de Quitaúna (SP), levando 63 fuzis, dez metralhadoras e muita munição. Fugira acompanhado do sargento Darci Rodrigues, do cabo José Mariane e do soldado Carlos Roberto Zamirato. Todos haviam se tornado militantes da VPR, a Vanguarda Popular Revolucionária, então o principal grupo da luta armada em resistência ao regime. Usaram na fuga o Fusca Cinza, que depois seria trocado pela Kombi comprada por Lamarca. Assim, o “moleque sabido” teria dado a primeira trilha que levaria à captura de Lamarca, que só ocorreria em setembro de 1971. 

2 – O pequeno Bolsonaro sai à caça
Em maio de 1970 - um ano e quatro meses depois do episódio de Itapecerica - Lamarca estava em fuga pela região de Eldorado, a antiga Xiririca da Serra, onde morava a família de Jair Bolsonaro. Ele nascera em Campinas, mas se mudara muito criança para Eldorado. Em 8 de maio, Lamarca e sete guerrilheiros chegaram à cidade em uma Picape. Pararam num posto de gasolina. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Os militares mandaram tropas de Sete Barras a Eldorado. 

Os soldados que se confrontaram com Lamarca e a VPR, vistos como heróis, passaram a receber visitas constantes do jovem Bolsonaro, a quem estimularam a entrar na carreira militar, conforme contou. Bolsonaro conta que estava na escola no momento em que as tropas do Exército localizaram os terroristas. Ele disse lembrar que os professores, amedrontados pelos tiros, esvaziaram as salas de aula e mandaram as crianças atravessar a praça rastejando para se proteger das balas. 

De acordo com os registros militares, para tal fato ter acontecido, Bolsonaro precisava ter estudado à noite. Mas Eldorado não oferecia aulas noturnas em 1970. O Exército registrou ter localizado os terroristas às 21h. Os integrantes da VPR estavam armados com fuzis FAL e se mostraram superiores no embate. Pegaram um tenente do Exército como refém e se embrenharam nas matas. Depois de caminharem um dia e meio, Lamarca e os companheiros decidiram matar o refém. Enterram-no numa pequena vala. Meses depois um dos militantes da VPR seria preciso e apontou o local da cova do tenente Alberto Mendes Júnior. [o tenente Mendes era oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo e da qual é herói e patrono, tendo sido promovido 'post mortem' a capitão.]

 O Exército mobilizou centenas de homens na busca de Lamarca nas matas nos arredores de Eldorado. Teria sido nesse momento que Bolsonaro teria ajudado os militares com seu conhecimento. Não há registro desse fato. De todo modo, se ajudou, fracassou. Lamarca escapou e só seria morto em 17 de setembro de 1971, um ano e quatro meses depois. O líder da VPR estava doente quando foram encontrados e mortos a tiros no município de Ipupiara (BA). Estavam exaustos e fracos à sombra de uma árvore. [Lamarca não estava doente e nem os vermes que o acompanhavam; estavam exaustos de tanto fugir das forças de segurança.]  Os militares asseguram que quem deu o tiro final em Lamarca foi o então major Nilton Cerqueira. Vinte e quatro anos depois, Cerqueira era general e secretário de Segurança do Estado do Rio, quando empreendeu esforços de dezenas de homens para recuperar uma morta e uma pistola roubada de Bolsonaro num assalto em julho de 1995. 


sexta-feira, 26 de maio de 2017

A ESQUERDA FOI LONGE DEMAIS!

GATO ARREMESSADO DURANTE “MANIFESTAÇÃO” PODE PERDER A PATA: AGORA A ESQUERDA FOI LONGE DEMAIS! - RODRIGO CONSTANTINO

Uma cena cruel durante a manifestação dessa quarta-feira (24/5) na Esplanada dos Ministérios chocou quem estava perto. Um gato foi arremessado durante o protesto que terminou em confusão. Com a violência, o bichinho fraturou a pata dianteira. 


[a esquerda é maldita e covarde; basta notar que quando soldados preparados chegaram a Esplanada a corja maldita de baderneiros sumiu.
Foi covarde no passado e continua sendo. 
Querem outro exemplo da covardia da esquerda e desta vez com um ser humano, um herói, que se sacrificou pela sua tropa.
Assassinaram o tenente Mendes na década de 70, no Vale da Ribeira, a coronhadas para não fazer barulho - os valentes guerrilheiros, hoje chamados por alguns imbecis de 'guerreiros do povo brasileiro', havia se entregado para garantir a segurança de sua tropa, estava ferido e conduzi-lo como prisioneiro poderia provocar barulho e chamar a atenção das forças militares;
decidiram matá-lo e para não fazer barulho o assassinaram a coronhadas.
E quem comandava os assassinos era um dos 'heróis da esquerda', era o 'destemido, o 'bravo', o 'guerreiro do povo brasileiro', o porco, o repugnante, o maldito traidor e desertor Carlos Lamarca - felizmente abatido como o verme que sempre foi no sertão da Bahia. ]

Perplexa com a situação, a jornalista Carla Benevides pegou o animal e o levou com ela. O gatinho foi encaminhado a uma clínica no Lago Norte e corre o risco de ter a pata direita amputada. Segundo a jornalista, ela estava acompanhando a manifestação em frente ao Ministério da Justiça quando um rapaz entregou o animal afirmando que ele foi arremessado por cerca de 10 metros.  “Eu adoro bicho, o peguei na hora, mas não sabia o que fazer porque estava trabalhando. Vi que estava muito assustado. Fiquei com pena porque ele miava muito, dava para ver que estava com dor”, afirmou a jornalista.

Segundo o veterinário, o gatinho rompeu os tendões, ligamentos e a pata estava solta. No momento, ele está internado e terá que tomar anti-inflamatório por dois dias. De acordo com a jornalista Sabrina Mancio, que levou o animal para a clínica, o remédio serve para o médico ver como ele reage antes de decidir pela amputação.  Uma corrente se formou para ajudar o gatinho.  Acho que agora a extrema-esquerda passou de todos os limites! Dessa vez ela vai perder o apoio das elites pós-modernas. Um gatinho?! Que tipo de gente faz maldade com um gatinho?! [um esquerdista.]

Sim, é verdade que a extrema-esquerda defende Cuba, regime ditatorial no poder há mais de meio século, que já eliminou milhares de vidas inocentes no paredão; sim, é fato que essa turma apoia a Venezuela, cujo tirano vem matando manifestantes na rua para se manter no poder; sim, é verdade que a história do socialismo é aquela de cem milhões de cadáveres empilhados em nome da ideologia.

Mas eram “apenas” seres humanos. E dessa vez a vítima foi um gato. Um pobre gatinho! E o bichano vai perder uma patinha. Isso será intolerável para muita gente da esquerda, que costuma colocar o ovo da tartaruga acima do ovo humano na hierarquia de valores. Aborto? Pode até o mês que quiser, afinal, “meu corpo, minhas regras”. Mas não mexa com bichinhos!

Já disseram por aí que o terrorismo islâmico só vai chocar mesmo, revoltar todos a ponto de gerar finalmente uma reação mais enérgica, no dia em que os alvos forem focas ou baleias. Enquanto os muçulmanos matarem “apenas” pessoas, como a menina de 8 anos que foi explodida durante um show em Manchester, a turma pós-moderna vai continuar mais preocupada com a “islamofobia” do que qualquer outra coisa.

Não me entendam mal:
adoro bichos! Mas há algo muito errado com um mundo que tem dado mais valor a eles do que aos próprios seres humanos. Isso é misantropia pura. Vão ser desumanos assim lá na extrema-esquerda!

Fonte: Rodrigo Constantino - Gazeta do Povo


 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A esquerda quer também o monopólio da tortura



O PT nunca se posicionou contra as torturas praticadas em países comunistas, como Cuba, porque este país é governado por um sistema totalitário que lhe serve de modelo.

Tortura: “Suplício ou tormento violento infligido a alguém” (Dicionário Aurélio).
Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei nº 9.455, de 7/4/1997, afirma que tortura é:
1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo;
2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo;
3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia;
4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão.

Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 
 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 
3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento;
 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; o afogamento cubano incluía o “submarino”: “Por exemplo, Orestes Pérez, 28 anos na prisão, camponês do Escambray, sofreu o ‘submarino’. Preso em Topes de Collantes, lhe atavam a uma corda com uma pedra, o lançavam a uma lagoa perto e quando estava se asfixiando o tiravam da água” (“A tortura na Cuba dos Castro).  

5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima;  
6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima;  
8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos;  
9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais;  
10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentotal sódico, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar;  
11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais;  
12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 
13) fuzilamentos simulados junto a pessoas executadas;  
14) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer” (Dicionário Aurélio); uma variante de empalamento era a “cadeira de Judas”, instrumento metálico em forma de pirâmide. 

Durante a ditadura de Saddam Hussein, no Iraque, além de descargas elétricas nos genitais, até chamuscá-los, eram utilizados os seguintes métodos de tortura: morsas para perfurar os ossos, golpes de barras de ferro no estômago e nas costas, dissolução de pés e mãos em ácido sulfúrico - alguns tinham o corpo inteiro dissolvido. 

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Comissão da Verdade padece da mesma parcialidade observada na Comissão da Anistia




Tabus e verdade
Em 1970, no interior de São Paulo, o tenente Mendes, da Polícia Militar, rendeu-se, durante um tiroteio, a um grupo de “revolucionários”, impondo como condição que subordinados seus, feridos, tivessem atendimento médico. Preocupou-se, sobretudo, com a vida de seus subordinados, fiel ao seu espírito militar.  Após ainda algumas escaramuças, o tenente, sempre preocupado, aliás, com o que tinha acontecido com o resto de seus homens, foi levado para o interior do mato, onde ficou embrenhado com seus captores. Lá, o oficial foi objeto de um “tribunal revolucionário” por ter supostamente traído “companheiros”, “camaradas”, para utilizar o linguajar comunista, que tinham desaparecido. Fez parte deste tribunal e da ordem de sua execução Carlos Lamarca, o novo “herói” de alguns setores da carcomida esquerda brasileira. 

A ordem foi cumprida da seguinte maneira. Os executantes aproximaram-se por trás do oficial, desferindo-lhe poderosos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Teve a base do crânio partida, do qual jorravam sangue e miolos. O pobre indivíduo contorcia-se em dor. A sua cabeça foi esfacelada pelos heroicos “guerrilheiros”, que, com zelo, cumpriam as ordens recebidas. 

Posteriormente, a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), um dos grupos esquerdistas da época, liderado por Lamarca, que se tornou seu comandante geral, emitiu o seguinte comunicado ao “Povo Brasileiro”: “O tenente Mendes foi condenado a morrer a coronhadas de fuzil, e assim foi morto, sendo depois enterrado.” 

Lamarca, anteriormente, tinha desertado do Exército, traindo seus companheiros de farda, após ter criado uma célula revolucionária em seu regimento. Quando de sua fuga, levou 63 fuzis automáticos leves com seus respectivos acessórios, três metralhadoras INA e uma pistola 45. Neste meio tempo, sua organização, com o respaldo dos cubanos, estava transferindo sua mulher e filhos para Cuba, onde passariam a viver. A ditadura comunista era a sua opção. Neste sentido, falar de resistência à “ditadura” brasileira é manifestamente um contrassenso. Sua escolha era pela leninista “ditadura do proletariado”. 

Ora, tal indivíduo está sendo agora celebrado como se fosse por ele merecida sua promoção post-mortem a coronel com proventos de general de brigada. Do ponto de vista do relato histórico, alguns se atrevem a dizer que um tabu teria sido superado. Não dá para entender muito bem o que isto significa, considerando o seu próprio histórico de luta armada no estilo leninista do termo, como, aliás, defendido em documentos por ele escritos à sua própria organização. 

A família do tenente Mendes não foi jamais assistida pela Comissão da Anistia, nem teve direito a polpudas indenizações, como as recebidas pelos assassinos do oficial da Polícia Militar de São Paulo. Alguns deles usufruem em paz de seus “proventos revolucionários”. A perversão é total. O mesmo aconteceu com tantas outras pessoas como o soldado Mario Kozel Filho, morto em seu posto de sentinela do Comando Militar de São Paulo, ou outro, Lovecchio, que teve sua perna destroçada, vivendo, hoje, com uma mísera pensão do INSS, além de tantos outros “justiçados” por tribunais revolucionários. Nenhuma reparação foi a eles concedida. Será porque estavam do lado errado da “História”, a da redenção comunista da humanidade, fonte de um atroz totalitarismo? 

A questão ganha ainda maior atualidade pelo fato de a atual Comissão da Verdade dever terminar o seu trabalho no fim do mês. Padece ela da mesma parcialidade observada na Comissão da Anistia e, principalmente, de sua leitura ideológica da história do período. 
Por que abominar, com toda a razão, a tortura e ser extremamente omissa em relação aos miolos e sangue de um oficial militar e à vida e amputação de membros de tantos outros? A “verdade” aplica-se a alguns e não a outros? Ou os “direitos humanos” só valem para os que estão do lado “certo” dos companheiros revolucionários? Fora estes, os demais não são humanos? 

A discussão deste assunto é mais do que oportuna, porque o relatório a ser apresentado pela dita Comissão da Verdade volta à pauta pública. Estará igualmente em questão o que fazer com ele, sobretudo considerando que se trata de um trabalho que não seguiu o mínimo rigor de uma pesquisa histórica. 

Apesar de alguns pontos positivos, como o do resgate do que aconteceu com o ex-deputado Rubens Paiva, ele se caracteriza por uma orientação ideológica que o faz incapaz de retratar o que realmente ocorreu em tão importante período da história brasileira. Um retrato distorcido e deformado altera o objeto retratadoNão é possível que seja levada seriamente em consideração uma pesquisa que privilegie a “História” seguindo a visão dos que procuraram implantar no Brasil o totalitarismo comunista, avesso, por princípio, à democracia — em detrimento da história, retratando o que verdadeiramente aconteceu, tida por algo completamente secundário. 

Uma verdadeira reconstituição dos fatos deveria voltar-se para todos os lados envolvidos. Assim sim, sob diferentes perspectivas, poder-se-ia abordar a realidade de uma forma isenta. Da forma que foi feito, o relatório só propicia novos erros presentes e passados, em nada contribuindo para o futuro. Não podem as próximas gerações “aprender” — na verdade — "desaprender” — que a “esquerda” era “boa” por definição, enquanto a “direita” era visceralmente “malvada”. 

Ademais, fugia igualmente do escopo dessa Comissão qualquer proposta de revogação ou, eufemisticamente, de “reinterpretação” da Lei da Anistia, pedra basilar do país que veio a se formar como uma democracia a partir da Constituição de 1988. Trata-se de uma espécie de contrato do Brasil consigo mesmo, cuja obediência enseja assumir compromissos passados, na plena adesão ao que foi politicamente acordado. 

Espera-se que o bom senso prevaleça e esse relatório seja meramente arquivado. É o país respeitando-se a si mesmo. 
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Observação do site www.averdadesufocada.com: Leia mais sobre o assunto no livro A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça  -
Autor Carlos Alberto Brilhante Ustra - 10ª edição - Páginas 293 a 305