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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Limites da LIBERDADE DE EXPRESSÃO: Afinal, no dia em que não se puder chamar de “cadelas” as mulheres de esquerda, então não haverá mais liberdade de expressão no Brasil, não é mesmo?

[importante: ressalte-se que o capitão JAIR BOLSONARO se encontra internado no Hospital Alberto Einstein se recuperando de graves ferimentos resultantes de covarde agressão que sofreu no ataque de um misterioso esfaqueador.

Tal situação, por óbvio, isenta o presidenciável de qualquer responsabilidade sobre os fatos abaixo narrados.

Que pela natureza estão mais para uma tentativa de sabotagem da candidatura Bolsonaro, que bem pode ser armação daquele partido que treme ao ouvir o nome BOLSONARO. 

Não gostamos, o que é fato, da maldita esquerda; 

mas, os eleitores de Bolsonaro certamente gostam de mulheres - da mesma forma que as eleitoras do capitão gostam de homens - sejam da esquerda, da direita ou de centro.

Se tentaram matar Bolsonaro para impedir sua eleição, imagine do que mais serão capaz?

tentar indispor a candidatura Bolsonaro contra eleitoras é tarefa que os membros daquele partido são capazes de fazer sem o menor remorso.] 

Música cantada por apoiadores de Bolsonaro fala em ‘ração na tigela’ para feministas

Canção ofensiva a mulheres embalou ato de apoio ao candidato em Recife

Uma música que fala em dar “ração na tigela” para feministas e compara mulheres “de esquerda” a “cadelas” foi cantada por apoiadores do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) em um ato realizado na manhã deste domingo, em Recife. A canção pode ser ouvido em um vídeo publicado pelo site JC Online.

A letra ofensiva faz referências ainda à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a políticos de esquerda, como Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ). Há também referências a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), com quem Bolsonaro se envolveu em uma polêmica após o deputado afirmar que não estupraria “porque ela não merece”.

Os versos são uma paródia do funk “Baile de Favela”. Um dos trechos diz:  
“Dou pra CUT pão com mortadela / 
E pras feministas ração na tigela / 
As minas de direita são as top mais belas / 
Enquanto as de esquerda têm mais pelo que as cadelas”.

Outro trecho diz:
“Bolsonaro, capitão da reserva. Bolsonaro casou com a cinderela enquanto Jean Wyllys só tá vendo novela.”


O Globo



quarta-feira, 11 de maio de 2016

PT também desiste de Dilma

Prometeu-se um dia de luta, mas acabou sendo um dia de desistências. Presença confirmada no evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no dia 1.º de maio, o ex-presidente Lula acabou de última hora não dando o ar de sua graça, deixando sozinha a presidente Dilma Rousseff na tarefa de repetir a cantilena de que não vai ter golpe.

No constrangedor episódio houve ainda um esforço para manter as aparências: a ausência de Lula foi justificada por recomendação médica de descanso, em razão de intensa rouquidão e cansaço. Após uma semana, porém, as aparências foram deixadas de lado. Sem o mínimo constrangimento, a presidente Dilma Rousseff já é tratada como carta fora do baralho por seu próprio partido, antes mesmo de o plenário do Senado confirmar a admissibilidade do processo de impeachment.

Até o líder do governo e do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), se nega a assumir a orientação carbonária de Dilma. Esclareceu ele à Folha de S.Paulo: “Acho que o PT aprendeu com a experiência de governo. Eu defendo que a nossa oposição seja muito em cima de proposta. Não vamos fazer uma oposição em abstrato, como ah, derruba o Temer”.
Aos olhos do PT, o governo federal já está nas mãos de Michel Temer e o partido que esteve nos últimos 14 anos no Palácio do Planalto é agora oposição. Fala-se do governo Dilma Rousseff como coisa do passado, como se pôde constatar pelas manifestações dos parlamentares governistas nas comissões especiais do impeachment, tanto na Câmara como no Senado. Nelas inexistiam argumentos idôneos para frear o avanço do processo de impedimento, deixando a nítida impressão de que os governistas estavam ali simplesmente para cumprir uma tarefa incômoda, mas inevitável.

Assim, o PT dá sinais de que sua prioridade não é a defesa de Dilma, que tratam como uma causa perdida. A urgência agora é distanciar-se da presidente da República. Prova disso é que raramente se faz uma menção a Dilma sem que se façam, ao mesmo tempo, sérias restrições ao seu modo de governar.

Aos poucos, vai ficando claro que o PT não terá maiores problemas de consciência em atribuir exclusivamente os erros do governo Dilma Rousseff à senhora Rousseff, como se ao longo desses mais de cinco anos de Dilma no Palácio do Planalto o PT não tivesse sido mais que um coadjuvante.

Diante dessa situação – em que se admite tranquilamente o término do governo Dilma Rousseff antes mesmo da votação pelo plenário do Senado da admissibilidade do processo de impeachment –, comprova-se mais uma vez que o discurso petista da existência de um golpe em curso no País era apenas conversa para boi dormir.

Evidente é que o PT nunca levou a sério sua retórica da ilegitimidade do impeachment. Afinal, ela estava em franca contradição com a história do partido, que chegou a protocolar pedido de impedimento contra os presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Ou seja, o PT usou e abusou da previsão constitucional do impeachment para fazer seu jogo político.

Atuar desse modo e agora, fechando os olhos aos fundados indícios de crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma Rousseff, simplesmente repetir que se trata de um golpe o atual processo de impeachment em curso no Congresso não é minimamente crível. Talvez por isso o próprio PT admite a derrota – e volta, sem aparentes maiores traumas, a traçar sua estratégia para o futuro.

Como se vê, não é “apenas” o País que está a aproveitar a previsão constitucional de impeachment em caso de crime de responsabilidade para apear a presidente Dilma Rousseff do cargo e assim, com um novo comando no governo federal, conseguir dar um outro rumo ao País. Também o PT parece ter visto no atual processo uma oportunidade ímpar de se livrar de Dilma Rousseff, privando-a de qualquer relevância política.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Dilma (“coração valente”) escolhe o seu destino



Lula faltou ao ato público de 1º de Maio, em São Paulo, não por que estivesse rouco, quase sem voz. Mas porque Dilma não gostou do que ele pretendia falar. Foi por isso que Dilma falou sozinha para menos de 50 mil militantes de movimentos sociais arrebanhados pela Central Única dos Trabalhadores.

O que Lula pretendia dizer poderia ter sido interpretado como uma admissão prévia de que o impeachment de Dilma é jogo jogado. Como de resto é. Ele se valeria do discurso do golpe para anunciar que o PT e seus aliados irão desde já para a oposição ao governo Temer, e se oferecer, se fosse o caso, como candidato a presidente em 2018.

Dilma discordou da linha do discurso de Lula. Ela não quer dar o impeachment como liquidado. Acha que liquidado ele está na Comissão Especial formada por 21 senadores que na próxima sexta-feira deverá aprovar a admissibilidade do impeachment, remetendo o processo para votação em plenário no dia 11 ou 12 do mês corrente.

Reconhece que o plenário também aprovará a abertura do processo contra ela. Mas imagina que ainda terá chances de retomar o cargo, mesmo se afastada dele por um prazo máximo de 180 dias. Tudo irá depender, conforme os cálculos de Dilma, do placar no plenário e, depois, do desempenho dos primeiros meses do governo Temer.  

São 81 os senadores. Até ontem, pelo menos, Dilma achava que poderia contar apenas com 21 votos para barrar a admissibilidade do impeachment no plenário. Mas tinha esperança de amealhar mais alguns na votação final, lá por setembro, quando precisará de 27 votos para vencer. Temer espera derrotá-la desde já com 60 votos contra 21.

Uma fora do cargo, e mesmo sabendo que dificilmente será absolvida pelo Senado quando for julgada finalmente, Dilma terá tempo para tentar reescrever a história dos seus governos malsucedidos. Sua defesa final seria menos técnica e mais política. E ela poderia construir uma narrativa para opor-se à narrativa que por ora predomina. É nisso que ela pensa quando nega a hipótese de renunciar, e quando teima em dizer que lutará até o fim. 

A renúncia esvaziaria o discurso de que ela foi vítima de um golpe parlamentar. E não combinaria com a imagem que ela tanto preza de mulher de coração valente, capaz de enfrentar toda a sorte de sofrimentos sem se acovardar.

Fonte: Blog do Noblat


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

“Lula não tem escapatória”, diz manifestante em protesto



Militantes pagos pela CUT arremessaram ovos e pedras em grupo anti-Lula reunido no Fórum Criminal da Barra Funda
Com um cartaz que ilustra o Pixulecoo boneco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário –, o auxiliar-administrativo Thiago Teodoro, 31 anos, saiu às 7h desta quarta-feira de casa, em São Caetano do Sul, para protestar no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. 

Lula era aguardado no tribunal, onde iria depor às 11h não tivesse sido beneficiado por uma liminar do Conselho Nacional do Ministério Público que suspendeu o testemunho. Teodoro soube do cancelamento antes de ir à manifestação, mas não desanimou. Não tem escapatória. Ou ele é acusado pelo uso do t

Manifestantes anti e pró-Lula, entre eles militantes pagos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), apinharam o acesso ao fórum. A Polícia Militar teve de interromper o fluxo de veículos na pista de acesso ao local. Um gradil chegou a ser montado pela polícia para separar os grupos de manifestantes, mas defensores de Lula não deixaram de bandear para o lado anti-Lula, fazendo provocações. Ovos, garrafas e pedras foram arremessados por militantes da CUT. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas no protesto. A Polícia Militar interveio e dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

No lado dos manifestantes anti-Lula, não houve recuo pela suspensão do depoimento ao Ministério Público de São Paulo, que investiga se o ex-presidente ganhou ilicitamente um tríplex, construído pela construtora OAS no Guarujá, no litoral paulista. A analista de suporte Célia Pereira, 58 anos, protestava contra o ex-presidente com uma versão inflável do Pixuleco e uma bandeira do Brasil. “Ele foi beneficiado por chicanas que a lei permite. É corrupto e covarde”, criticou.

Não há previsão de uma nova data para o depoimento de Lula.

Fonte: Revista Época



quarta-feira, 15 de abril de 2015

Rodoviários do DF (BADERNEIROS acoitados no Sindicato dos Rodoviários do DF) tumultuam a vida dos ‘sem sorte’ que utilizam o transporte público do DF



Rodoviários fazem paralisação contra projeto de lei sobre terceirização
Ônibus ficaram sem circular até às 6h, mas serviço só foi normalizado depois das 7h. Às 16h um ato reunirá representantes de várias categorias trabalhistas na Rodoviária do Plano Piloto
Moradores de todo o Distrito Federal passaram por transtornos no começo da manhã desta quarta-feira (15/4), por conta de uma paralisação de ônibus. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, desde às 4h ficaram sem circular ônibus das empresas São José, Piracicabana, Marechal, Urbi e Pioneira. A categoria se manifesta contra o Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização no país. A previsão era de que os coletivos voltassem a circular às 6h. No entanto, o serviço só foi normalizado depois das 7h.

Um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Marcos Júnior Duarte disse que a paralisação foi realizada para seguir o movimento nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "É um malefício para o trabalhador. Esse movimento é contrário a todos os direitos que nós já ganhamos", justificou. Às 16h um ato reunirá representantes de várias categorias na Rodoviária do Plano Piloto. Entre eles, os rodoviários.

A paralisação foi rápida, mas causou um grande transtorno para os brasilienses. Quem tinha costume de trabalhar mais cedo, teve que esperar. Muitas pessoas não sabiam da paralisação e acabaram se rendendo ao transporte pirata. O Correio esteve em Santa Maria, onde as paradas estavam cheias. Quando os ônibus voltaram, os coletivos não paravam em todas as paradas, porque muitos estavam lotados de passageiros.

Análise
A Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira (14/4), com 360 votos favoráveis, 47 contrários e 4 abstenções, excluir as empresas públicas e sociedades de economia mista das regras previstas no projeto que regulamenta os contratos de terceirização. A exclusão ocorreu com a aprovação de um destaque proposto pelo PSDB, que também foi apoiado pelo PT. A regra vale para empresas públicas e sociedades de economia mista controladas por União, estados, Distrito Federal e municípios. O texto-base do projeto que altera as regras para a terceirização foi aprovado na quarta-feira passada (8/4), mas a análise das propostas de alteração do projeto ficou para ontem.

A emenda foi a única das 27 constantes na pauta que foi aprovada na votação. A Casa Civil liberou seus parlamentares nessa votação, informou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Esse era o segundo item da pauta. O primeiro e terceiro item foram retirados por seus respectivos autores. E, quando a votação estava sendo encaminhada para uma emenda aglutinativa que discutia a questão do recolhimento de 20% da folha de salários pela empresa contratante, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão, por volta das 19h. A votação será retomada hoje às 16h.

O destaque do texto não proíbe que o setor público realize terceirizações, mas impede que empresas controladas pelo governo façam a terceirização em todas as suas atividades, como prevê o projeto.

Fonte: Correio Braziliense