Militantes pagos pela CUT arremessaram
ovos e pedras em grupo anti-Lula reunido no Fórum Criminal da Barra Funda
Com um cartaz que ilustra o
Pixuleco – o boneco do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário –, o
auxiliar-administrativo Thiago Teodoro, 31 anos, saiu às 7h desta quarta-feira
de casa, em São Caetano do Sul, para protestar no Fórum Criminal da Barra
Funda, na capital paulista.
Lula era aguardado no tribunal,
onde iria depor às 11h não tivesse sido beneficiado por uma liminar do Conselho Nacional do
Ministério Público que suspendeu o testemunho. Teodoro soube do cancelamento antes de ir à manifestação, mas não
desanimou. “Não tem escapatória. Ou ele é acusado pelo uso do t
Manifestantes
anti e pró-Lula, entre eles militantes
pagos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), apinharam o acesso ao fórum. A
Polícia Militar teve de interromper o fluxo de veículos na pista de acesso ao
local. Um gradil chegou a ser montado pela polícia para separar os grupos de
manifestantes, mas defensores de Lula não deixaram de bandear para o lado
anti-Lula, fazendo provocações. Ovos, garrafas e
pedras foram arremessados por militantes da
CUT. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas no protesto. A Polícia
Militar interveio e dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.
No lado dos manifestantes
anti-Lula, não houve recuo pela suspensão do depoimento ao Ministério
Público de São Paulo, que investiga se o ex-presidente
ganhou ilicitamente um tríplex, construído pela construtora OAS no
Guarujá, no litoral paulista. A analista de suporte Célia Pereira, 58 anos,
protestava contra o ex-presidente com uma versão inflável do Pixuleco e uma
bandeira do Brasil. “Ele foi beneficiado por chicanas que a lei permite. É
corrupto e covarde”, criticou.
Não há previsão de uma nova data
para o depoimento de Lula.
Fonte: Revista Época
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