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quinta-feira, 28 de março de 2019

Exército desafia MPF e envia convite para comemorar golpe de 64

Procuradores afirmaram que comemorar ditadura é crime

[comentário: Forças Armadas não desafiaram MPF nem nenhuma outra instituição; um desafio só ocorre, quando o desafiado está exercendo uma autoridade que possui, o que não é o caso presente.

O MP tem o direito de interpretar as leis da forma que entender e propor ao Poder Judiciário que decida - ao tentar comandar as Forças Armadas, o MPF rasgou o artigo 142, 'caput',  da Constituição Federal, situação que jamais poderia ser aceita  diante do imperativo constitucional das Forças Armadas terem entre suas destinações = a garantia dos poderes constitucionais.]



Não adiantou a recomendação do Ministério Público Federal para que as Forças Armadas não celebrem o golpe militar de 1964.  O comandante Militar do Sudeste, General Luiz Eduardo Ramos Pereira, enviou na tarde desta quarta (27) convites para celebrar a data, que instaurou a ditadura militar no país (veja abaixo).
O general chama o golpe de “Revolução Democrática”.


Convite de outro comando: 
Um outro convite:
 
Revista VEJA

terça-feira, 19 de março de 2019

Bolsonaro e generais agem para evitar divisão entre militares - Tropa teme que cúpula seja privilegiada em projeto de reestruturação da carreira



Reestruturação de carreira militar provoca divisão entre cúpula e base

Em grupos de WhatsApp, oficiais de patentes inferiores demonstraram insatisfação por avaliar que proposta em estudo pelo governo contempla gratificações apenas para militares em fim de carreira; Bolsonaro e generais agiram para acalmar os ânimos.

A divulgação da proposta em estudo pelo governo de reestruturação da carreira militar gerou inquietação na tropa e obrigou o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula das Forças Armadas a agir para acalmar os ânimos dos militares de patentes inferiores, que se sentiram prejudicados. O texto deve ser apresentado ao Congresso até amanhã no mesmo pacote da reforma da Previdência da categoria. Durante o fim de semana circularam por grupos de WhatsApp de militares várias versões da proposta. A temperatura das discussões se elevou porque uma delas sugere a criação de gratificações somente para oficiais de alta patente pela participação em cursos de habilitação militar, sem contemplar sargentos e suboficiais.
“Um general praticamente dobra o salário. Aí, vocês vão olhar o porcentual dos demais... Deixaram na mão dos generais, e eles decidiram”, escreveu um suboficial em um dos grupos aos quais o Estado teve acesso.


É importante destacar que as distorções e inverdades que estão sendo divulgadas nos grupos de WhatsApp , são na maioria em relação ao Plano de Restruturação da Carreira Militar , que está buscando melhorias para as Praças e para os Oficiais !! Exército único e indivisível !!!🇧🇷


O Ministério da Defesa precisou se mobilizar ontem para negar que apenas a alta cúpula será atendida. O próprio presidente utilizou seu Twitter no domingo para tentar acalmar a tropa. “Possíveis benefícios, ou sacrifícios, serão divididos entre todos, sem distinção de postos ou graduações”, escreveu.
A reestruturação da carreira – com reajustes, aumento no bônus para ir para reserva e incremento das gratificações por qualificações – é uma exigência dos militares para serem incluídos na reforma da Previdência. 

Bombeiro
Dois integrantes do Alto Comando do Exército, os generais Ramos Baptista, comandante militar do Sudeste, e Geraldo Miotto, comandante militar do Sul, também foram para o Twitter atuar como bombeiro.
“É importante destacar que as distorções e inverdades que estão sendo divulgadas nos grupos de WhatsApp são, na maioria, em relação ao Plano de Reestruturação da Carreira Militar, que está buscando melhorias para as Praças e para os Oficiais! Exército único e indivisível!!!”, publicou o general Ramos.
“Não vão conseguir nos dividir!!! Estamos juntos na mesma trincheira !!!”, reforçou o general Miotto, às 6h57, antes de o expediente começar.

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, também entrou no circuito. Ele convocou os comandantes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para uma reunião, ainda pela manhã de segunda-feira, em seu gabinete. Discutiram a estratégia de atuação para reduzir a temperatura na caserna.
Pelo País afora, comandantes de tropas foram orientados a se reunir com os graduados e reiterar o discurso que jamais agiram em benefício de uns em detrimento de outros.

Subtenente do Exército, o deputado Hélio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos parlamentares mais próximos de Bolsonaro, gravou um vídeo dizendo que esteve no Ministério da Defesa por mais de três horas: “Jair Bolsonaro vai atualizar a proposta e vamos sair ganhando”.

O Estado de S. Paulo 

 

domingo, 29 de julho de 2018

Por onde entra a politicagem, a Justiça é expulsa

“Se há um idiota no poder, é porque os que o elegeram estão bem representados”.

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly – o Barão de Itararé

Em conversa não-grampeada pela estúpida arapongagem, um sapientíssimo militar (estudioso do Direito) me lembrou uma célebre frase do filósofo e político liberal-conservador francês François Guizot (1787-1874): “Pela porta que a política entra, a Justiça sai”. No caso brasileiro, com a política da judicialização de tudo, abusando da politicagem no Judiciário, é melhor aprimorar e reescrever a tese guizotiana: “Por onde entra a politicagem, a Justiça é expulsa, e o Judasciário impõe sua ditadura, em parceria com o Crime Institucionalizado”.
Por isso, não temos Justiça no País. Temos, sim, um Judiciário que não funciona Direito (perdão pelo trocadilho infame). A politização exagerada do nosso Judiciário criou um intrincado mecanismo de controle e autocontenção. Colocou-se um poder acima dos outros, desequilibrando a famosa balança republicana. O problema é de difícil solução prática porque a cúpula do Judiciário é indicada politicamente independentemente do conteúdo jurídico de quem foi premiado com o supremo cargo vitalício.

Na mesma sexta-feira em que como meu acarajé com pimenta, um General deu praticamente o mesmo conselho do meu amigo fardado da conversa que o grampo não pegou. O General de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, Comandante Militar do Sudeste, mandou o recado de que “a Lei tem de ser cumprida independentemente de quem está sendo atingido por ela”. O General de quatro estrelas foi claro e objetivo: “Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários. Todos nós, militares ou civis, estamos sob o jugo do império da Lei”.

Ficou a impressão de que a mensagem não foi uma carta ao famoso “Garcia”, mas sim um sábio conselho para alguns magistrados que pensam em soltar o Presodentro Lula, permitindo que ele dispute a eleição Presidencial, desobedecendo a Lei da Ficha Limpa. Aliás, a Petelândia insiste que Lula é pré-candidato ao Palácio do Planalto... O recado do General na Ativa também vale para os golpistas togados que desejam rever a decisão para prender quem teve condenação confirmada por órgão colegiado em segunda instância judicial. Enfim, a mensagem de improviso do militar, no dia 27 de julho, atinge, diretamente, o âmago do Judiciário.

O General Ramos só perdeu uma oportunidade para fazer outra reclamação que doeria na consciência de quem realmente preza pelo respeito à Lei e à ordem democrática. O militar poderia ter lembrado que o STF e o Tribunal Superior Eleitoral cometeram o “pecado” de ordenar o descumprimento da Lei que obrigava a impressão do voto pela urna eletrônica inconfiável. Como é que pode, General Ramos, o Judiciário recomendar que não se cumpra a regra aprovada pelo Legislativo com total apoio do Executivo?

Na mesma sexta-feira do eclipse lunar mais longo do século e do recado do General, a revista Crusoé (publicada pela turma do site O Antagonista) publicou a matéria A mesada do Toffoli
 
A historinha foi abordada neste Alerta Total pelo artigoO Supremo Eclipse do Judiciário”. O caso superalimenta a campanha lançada pelo advogado Modesto Carvalhosa para que José Dias Toffoli não seja eleito, em setembro, Presidente do Supremo Tribunal Federal. Atualmente, Toffoli é vice e sucessor preferencial da Carmem Lúcia.

O Brasil é o País da Jabuticaba. Tem coisas que só existem aqui. Toffoli é um candidato a Plinia Cauliflora... 
 
Além de não ser um jurista de renome e nem magistrado de carreira, Toffoli tem a mácula moral, ética e histórica de ter sido advogado próximo da corrupta cúpula do Partido dos Trabalhadores. Como não dá para apagar tal fato de seu currículo, nosso mais jovem supremo magistrado termina sendo alvo preferencial de ataques de todos os lados.

Acontece que tem um lado de Toffoli pouco conhecido do povão e que o torna candidato a ser um dos mais poderosos e influentes ministros da História do STF. Toffoli é considerado um grande articulador de bastidores, sobretudo porque cumpre a palavra do que promete em seus acordos pessoais ou institucionais. Toffoli já prometeu, em um recente encontro jurídico lá na amada Rússia, que promoverá uma revolução de tecnologia durante sua suprema gestão presidencial. Toffoli conta com o apoio fortíssimo dos servidores do Conselho Nacional de Justiça para cumprir o objetivo.

Toffoli terá capacidade de gestão para melhorar o desempenho do Judiciário? É mais prudente não duvidar dele... Além disso, ele terá papel chave na próxima gestão presidencial. Ele comandará o STF durante quase dois anos da administração do novo titular do Palácio do Planaltoseja ele quem for... A tendência é que o próximo Presidente da República vai segurar o maior pepino da História. Terminar o mandato não será fácil... Crise econômica persistente, combinada com explosões de violência e radicalismo político, costuma degenerar em barbárie...      

Guizotear” é preciso! Temos de pensar uma Política de Alto Nível para escancarar a Caixa Preta do Judiciário. O Poder Togado precisa de um choque não só de Transparência, mas, sobretudo, de Democracia (definida como a plena e tríplice segurança Jurídica, institucional e individual). O remédio também vale para o Ministério Público outro “poder”influenciável politicamente. A sociedade organizada reage. O Movimento Avança Brasil organiza, para o dia 5 de agosto, uma manifestação nacional polêmica, porém fundamental para que comecem as mudanças estruturais que o Brasil não pode mais adiar: a substituição completa do Supremo Tribunal Federal. A pressão popular é para que todos os ministros do STF “peçam para sair” ou alguns acabem alvos de processo de impedimento pelo Senado.

Só assim, via legítima pressão popular, o Sistema Judiciário deixará de ser um Judasciário que, ao mesmo tempo, permite impunidade ou legitima jagunçagens. O Judiciário que o Brasil precisa tem de chegar próximo de ser um realizador da Justiça, até atingir o patamar de poder moderador dos conflitos da sociedade. Tal sonho só será possível se o Brasil evoluir politicamente, romper com a “Bandidolatria” e sofrer um processo de Revolução Institucional – uma intervenção legítima, liderada por uma maioria de cidadãos esclarecidos e honestos, que nada tem a ver com “golpe militar”, coisa tão temida pelos corruptos e pela esquerda idiotizada. Tal revolução está em andamento...

Basta de Politicagem! Judasciário nunca mais! Honestidade, Transparência e Competência, já! A Política e a Justiça têm de caminhar juntas, bem longe do Crime...