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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Cai fora, cai fora! - Nas entrelinhas

Passou da hora de o general Pazuello, interino na Saúde, voltar para o seu comando na 12ª Região Militar, que cuida dos suprimentos, embarcações e hospitais do Exército na Amazônia”

[Presidente Bolsonaro, sugerimos que consulte o artigo 84 da Consituição e use a competência que nele é conferida.
Tenha em conta que Pandiá Calógeras sendo engenheiro foi um excelente ministro da Guerra o mesmo valendo para o ótimo desempenho de José Serra na pasta  da Saúde, não sendo médico - fatos lembrados pelo ilustre articulista.]

O pior acidente aéreo de todos os tempos aconteceu em 1977, na Ilha de Tenerife, na Espanha. No dia 27 de março daquele ano, uma bomba explodiu no aeroporto de Gran Canaria, umas das Ilhas Canárias, e todos os voos foram desviados para o aeroporto de Los Rodeos, na ilha de Tenerife. Por conta da confusão no controle de pousos e decolagens, dois Boeing 747, um da KLM Royal Dutch Airlines, holandesa, e outro da Pan América Word Airways, norte-americana, se chocaram próximo ao solo do aeroporto. Morreram 583 pessoas, 248 passageiros da KLM e 335 dos 396 passageiros da Pam Am, cujo copiloto sobreviveu. Da cabine de seu avião, enquanto taxiava para decolar, o comandante americano Victor Grubbs viu outra aeronave vindo em sua direção, acelerando para levantar voo, em meio às névoas que cobriam a pista. “Esse filho da mãe está vindo para cima da gente!”, disse. “Cai fora, cai foral!”, gritou Robert Bragg, o copiloto que escapou da tragédia, com mais 60 pessoas.

O Brasil registrou 1.261 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, isso é mais do que dois acidentes de Tenerife juntos. Se formos considerar os acidentes ocorridos no Brasil, o número de mortos é seis vezes maior do que o da queda do Airbus A-320 da TAM em Congonhas, na noite chuvosa de 17 de julho de 2007. Vinda de Porto Alegre, a aeronave ultrapassou a pista principal do aeroporto durante o pouso, passou sobre a Avenida Washington Luís, colidiu com o prédio da TAM Express e explodiu, matando todos os 187 passageiros e tripulantes a bordo e mais 12 pessoas em solo. O total de 75.523 óbitos por coronavírus registrado na pandemia equivale a 403 acidentes de Congonhas, ou um avião caindo no Brasil a cada três dias, se considerarmos que a primeira morte ocorreu em 17 de março.

Esse tipo de comparação é um recurso jornalístico para evitar que as estatísticas sejam banalizadas em razão da frequência com que os fatos ocorrem. É o que está acontecendo com a pandemia de coronavírus, cujas mortes estão sendo naturalizadas pelo governo federal desde que o presidente Bolsonaro disse que “todos nós vamos morrer um dia”. Na ocasião, 25 de março, eram 139 mortes. Quando o Brasil passou a China, com 5 mil mortos, em 28 de abril, Bolsonaro disparou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. Agora, a média móvel de novas mortes no Brasil na última semana foi de 1.067 por dia, uma variação de 8% em relação aos óbitos registrados em 14 dias. Os últimos sete dias foram os mais letais no país. Com 39.705 casos registrados nas últimas 24 horas, chegamos a 1.970.909 de brasileiros infectados pelo novo coronavírus.

Desembarque
No Distrito Federal, no Paraná, em Santa Catarina, em Minas Gerais, em São Paulo, em Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso, no Acre, em Rondônia, em Tocantins e no Piauí a pandemia continua seu avanço; o relaxamento do distanciamento social nesses estados está sendo desastroso, apesar de ter havido mais tempo para o sistema de saúde se preparar, o pessoal técnico ter mais conhecimento e experiência e os cuidados paliativos para reduzir o número de mortes também terem evoluído. O problema maior no combate à epidemia, porém, é que o Ministério da Saúde virou cabeça de camarão: não tem ministro, apesar dos elogios que o presidente Jair Bolsonaro faz ao general Eduardo Pazuello, que há 60 dias ocupa interinamente o cargo. “Predestinado” era o copiloto da Pam Am, que pulou da cabine do avião acidentado a quatro metros do solo, antes que ele explodisse, não Pazuello, como disse Bolsonaro.


Passou da hora de o general Pazuello voltar para o seu comando na 12ª Região Militar, na Amazônia, que cuida dos suprimentos, embarcações e hospitais do Exército no Pará, no Amazonas, no Acre, no Amapá, em Roraima e em Rondônia. Sua presença no ministério virou sinônimo de fracasso, porque o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa de um líder, que coordene e oriente todos o pessoal da saúde pública no Brasil, como fazia o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido por Bolsonaro no auge de seu prestígio.[Mandetta era um excelente líder = na organização de comícios, que era a principal ocorrências nas entrevistas que na condição de palanqueiro,transformou as supostas entrevistas.]  E também porque os dois meses de interinidade criam um problema para o próprio Exército, que mantém, interinamente, no comando da 12ª Região Militar, o coronel Luís Moisés de Oliveira Braga Otero.

Pazuello teve uma conversa amigável, por telefone, com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a propósito do contencioso provocado pelas declarações do magistrado sobre a presença do Exército no Ministério da Saúde. O imbróglio mostra que está tudo errado. O coronel Antônio Élcio Franco Filho, que anda com uma faca ensanguentada na lapela, é o secretário executivo do Ministério da Saúde. O secretário de Atenção Especializada à Saúde é Luiz Otávio Franco Duarte, outro coronel. O major Angelo Martins Denicoli ocupa o cargo diretor de monitoramento e avaliação do SUS, enquanto o tenente-coronel Reginaldo Machado Ramos comanda a Gestão Interfederativa e Participativa. Nenhum deles entende de saúde pública.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense


sábado, 26 de maio de 2018

Governo determina aplicação de multas de até R$ 100 mil para conter greve de caminhoneiros


Ministro Carlos Marun disse ainda que foram pedidas prisões de envolvidos na paralisação


 Depois de uma reunião do presidente Michel Temer com oito ministros neste sábado, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo está convencido de que há um locaute (greve das empresas) e que será aplicada multa de R$ 100 mil por hora aos donos de transportadoras que não voltarem ao trabalho. Afirmou ainda que foram pedidos mandados de prisão em alguns casos onde as investigações comprovaram esse tipo de comportamento dos empresários. 

[governo Temer está acovardado e sua covardia só fortalece os promotores do locaute;

Temer conseguiu todas autorizações necessárias, também as convenientes do ponto de vista político, para adotar as medidas necessárias ao desbloqueio das estradas.

Só que fica prestando declarações e mandando seus ministros conceder entrevistas em que se repetem, pois apenas dizem que o governo vai fazer isso e aquilo e nada faz de concreto.

Alguns exemplos: prender empresários - falar em prisões de empresários dos transportes antes que os promotores da greve de patrões sejam formalmente denunciados à Justiça, é conversa para boi dormir.

Não havendo flagrante - e não houve e dificilmente haverá  - prender empresário agora é só passar pelo constrangimento de horas depois o 'preso' estar na rua concedendo entrevista = é a mesma coisa da polícia quando prende os 'di menor' sendo a única diferença que o 'di menor' mesmo preso em flagrante, raramente fica apreendido. A prisão agora, ainda que feita por um estagiário do segundo ano do curso de Direito, apresentará argumentos suficientes para  a prisão ser revogada e seu autor muito provavelmente responsabilizado.

Assim, o máximo que pode ser feito com os empresários é que na próxima semana sejam intimados a comparecer a uma delegacia da PF para prestar esclarecimentos.

Multa:  uma multa de R$ 100.000,00 por hora não é para ser paga - e ninguém tem medo de multa que não vai ser obrigado a pagar  (em qualquer negociação um dos itens a ser discutido, e atendido, é anistiar os multados.)

Ainda sobre multa: R$ 10.000,00 de multa diária para um a um caminhoreiro é multa para não ser paga - anistia na certa. (a decisão do ministro Alexandre de Moraes é liminar e quando for a Plenário será  adequada a realidade.)

Carlos Marun disse Temer está muito preocupado com a situação dos hospitais e, por isso, os caminhoneiros de insumos para a área da Saúde que não voltarem às atividades também serão multados. Mas, o governo avaliou que a situação continua grave. Depois de três horas de reunião, o Palácio do Planalto não divulgou dados atualizados sobre os desbloqueios e nem sobre os aeroportos em funcionamento, num exemplo de que os dados ainda não são positivos como o governo previa que aconteceria desde a instituição da chamada Garantia da Lei de da Ordem (GLO), após quase 24 horas do anúncio do uso das Forças Armadas. - Em função da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governo começa a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada para os donos de transportadores que não voltarem ao trabalho. Temos a convicção de que existe o locaute. Os empresários suspeitos serão intimados, segundo informou diretor-geral da Polícia Federal já existem pedidos de prisão  - disse Marun.

[ O que o Governo precisa urgentemente é arrumar coragem, determinação para proceder ao desbloqueio em quatro ou cinco pontos estratégicos, de visibilidade, com prisão de caminhoneiros,   remoção de caminhões (sob direção de motoristas habilitados, alguns disponíveis nas FF AA e outros podendo ser requisitados de órgãos públicos) de modo a que os milhares de caminhoreiros em outros pontos do Brasil vejam que o Governo está usando com seriedade, sem colher de chá, a autoridade que dispõe.

Vencendo o bloqueio em frente à Reduc, no rodo anel a de São Paulo, promovendo o abastecimento em todos os aeroportos que estão parados por falta de combustível, os caminhoneiro vão recuar.]

LOCAUTE

No locaute, os patrões agem em razão dos próprios interesses e não das reivindicações dos trabalhadores e se recusam a ceder aos empregados os instrumentos para que eles desenvolvam seu trabalho, impedindo-os de exercer a atividade. Cobrado sobre os números da atuação das Forças Armadas, Marun disse apenas que um balanço será divulgado no final da tarde deste sábado. Num sinal de que a situação é grave, o ministro fez um apelo aos caminhoneiros para que voltem a trabalhar. - O acordo estabelece trégua, e renovamos o apelo aos donos de transportadores e caminhoneiros no sentido que retomem suas atividades - disse Marun, citando a palavra "apelo" várias vezes.


Marun afirmou ainda que o governo reconhece que havia justiça na pauta apresentada pelos caminhoneiros e, por isso, aprovou as reivindicações e fez o acordo. (Entenda o ponto a ponto do acordo entre governo e representantes do setor de transporte)

Segundo Marun, Temer está muito preocupado com a situação em hospitais e pediu providências especiais neste caso. Segundo o ministro, os caminhoneiros que estiverem transportando insumos da área da Saúde também serão responsabilizados se continuarem parados.  - O que preocupou sobremaneira o presidente Temer hoje é na situação da Saúde. Não obstante tenhamos os principais hospitais do país em funcionamento, os estoques são diminutos. Já foi determinada a aplicação de multa em caminhões que estejam transportando insumos na área da Saúde. O presidente está muito preocupado com a questão de vidas humanas - disse o ministro.


[ Um exemplo da omissão injustificada do governo em acabar com os desbloqueios.

A base da Petrobras em Brasília fica a uns 10 km do Aeroporto da Capital federal, sendo extremamente fácil formar um comboio de uns 30 caminhões - algo em torno de 1.200.000 litros de querosene de aviação - saindo da Petrobras no Setor de Inflamáveis de Brasília para o Aeroporto JK.
Cavalaria e choque da PM no terminal da Petrobras se incumbirão de limpar toda a área próxima de qualquer elemento que possa tentar ação hostil..

Dez viaturas e alguns batedores é efetivo mais que suficiente para fazer a escolta. 
Outras viaturas poderão se adiantar para controlar possível ação de algum grupo que tente barrar o comboio, nas vias que percorrerá.

Chegando no aeroporto, os caminhões se dirigem para os pontos de distribuição, locais em que sua passará para caminhões tanques com menor capacidade;
todo o perímetro será cercado por soldados da Infantaria da FAB com apoio da PE  do Exército e SP dos fuzileiros navais.
Essa mesma operação é de fácil realização em qualquer cidade que tenha aeroporto sem combustível  e seus efeitos, especialmente de dissuasão,  serão somados ao desbloqueio de alguns pontos estratégicos e segunda-feira os  caminhoneiros já estarão correndo atrás de carga.

Brasília, tem uma peculiaridade que está tornando a ação, melhor dizendo a inação, mais negativa: é governada por Rollemberg - o pior governador do qual a Capital foi vítima; 
a lerdeza com que o governo federal está se movendo se soma ao desinteresse do governador do DF e o povo que se f... .
Basta ter em conta que eles negociam horas e horas para conseguir a liberação de quatro caminhões tanque para abastecer o aeroporto JK, quando um simples aumento do efetivo da PM na área seria suficiente para decuplicar esse número.
Concluindo: os caminhoneiros confiam em que Temer não tem coragem para usar a força que tem e está autorizado (pela Constituição - na qualidade de comandante supremo das FF AA - e por liminar concedida por ministro do STF) e com isso apostam que a cada hora de manutenção do bloqueio, por omissão do governo, os 'grevistas' ficam mais fortes e o governo mais fraco.

Temer ordenando uso enérgico da força em alguns pontos, terá êxito  e os caminhoneiros (e seus mentores) terão a confirmação do que já sabem: havendo confronto os grevistas serão os perdedores e o Brasil o vencedor.]


Mas, o ministro não tratou do valor de multa para os caminhoneiros. Escalado para falar após a reunião, Marun deu dados genéricos sobre o que está ocorrendo. Segundo ele, as termoelétricas de Roraima e Rondônia já estão sendo abastecidas. No caso dos aeroportos, estão funcionando os de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Porto Alegre, Galeão, Santos Dumont. A situação é pior no Aeroporto de Brasília, que já cancelou mais de 40 voos por falta de combustível.

- Temos ainda situação graves na questão do abastecimento, que pretendemos normalizar no dia de hoje - admitiu ele.


O governo divulgou na tarde deste sábado um balanço indicando que há 596 pontos de bloqueio parciais em estradas federais no país. Os dados são da Polícia da Rodoviária Federal (PRF) é da movimentação até 11h30m. Segundo os dados, dos 1.140 pontos constatados nesta manhã, 596 pontos estão bloqueados e 544 foram liberados. Ontem, eram 519 pontos de bloqueio no final do dia.  O governo editou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em todo o território nacional, para auxiliar na liberação de rodovias ocupadas por caminhoneiros. A medida, que valerá até o dia 4 de junho, atende a um pedido feito pelo comando do Exército, conforme o GLOBO antecipou.


O Globo



terça-feira, 8 de março de 2016

Manifestações de governistas e oposição levam tensão ao Planalto

Oposição e governistas marcam atos para o mesmo dia, no domingo. Risco de confrontos provoca alerta entre os dois lados. Militares negam que haja planejamento de esquema especial para a data

A insistência do PT e dos movimentos sociais em organizar manifestações no próximo 13 de março para “disputar palmo a palmo” as ruas com os manifestantes pró-impeachment colocou o Planalto e lideranças do próprio partido em sinal de alerta. 

O acirramento nos ânimos a partir da condução coercitiva do ex-presidente Lula e das frases proferidas pelo próprio petista de que “a jararaca está viva” reforçaram o temor de que as cenas de violência protagonizadas por militantes de lado a lado em São Bernardo e no aeroporto de Congonhas na última sexta-feira ganhem contornos incontroláveis.

Para não alarmar a população e esfriar os ânimos dos manifestantes, os órgãos de segurança estaduais mantém o discurso da tranquilidade. Em Brasília, não há um esquema especial montado que seja diferente do preparado em manifestações anteriores, como o bloqueio de vias e garantias nos pontos de embarque e desembarque das pessoas.
Em São Paulo, o secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, disse que os grupos antagônicos não podem se concentrar no mesmo lugar. E que, na avaliação dele, como a manifestação pró-impeachment foi marcada antes, ela terá prioridade das forças policiais. Fontes das Forças Armadas confirmam que, até o momento, além do monitoramento da temperatura dos discursos nas redes sociais, não há um esquema especial montado para o domingo. A avaliação é de que as forças policiais têm todas as condições de garantir a ordem e a segurança públicas.Congresso
Não há dúvidas de que a situação tomou proporções de risco assustadoras. No Congresso, os líderes do PT na Câmara e no Senado Afonso Florence (BA) e Paulo Rocha (PA), respectivamente — tentam diminuir a fervura da militância. Enquanto Rocha defendia ao Correio que os petistas de bom senso não deveriam sequer sair às ruas no domingo, mantendo o cronograma de manifestações para os dias 8, 18 e 31 de março, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) batiam boca, dedos em riste no plenário.  “Em lugar de falar mal do ex-presidente Lula, o senhor deveria defender a investigação do trensalão tucano e do sumiço da merenda escolar”, disse o petista, acrescentado que o país tinha um engavetador na Procuradoria-Geral da República à época da presidência do tucano Fernando Henrique Cardoso. “O senhor faz um discurso caluniador que não enxerga os fatos”, devolveu Nunes Ferreira. “Esse moleque fanático sobe à tribuna para ficar falando esse monte de merda”, exasperou-se Aloysio, ao deixar o plenário, indignado.


Fonte: Correio Braziliense