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quarta-feira, 8 de março de 2023

Pedrinho Matador Superstar: até quando continuaremos glorificando bandidos? - Gazeta do Povo

Vozes - Paulo Polzonoff Jr.

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Fama infame

A vida de Pedrinho Matador vai virar documentário e série.| Foto: Reprodução/ Twitter

Segundo dia do exercício de concisão. Sou disciplinado, nas não muito. Sinto falta dos floreios. De passar o pé por cima da bola. Dos adjetivos em profusão. Mas agora chega de enrolar porque vou falar de Pedrinho Matador, mais um bandido brasileiro cuja vida desgraçada, uma vida que tanto sofrimento causou, será glorificada por meio de um documentário e uma série.

Assim que me sopraram a notícia de que havia um novo psicopata super star na área, me lembrei imediatamente da foto de uma vitrine de livraria (abaixo). Em destaque, três livros sobre criminosas. Sobre Elize Matsunaga, “a mulher que esquartejou o marido”; sobre Suzane [von Richtofen], “assassina e manipuladora”; e sobre Flordelis, “a pastora do diabo”. Se estavam ali em destaque é porque havia quem comprasse. E lesse.

Há pouco tempo, Pedrinho Matador teria virado evangélico. Vi cenas do batismo. Acreditar no arrependimento dele é difícil. No auto perdão, mais ainda. 
Como alguém consegue conviver com o fato de ter tirado a vida de mais de 70 pessoas? 
De qualquer modo, duvido que uma série sobre Pedrinho Matador se ativesse à suposta redenção dele.
 Ao mundo de hoje interessam apenas homens caídos. 
E mulheres também, como se vê pelos livros que citei.

Enquanto isso, heróis brasileiros como a professora Heley de Abreu, que salvou 25 crianças de um incêndio criminoso numa creche em 2017, ou como o morador de rua Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, que salvou a vida de uma mulher feita refém na Praça da Sé, em São Paulo, permanecem convenientemente esquecidos pelos roteiristas e escritores. 

Porque exaltar o bem dá trabalho. Exige humildade. Enquanto exaltar o mal qualquer tarantinozinho da vida faz.


Reprodução/ Twitter

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 15 de novembro de 2022

Sérgio Cabral quase solto e viagem a NY: retratos da Justiça brasileira - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Judiciário



O ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB-RJ) - um dos bandidos mais perigosos do Brasil, condenado a 425 anos de prisão - será solto no próximos dias

Como você sabe, o Sérgio Cabral, que foi governador do Rio de Janeiro, foi condenado a 425 anos de prisão. Você sabe que ele já está por sair?  
Aí vocês vão dizer assim, "uai, tem máquina do tempo? Adiantamos 425 anos e ele já vai sair? Ou 420 anos, porque ele está preso desde 2016"? Pois é. De cinco das prisões, só resta uma
Quatro já foram anuladas com base em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Anuladas pela Justiça do Rio de Janeiro. São 35 processos que ele responde, e foi condenado em 23. Então, só resta uma condenação agora: de Sergio Moro, que está no Supremo para decidir se fica ou não fica. 
Vocês já viram esse filme, com outro personagem, com outro preso. É a Justiça brasileira. Lewandowski quer que solte, Fachin [o que descondenou, sem inocentar, o Lula] quer que prenda, que mantenha preso, e Nunes Marques pediu vistas do processo.  
E Sergio Cabral está esperando. Pode ser solto sim. Esse é o Brasil. Ontem eu falei da Flordelis, condenada a 50 anos, e eu perguntei: mas quantos anos ela vai ficar realmente?
 
Enquanto isso, um dos ministros do Supremo, que está em Nova Iorque, foi para lá para falar num simpósio chamado Brasil e o respeito às liberdades e à Constituição, e à democracia. E ele falou. Disse que a democracia foi muito atacada no Brasil, mas resistiu e sobreviveu graças a instituições fortes e a juízes que cumprem a Constituição. 
Só que ele não especificou quais foram os ataques e quem fez os ataques. É mais ou menos como um juiz que dá uma sentença mas não diz qual foi o crime nem quem é o criminoso. Aliás, não é novidade, porque os advogados de muita gente que foi presa naquele processo, o inquérito do fim do mundo, que foi censurado e tal, os advogados não conseguem saber qual é o crime. 
 
 Porque tem o crime de fake news, que não existe; o crime de censurar e criticar as instituições também não existe, está específico na lei e na Constituição. A lei regulamenta a Constituição, que é do ano passado, diz que não é crime criticar as instituições por meio de manifestações por qualquer meio. Isso é cláusula pétrea da Constituição, não tem como mudar. Mas enfim, os outros juízes estão lá para falar também. Gilmar Mendes, Lewandowski, Carmen Lúcia, Barroso, Toffoli. E os brasileiros que estão lá estão vaiando eles, cada vez que os encontram entrando no hotel, saindo do hotel, saindo do restaurante, caminhando na rua. A gente tem visto nas redes sociais que noticiam essas coisas.

A mídia que não noticia isso simplesmente está acabada. Você sabe que não pode se informar de tudo em determinada mídia que não noticia. Eu vi por exemplo numa mídia dizendo assim: "Lula embarcou num avião que saiu do aeroporto", para não dizer que se trata de um Gulfstream, um jatinho, de um empresário de plano de saúde, que já esteve preso como Lula, naquela questão do dinheiro de campanha, um milhão ou cinco milhões, na campanha do José Serra para o Senado. Simplesmente diz que "embarcou num avião no aeroporto". Então, essa omissão faz com que a gente não acredite mais. Porque estão omitindo as coisas para quem deveriam servir.

Mas vamos em frente. Falei de manifestações em Nova Iorque, e em Brasília está cheio de índio de camisa amarela ali onde houve a missa do papa, em frente à Catedral Nossa Senhora da Paz, que fica na entrada do QG do Exército. Estão acampados lá, já tem chuveiro, já tem de tudo. Se estabeleceram lá. São são 15 dias, meio mês. Tem carro de som o dia inteiro. 

E os hotéis de Brasília estão ganhando com isso. Cada vez mais gente que vem, geralmente, do Centro-Oeste, sul do Pará, Mato Grosso, Tocantins, vem lá de Rondônia, de Mato Grosso do Sul, Goiás. Muita gente.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES   

 

terça-feira, 18 de junho de 2019

Filho de Flordelis confessa que matou o pai a mando do irmão, diz polícia

Lucas dos Santos, de 18 anos, disse que agiu a mando de Flávio Rodrigues de Souza, de 38 anos. A motivação do crime seria uma traição extraconjugal de Anderson

Um dos filhos adotados pela deputada federal e pastora evangélica Flordelis e pelo pastor Anderson do Carmo de Souza, foi um dos executores do assassinato dele ocorrido na madrugada de domingo, 16. De acordo com informações da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Lucas dos Santos, de 18 anos, teria confessado que matou o pai a mando do irmão, Flávio Rodrigues de Souza, de 38 anos, filho biológico de Flordelis. Os dois foram presos na segunda-feira (17/6)

A motivação do crime seria uma traição extraconjugal de Anderson. Em depoimento, Lucas se contradisse e, segundo policiais, ele teria decidido confessar o crime e acusar o irmão depois que a polícia mostrou imagens de câmeras de segurança em que ele aparece na cena do crime. Ainda de acordo com a polícia, transtornado, o filho mais novo incriminou Flávio e contou detalhes que estão ajudando nas investigações do crime. 

Flávio foi preso durante o enterro do padrasto. Ele foi levado para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, onde prestou depoimento. Segundo a polícia, Flávio tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por violência doméstica. Em janeiro, a Justiça determinou que se mantivesse a pelo menos 500 metros de distância da ex-mulher, além de respeitar outras medidas protetivas. Já Lucas foi preso no momento em que prestava depoimento na DHNSG. Contra ele, havia um mandado de apreensão por tráfico de drogas quando ele ainda era menor de idade. 

O crime 
Anderson e Flordelis voltavam de uma confraternização e teriam sido seguidos até a casa deles. Segundo a deputada contou à polícia, depois que chegaram em casa, o marido voltou à garagem porque teria esquecido algo dentro do carro. Nesse momento, a família ouviu o som dos disparos e desceu correndo. Souza chegou a ser levado ao Hospital Niterói D’Or, onde morreu. Os atiradores fugiram sem levar nada.

Testemunhas disseram que três homens encapuzados fizeram disparos. O cachorro da família teria sido dopado para não alertar sobre a presença de desconhecidos. Imagens de câmeras de segurança da rua onde fica a casa do casal foram requisitadas e estão sendo analisadas pela polícia. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.