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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Armados e perigosos

Grupo assume autoria de mais um atentado em Brasília, desdenha da Polícia Federal e agora ameaça de morte o ministro do Meio Ambiente



Na madrugada de 28 de abril, um estrondo quebrou o silêncio em uma das sedes do Ibama, na Floresta Nacional de Brasília. Dois vigilantes correram para verificar o que havia acontecido. No estacionamento, encontraram um carro da fiscalização do órgão em chamas. Antes que conseguissem conter o incêndio, houve outra explosão. Um segundo automóvel começou a pegar fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os veículos ficaram destruídos. Por se tratar de patrimônio público, a polícia foi chamada para realizar uma perícia. Em meio às cinzas, os técnicos recolheram palitos de fósforo, restos de fita adesiva e vestígios de um líquido inflamável — indícios de um incêndio criminoso. Além disso, havia pichações com ameaças ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. No mesmo dia, o grupo que se autointitula “Sociedade Secreta Silvestre” reivindicou o atentado numa página na internet.

Num país sem tradição de grupos ou de atos extremistas violentos, a primeira impressão que se tem de um caso assim é de uma brincadeira irresponsável. O tal grupo se apresenta como ecoterrorista e anticristão e mantém um site na chamada deep web área da internet difícil de ser rastreada e, por isso, muito usada por criminosos de todos os tipos, de pedófilos a traficantes. Pela página, o grupo reivindicou o atentado ao Ibama e informou ter utilizado bombas incendiárias no ataque aos carros. Para provar o que dizia, postou um vídeo com imagens dos artefatos, mostrando o material usado — o mesmo encontrado pelos peritos da polícia no local do crime. O ataque, de acordo com a postagem, foi um alerta ao ministro Ricardo Salles. “Cuidado, Salles. Você é uma figura pública. Não somos como os desprezíveis do Partido da Causa Operária que rosnam o tempo inteiro babando radicalismo, mas que quando te encontram dão tapinhas em seu carro. Operamos terroristicamente apenas. Não temos pressa, só disposição, arsenais e objetivos, e você é um deles, junto com a turma incompetente e pateta dos ‘Bolsonaros’ e outros que já mencionamos”, diz o texto.

ALVOS –  Bolsonaro, Damares e, agora, Ricardo Salles: ameaças de morte (Daniel Marenco/Agência O Globo - Gero Rodrigues/Ofotografico/Agencia O Globo - Nacho Doce/Reuters)

A ação do grupo preocupa as autoridades de Brasília. No fim do ano passado, a tal “Sociedade Secreta Silvestre” assumiu a autoria de outro atentado. Uma bomba de fabricação caseira foi deixada perto de uma igreja a cerca de 50 quilômetros do centro de Brasília. O artefato só não provocou uma tragédia de grandes proporções porque houve falha no detonador, o que impediu a explosão. Como ocorreu agora, foi divulgado um vídeo com detalhes que só mesmo quem construiu o dispositivo poderia saber. Na época, o grupo afirmou que o objetivo era provocar o caos às vésperas da posse do presidente Jair Bolsonaro. “Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento”, dizia um texto. “Temos armas e mais explosivos estocados”, alertava o comunicado. Desde então, a Polícia Federal investiga o caso.

Segundo um documento sigiloso obtido por VEJA, o objetivo da investigação é apurar “condutas extremamente graves, inclusive com a utilização de artefatos explosivos”, e “ameaças a figuras públicas, notadamente ao presidente da República Jair Messias Bolsonaro”. O caso está sendo conduzido com prioridade pela Divisão Antiterrorismo da PF e conta com o apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Civil de Brasília. Apesar dos esforços redobrados, ainda não se sabe quem está por trás das ameaças e dos ataques. Três pessoas chegaram a ser presas no fim do ano passado. Com elas, foram encontrados um manual supostamente ensinando a fazer bombas caseiras e tubos de vidro com substância suspeita. No entanto, poucos dias depois, elas foram soltas. O documento, ficou provado, não pertencia a elas e o líquido era, na verdade, um remédio fitoterápico.

Além do presidente Bolsonaro e de Ricardo Salles, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, já havia entrado na mira da “Sociedade Secreta”. No início do ano, os supostos terroristas postaram um texto intitulado “Damares andando no vale da morte”. Num determinado trecho, diziam: “Já pensou um culto em sua igreja voando pelos ares como no Sri Lanka? Ou um evento seu? E uma toxina mortal em alguma alimentação sua? Uma bala na sua cabeça enquanto se desloca a trabalho?”. VEJA revelou no começo deste mês que, diante dessas ameaças, a ministra mudou de endereço, de rotina e reforçou a segurança. Foi aconselhada até a evitar o consumo de alimentos sem saber sua origem exata. “Deixamos clara a posição ameaçadora e nossas intenções homicidas também contra Damares Alves. Que fique claro que elas ainda existem, e estão cada vez mais perigosas”, ameaçou o movimento. O ministro Ricardo Salles reforçou as medidas de segurança pessoal e da sede do ministério. Em uma postagem recente, o grupo extremista desdenhou das autoridades brasileiras: “A Polícia Federal com ajuda da Abin e outros órgãos realizou um grande operativo, mas deteve pessoas aleatórias, não a nós. Seguimos nos desenvolvendo e atacando”.

Publicado em VEJA de 22 de maio de 2019, edição nº 2635

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Aos bandidos do MST só interessa ocupar área nobre e detalhe: inadequada para atividade agropecuária

Grupo com 350 famílias ocupa área perto do Parque Nacional de Brasília

O acampamento prevê a ocupação de um espaço com 248 hectares

Um grupo de 350 famílias pertencentes ao Movimento Sem Terra (MST) invadiu uma área pública nas proximidades do Parque Nacional de Brasília. O acampamento prevê a ocupação de um espaço com 248 hectares.

O porta-voz do grupo, Edimar Sousa Tavares, 26 anos, afirma que as famílias querem o direito de ocupar a terra e protestam para que quatro assentamentos em Planaltina e Brazlândia sejam consolidados e transformados em acampamentos.
[o curioso é que os bandidos do MST - ou o 'exército de Stédile', como são chamados pelo estrupício do Lula - só invadem área nobre.
Se dizem trabalhadores mas todas as invasões que efetuam são em áreas nobres, muitas vezes de preservação ambiental, situadas às margens de rodovias federais e ideais para instalação de indústrias, construção de conjuntos habitacionais e outras atividades excelentes para a especulação imobiliária.

A área invadida no Parque Nacional é área central do coração do Distrito Federal e não será surpresa se os 'bandidos do Lula' qualquer dia desses não invadirem um trecho do Eixo Monumental para fazer reforma agrária - aliás, já andaram invadindo trechos daquela via e se retiraram quando quiseram. Recentemente, foi descoberta uma armação em que um trecho do Eixo Monumental seria usado para um memorial em homenagem ao tal de Jango - seria a primeira vez em que um presidente fujão seria homenageado (Jango não chegou sequer a ser deposto, ele abandonou o cargo, fugiu).

Se analisarmos as ocupações dos sem terra em todo o território nacional se constata, com raras exceções, que as terras invadidas estão mais adequadas para especulação imobiliária do que para agricultura/pecuária.

Qualquer dia a corja de 'vagabundos do Lula' vai invadir áreas situadas às margens do Lago Paranoá. Aguardem e verão.]

 Ocupações irregulares crescem na Floresta Nacional e são alvo de operações

Casas, comércios improvisados e até igrejas ocupam espaços dentro da unidade de conservação.  

GDF afirma que ações de derrubadas serão executadas na Colônia Agrícola 26 de Setembro nos próximos dias A Floresta Nacional de Brasília (Flona) continua a ser alvo de ocupações irregulares, que crescem de forma rápida e insistente, deixando brechas para a grilagem de terras. Escondidas pela densa vegetação às margens da BR-070, centenas de casas de alvenaria são erguidas todos os dias por famílias de baixa renda em busca de moradia mais barata. [o invasor de diz de baixa renda ou sem renda mas as casas que constroem nas invasões são de alvenaria e de padrão que não combina com o capaz de ser construído por famílias que realmente sejam de baixa renda.
É a institucionalização da grilagem realizada por dois grupos criminosos:
- os bandidos do Lula e/ou do Stédile - também chamados de 'sem terra' e que se apresentam como agricultores, apesar da maioria deles não saber sequer como manusear uma enxada;
- os facínoras de organizações dedicadas a grilagem.
Na verdade são dois ramos de quadrilhas com formas de atuação diversas, mas especializadas na grilagem de terras.
Só invadem áreas nobres, de fácil valorização e chamadas no meio dos criminosos  de 'filé'.
Por isso defendemos que todo invasor deveria ganhar automaticamente um lote de dois metros de comprimento x um metro de largura e sete palmos de profundidade. Tudo sem burocracia, sem conversa. 
É duro você ter seu pedaço de terra, trabalhar nele de sol a sol, tirar seu sustento e de sua família e ver um grupo de bandidos chegar, invadir, tomar de conta e alguns dias depois se tornarem proprietários. ]
 
De acordo com o chefe da Unidade de Conservação (UC) da Flona, Robson Silva, nas chácaras da Colônia Agrícola 26 de Setembro, usada para assentar 135 famílias em 1996, o número de moradores supera os 4 mil, segundo levantamento de 2013. Nas quatro áreas que compõem a Flona há mais de 5.500 pessoas. As residências em desacordo com a lei serão alvo de operações de desocupações nos próximos dias, segundo o vice-governador do DF, Renato Santana.
 Placa na entrada de chácara: ao fundo várias casas em fase de construção

Fonte: Correio Braziliense