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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Sindicarga denuncia roubo de celulares avaliados em US$ 1 milhão no Aeroporto do Galeão



Bandidos uniformizados invadiram o local; Sindicarga diz que PM foi acionada para recuperar aparelhos mas alegou falta de recursos

O diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, denunciou, nesta quarta-feira, um roubo milionário ocorrido no último domingo, no terminal de carga de Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Segundo ele, bandidos levaram do local uma carga de celulares avaliada em US$ 1 milhão cerca de R$ 3,4 milhões. 

São aparelhos que ainda nem chegaram às lojas do estado: Samsung do modelo S9, que custam aproximadamente R$ 3,8 mil cada. De acordo com Moura, os celulares tinham rastreadores que apontaram que eles foram levados para a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, também na Zona Norte. O 22º BPM (Maré), responsável pelo policiamento na comunidade, foi acionado, de acordo com o coronel, mas não foi ao local.  — A PM alegou que não tinha recursos para ir à favela. A DRFC (Delegacia de Roubos e Furtos e Cargas, unidade da Polícia Civil responsável por investigar roubos de cargas) também está sem condições, sem blindados — afirmou Venâncio Moura.

Ele disse ainda que o transportador dos telefones celulares afirmou que não trará mais cargas para o Rio:  — Ele contou que foi o quarto roubo em um ano. Fez tudo certo, cercou-se de todos os cuidado. Fez transporte aéreo, pagou três impostos para transportar o material do Espírito Santo para o Rio e ia pegar no terminal num caminhão blindado. Aí acontece uma coisa dessas.

O diretor do Sindicarga afirmou que esse foi o segundo roubo do tipo ocorrido no Rio em menos de uma semana. De acordo com ele, na semana passada bandidos roubaram uma carga da Apple avaliada em R$ 2 milhões que havia acabado de deixar o terminal de carga do Galeão.  — Foram R$ 5 milhões de prejuízo em uma semana. Está terrível o Rio de Janeiro. A única carga que circula aqui sem problema, que se salva, é a de caixão. Porque ninguém quer comprar caixão, não é mesmo? — disse o coronel. 

‘A única carga que circula aqui sem problema, que se salva, é a de caixão’
COMO FOI A AÇÃO NO GALEÃO
Por volta das 21h30 de domingo, três bandidos num caminhão invadiram o terminal de carga e entraram num galpão da Gol. Eles usavam uniformes semelhantes aos dos funcionários.  Segundo depoimento dos empregados rendidos, os bandidos mostraram as armas e fizeram uma série de ameaças. Eles pegaram os celulares, levaram para o caminhão que usavam e fugiram.

A ação foi filmada por pelo circuito interno de câmeras e mostra a movimentação dos ladrões. Todos usavam bonés que escondem seus rostos parcialmente. Eles integrariam um bando chamado Bonde do Gordão, do Complexo da Maré.  O consórcio RIOGaleão informou que está à disposição para apoiar as investigações sobre o crime: "O RIOgaleão está à disposição para apoiar as investigações dos órgãos responsáveis sobre o assalto ocorrido no último domingo, às 21h40, no terminal de cargas destinado às companhias aéreas nacionais". A Gol também ressaltou que "está colaborando com as investigações junto aos órgãos responsáveis".

Já a Polícia Civil informou que o roubo foi registrado na Delegacia de Atendimento Policial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), "mas o procedimento foi encaminhado para Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), que prosseguirá com as investigações". 

PM DIZ QUE ATENDIMENTO NÃO ERA UMA EMERGÊNCIA
A Polícia Militar informou que só foi comunicada a respeito do roubo dos celulares na segunda-feira e que, por isso, avaliou que a chamada não era uma emergência. Além disso, destacou que ações noturnas demandam "planejamento prévio que considere a segurança de moradores e policiais militares e os protocolos estabelecidos em decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública de Comarca da Capital":

"A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informa que o 22ºBPM (Maré) foi informado sobre a possível localização da carga roubada na noite de segunda-feira (16/04). O acionamento não foi feito pela Central 190. Foi avaliado que não se tratava de uma emergência, já que a carga foi roubada no dia anterior, e este tipo de ação noturna demanda planejamento prévio que considere a segurança de moradores e policiais militares e os protocolos estabelecidos em decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública de Comarca da Capital".
 
O Globo
 

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Forças Armadas e polícias Federal e Militar fazem operação em dois morros da Ilha do Governador



Criminosos depredaram no sábado o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) da PM no Morro do Barbante. Ação também acontece na Vila Joaniza


[Tem que ser assim; bandido barbarizou, Polícia e FF AA tem que invadir. Só que tem que ser ação imediata e realizada em mais uma favela.

Bandido tem que ser convencido que tossiu, fez barulho, terá reação imediata das forças de segurança.

Só que a ação precisa ocorrer logo após o ato criminoso - os bandidos barbarizaram no sábado e só hoje estão sendo punidos.

E tem que para cada favela barbarizada por traficantes, três ou quatro, em locais distintos, serem alvo de operações de cerco, asfixia e varredura.]

A Polícia Militar faz uma operação, com o apoio das Forças Armadas e da Polícia Federal, desde a madrugada desta quinta-feira nas comunidades Vila Joaniza e Morro do Barbante, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Baseados em pontos estratégicos, 1.500 homens são responsáveis pelo cerco. Pelo menos uma pessoa foi levada para a delegacia. 


Militares das Forças Armadas durante operação em comunidades da Ilha do Governador - Reprodução / TV Globo



A PM informou que nas proximidades das favelas, algumas ruas foram interditadas e o espaço aéreo está controlado, com restrições dinâmicas para aeronaves civis, nas áreas sobrepostas aos setores de atuação das Forças Armadas. Não há interferência nas operações dos aeroportos.
— A população da Joaniza e do Barbante tem sofrido muitas ações afrontosas da criminalidade e, nesse contexto, a Polícia Militar solicitou apoio das Forças Armadas para que se pudesse realizar uma operação de cerco, controlar os acessos para justamente evitar a chegada de reforços da criminalidade neste local — disse o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Roberto Itamar.

POSTO DA PM FOI DEPREDADO NO FIM DE SEMANA
Operações no Morro do Barbante acontecem desde o início da semana, após criminosos terem depredado, no sábado, o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) da PM, que fica na comunidade. A fachada do imóvel foi pichada com a sigla da facção que domina o tráfico na comunidade. Também foram escritos xingamentos aos policiais militares. Janelas e a porta da edificação foram totalmente destruídas.

Antes da depredação, dois policiais do PPC foram atacados por criminosos e tiveram que ser resgatados por meio de uma operação que envolveu veículo blindado e helicóptero. Um grupo de traficantes fortemente armados, segundo a Polícia Militar, fez disparos contra o interior do posto e deixaram os PMs encurralados. Após o ataque, a corporação decidiu desativar o posto definitivamente. [outro erro: além da região do Morro do Barbante Joaniza, outras favelas fora da Ilha do Governador deveriam ser objeto de operação de modo a que a facção criminosa entendesse que mexeu com polícia, vai sofrer as consequências.
Bandido bom é bandido morto - e bandido morto, tem uma vantagem adicional: reduz junto a outros bandidos a sensação de impunidade.]

O Globo