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domingo, 5 de novembro de 2017

Salve-se quem puder!

Com ministros num tiroteio, Temer se refugia no Jaburu e Meirelles se lança para 2018


Convalescendo de uma cirurgia e de duas denúncias da PGR, o presidente Michel Temer estava até ontem cego, surdo e principalmente mudo, enquanto seu Ministério parece mais fora de controle do que a PM do Rio de Janeiro. Afora os ex-ministros que foram presos e os atuais, que estão na mira da Lava Jato, há os que falam demais, os que pedem demais, os que sonham demais. E cada um diz e faz o que quer. Torquato Jardim não deve à Justiça, a nenhum partido, não tem papas na língua e, cá entre nós, não revela nenhuma novidade quando diz que o governador Pezão não tem controle sobre a PM do Rio, que a PM tem relações para lá de perigosas com o crime organizado e que, se há luz no fim do túnel, é com um novo presidente e um novo governador.

[para complicar mais ainda a vida do presidente Temer - esquecem os que querem envolvê-lo em acusações infundadas que ruim com Temer, pior sem Temer - o site UOL - Notícias informa que o presidenciável Henrique Meirelles está sendo acusado de ser proprietário de offshores. Sendo comum que empresas offshores estabelecidas em  países como Bahamas, ilhas Cayman e Bermudas, sejam usadas para lavagem de dinheiro. Os dados que alimentam o vazamento procedem de Munique. A acusação decorre de um  grande vazamento de informações do escritório de advocacia Appleby, especializado em empresas offshores.  
Uma das offshores registradas em nome de Meirelles chama-se "The Sabedoria Trust". A documentação da empresa diz que foi estabelecida "a pedido de Henrique de Campos Meirelles, especificamente para propósitos de caridade",
Nada que ninguém já não soubesse, mas atraiu a fúria de todas as forças políticas do Rio contra o ministro da Justiça: o governador, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Assembleia, Jorge Picciani (PMDB), toda a área de segurança, esquerda, centro e direita. Só faltaram Sérgio Cabral e Fernandinho Beira-Mar. Cabral, deprimido pela perda de uma cinemateca tão bacana. Beira-Mar, ocupado com o controle do Comando Vermelho a partir das penitenciárias. [o erro do Torquato Jardim e que motivou o repúdio generalizado ao seu comportamento de acusador, é ele se guiar pelo Rodrigo 'enganot' e acusar sem provas.


O Brasil quer ser uma democracia, um estado democrático de direito mas tolera que acusadores sem provas, assaquem as calúnias que desejam e não estejam obrigados a provar.
O Torquato chegou ao absurdo de desafiar os acusados a provar que ele estava mentindo.]

O problema de Torquato Jardim não é ter falado uma mentira, mas verdades que ministros não podem dizer. Mexeu com os brios das autoridades do Rio, que entraram com uma interpelação judicial para emparedar o boquirroto: se ele não prova o que disse, cai em injúria, calúnia e difamação; se provar, cai em prevaricação, por não ter feito nada para combater o que sabia. Para alívio do ministro, a Justiça brasileira é lenta. Isso pode demorar um, dois, mil anos. Até lá, Inês é morta, Temer já passou a faixa e o Rio vai continuar com seus problemas.

Para Luislinda Valois, “a emenda é pior do que o soneto”. Temer precisava de uma mulher, de um negro e de alguém do meio jurídico para a pasta dos Direitos Humanos. Solícito, o PSDB providenciou Valois, que é três em um e tem outra vantagem: nunca abre a boca numa reunião. Mas, flagrada tentando driblar o teto salarial do funcionalismo, desandou a falar o quanto adora roupas, maquiagens e perfumes!  Aloysio Nunes Ferreira estava quieto no canto dele, a política externa, quando a procuradora Raquel Dodge pediu ao Supremo, em pleno feriado de Finados, para continuar as investigações sobre suas relações com a Odebrecht. Culpado ou inocente, bom não é ter um chanceler que, fora do País, defende o Brasil; dentro, se defende na Justiça. E ele é só um tucano a mais no ninho dos bicudos do PMDB.

Para encerrar a semana, o rebuliço do governo foi com a entrevista em que o ministro Henrique Meirelles admite que é “presidenciável”. Como no caso de Torquato Jardim, não há nenhuma surpresa nisso. Mas, entre todo mundo saber e o ministro dizer, vai uma enorme diferença. Até porque o jardim do Torquato só tem espinhos crime organizado, combate à corrupção, penitenciárias em chamas... –, mas o de Meirelles distribui flores juros e inflação caem, PIB e empregos sobem. Cuidado com o vespeiro, ministro!

Com tanta bala perdida, Temer refugiou-se no Jaburu, de costas para Jardim, Valois, Nunes Ferreira e Meirelles, sonhando com a reforma da Previdência. Aliás, o mais surpreendente nas contas da ministra dos Direitos Humanos não é ela querer receber o salário de R$ 30.934,70, mas já embolsar R$ 30.471,10 como desembargadora aposentada. O teto de aposentadoria do INSS é de... R$ 5.578! Mas como votar a reforma e corrigir esses privilégios, se o governo troca tiros, o Congresso só planeja o próximo feriado e o ministro da Fazenda se lança para 2018? Se ele já está nessa, imaginem os deputados e senadores...


Fonte:  Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Eike Batista tem prisão decretada em nova fase da Lava-Jato

A Operação Eficiência é um desdobramento da Operação Calicute que prendeu o ex-governador Sergio Cabral; Eike não foi encontrado em casa pelos agentes da PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Eficiência, segunda fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Entre os alvos de mandado de prisão preventiva está o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, que não foi encontrado em sua casa na Zona Sul do Rio de Janeiro. As investigações miram pagamentos de propina durante o governo de Sergio Cabral (2007 a 2014), que também é alvo de um mandado de prisão preventiva e está detido na penitenciária de Bangu.

A PF também investiga crime de lavagem de dinheiro, que envolve cerca de 100 milhões de dólares no exterior. Parte desse valor já foi repatriado. Nesta fase da operação, também são investigados crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.
Segundo o advogado que representa o empresário, Eike está viajando e vai se entregar às autoridades. A operação desta quinta é um desdobramento da Operação Calicute, que prendeu o governador Sérgio Cabral em novembro do ano passado. O vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike, também é alvo de prisão preventiva.

Cerca de oitenta policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão. As investigações miram pagamentos de propina envolvendo o ex-governador Sergio Cabral, que também é alvo de um mandado de prisão preventiva.

Segundo as investigações, Eike e Flávio Godinho, do grupo EBX, realizaram pagamento de propina no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. O valor foi solicitado por Cabral a Eike em 2010, e para dar aparência de legalidade à operação, foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia recebeu os valores ilícitos numa conta no Uruguai, em nome de terceiros, mas os valores eram direcionados à Cabral.

Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem cometido atos de obstrução da investigação. Segundo as investigações, após uma busca e apreensão realizada em 2015 em um dos endereços de Eike foram apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia. Na ocasião, os três investigados orientaram os donos da Arcadia a manterem a versão de que o contrato de intermediação seria verdadeiro diante das autoridades.

“De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública”, afirmam os procuradores do MPF.  Os outros alvos da operação são Sergio Castro, apontado como operador do esquema, Francisco Assis, o doleiro Álvaro Galliez, Thiago Aragão, ex-sócio da esposa de Cabral, e três pessoas ligadas a Cabral que também já estão presas – Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra. Além deles, o irmão de Cabral, Maurício de Oliveira Cabral Santos e Suzana Neves Cabral, ex-mulher do ex-governador, são alvos de condução coercitiva.

Para o MPF, há elementos suficientes para pedir as prisões temporárias de Susana e Maurício Cabral, mas foi pedida uma medida menos grave – que são as conduções coercitivas – para que deponham conforme for ordenado pela Justiça. Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação da Operação Calicute e estão sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na fase desta quinta, as informações foram coletadas em dois acordos de colaboração que abordaram os detalhes do esquema de lavagem de dinheiro por trás dos desvios praticados pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral.

Operação Arquivo X
Em 2016, Eike Batista já havia prestado depoimento voluntário à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. Na ocasião, o empresário declarou que em novembro de 2012 recebeu um pedido do então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Guido Mantega, para que fizesse um pagamento de 5 milhões de reais, no interesse do PT com o intuito de pagar dívidas de campanha.

Mantega teve a prisão decretada devido as declarações de Eike na fase Arquivo X, deflagrada em 22 de setembro de 2016, que foi revogada pelo juiz Sergio Moro horas depois. Mantega acompanhava a mulher numa cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, quando foi preso pelos agentes da PF.  O nome da operação era uma referência à empresa OSX, de Eike, que costumava batizar as suas companhias sempre com a letra “X”, um sinal de multiplicação de riquezas, segundo ele.

Eike pagou US$ 16,5 milhões a Cabral por meio de falsa venda de mina de ouro

A Eficiência, nova fase da Lava-Jato no Rio, investiga o pagamento de US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral por Eike Batista e Flávio Godinho, vice-presidente do Flamengo e ex-braço-direito do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá.


Marcelo Carnaval | Agência O Globo
 
Segundo os procuradores, o dinheiro foi solicitado por Cabral a Eike Batista em 2010, e, para dar aparência de legalidade à operação, foi feito em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro.

A Arcadia recebeu a propina numa conta no Uruguai, em nome de laranjas, mas à disposição de Cabral.

Fonte: O Estado de S. Paulo, O Globo  e Reuters
 

sábado, 5 de março de 2016

Dono da Crefisa envolvido em fraude milionária



Lamacchia, um bilionário encrencado
Como o dono da Crefisa e da Faculdade das Américas perdeu na Justiça uma fortuna de R$ 500 milhões para uma faxineira aposentada após uma disputa marcada por fraudes, desvios de recursos e intimidação

O bairro paulistano do Jardim Boa Vista, localizado no extremo da zona Sul de São Paulo, está entre os mais violentos da cidade. Sempre que um crime acontece, é normal os moradores serem alvo da curiosidade da imprensa. Foi o que a ex-faxineira Glória da Graça de Souza, 67 anos, pensou ao ver um fotógrafo descer do táxi, em frente ao portão de sua casa, para tomar fotos dela. Depois de alguns cliques, o homem identificou-se como o jornalista Pedro Menezes e perguntou se o nome dela era Glória. Assustada e sem saber o que se passava, ela assentiu com a cabeça.

A admissão fez uma segunda pessoa descer do carro e causar espanto na funcionária pública aposentada. Era o empresário José Roberto Lamacchia, sócio da financeira Crefisa e da Faculdade das Américas (FAM), e um dos maiores patrocinadores do futebol brasileiro. Ele correu e invadiu a residência de Glória, que tentou impedi-lo para não assustar os quatro netos menores de idade que estavam sob seus cuidados. Dentro da casa simples, de cômodos inacabados e muita reforma a fazer, o empresário acostumado aos nobres bairros Jardim Paulista, onde mora, e Jardim América, onde trabalha, forçava a barra para ser ouvido.

Apesar da gritante diferença social, o bilionário Lamacchia e ex-faxineira Glória são “sócios” na FAM, universidade privada criada em 1998, com duas unidades em São Paulo, aproximadamente 17 mil alunos em 28 cursos. A invasão de domicílio, registrada em Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia no dia 4 de outubro de 2011, foi um ato desesperado de um empresário acuado, numa tentativa de convencê-la a retirar um processo contra ele na Justiça. Lamacchia, diz Glória, forçou o encontro para suborná-la e chantageá-la. Ela movia o processo de número 0194670-49.2011.8.26.01.000, no Foro Central de São Paulo, no qual pedia para ser reconhecida como a única associada do Cebrasp, entidade que deu origem à FAM.


Dono da Crefisa, a única instituição financeira disposta a emprestar para servidores públicos, aposentados e pensionistas que estão com nome sujo, com mais de 900 lojas espalhadas por todo o País, Lamacchia batalha nos bastidores para preservar um patrimônio superior a R$ 3 bilhões. Fazer dinheiro é com ele mesmo. O capital social da financeira, que era de R$ 60 mil, em dezembro de 2006, foi multiplicado em 2.733%, para R$ 1,7 milhão, em junho de 2015. No mesmo período, o patrimônio líquido da Crefisa, de R$ 157,8 milhões, saltou 1.522% para R$ 2,56 bilhões.

A financeira especializou-se em um tipo de empréstimo pessoal bastante lucrativo, que não segue o habitual modelo de crédito consignado com desconto em folha de pagamento. Os clientes aceitam o débito automático das parcelas em suas contas correntes bancárias. Embora a inadimplência da Crefisa esteja perto de 40% do total emprestado, um absurdo para qualquer padrão no sistema financeiro brasileiro, os juros extorsivos garantem a lucratividade do negócio. Segundo o BC, as taxas da Crefisa superam 830% ao ano.