A ONU era tão forte que em 1948 ela conseguiu criar o Estado de Israel, em 2023 ela não consegue criar o Estado Palestino (Lula).
“Sem
apresentar provas” (valho-me do bordão da Rede Globo), a bobagem acima,
com intuito recriminatório, foi proferida pelo presidente do Brasil no
dia do aniversário da Independência de Israel.
Seguiram-se imediatos
protestos e contestação da Embaixada de Israel no Brasil... Lula falava
em Madrid no mesmo tom habitual de reitor de mesa de boteco com que
sugeriu à Ucrânia entregar a Crimeia à Rússia.
Cada vez que
põe os pés fora do Brasil, vestindo a fantasia de “líder dos povos” que
pediu emprestada a Stálin, Lula me faz lembrar o comediante britânico
Peter Sellers pegando um copo e derrubando a cristaleira, ou acendendo
um cigarro e explodindo a casa do vizinho.
Lula
atravessou a vida no desempenho da miserável tarefa de falar mal dos
outros – de tudo e de todos – como forma de afirmar sua suposta
superioridade. Isso não é incomum.
Há muitas pessoas assim e a política
as atrai porque os ingênuos caem nessa como peixinhos que vão parar no
aquário comendo ração.
Contudo, não é
graças a esse longo treinamento em destruição de reputações que Lula e
seus consectários estão sempre atacando algo ou alguém. Não!
É que
simplesmente nunca aprenderam a falar de modo positivo, sustentável, nem
mesmo sobre o conjunto sistematizado de suas crenças e afirmações.
isso, elas nunca passam de um amontoado de contradições em que os fins
com que se embalam as promessas são antagônicos aos meios utilizados.
Assim como o
presidente da APEX-Brasil vai à China e critica o agronegócio
brasileiro, Lula vai à Espanha e diz, em encontro com empresários, que é
impossível investir no Brasil. Tal conduta eleva o petismo a seu estado
de bem-aventurança e é o motivo pelo qual a atual diplomacia brasileira
quer dar lições ao mundo e não perde oportunidade de criticar o próprio
país.
Atribuem a
Juca Chaves a frase: “Quando a esquerda perde uma eleição, ela tenta
destruir o país. Quando ganha, consegue”.
Está sendo escrito o quinto
volume desse curso de estupidez política.
É óbvio que um governo com
essa mentalidade, com o passado que tem e o futuro que prenuncia,
precisa submeter sua oposição à mordaça da censura.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.