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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Com atraso, ajuda chega a sírios que passam fome em Madaya; mas, comida já não basta, alerta Médicos Sem Fronteiras

Comida já não basta para cidades sitiadas na Síria, alerta MSF

Com atraso, ajuda chega a sírios que passam fome em Madaya

Mais de 60 caminhões com alimentos, água e itens de primeira necessidade conseguiram chegar a cidades sírias sitiadas tanto por tropas leais a Damasco quanto por rebeldes da oposição ao ditador Bashar al-Assad. A situação nesses lugares é considerada crítica por organizações humanitárias, com pessoas morrendo de fome, desnutridas.Mais de 400 mil vivem nessas zonas cercadas, e a situação delas é desesperadora — afirmou Marianne Gasser, dirigente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Síria. — A operação vai durar alguns dias. É positivo, mas pode ficar limitado a uma única distribuição. É preciso ter acesso constante a essas cidades.
  Ao todo, 44 caminhões chegaram ontem a Madaya, no Sudoeste sírio, próximo à fronteira com o Líbano o cerco das forças do regime deixa isolados os 42 mil habitantes da cidade já há seis meses. Ao mesmo tempo, outros 21 caminhões se dirigiram a Foua e Kefraya, no Noroeste do país. Os veículos levaram ajuda fornecida pelo Programa Mundial de Alimentos, pelo CICV e pelo Crescente Vermelho.

De acordo com a última atualização da Médicos Sem Fronteiras (MSF), somente no domingo houve cinco óbitos por desnutrição, entre eles uma criança de 9 anos — pelo menos 25 pessoas morreram de fome desde 1º de dezembro. Cerca de 200 moradores são considerados em situação crítica. — Somente entregar comida neste momento já não é mais suficiente. É necessário cuidados médicos especializados afirmou ao GLOBO o especialista em assuntos humanitários da MSF, Michiel Hofman. — Há cerca de dez pessoas em condições extremamente graves que necessitam ter retirada médica para fora de Madaya, porque o hospital local não está em condições de atender estes casos. É preciso retirar de lá principalmente bebês, crianças e idosos.

Segundo a MSF, até mesmo os médicos que trabalham em Madaya são atingidos pelo cerco: há relatos de equipes que já não comem há uma semana. De acordo com a Cruz Vermelha, os caminhões levaram a cidade comida e água suficientes para suprir 40 mil pessoas por um mês, além de medicamentos, cobertores e kits de higiene.  Olhem para a tática de matar pela fome grotesca que o regime sírio está usando agora contra seu próprio povo. Olhem para as imagens assombrosas de civis, incluindo crianças, e até bebês, em Madaya. Estas imagens nos lembram a Segunda Guerra Mundial — criticou enfaticamente a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power.

Fonte: O Globo
 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Em um mês, 23 pessoas morreram de fome em cidade síria

Número foi contabilizado pela organização Médicos Sem Fronteiras desde 1º de dezembro em Madaya, uma dos localidade sitiadas pelas tropas do ditador Bashar Assad

Vinte e três pessoas morreram de fome em Madaya, na Síria, desde o dia 1º de dezembro, informou nesta sexta-feira a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). A cidade, perto de Damasco, é um dos locais que se encontram sitiados por tropas fiéis ao ditador Bashar Assad, que impedem a entrada de alimentos e remédios para forçar rebeldes a se entregarem. Segundo o MSF, entre essas vítimas, seis tinham menos de um ano de idade. A organização ainda contabilizou 13 mortes de pessoas que tentaram fugir em busca de alimentos, mas que morreram depois de pisarem em minas que rodeiam a cidade ou serem atingidas por disparos de franco-atiradores.


 Civis sofrem com desnutrição na cidade síria de Madaya, sitiada pelas forças do presidente Bashar al-Assad (Twitter/Reprodução)
Nesta quinta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, em um breve comunicado, que se prepara para fornecer ajuda humanitária em três cidades que são alvo do cerco, que já dura desde abril: além de Madaya, Foah e Kefraya. Segundo a ONU, 40.000 pessoas - metade delas crianças - precisam de assistência imediata em Madaya. No entanto, um porta-voz da Cruz Vermelha disse que a cidade síria não poderá receber ajuda até domingo porque trata-se de uma "enorme e complicada operação".

Ainda não está claro como será a ajuda permitida em Madaya, a cidade mais afetada, onde os adultos e crianças, para sobreviverem, tiveram de comer grama, folhas e "sopa" de água com ervas. Com a escassez de alimentos, um quilo de arroz na cidade chega a custar o equivalente a 250 dólares (ou quase 1.000 reais) - quantia exorbitante e inviável para a maioria da população. A última prestação da ajuda humanitária na cidade foi em outubro, e agora há escassez de tudo, inclusive de leite para as crianças e de produtos médicos básicos, como anti-inflamatórios e analgésicos.

A guerra civil na Síria, que matou mais de 220.000 pessoas, já dura quase quatro anos e não há indicações de que o conflito esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad estão paralisados. Os protestos contra o regime para tirar Assad do poder se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, sendo o Estado Islâmico o mais poderoso deles.

Da redação de VEJA


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

ONU trabalha para salvar cidade síria sitiada da fome

Em Madaya, a cidade mais afetada pela fome extrema, as pessoas têm de comer grama, folhas e “sopa” de água com ervas. 

Um quilo de arroz chega a custar R$ 1.000

 Crianças sofrem com a falta de alimentos na cidade sitiada de Madaya, Síria(Syrian American Medical Society/Reprodução)
O governo da Síria concedeu nesta quinta-feira permissão para a Organização das Nações Unidas (ONU) coordenar a ajuda humanitária a três localidades que se encontram sitiadas, incluindo a cidade de Madaya, perto de Damasco. Madaya está cercada por tropas fiéis ao ditador Bashar Assad e boa parte da população está passando fome. "A ONU se prepara para entregar ajuda humanitária nos próximos dias", informa um breve comunicado das Nações Unidas. Nas outras duas cidades que serão ajudadas, Foah e Kefraya, a população também está resistindo a um cerco debilitante após as tropas sírias cercarem grupos rebeldes que lutam para derrubar Assad. O cerco já dura desde abril.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os moradores estão céticos de que as entregas de suprimentos vão ser suficientes. Madaya, Foah e Kefraya são apenas os exemplos mais recentes de uma estratégia cruel utilizada pelas tropas de Assad: fazer um cerco para impedir a entrada de alimentos e forçar os rebeldes a se entregarem, não se importando com o sofrimento da população civil. Áreas como Ghouta, nos subúrbios de Damasco, e o campo de refugiados de Yarmouk, ao sul da capital, sofrem bloqueios semelhantes.


Apoio urgente é necessária para Sitiada e esfomeado Civis de Madaya


Ainda não está claro como será a ajuda permitida em Madaya, a cidade mais afetada, onde os adultos e crianças, para sobreviverem, tiveram de comer grama, folhas e "sopa" de água com ervas. Com a escassez de alimentos, um quilo de arroz na cidade chega a custar o equivalente a 250 dólares (ou quase 1.000 reais) - quantia exorbitante e inviável para a maioria da população. A última prestação da ajuda humanitária na cidade foi em outubro, e agora há escassez de tudo, inclusive de leite para as crianças e de produtos médicos básicos, como anti-inflamatórios e analgésicos. Agentes da ONU informam que centenas de pessoas, sobretudo idosos e crianças, já morreram de fome em Madaya.

"Madaya não está à beira de uma catástrofe humanitária, já é uma catástrofe humanitária", disse um agente de saúde. "A visão das ruas é assustadora. Sabemos que as pessoas pensam que estamos exagerando, mas acreditem em mim, é pior do que qualquer exagero", disse o agente ao jornal britânico, temendo se identificar por temer represálias do regime.

A guerra civil na Síria, que matou mais de 220.000 pessoas, já dura quase quatro anos e não há indicações de que o conflito esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad estão paralisados. Os protestos contra o regime para tirar Assad do poder se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, sendo o Estado Islâmico o mais poderoso deles.

 Fonte: Redação VEJA