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sábado, 8 de abril de 2017

A insustentável Síria - Armas químicas chocam o planeta e põem Putin e Trump em iminência de guerra

Depois da tragédia com armas químicas, Trump e Putin inauguram uma nova e belicosa era no cenário político internacional. Agora o mundo teme o pior

Na manhã da sexta-feira 7, poucas horas depois do ataque americano contra uma base militar síria, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, publicou um post em seu Facebook que denuncia os tempos sombrios que o mundo está prestes a viver. “Os Estados Unidos chegaram a um passo de um confronto com a Rússia”, escreveu Medvedev. Vladimir Putin, presidente do país e líder de fato da nação, afirmou que “os ataques causam um dano considerável nas relações entre os dois países, que já se encontram em um estado lamentável.” 


 TRAGÉDIA - Crianças vítimas de arma química: imagens chocantes de uma guerra que não tem fim

Por mais que pareça improvável e de certa forma surreal, em pleno século 21, falar em um conflito armado entre duas das maiores potências do planeta, os eventos trágicos dos últimos dias e as reações insidiosas dos envolvidos na questão levam a supor que a paz está, sim, ameaçada. Os agravantes trazem ainda mais indícios de que o planeta está exposto a uma nova era de violência. Trump e Putin são tão imprevisíveis quanto irascíveis, tão beligerantes quanto irresponsáveis. Como ensina a história, os países que eles comandam têm o infeliz hábito de subjugar alguém que consideram diferente e se tornaram temidos exatamente por essa vocação.

A foto que aparece na primeira página desta reportagem escancara o que a insanidade é capaz de perpetrar. Crianças mortas por asfixia e com os corpos retesados, como se tivessem partido no instante exato em que dispararam um grito de horror, jamais poderão ser esquecidas – e nunca mais toleradas. Se o ditador sírio Bashar al-Assad se permite cometer atrocidades como disparar gás venenoso contra jovens inocentes, o que resta ao mundo a não ser reagir para que o mal não se perpetue? Foi o que fez Donald Trump ao atacar as bases sírias na quinta-feira 6, e é difícil não se sensibilizar com suas palavras. “Mesmo lindos bebês foram assassinados com este ataque bárbaro. Nenhum filho do Senhor jamais deveria sofrer esse horror.” Mas será o louco, preconceituoso e radical Trump o homem que colocará fim à barbárie? Não é preciso ser um especialista em questões geopolíticas para responder a essa pergunta: “Não, não e não.”


 Militares se preparam para a ofensiva

Abu Ivanka al-Amriki, ou “Pai de Ivanka, o Americano”. Este é o apelido que o presidente Donald Trump ganhou entre os árabes nas redes sociais depois que o governo dos Estados Unidos lançou os 59 mísseis sobre a Síria, em represália ao ataque com armas químicas dois dias antes. Resume bem o novo capítulo da crise que desaba sobre o Oriente Médio: Trump entrou na guerra. Está contra o ditador sírio Bashar al-Assad. Mais do que isso. Ao lançar os mísseis, atingiu o coração da Rússia, até então sua aliada, que ajuda Assad a oprimir a oposição que quer derrubá-lo a qualquer custo. Com os desdobramentos da semana passada, a Síria se torna agora palco da batalha direta entre Rússia e EUA, as duas maiores potências bélicas mundiais.

A situação é mais complexa do que aparenta ser. A Síria vive uma crise política e humanitária há seis anos, com disputas dilacerantes que envolvem protagonistas dispostos a morrer por uma causa, além de estar no centro de uma série de ataques, bombardeios e atentados, e de abrigar um tipo de fundamentalismo que não se incomoda em destruir o outro com requintes de crueldade. Resultado: nos últimos anos, um mundo anestesiado acostumou-se com as imagens mórbidas de casas e bairros inteiros destruídos – e milhares de vidas perdidas. Estima-se em 400 mil pessoas assassinadas desde que a guerra civil começou e mais de 5 milhões de refugiadas pedindo asilo ao redor do mundo. 

A Síria é também o berço do Estado Islâmico, o maior e mais ativo grupo terrorista da atualidade. É na Síria que são disparadas as armas químicas, consideradas crime de guerra, como no reincidente ataque na terça-feira 4 – em 2013, outro atentado ordenado pelo governo matou 350 pessoas e deixou mais de 1.000 feridas. A Síria está no epicentro do maior confronto desde a Segunda Guerra Mundial. É, acima de tudo, um país dizimado e humilhado por bárbaras lideranças locais e atores globais com sede de guerra.

TERCEIRA GUERRA
Se o mundo teme as consequências de uma Terceira Guerra Mundial, os sírios têm a certeza de que o drama só vai piorar. Na opinião do professor de Relações Internacionais e pesquisador do Instituto Alemão de Estudos Globais, Kai Michael Kenkel, o ditador Assad vai tomar medidas mais drásticas a partir de agora, e a Rússia irá protegê-lo. “Isso vai acontecer mesmo havendo violações de direitos humanos”, afirma. A intenção do líder russo, diz o especialista, é não acabar com o conflito. Para Kenkel, a  Síria é usada como um jogo de xadrez entre os presidentes e, neste caso, o russo está ganhando. “Putin é racional e sabe o que está fazendo. Tem um entendimento muito maior de política internacional do que Trump.” A questão é que as duas nações expressam política e culturalmente o que em termos filosóficos se chama de “ethos guerreiro”, a necessidade de vencer e destruir o adversário. Ressalte-se que os dois países estiveram envolvidos nos maiores conflitos armados da história. Detêm os maiores orçamentos militares e discutem o tema da guerra e dos ataques de maneira recorrente.


Do ponto de vista estratégico, um ataque imediato da Rússia contra os Estados Unidos não seria viável. Para os especialistas, o que poderia ocorrer seria um bombardeio russo nos países que pertenceram à União Soviética e hoje integram a União Europeia. “Seria uma medida intermediária”, diz Héctor Luis Saint-Pierre, diretor do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e líder do Grupo de Estudo de Defesa e Segurança Internacional. Para ele, o objetivo maior do ataque foi reafirmar o poderio bélico diante da China, que vem fortalecendo sua atuação como potência militar. “Trump quis chamar a atenção da opinião pública internacional, mostrando que pode ir até as últimas consequências. Isso daria mais credibilidade aos Estados Unidos nas relações bilaterais com o gigante asiático”.

(...)

POR QUE A GUERRA SÍRIA TEM IMPACTO MUNDIAL 
> O país está no coração de uma área de conflitos historicamente influenciada pelas potências mundiais

> O ataque americano coloca duas mais importantes – Rússia e Estados Unidos – em confronto direto.
>O governo de Vladimir Putin é aliado do ditador Bashar Al-Assad
> Também torna incerta a reação do Irã, outro país aliado de Al-Assad, inimigo de Israel e com forte presença no Golfo Pérsico
> Deixa em discussão o combate ao grupo extremista Estado Islâmico, que hoje controla boa parte do território sírio, na região mais próxima da Turquia. Uma coalisão internacional integrada também pela Síria, Estados Unidos e Rússia luta contra os extremistas
> Deve agravar a crise de refugiados, a pior desde a Segunda Guerra Mundial. Grande parte das pessoas que procuram abrigo na Europa são sírios fugindo da guerra, que já dura 6 anos e é uma das mais cruéis dos tempos modernos

MATÉRIA COMPLETA em IstoÉ
 
Por: Camila Brandalise -  Colaboraram Fabíola Perez, Elaine Ortiz e Thais Skodowski
 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O que acontece nos porões da prisão mais cruel da Síria

Anistia Internacional denuncia 13 mil execuções por enforcamento nas celas de Saydnaya

Relato do inferno: ‘Quatro da manhã era a hora da tortura’

 

No meio da noite, prisioneiros eram arrancados de suas celas e enforcados em grupos de 20 a 50. Em cinco anos, foram 13 mil pessoas executadas na prisão síria de Saydnaya, por ordem do ditador Bashar al-Assad, revela um relatório da Anistia Internacional. Os prisioneiros eram torturados, privados de comida, água e atendimento médico. Quem passou por esta rotina de abusos relata ter vivido dias de um verdadeiro inferno, como o jovem Omar El Shogre, que foi preso aos 17 anos e perdeu 35 quilos em três anos de cárcere. 

"Eram deixados (enforcados) de 10 a 15 minutos", diz o informe "Matadouro humano: enforcamentos e extermínio em massa na prisão de Saydnaya", com base em depoimentos de testemunhas. "No caso dos mais jovens, o peso não era suficiente para morrer. Os ajudantes dos carrascos os puxavam para baixo, quebrando o pescoço." Os corpos eram enterrados em covas coletivas, em um mais um capítulo sangrento recém-descoberto da guerra civil síria.

Após a publicação do relatório, que gerou críticas mundiais de vários países, o governo sírio negou as acusações. O Ministério da Justiça de Damasco declarou que o documento é completamente falso e tenta prejudicar a reputação da Síria internacionalmente.


 Ler matéria completa: O Globo

Clique para assistir vídeo



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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Com atraso, ajuda chega a sírios que passam fome em Madaya; mas, comida já não basta, alerta Médicos Sem Fronteiras

Comida já não basta para cidades sitiadas na Síria, alerta MSF

Com atraso, ajuda chega a sírios que passam fome em Madaya

Mais de 60 caminhões com alimentos, água e itens de primeira necessidade conseguiram chegar a cidades sírias sitiadas tanto por tropas leais a Damasco quanto por rebeldes da oposição ao ditador Bashar al-Assad. A situação nesses lugares é considerada crítica por organizações humanitárias, com pessoas morrendo de fome, desnutridas.Mais de 400 mil vivem nessas zonas cercadas, e a situação delas é desesperadora — afirmou Marianne Gasser, dirigente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Síria. — A operação vai durar alguns dias. É positivo, mas pode ficar limitado a uma única distribuição. É preciso ter acesso constante a essas cidades.
  Ao todo, 44 caminhões chegaram ontem a Madaya, no Sudoeste sírio, próximo à fronteira com o Líbano o cerco das forças do regime deixa isolados os 42 mil habitantes da cidade já há seis meses. Ao mesmo tempo, outros 21 caminhões se dirigiram a Foua e Kefraya, no Noroeste do país. Os veículos levaram ajuda fornecida pelo Programa Mundial de Alimentos, pelo CICV e pelo Crescente Vermelho.

De acordo com a última atualização da Médicos Sem Fronteiras (MSF), somente no domingo houve cinco óbitos por desnutrição, entre eles uma criança de 9 anos — pelo menos 25 pessoas morreram de fome desde 1º de dezembro. Cerca de 200 moradores são considerados em situação crítica. — Somente entregar comida neste momento já não é mais suficiente. É necessário cuidados médicos especializados afirmou ao GLOBO o especialista em assuntos humanitários da MSF, Michiel Hofman. — Há cerca de dez pessoas em condições extremamente graves que necessitam ter retirada médica para fora de Madaya, porque o hospital local não está em condições de atender estes casos. É preciso retirar de lá principalmente bebês, crianças e idosos.

Segundo a MSF, até mesmo os médicos que trabalham em Madaya são atingidos pelo cerco: há relatos de equipes que já não comem há uma semana. De acordo com a Cruz Vermelha, os caminhões levaram a cidade comida e água suficientes para suprir 40 mil pessoas por um mês, além de medicamentos, cobertores e kits de higiene.  Olhem para a tática de matar pela fome grotesca que o regime sírio está usando agora contra seu próprio povo. Olhem para as imagens assombrosas de civis, incluindo crianças, e até bebês, em Madaya. Estas imagens nos lembram a Segunda Guerra Mundial — criticou enfaticamente a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power.

Fonte: O Globo