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terça-feira, 11 de abril de 2023

O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula: nenhum resultado, só mentiras e apego ao passado - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - Vozes

Não há nada tão fácil de fazer quanto o balanço dos “primeiros 100 dias do governo Lula”: após três meses de funcionamento, tudo o que o atual governo se mostrou objetivamente capaz de apresentar ao público foi um comercial de propaganda, pago com o dinheiro dos seus impostos, como se estivesse anunciando um detergente ou um pacote de margarina. Mais nada? Mais nada, absolutamente nada – e, ainda por cima, copiou o anúncio que o governo de Michel Temer fez para comemorar o seu segundo aniversário.

É, mais uma vez, a fotografia exata da ação de Lula, do PT e da esquerda quando estão no governo: como não fizeram nada de útil até agora, e não têm nenhuma possibilidade prática de apresentar algum projeto coerente para qualquer coisa que seja, mentem. 
É sua política de governo. Em vez de resultados, servem uma realidade que não existe; é muito mais fácil.


    A prioridade absoluta de Lula é manter o Brasil preso no passado – a única possibilidade de sobrevivência política para ele e para o PT.

Lula não tem a menor realização, mesmo modesta, nesses três meses de atividade; é pouco tempo, claro, e ninguém poderia cobrar obras prontas num período tão curto, mas o problema é que ele não mexeu um milímetro em nada que pudesse melhorar qualquer coisa neste país. Ao contrário: tudo o que fez foi demolir, ou ameaçar de demolição, as coisas positivas que encontrou ao assumir o governo.

Liquidou o novo marco do saneamento, que abria o setor para o investimento privado – exige que 100 milhões de brasileiros continuem sem esgoto e 35 milhões sem água, na dependência das esmolas do “Estado”. Liquidou o novo ensino médio, essencial para a melhoria da necessidade mais desesperada da sociedade brasileira – um ensino público um pouco melhor do que se tem hoje. Liquidou a Lei das Estatais, que tenta defender as empresas do Estado da pilhagem feita pelos políticos. Tudo isso eram leis, aprovadas pelo Congresso Nacional após anos a fio de debate; com um mero ato de vontade, Lula jogou tudo no lixo. Sua prioridade absoluta é manter o Brasil preso no passado – a única possibilidade de sobrevivência política para ele e para o PT.

A política externa dos primeiros três meses de governo Lula é um insulto público às democracias, à liberdade e à lei internacional
Na última vez que abriu a boca – depois de abrir os portos do Brasil a navios de guerra do Estado terrorista do Irã – foi para dizer que a Ucrânia tem de entregar parte do seu território à Rússia; ele decidiu que os ucranianos não podem “querer tudo”.
 
A política econômica não existe. Tudo o que se fez até agora foi amontoar papelório incompreensível e inútil sobre um “arcabouço fiscal” que não estabelece uma única medida de ordem prática e se resume a uma série de devaneios a respeito do futuro remoto.  
A política ambiental levou a Amazônia a ter, em fevereiro último, o pior índice de queimadas de toda a série histórica
O desemprego volta a aumentar. Há férias coletivas na indústria automobilística
A Bolsa de Valores, há três meses, sofre um processo de destruição em massa de riquezas. 
O agronegócio, o único setor da economia brasileira que funciona, é sabotado todos os dias pelo governo.
 
Pior que tudo: em lugar de propostas decentes, ou de qualquer solução, para qualquer coisa, Lula joga na “taxa de juros” a culpa de tudo o que vai mal no Brasil de hoje. Pronto, está tudo resolvido: se os juros caíssem, todos os problemas estariam resolvidos para sempre, e o seu governo seria o melhor do mundo. 
É o governo através da mentira oficial e permanente, como exposto acima – os juros, em que Lula não manda, são o que segura hoje a inflação. Isso é muito ruim, diz ele. 
O presidente diz que a meta atual para a inflação está ”errada”; quer mais inflação, e não menos, porque acredita que imprimir dinheiro é criar “desenvolvimento” econômico. 
Qual será a inflação que ele gostaria: 100% ao ano, como na Argentina que tanto quer copiar?

Esses são os primeiros três meses. Imaginem os primeiros três anos.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Lula tem feito um trabalho de destruição - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Única obra que o presidente anunciou até agora foi um gasoduto na Argentina chamado ‘Vaca Muerta’

O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula se resume a uma palavra: nada. Esse “nada” não é uma “força de expressão”, como se diz. É nada mesmo significa que o governo conseguiu não realizar uma única coisa útil do dia 1.º de janeiro até hoje e, quando tomou alguma decisão, foi para piorar o que já existia quando chegou lá. Nada mostra isso com tanta clareza, possivelmente, quanto o único mérito que os seus devotos foram capazes de atribuir a Lula até agora – o de que ele estaria fazendo uma complicadíssima obra de “costura política”
É o clássico elogio que se faz quando não há nada para elogiar.
 “Costura política” jamais rendeu um único emprego, ou pôs um prato de comida na mesa de alguém.
 
A única obra que Lula anunciou até agora foi na Argentina – um gasoduto chamado, acredite se quiser, de “Vaca Muerta”. O resto é processamento, embalagem e entrega de vapor.  
Diz que vai ressuscitar algo que nunca existiu – o “PAC” de Dilma Rousseff, uma trapaça de propaganda cuja obra máxima foi o “Trem-Bala”, para o qual não se colocou até hoje um único metro de trilho no chão. Ficaram três meses fazendo simulação de trabalho com algo chamado “arcabouço fiscal”, que não contém uma única providência prática – é só uma apresentação tumultuada de desejos, onde se revela que o governo quer pagar sua despesa com “aumento da arrecadação”.

O que Lula tem feito, mesmo, é um trabalho de destruição. Já destruiu o novo marco do saneamento – com um rabisco, anulou uma lei aprovada pelo Congresso e que era a única esperança para 100 milhões de brasileiros que até hoje não têm esgotos. 
Destruiu o novo sistema de ensino médio – outra lei aprovada pelo Congresso, e que some com uma canetada.

Destruiu até a Medalha da Princesa Isabel, que oficialmente não tem mais importância na abolição da escravatura; 135 de história jogados no lixo pela decisão particular de um grupinho que nunca recebeu um voto na vida. Fora a destruição, há o desejo de destruir – desde o teto de gastos públicos até a meta da inflação. (Lula acha que a meta “está errada”; quer mais inflação.)  

Quer enfiar o seu advogado pessoal no STF – e por aí vai.

É apenas uma lista de fatos. Não há remédio para isso.

J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 8 de abril de 2023

Lula promove retrocesso que pune os pobres - Editorial - O Globo

EDITORIAL - O Globo

 
 Unidade dos Correios no Rio: estatal ineficiente Fábio Rossi
 
Até outubro, a nova legislação do saneamento propiciou, além da venda da Cedae no Rio de Janeiro, licitações em Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Amapá, Ceará e Goiás. Os investimentos garantidos pelas concessionárias somam R$ 72,2 bilhões. 
A intervenção do governo Lula instala insegurança jurídica — já há processo no STF contra a contratação sem licitação da estatal paraibana por 30 municípios — e retardará a modernização do setor.
O objetivo da mudança é proteger estatais, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde prefeitos de cerca de 800 municípios querem continuar a renovar contrato com as companhias estaduais de saneamento sem licitação nem metas a cumprir. 
Lula ainda atribuiu ao Ministério das Cidades autoridade para regular o saneamento básico, esvaziando a Agência Nacional de Águas (ANA).
O que era feito com base em critérios técnicos passará a ser ditado por interesses políticos.

O resultado disso tudo é evidente: atrasará a meta de, até 2033, abastecer 99% das casas com água potável e coletar 90% do esgoto (já três anos atrasada em relação aos objetivos estabelecidos pela ONU). Hoje falta água a 35 milhões de brasileiros e coleta de esgoto a 100 milhões, e não há marca mais evidente da miséria que Lula diz querer combater do que as condições insalubres em que vive essa parcela da população.

A outra investida de Lula para agradar a grupos de interesse em seu governo foi a retirada de sete estatais do programa de privatizações. Entre elas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), cujo modelo de venda estava pronto, elaborado com base num estudo comparativo do BNDES com as economias mais avançadas. 
A privatização e a nova regulação aumentariam a arrecadação em R$ 4,4 bilhões anuais, além de atrair bilhões em investimentos a um setor de desempenho sofrível, como sabe qualquer morador do Rio, onde cartas não chegam nem mesmo uma vez por semana a bairros de classe alta. Que dizer das áreas mais pobres, que Lula afirma defender? 
 
Além dos Correios, Lula desistiu de privatizar Dataprev e Serpro (duas empresas de processamento de dados cujos serviços poderiam ser contratados de terceiros sem perda nenhuma), a EBC (mero braço de propaganda do governo cujo orçamento beira R$ 750 milhões), o Ceitec (fabricante de semicondutores ultrapassados, que trouxe quase R$ 1 bilhão de prejuízo sem conquistar nenhuma relevância para o Brasil nesse mercado) e duas outras estatais. 
Todas essas privatizações trariam mais recursos a um Estado falido, a que faltam recursos para prover serviços básicos aos mais pobres.
Lula pode até acreditar que o Brasil tem dinheiro sobrando para atender a todos. Mas os decretos sobre saneamento e venda das estatais provam que sua prioridade é garantir espaço para seus aliados e agradar às corporações sindicais que seriam afetadas pelas privatizações. [é para agradar a essas corporações sindicais pelegas ,  que estão à míngua sem o IMPOSTO SINDICAL, que o ex-presidiário pretende - logo que CONSIGA REALIZAR alguma coisa que atenda aos interesses dos mais pobres, dos quais diz ser 'pai', que até agora, estamos hoje 98º dia do seu DESgoverrno, NÃO REALIZOU - trazer de volta e encher os bolsos das lideranças sindicais que estão famintas sem a grana daquele imposto - que voltará a ser pago OBRIGATORIAMENTE pelos trabalhadores.
Já notaram que só os maiorais do Serviço Público tiveram reajuste salarial, mas, os sindicatos da 'arraia miúda', que não teve nenhuma migalha de reajuste,  nada reclamam? 
O que estará motivando os 'líderes' de tais sindicatos a silenciarem sobre a falta de reajuste?]

Editorial - Jornal O Globo