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terça-feira, 20 de junho de 2023

Lula finge fazer política externa, mas viagens são só programas turísticos que custam milhões - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - Vozes

Presidente Lula foi acompanhado de 40 autoridades em sua viagem à China, em abril de 2023.| Foto: Ricardo Stuckert/PR

Não demorou; nunca demora. Eis aí o presidente da República, mais uma vez, se atirando de cabeça em sua obsessão preferida como homem de governo – viajar para o exterior, no jato presidencial, onde tem quarto de casal e sala privativa, com tudo pago pelo governo. (Pelo governo não: tudo é pago por você e seus impostos.)

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Vai agora ver o papa em Roma, além de um sociólogo, e participar de um evento em Paris; não há, nem em Roma e nem em Paris, nenhuma possibilidade de acontecer alguma coisa que possa interessar, mesmo de longe, o cidadão que está pagando a conta. É a sétima viagem em menos de seis meses, coisa que nenhum outro presidente do planeta conseguiu fazer no mesmo período. Já deu o equivalente a duas voltas inteiras ao mundo.

Ficou 28 dias fora do Brasil, mais do que viajou aqui dentro. Já tirou foto com 30 líderes estrangeiros – embora só tenha recebido nove deputados dos partidos de sua “base”. 
Não conseguiu nada de útil para o Brasil e para os brasileiros com essas viagens todas; ao contrário, só criou problema, basicamente porque nunca falou tanta bobagem na vida quanto no desfile permanente que faz pelo exterior desde que assumiu a presidência.

    Eis aí o presidente da República, mais uma vez, se atirando de cabeça em sua obsessão preferida como homem de governo – viajar para o exterior.

As viagens em massa servem para Lula se ausentar do exame, debate e solução de qualquer questão de governo, num momento em que o Brasil está atolado até a cabeça em questões que não são sequer entendidas por ele, e muito menos resolvidas; 
- sem resolver nada por aqui, escapa para o exterior, onde prejudica o interesse nacional e impressiona os jornalistas fazendo o papel de “líder mundial”. É uma piada, a cada vez que decola – e uma piada muito cara.
 
Em Londres, Lula foi capaz de ocupar 57 quartos de um hotel onde a diária da suíte “master” custa quase 40 mil reais
Como é possível alguém ocupar 57 quartos de hotel com uma comitiva oficial? 
Ele foi lá assistir a coroação do rei Charles III, só isso – porque raios precisaria levar esse mundo de gente? 
Só em aluguel de carros, gastaram 250 mil dólares, ou cerca de 1,3 milhão de reais, uma quantia que a maioria dos brasileiros não conseguirá ganhar durante todas as suas vidas. 
A conta, no fim, passou dos 3 milhões de reais
No Japão, pouco tempo depois, já gastou o dobro foram 6 milhões, turbinados pela maior fixação do PT e arredores, o cartão de crédito “corporativo”. 
É extraordinário, para um país que segundo o próprio Lula, tem “33 milhões” de pessoas “passando fome”, ou mesmo “120 milhões”, nas contas da sua ministra do Meio Ambiente.
 
Lula finge que está fazendo “política externa”. Mas o que faz, na prática, é o mais alucinado programa turístico, com despesas de sultão, que um primeiro casal brasileiro já foi capaz de montar. 
Agora, por exemplo, vai fazer de conta que fala com o presidente Emmanuel Macron. Macron vai fazer de conta que fala com ele. O intérprete vai fazer de conta que traduz. 
Tem sido isso, e mais disso, desde a sua primeira viagem quando foi à Argentina e prometeu construir lá o gasoduto de “Vaca Muerta” (é isso mesmo), a única obra pública de porte que o seu governo anunciou até agora.

Lula, na verdade, não faz diplomacia. Apenas repete, em termos gerais, o que ouve do comissário para assuntos externos, o ex-ministro Celso Amorim – que vive mais ou menos uns 70 anos atrás e, reproduz, nas instruções que dá ao presidente, o programa de política exterior de um centro acadêmico estudantil.  

Não pode sair nada de bom dessa salada.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



segunda-feira, 10 de abril de 2023

Lula tem feito um trabalho de destruição - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Única obra que o presidente anunciou até agora foi um gasoduto na Argentina chamado ‘Vaca Muerta’

O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula se resume a uma palavra: nada. Esse “nada” não é uma “força de expressão”, como se diz. É nada mesmo significa que o governo conseguiu não realizar uma única coisa útil do dia 1.º de janeiro até hoje e, quando tomou alguma decisão, foi para piorar o que já existia quando chegou lá. Nada mostra isso com tanta clareza, possivelmente, quanto o único mérito que os seus devotos foram capazes de atribuir a Lula até agora – o de que ele estaria fazendo uma complicadíssima obra de “costura política”
É o clássico elogio que se faz quando não há nada para elogiar.
 “Costura política” jamais rendeu um único emprego, ou pôs um prato de comida na mesa de alguém.
 
A única obra que Lula anunciou até agora foi na Argentina – um gasoduto chamado, acredite se quiser, de “Vaca Muerta”. O resto é processamento, embalagem e entrega de vapor.  
Diz que vai ressuscitar algo que nunca existiu – o “PAC” de Dilma Rousseff, uma trapaça de propaganda cuja obra máxima foi o “Trem-Bala”, para o qual não se colocou até hoje um único metro de trilho no chão. Ficaram três meses fazendo simulação de trabalho com algo chamado “arcabouço fiscal”, que não contém uma única providência prática – é só uma apresentação tumultuada de desejos, onde se revela que o governo quer pagar sua despesa com “aumento da arrecadação”.

O que Lula tem feito, mesmo, é um trabalho de destruição. Já destruiu o novo marco do saneamento – com um rabisco, anulou uma lei aprovada pelo Congresso e que era a única esperança para 100 milhões de brasileiros que até hoje não têm esgotos. 
Destruiu o novo sistema de ensino médio – outra lei aprovada pelo Congresso, e que some com uma canetada.

Destruiu até a Medalha da Princesa Isabel, que oficialmente não tem mais importância na abolição da escravatura; 135 de história jogados no lixo pela decisão particular de um grupinho que nunca recebeu um voto na vida. Fora a destruição, há o desejo de destruir – desde o teto de gastos públicos até a meta da inflação. (Lula acha que a meta “está errada”; quer mais inflação.)  

Quer enfiar o seu advogado pessoal no STF – e por aí vai.

É apenas uma lista de fatos. Não há remédio para isso.

J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Seu dinheiro vai pagar gasoduto na Argentina e discordar é “ignorância” - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo - VOZES

Está proibido, positivamente, discordar do presidente Lula e de qualquer medida do seu governo. Quer dizer que não pode, então, haver dois ou mais pontos de vista diferentes sobre a mesma coisa? Não pode. Se o presidente disse que é assim ou assado, tem de ser assim ou assado – e quem tiver outra opinião sobre o assunto está automaticamente errado.   
Acaba de acontecer, agora, com essa prodigiosa história do financiamento do BNDES ao gasoduto argentino de Vaca Muerta – isso mesmo, Vaca Muerta, que não se perca pelo nome. O dinheiro a ser emprestado pertence ao pagador de impostos brasileiro
- os cidadãos deveriam, portanto, ter o direito de dizer o que acham dessa história toda. 
Não têm, segundo Lula. A única coisa que podem fazer é concordar.
 
Quem não está de acordo com o projeto é “ignorante”, disse Lula. Fim da conversa.  
O presidente não conseguiu, em sua recente viagem à Argentina, dar uma explicação coerente para o projeto que ele quer socar no BNDES; fez mais um daqueles discursos constipados nos quais tenta posar como “homem preparado”, mas não deu para entender nada, como costuma acontecer quando ele fala de qualquer coisa que requeira um mínimo de conhecimento objetivo para ser abordada.
Seu ministro da Fazenda, que também discursou, foi igualmente incompreensível – a impressão é que não sabia sobre o que estava falando. Fica assim, então: eles não explicam como poderia ser um bom negócio para o Brasil emprestar dinheiro a um país que não paga os credores, não tem crédito no mercado internacional e vive com uma inflação de 100% ao ano, mas não admitem perguntas.  
Quem questionar é “ignorante” o que coloca o infeliz, possivelmente, a um centímetro de ser acusado de “golpista”, “direitista”, “fascista” “bolsonarista” e sabe lá quantos outros pecados mortais.


    O dinheiro a ser emprestado pertence ao pagador de impostos brasileiro; os cidadãos deveriam, portanto, ter o direito de dizer o que acham dessa história toda. Não têm, segundo Lula

Lula tem certeza, cada vez mais, que se transformou numa entidade sobrenatural à qual se deve apenas obediência.  
Como na Igreja Católica da Idade Média, o homem não está neste mundo para entender, e sim para se submeter ao plano de Deus. Se Deus lhe diz: ”Pague a Vaca Muerta”, você vai lá e paga a Vaca Muerta”
Ninguém está lhe perguntando nada; sua função é receber o boleto e pagar quando lhe cobrarem.  
De fato: se a Argentina não paga ninguém, está devendo mais de 40 bilhões de dólares ao FMI e ainda fica brava com os credores, por que iria pagar ao BNDES? 
Não interessa. Lula quer assim, e um monte de gente que vai ganhar fortunas com esse negócio quer assim. Você é apenas um “ignorante”. Cuidado, aliás, para não ficar perguntando muito – quem faz pergunta demais pode acabar acusado de praticar “atos antidemocráticos”.
 
Lula já disse que os empresários brasileiros não trabalham; quem trabalha, e os deixa ricos, são os trabalhadores de suas empresas
O agronegócio tem muita gente “fascista”. As Forças Armadas não merecem mais “confiança”. 
O mercado financeiro não gosta dos “pobres” e age “contra o país”.  
Quem se manifesta contra o governo na rua é “terrorista”. Quem fala nas redes sociais é agente da “desinformação”.  
Em apenas 30 dias de governo já há um belo gasoduto para o cidadão pagar - e nenhuma possibilidade de salvação fora de Lula. Ele é a luz, a verdade e a vida. Você entra com a parte em dinheiro.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Gás da Argentina [que BNDES vai financiar] polui mais que o do Brasil; BNDES vai financiar obra no país

Banco deve desembolsar R$ 4 bilhões, segundo secretária 

Uma das bandeiras do presidente Lula, durante a campanha eleitoral de 2022, era a preservação ambiental. O petista, contudo, vai financiar um gasoduto na Argentina, cujo insumo é mais poluente que o do Brasil. A obra obra deve custar R$ 4 bilhões, conforme a secretária de Energia do país, Flavia Royón, em dezembro de 2022. Não se sabe como o dinheiro vai ser liberado aos hermanos.

A exploração de gás de xisto, na Argentina, não é regulamentada no Brasil, e já gerou problemas judiciais na Bahia e no Paraná, que suspenderam as atividades de exploração por meio do fraturamento hidráulico (método que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo) em áreas leiloadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Em julho de 2019, o governo do Paraná sancionou lei que proíbe o uso da técnica no Estado.

A reserva de Vaca Muerta, no oeste da Argentina e onde fica o gasoduto que receberá dinheiro do BNDES, é uma formação geológica rica em gás e óleo de xisto. O xisto é um tipo de rocha metamórfica que tem um aspecto folheado e pode abrigar gás e óleo em frestas. Para extrair gás desse tipo de local, usa-se o processo de fraturamento, considerado danoso ao meio ambiente, porque é necessário quebrar o solo.

Nesse tipo de processo, é necessário fazer uma perfuração vertical no solo até uma determinada profundidade. Depois, a broca muda para a direção horizontal para ir fraturando o solo, inserindo água e produtos químicos e assim liberando gás e óleo que possam estar “presos” entre as rochas.

O fraturamento, que vai ser usado na Argentina em obra financiada pelo BNDES, pode provocar gases de efeito estufa.

Procurada pelo site Poder360, sobre a questão, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse “desconhecer” o projeto do gasoduto para o qual Lula vai dar dinheiro. “Trata-se de um empreendimento complexo que envolve riscos socioambientais significativos a serem devidamente considerados”, informou a pasta.

Leia também: “Peronismo à brasileira”, reportagem publicada na Edição 121 da Revista Oeste

Redação - Revista Oeste