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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Nova direita na Europa cresce embalada por jovens




Grupos extraparlamentares formam base de apoio a partidos extremistas


Um ano depois da vitória de Emmanuel Macron na França, que teve o efeito de frear provisoriamente a ascensão de Marine Le Pen, o fantasma da extrema-direita volta a assustar a Europa. Em Áustria, Itália, Eslovênia, Bulgária ou Dinamarca, populistas de direita participam de governos ou estão preparando-se para assumir o poder. No Leste Europeu, o grupo Visegrad, formado por Polônia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia, desafia a União Europeia com a sua política de tolerância zero com refugiados. Mas o que mais preocupa especialistas é a expansão de uma rede de organizações extraparlamentares com representantes em todos os setores da sociedade que formam a base de apoio aos partidos extremistas. Essa nova cultura juvenil é de extrema-direita, e grupos racistas (como o “movimento identitário”) ganharam fôlego com o tema refugiados e já se veem como a reedição da geração de 68, com a diferença de que, ao contrário dos seus pais, preferem hoje o patriotismo e uma sociedade homogênea do ponto de vista étnico.

Para Johanna Bussemer, da Fundação Rosa Luxemburgo, os partidos e organizações da “nova direita” são perigosos porque cumprem as suas ameaças, como indica a última decisão do governo austríaco de aliança conservadora/extrema-direita de fechar mesquitas e deportar imãs, sob a acusação de praticarem o “Islã politico”.  Considerado pelo embaixador americano em Berlim, Richard Grenell, um “popstar”, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, começou a pôr em prática o programa de governo negociado com o extremista Partido da Liberdade, ao anunciar o fechamento de sete mesquitas. 

Como explicou o próprio Kurz, que na próxima semana visita Berlim, a decisão visa a evitar radicais muçulmanos e o surgimento de “sociedades paralelas”. Mas seus críticos, como Helgard Kramer, socióloga e cientista política da universidade da cidade tcheca de Ostrov, reagiram alarmados:
— Esse programa poderia ter saído também da pena do movimento identitário austríaco.


 Nas ruas. Integrantes do movimento identitário se veem como “a nova geração de 68”, mas em defesa de um continente etnicamente homogêneo - Divulgação



ROCK CONSERVADOR
Os identitários da Áustria são um dos mais fortes da Europa de um movimento que vê a homogeneidade étnica do continente ameaçada pelo excesso de imigrantes de outras etnias. Como o Pegida de Dresden, atuam através da sua rede de apoiadores que praticam ações de grande visibilidade no estilo da ONG Greenpeace para aumentar a popularidade do grupo. Um exemplo do efeito do trabalho das bases da nova direita é Götz Kubitschek, proprietário da Editora Antaios. Com o livro “Finis Germania”, do jornalista Peter Sieferle, a Antaios ajudou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) e os identitários. A legenda foi eleita pela primeira vez para o Parlamento federal e os identitários ficaram conhecidos em todo o país com a ajuda do mecenas.

“Finis Germania” é um best seller que aborda o “perigo” do desaparecimento da etnia alemã em consequência da imigração em massa, tema que mais movimenta a nova direita. Kubitschek, de 46 anos, é o seu ideólogo. Com a editora — que tem outros títulos, como a revista “Sezession” — ele ajuda a tornar populares os temas de interesse da direita. O debate sobre os assuntos lançados por Kubitschek influencia os jovens a aderir aos partidos e organizações extraparlamentares.  — Esses jovens da nova direita são a nova geração de 1968. Em comum com os 68, eles têm o interesse pela música pop. O rock de extrema-direita é apreciado até por jovens que não se interessam por política, como os irmãos de Daniel Fiss, vice-chefe do movimento identitário da Alemanha.

Mas aí terminam os pontos em comum. Para a nova direita, um elemento importante do espírito patriótico é o restabelecimento da homogeneidade étnica através da “frente ideológica de combate à imigração e ao multiculturalismo”. — Não somos monstros. Queremos apenas abrir o debate sobre quanta imigração a Europa é capaz de absorver — afirmou Fiss.

A biografia do estudante de ciências políticas da Universidade de Rostock é um exemplo sobre como a nova direita procura ser simpática, evita as polêmicas como elogiar nazistas ou negar o Holocausto, mas tem no seu programa a mesma meta racista. Os identitários atuam desde o ano passado no Mediterrâneo para salvar os fugitivos da morte por afogamento, mas devolvendo-os à África.  Para Johanna Bussemer, a nova direita está crescendo também por motivos econômicos.  — A desigualdade social aumentou na Europa, e os mais pobres ficam vulneráveis ao apelo dos extremistas. Isso explica porque ela é mais forte nos países do Leste Europeu — sustentou.

Mas Fiss, dono de uma gráfica, destacou que ele e seus colegas não têm motivação apenas material. O estudante vive com os pais e dois irmãos na cidade portuária de Rostock, onde praticamente não vivem imigrantes. Mas ainda assim ele se engaja na extrema-direita contra a ameaça fantasma.  — Cada país tem o direito de decidir se quer ou não imigrantes — afirmou Fiss.
Nos eventos do grupo, a formulação é menos cautelosa. No estilo do livro “Finis Germania”, os encontros são realizados com debates contra a globalização e a favor da homogeneidade étnica.

Fundado na França, em 2003, o movimento identitário expandiu-se rapidamente na Europa. No início, não foi visto como extremista pelo seu distanciamento dos nazistas clássicos.  — Nós não negamos o Holocausto, consideramos a ditadura nazista criminosa, mas assim mesmo não queremos ver as nossas cidades com grandes populações de minorias estrangeiras — concluiu.

 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

As falhas da incompetente e nojenta esquerda só ajudam o crescimento da direita, especialmente da extrema-direita e esta opção já chegou ao Brasil



Extrema direita chega ao governo na Áustria e gera protestos

Milhares de pessoas saíram às ruas em Viena contra a coalizão do governo com sigla fundada por antigos membros do partido nazista [os contrários são os derrotados, os inconformados, mas que logo se curvarão à realidade.]


O novo governo da Áustria foi empossado oficialmente nesta segunda-feira em meio a protestos sobre o papel da extrema direita na coalizão no poder. Sob a liderança do primeiro-ministro conservador Sebastian Kurz, o Executivo austríaco contará também com membros do Partido da Liberdade (FPO), sigla criada por antigos integrantes do partido nazista.

Cerca de cinco mil pessoas eram esperadas em manifestações em Viena para protestar sobre a integração da extrema direita no governo de Kurz, o dirigente mais jovem do mundo, com 31 anos. Segundo informa o jornal The Guardian, manifestantes portavam cartazes com os dizeres Fora, nazistas” e “Porcos nazistas”. Mais de 1.500 policiais foram destacados para fazer a segurança na área do Palácio de Hofburg, onde ocorreu a 

No acordo, a afiliação de extrema direita comandará seis dos quatorze ministérios do país, entre eles o de Defesa, de Interior e de Relações Exteriores, enquanto o líder do FPO, Heinz-Christian Strache, assume como vice-primeiro-ministro. A restrição de imigrantes ilegais e a deportação de refugiados que tiveram o pedido de asilo negado são algumas das principais bandeiras que unem a coalizão de poder.

Líderes de partidos da extrema direita na Europa se reuniram no sábado, em Praga, para celebrar o “acontecimento histórico” em Viena, única capital do continente a contar com a direita radical em uma coalizão de poder. “Acredito que as eleições europeias podem provocar uma verdadeira mudança da situação política e permitir, inclusive àqueles que se opõem à União Europeia, serem majoritários na futura assembleia”, declarou a líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen. Geert Wilders, do Partido pela Liberdade holandês, também manifestou seu entusiasmo com o novo governo austríaco.

O Partido Popular, de Kurz, e o FPO governaram a Áustria entre 2000 e 2006. A coalizão provocou protestos na Europa e sanções diplomáticas em decorrência da presença de Jorg Haider, líder do partido da extrema direita à época. Haider, filho de simpatizantes nazistas, ficou conhecido por suas posições provocativas e declarações que incitaram a fúria de diversos espectros políticos – em 1995, ele se referiu aos campos de concentração nazista como “campos de punição do Nacional Socialismo”. Em 2005, Strache assumiu a liderança no FPO. Haider morreu em um acidente de carro em 2008.  

AFP