Extrema direita chega ao governo na Áustria e gera protestos
Milhares de pessoas saíram às ruas em Viena contra
a coalizão do governo com sigla fundada por antigos membros do partido nazista [os contrários são os derrotados, os inconformados, mas que logo se curvarão à realidade.]
O novo
governo da Áustria foi empossado oficialmente nesta
segunda-feira em meio a protestos sobre o papel da extrema direita na
coalizão no poder. Sob a liderança do primeiro-ministro conservador Sebastian Kurz, o Executivo austríaco contará
também com membros do Partido da Liberdade (FPO), sigla criada por
antigos integrantes do partido nazista.
Cerca de
cinco mil pessoas eram esperadas em manifestações em Viena para
protestar sobre a integração da extrema direita no governo de Kurz,
o dirigente mais jovem do mundo, com 31 anos. Segundo informa o jornal The
Guardian, manifestantes portavam cartazes com os dizeres “Fora, nazistas”
e “Porcos nazistas”. Mais de 1.500 policiais foram destacados para fazer
a segurança na área do Palácio de Hofburg, onde ocorreu a
No
acordo, a afiliação de extrema direita comandará seis dos quatorze ministérios
do país, entre eles o de Defesa, de Interior e de Relações Exteriores, enquanto
o líder do FPO, Heinz-Christian Strache, assume como vice-primeiro-ministro. A restrição de imigrantes ilegais e a
deportação de refugiados que tiveram o pedido de asilo negado são algumas das
principais bandeiras que unem a coalizão de poder.
O Partido Popular, de Kurz, e o FPO governaram a Áustria entre 2000 e 2006. A coalizão provocou protestos na Europa e sanções diplomáticas em decorrência da presença de Jorg Haider, líder do partido da extrema direita à época. Haider, filho de simpatizantes nazistas, ficou conhecido por suas posições provocativas e declarações que incitaram a fúria de diversos espectros políticos – em 1995, ele se referiu aos campos de concentração nazista como “campos de punição do Nacional Socialismo”. Em 2005, Strache assumiu a liderança no FPO. Haider morreu em um acidente de carro em 2008.
AFP
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