O Brasil lida com o seu passado como se tivesse feito as pazes com o
presente. Não, não fez. E o impacto de não resolvermos o que aconteceu durante
a última ditadura militar (1964-1985) se faz sentir no dia a dia das periferias
das grandes cidades e na porção profunda do interior, com parte do Estado e de
seus agentes aterrorizando, reprimindo e torturando parte da população
(normalmente mais pobre) com a anuência da outra parte (quase sempre mais
rica). Sejam eles agentes em serviço ou fora dele, na forma de milícias urbanas
e rurais. Em nome de uma suposta estabilidade institucional, o passado não
resolvido e anistiado permanece como fantasma.
[Fato que não pode ser omitido:
todas ocorrências na guerra sangrenta travada entre os militares - , que defendiam um Brasil Soberano, não comunista, independente, seu povo livre livre, próspero e feliz, que combatiam às claras- usando uniforme que os identificava e ao mesmo tempo os tornava alvos fáceis para a covardia do inimigo e tinham suas instalações conhecidas e identificadas - e os malditos subversivos, guerrilheiros e terroristas que buscavam acabar com a liberdade no Brasil, transformar nossa Pátria em uma nova Cuba, que se escondiam embaixo de disfarce, buscavam o anonimato, agiam às escondidas em covardes emboscadas, viviam em esconderijos, foram devidamente anistiadas.
Não adianta os que simpatizam com a esquerda, sejam por serem inocentes inúteis, ou as vezes úteis, ou agirem de má fé tentarem trazer à tona o que foi devida e legalmente esquecido.
É público que estão apavorados porque os militares diante do CAOS CAÓTICO - por óbvio, a redundância é necessária, se impõe - que domina o Brasil começam, ainda que de forma discreta, a se manifestar, mostrando que estão vivos e alerta;
Notório que o pavor os domina devido o líder nas pesquisas de intenção de voto - entre os candidatos que legalmente podem aspirar a Presidência da República - é um Capitão do Exército Brasileiro.
Não importa o passado é passado e não voltará.]
Não são apenas as famílias dos
mortos e desaparecidos políticos que vivem assombrados pelas verdades não
contadas e os crimes não admitidos daquela época. Diariamente, os mais pobres
sofrem nas mãos de uma banda podre da polícia que adota métodos refinados na
dita dura a fim de garantir a ordem (nas periferias das grandes cidades) e o
progresso (na região rural). Um documento secreto liberado pelo Departamento de
Estados norte-americano mostrou que o general Ernesto Geisel aprovou a
manutenção de uma política de execuções sumárias de adversários em 1974.
O ditador brasileiro, que governou entre aquele ano e 1979, teria
orientado João Baptista Figueiredo – então chefe do Serviço Nacional de
Informações e que seria seu sucessor – a seguir com os assassinatos que
começaram no governo do general Médici. Ou seja, a autorização vinha da cúpula
do governo. Quem percebeu a importância do documento, no qual o governo
reconhece executar dissidentes, e o postou nas redes sociais foi Matias
Spektor, colunista da Folha, e professor de Relações Internacionais da Fundação
Getúlio Vargas. O memorando é assinado pelo diretor da CIA na época, William
Colby, e relata uma reunião com Geisel. [esclarecendo: da qual Matias Spektor não participou, tudo indica sequer havia nascido.] É citada a execução sumária de, pelo
menos, 104 pessoas. Contar histórias como a desse documento é fundamental.
(...)
Pois não adianta mostrar informações como essa para uma parcela da
sociedade que defende o retorno da ditadura militar não pelo desconhecimento
dos métodos utilizados, mas, pelo contrário, por saudade deles. Mesmo que não
tenha nascido muito após aqueles acontecimentos. Em sites e redes de
ultraconservadores, o memorando foi celebrado como um exemplo de algo que deve
ser copiado para o futuro e de competência da ditadura em proteger o país. Assim, sem pudor algum. Essa parcela
tem apoiado a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro para a Presidência
da República, sonhando que ele traga os ''bons tempos de volta'', botando ordem
e acabando com a roubalheira.
[a ascensão de Bolsonaro e as sucessivas
derrotas que a esquerda tem sofrido, está deixando toda a corja esquerdista,
comunista, lulopetista, desesperada e tentam tudo.
Eventuais determinações dos presidentes
militares foram consequência de que o Brasil vivia uma situação de guerra, na
qual maus brasileiros buscavam a qualquer custo transformar o Brasil em
satélite da União Soviética - URSS e para tanto não vacilavam em assassinar,
sequestrar, 'justiçar', sendo a maior parte de suas vítimas inocentes (o ideário da esquerda naquela época, e ainda hoje, era e é o pregado por
Marighela: ' “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a
cartilha. "O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto
sobre o público. ”)
Aos malditos subversivos não interessava
a quem matavam e sim apenas matar.
Não era possível combatê-los com flores.]
(...)
Vale lembrar que Bolsonaro foi ovacionado nas redes sociais por conta do
conteúdo de seu voto pelo impeachment, em abril de 2016, por uma legião de
pessoas que cabulava aula de história ou pouco se importa com a dignidade
alheia.