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sábado, 5 de março de 2022

Demagogia no front - Revista Oeste

Guilherme Fiuza 

Os pacifistas de butique trocaram de roupa para posar contra a guerra. É comovente 

Existem duas Ucrânias: uma é alvo de bombardeios que sacrificam inocentes; a outra é o novo aeroporto dos demagogos, que não são nada inocentes. A segunda Ucrânia é uma mistificação que avilta a primeira (e única).

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos | Foto: Shutterstock

A pandemia mostrou que, nos dias de hoje, toda tragédia tem potencial de oportunidade para esse contingente cada vez maior de surfistas da virtude imaginária. O nome do jogo é desenhar vilões horripilantes, jogar as culpas nas costas deles e correr para o abraço da claque. Sendo assim, nem vamos nos deter naqueles que usam a guerra na Ucrânia para botar a culpa “no Bozo”, e pirraças do tipo.

O que se impõe de forma bastante intrigante no cenário do “debate político” (entre muitas aspas) é o uso do ataque russo para uma tentativa patética de reabilitação de Joe Biden, o fenomenal recordista de votos da história dos EUA que mal consegue concluir suas frases. Tudo é muito enevoado em se tratando de Biden e suas circunstâncias.

Mas aí está: aquilo que antigamente se denominava grande imprensa, e que hoje virou um ajuntamento de manchetes parecidas entre veículos supostamente concorrentes — o tal “consórcio” —, resolveu apostar tudo na guerra da Rússia. Como sempre, o peixe que esse consórcio tenta vender é um excelente indicativo, em qualquer circunstância, do que cheira mal. E é claro que o panfleto vendido entre um bombardeio e outro é a volta do mocinho Joe Biden, fiel da resistência ucraniana. Contando ninguém acredita.

Os progressistas de butique estavam com saudade de fingir que Biden é o final feliz após as trevas demoníacas do trumpismo — historinha que eles construíram com tanto esmero e tão mal. Veio aquela eleição imunda, com um festival de indícios de fraudes em votos voadores pelos correios que a Justiça americana decidiu não examinar, e emergiu o magnífico poste de Barack Obama, para êxtase dos demagogos de vida fácil ao redor do mundo. Aí obviamente sobreveio um governo trapalhão, porque demagogia não é solução para nada, e a claque do final feliz ficou aí pelos cantos meio encabulada.

É incrível que esse mesmo Biden ressurja como o estadista fiador do equilíbrio geopolítico contra a tirania

Mas não totalmente, porque o forte dessa gente é justamente a desinibição. Biden comandou uma retirada súbita, atabalhoada e vergonhosa das tropas norte-americanas do Afeganistão, cuja consequência imediata foi a ascensão do Talibã, uma das forças políticas mais violentas e obscuras do mundo. É incrível que esse mesmo Biden ressurja agora nas bocas como o estadista fiador do equilíbrio geopolítico contra a tirania. E o Talibã mandou mensagens de paz e amor para a Ucrânia. Está dando para entender?

Biden segue uma linha de política externa transigente com regimes totalitários como Irã e China (que trabalhou pela sua eleição) em nome de um suposto pragmatismo pacifista — que não resulta em um milímetro de paz na conduta bruta desses “parceiros”. Sua credencial como contraponto ao autoritarismo bélico de Putin é nenhuma. Seu grupo político passou anos acusando Trump de conluio com Rússia e Ucrânia sem conseguir provar nada, sendo o filho do próprio Biden quem tem relações e negócios mal explicados na região. Que mocinho é esse?

É o que aparece hoje nas manchetes do consórcio e na conversa mole do “debate político” como a esperança da paz ao lado de líderes decadentes da Europa, como Macron, ou das Américas, como Trudeau, todos desesperadamente precisados dessa nova demagogia após a farsa totalitária que protagonizaram na pandemia. Após dois anos de cumplicidade com a violência fantasiada de proteção sanitária, apoiando a transformação de cidadãos do mundo inteiro em reféns de ações ditatoriais mentirosas e experimentos anticientíficos graves, os pacifistas de butique trocaram de roupa para posar contra a guerra. É comovente.

Deve ser sintomático que tudo quanto é surfista de pandemia, como João Doria, Sergio Moro e companhia promotora de lockdowns estúpidos e vacinações experimentais compulsórias, reapareça depois de toda sua brutalidade pedindo paz no mundo. A guerra revela coisas terríveis, inclusive que a inocência está em falta na atual conjuntura.

Leia também “Passatempo para o fim do mundo”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


domingo, 4 de julho de 2021

DEVOLVERAM OS FUZIS AOS INOCENTES?! - Adriano Marreiros

“A raiva é má conselheira, mas é boa escritora”. (Eu, Adriano Alves-Marreiros, agora mesmo)

Já usei citações de autores melhores, mas deixa que vou terminar com um bom...

Sexta Turma do STJ decide que policiais devem gravar autorização e consentimento de morador para entrada em domicílio.

Tem hora que fica difícil não escrever: a mão coça, o cérebro gira, “o corpo estremece, as pernas desobedecem, imediatamente a gente...”, chega!!! Se não, vai acabar dando até trio elétrico e denúncia de aglomeração porque sou conservador... e conservador ultimamente parece ser quem será conservado preso...

Mas não vou falar de realidade, vou falar de um sonho terrível que tive.  Sonhei que estava no zap ou outro app.  É, talvez eles estejam certos em querer proibir que conservadores se comuniquem entre si.  Esses apps geram pesadelos e se fôssemos proibidos, não teríamos tantos...

Voltando ao meu conturbado e ilustrado sono, alguém dava uma louca notícia,  impossível de acontecer se fosse no mundo real.  
Levados a uma delegacia após prisão em flagrante, bandidos com fuzis e granadas teriam sido soltos porque os policiais não teriam provado que estavam autorizados a entrar (em local em que havia crime ocorrendo) numa residência. [o flagrante só é inafastável, quando o alvo do mandado de prisão em flagrante for para um apoiador do presidente da República.
Sempre achei que essa era uma hipótese de flagrante... mas parece que estar cometendo crime não é mais (Flagrante é só quando tem mandado de prisão em flagrante, me disseram).

Mas o medo me dominou de vez foi quando meu amigo Flávio perguntou: “Devolveram os fuzis aos inocentes?!”.  Tomei uma sábia decisão, resolvi acordar para não saber a resposta.  Se minha mãe no meio do sonho diz que agora vai acordar e acorda, por que eu não conseguiria?  Pois fiz o mesmo, disse: “olha, vou acordar antes que alguém responda” e acordei, levantando rápido antes que Morfeu me puxasse e eu soubesse da devolução...

Ufa! Dessa eu me livrei.  Peguei meu smartphone e fui olhar as mensagens como faço toda manhã.  No primeiro grupo que abro, vejo uma mensagem com uma notícia dizendo que um tribunal superior decidiu que policiais devem gravar autorização de entrada.  Enquanto raciocinava como atos de agentes públicos poderiam ter presunção de ILEGALIDADE, vi o app mostrar que o Flávio (!) estava digitando algo.  Desliguei rápido o aparelho e fui procurar meu velho Nokia de 1998.  Ele é bem mais seguro, ao menos para minha Liberdade: já que não me permite escrever e divulgar coisas que a coloquem em risco...

“Nessa tal sociedade pós-moderna, o certo é o errado e o errado é o certo.

E se você discordar: será criminalizado..." (Bernardo Guimarães Ribeiro)

Não falei que ia citar um bem melhor?

Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux 
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana 
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas

(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)

 

Adriano Alves-Marreiros é Cristão, Devoto de São Jorge, Cronista, Pessimista, Mestre em Direito, membro do MCI e MP Pró-Sociedade, autor da obra Hierarquia e Disciplina são Garantias Constitucionais e organizador da obra Guerra à Polícia,  da Editora E.D.A.

O autor se nega a colocar SQN e outros ridículos avisos de uso de figuras de linguagem.

Publicado originalmente no Portal Tribuna Diária