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domingo, 4 de julho de 2021

DEVOLVERAM OS FUZIS AOS INOCENTES?! - Adriano Marreiros

“A raiva é má conselheira, mas é boa escritora”. (Eu, Adriano Alves-Marreiros, agora mesmo)

Já usei citações de autores melhores, mas deixa que vou terminar com um bom...

Sexta Turma do STJ decide que policiais devem gravar autorização e consentimento de morador para entrada em domicílio.

Tem hora que fica difícil não escrever: a mão coça, o cérebro gira, “o corpo estremece, as pernas desobedecem, imediatamente a gente...”, chega!!! Se não, vai acabar dando até trio elétrico e denúncia de aglomeração porque sou conservador... e conservador ultimamente parece ser quem será conservado preso...

Mas não vou falar de realidade, vou falar de um sonho terrível que tive.  Sonhei que estava no zap ou outro app.  É, talvez eles estejam certos em querer proibir que conservadores se comuniquem entre si.  Esses apps geram pesadelos e se fôssemos proibidos, não teríamos tantos...

Voltando ao meu conturbado e ilustrado sono, alguém dava uma louca notícia,  impossível de acontecer se fosse no mundo real.  
Levados a uma delegacia após prisão em flagrante, bandidos com fuzis e granadas teriam sido soltos porque os policiais não teriam provado que estavam autorizados a entrar (em local em que havia crime ocorrendo) numa residência. [o flagrante só é inafastável, quando o alvo do mandado de prisão em flagrante for para um apoiador do presidente da República.
Sempre achei que essa era uma hipótese de flagrante... mas parece que estar cometendo crime não é mais (Flagrante é só quando tem mandado de prisão em flagrante, me disseram).

Mas o medo me dominou de vez foi quando meu amigo Flávio perguntou: “Devolveram os fuzis aos inocentes?!”.  Tomei uma sábia decisão, resolvi acordar para não saber a resposta.  Se minha mãe no meio do sonho diz que agora vai acordar e acorda, por que eu não conseguiria?  Pois fiz o mesmo, disse: “olha, vou acordar antes que alguém responda” e acordei, levantando rápido antes que Morfeu me puxasse e eu soubesse da devolução...

Ufa! Dessa eu me livrei.  Peguei meu smartphone e fui olhar as mensagens como faço toda manhã.  No primeiro grupo que abro, vejo uma mensagem com uma notícia dizendo que um tribunal superior decidiu que policiais devem gravar autorização de entrada.  Enquanto raciocinava como atos de agentes públicos poderiam ter presunção de ILEGALIDADE, vi o app mostrar que o Flávio (!) estava digitando algo.  Desliguei rápido o aparelho e fui procurar meu velho Nokia de 1998.  Ele é bem mais seguro, ao menos para minha Liberdade: já que não me permite escrever e divulgar coisas que a coloquem em risco...

“Nessa tal sociedade pós-moderna, o certo é o errado e o errado é o certo.

E se você discordar: será criminalizado..." (Bernardo Guimarães Ribeiro)

Não falei que ia citar um bem melhor?

Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux 
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana 
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas

(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)

 

Adriano Alves-Marreiros é Cristão, Devoto de São Jorge, Cronista, Pessimista, Mestre em Direito, membro do MCI e MP Pró-Sociedade, autor da obra Hierarquia e Disciplina são Garantias Constitucionais e organizador da obra Guerra à Polícia,  da Editora E.D.A.

O autor se nega a colocar SQN e outros ridículos avisos de uso de figuras de linguagem.

Publicado originalmente no Portal Tribuna Diária


terça-feira, 27 de abril de 2021

REUNIÃO DA CÚPULA DO CLIMA. REUNIÃO? - Éricoh Mórbiz

NOTA DO EDITOR: O autor, que enviou o artigo ao site, é de esquerda, como se verá. Isso torna ainda mais significativa sua divergência em relação às esquerdas nesse tema.

Preliminar: não viso a defender o Presidente Bolsonaro.

Ate 20 de janeiro, menos de 100 dias atrás, o presidente americano não apoiava o acordo de Paris, não agredia a Amazônia brasileira.  
Uma eleição, novo presidente e passados, 100 dias, o homem quer ser o líder mundial do meio ambiente. 
Em ano que já tem pautada reunião oficial de organismo mundialmente reconhecido para discutir isso.
 
Convida 49 presidentes/dirigentes para tal reunião digital.E se julga no direito de dizer quem ou qual pais está fazendo a coisa certa. 
Mal educadamente, anfitrião, se ausenta, evita ouvir alguns de seus convidados.
Antes disso, ate 20 de janeiro, ninguém condenou os Estados Unidos, propôs represálias, fez manifestos, até a garota silenciou. Sobre o meio ambiente. Em 100 dias, querem tudo diferente! Pesos e medidas ao gosto!

Antes dessa reunião, 24 de nossos governadores, assinam um documento, criticando nosso Governo, nosso País. A meu ver, clara ação ilegal, ferindo nossa CF. Deviam ser punidos, responsabilizados! [o Brasil possui duas CF, sendo uma para ser usada contra os apoiadores do presidente Bolsonaro e outra para uso dos que apoiam os  outros - ainda que tal apoio seja uma traição  hedionda.]

E pior, entregam oficialmente tal carta ao Embaixador americano, que a recebe e oficialmente diz que entregará ao seu Presidente. Crime internacional. Embaixador não se envolve em atos do país anfitrião! Devia ser expulso de imediato.

Imaginemos o contrário! Nós, que militamos lá no fim de 60, década de 70, contra o regime de exceção (com maior respeito in memoriam aos que ficaram no caminho!) queríamos o retorno da liberdade plena. O que temos agora (bem, menos criticar o STF. Aí dá cadeia.) Que bom que temos isso.

Critiquemos, polemizemos, mostremos nossa revolta, nosso descontentamento. E pelo voto, se escolhemos mal, vamos corrigir na próxima. Não aprovamos a política de meio ambiente? Façamos algo! Nosso território é nosso. Muitos lutaram, morreram, para que ele fosse nosso!  Nós, brasileiros, acertando, errando, é que devemos decidir o que fazer com nossas riquezas (e nossas pobrezas)!

Parcerias, projetos bem intencionados de ajuda, doações,  claro que devemos aceitar. Transparentemente. Pragmaticamente. Sem ameaças! Índios do Brasil devem morar no mato, na selva, na Amazonia. Lá nos Estados Unidos, operam na bolsa de W.Street, possuem ricos cassinos e ricos fundos de investimentos.

Não foram convidados para essa reunião.Daqui foi. Pra falar mal de nós. Afinal, que se passa conosco? 
Perdemos o senso de patriotismo? 
Preferimos nos socorrer da liberdade alheia? 
Há organismos mundiais, Instituições sólidas, que ajudamos a criar,construir. 
Ali devemos atuar, se preciso, talvez, até se submeter a normas coletivas.

Temos Instituições funcionando. Somos livres para votar, escolher, usar nossos representantes para que façam leis, cuidem de nossas matas, rios, minérios. Meu Deus, fiquei velho, veio a Covid e não conheço, não ouço mais   o que aprendi a respeitar!  Defender!

 Em 24/04/2021

Enviado pelo autor, Éricoh Mórbiz ao site Puggina.org

[parabenizamos o autor pela Dignidade e Justiça  demonstrada na apresentação de suas posições - o que mostra que ainda existe esquerdistas dignos.

E o que expõe é uma brilhante defesa das posições que nós, orgulhosamente da extrema-direita, defendemos hoje e sempre.] 

 

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Cuidado com o SUS- Folha de S. Paulo - Editorial

Proposta de ministério parece bem fundamentada, mas deveria ser testada antes

É meritória a disposição do Ministério da Saúde de alterar as regras de financiamento da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), incorporando indicadores de efetividade e desempenho.  Uma gestão eficiente, afinal, não pode pautar-se somente por critérios demográficos —cumpre olhar também para a produtividade.  Pelas normas hoje em vigor, o repasse de recursos aos municípios para a atenção primária —vale dizer, a assistência prestada pelo programa de saúde da família (PSF) e unidades básicas de saúdeé definido com base na população local, segundo as estimativas do IBGE, e no número de equipes do PSF em atividade em cada cidade.

Em vez disso, o ministério pretende considerar a população efetivamente cadastrada nos programas de atenção primária (e não mais o total de residentes), além de introduzir medidas de desempenho, como a qualidade do pré-natal prestado, controle de doenças sexualmente transmissíveis, de diabetes, hipertensão arterial e outras.
A fim de evitar que as áreas onde as condições de saúde são mais precárias fiquem à míngua, o governo promete levar em conta também indicadores de vulnerabilidade socioeconômica e a distância entre os municípios considerados e as grandes conurbações. À diferença do padrão de improviso extremo que marca grande parte das iniciativas da administração de Jair Bolsonaro (PSL), a proposta do ministério parece ter sido bem pensada, debatida com gestores e desenvolvida com ao menos algum detalhamento.

Isso não impede que especialistas se dividam em relação a seus prováveis efeitos práticos.  Há quem reconheça virtudes no projeto, mas também quem veja riscos ao princípio de universalidade do SUS, por não se contemplarem usuários não cadastrados no rateio de verbas —por outro lado, estimula-se o aperfeiçoamento de cadastros das prefeituras. A controvérsia tem razão de ser, quando se considera que o Sistema Único de Saúde é uma estrutura gigantesca e profundamente heterogênea. Não raro observa-se um fosso entre o efeito esperado de uma medida e aquilo que de fato ocorre no mundo real.

Para uma ideia do desafio basta lembrar que, das 43 mil equipes de saúde da família que atuam no país, 17 mil não estão informatizadas. Como farão para gerar os cadastros de pacientes e produzir dados sobre a qualidade do atendimento?
A proposta do ministério mostra objetivos corretos. Diante das complexidades do SUS, entretanto, a prudência recomenda que, antes de promover uma reforma que mexerá com todo o sistema, se teste o modelo em algumas regiões que representem bem a diversidade do país. O seguro morreu de velho —e não de erro médico.

Editorial - Folha de S. Paulo

 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Melhorou, mas o velho está por aí

Bolsonaro pega um país mais arrumado. Fica também um Brasil antigo, que atrapalha qualquer mudança

Coluna publicada em O Globo - 27 de dezembro de 2018

A economia claramente melhorou nos dois anos do governo Temer. Foi até surpreendente: a equipe econômica manteve sua integridade e sua capacidade de atuação mesmo depois que o governo foi atolado por denúncias de corrupção. O país saiu de uma perversa combinação de recessão com juros altos e inflação elevada para um quadro de recuperação do crescimento, juros historicamente baixos, por um largo período, e inflação abaixo da meta.
Contas externas em ordem, graças a saldos comerciais e investimentos estrangeiros.

[o Temer sai envergonhando o Brasil, mas, duas coisas devem ser consideradas:

- as acusações contra Temer não são, até o presente momento,  consistentes, conclusivas e não fosse o golpismo, ainda impune,  de Janot Temer deixaria um Brasil melhor;

- se Dilma não tivesse sido 'escarrada' e o maldito lulopetismo detonado, o Brasil que seria entregue ao presidente Bolsonaro - com as bençãos de DEUS a partir do próximo dia 1º - seria pior que a Venezuela, felizmente, está bem melhor do que o recebido por Temer.] 


Na verdade, o país voltou ao normal quando comparado com o resto do mundo. No tempo de Dilma, excetuando-se um ou dois, os países estavam em crescimento, com inflação e juros muito baixos. Pois o Brasil de Dilma era exatamente o contrário: perda de riqueza, PIB em queda, inflação acima dos 10% mesmo com juros nas alturas. Merecia um prêmio Ignobel.

As contas públicas brasileiras continuam em estado de desastre. Nem se pode dizer que melhoraram, mas é certo que deixaram de piorar. Ou seja, antes iam de mal a pior; agora foram de pior a mal. O déficit público foi reduzido, aprovou-se um teto de gastos – reforma inédita e crucial – mas o problema estrutural é o mesmo: as despesas previdenciárias e com pessoal consomem parte cada vez maior do orçamento. Acreditem: se não for feita nenhuma reforma, em pouco tempo, algo como quatro ou cinco anos, toda a receita de impostos será destinada a pagar salários, pensões e aposentadorias.  Os salários dos juízes até poderão sair em dia, mas eles e todos os funcionários ficarão em casa porque não haverá dinheiro para pagar a conta de luz dos tribunais. Nem os medicamentos para hospitais. Pensaram no estado do Rio de Janeiro? Pois é, pior que isso.

De todo modo, Bolsonaro pega um país mais arrumado e pronto para reagir bem às reformas.  Fica também um Brasil velho, que atrapalha qualquer mudança. Começa pelo Judiciário, empenhado em elevar salários, dane-se o resto. A troca do auxílio-moradia por um aumento salarial, tudo decidido dentro do próprio Judiciário, foi um escândalo monumental. [aqui destacamos duas coisas:
- foi a leniência do Temer que permitiu a maracutaia  - era seu dever patriótico, vetar, protelar a derrubada do veto e deixar que as supremas excelências se entendessem com o presidente Bolsonaro; e,
- já tem ministro de tribunal estadual recebendo auxílio-refeição e auxílio-transporte, (os membros do MP estadual também estão recebendo) imagine se a isonomia não vai permitir que as excelências supremas e superiores passem  a receber as benesses  - clique e confira.]
Estranho que tanta gente acha que é assim mesmo, paciência.

Pior, o escândalo não terminou. Primeiro, que o Conselho Nacional de Justiça salvou o auxílio-moradia, com restrições, é claro. Mas podem apostar que essas restrições serão, digamos, “adaptadas” ao longo do tempo. Enquanto isso, tribunais estaduais, como o de Mato Grosso do Sul, arranjam um auxílio-transporte que dá para pagar algo como dez mil litros de gasolina por mês. Podem procurar outras peças pelos estados. Com isso, o teto salarial, agora de R$ 39 mil e uns trocados, continua sendo ultrapassado em diversos setores do funcionalismo, especialmente naqueles colocados mais longe do público. Policiais nas ruas, professores nas salas de aula, médicos e enfermeiros nos hospitais continuam na escala inferior.

A reforma do setor público tem duplo objetivo: conter o déficit e reduzir desigualdades. Não será tarefa fácil quando se sabe que as maiores desigualdades estão no Judiciário e nos Legislativos, por onde passam as reformas.  De resto, passam para 2019 muitos outros episódios antigos. Lembram-se do caso Celso Daniel? Pois a polícia de São Paulo acaba de prender, por acaso, numa blitz de trânsito, Klinger de Oliveira, condenado a 17 anos, em segunda instância, em novembro do ano passado, acusado de corrupção na prefeitura de Santo André (SP).
Segundo o processo, a roubalheira ocorreu durante a prefeitura de Celso Daniel (PT), assassinado em 2002. Caso obviamente em aberto.

A Lava Jato encerra 2018 muito perto de um evento extraordinário: a negociação para delação premiada de Sérgio Cabral, que pode entregar membros do alto Judiciário e da comunidade internacional que decidiu sobre a Copa do Mundo, por exemplo. E a gente fica pensando: se Cabral fechar a delação, só fica faltando o Lula. Parece que o STF vai tentar soltá-lo no ano que vem. [se tentar, basta vazar uma opinião contrária, maioria no Alto Comando do Exército e a tentativa é adiada.
É pacífico que o criminoso Lula permanece na condição de presidiário devido aquele Twitter do Comandante do Exército Brasileiro.] Mas e se Cabral entregar o chefe? Lula poderia, então, ficar na situação de delatar ele também (quem?) ou passar um longo período na cadeia.

E Temer e seu grupo deixam o poder para os tribunais.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista