Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador Organização Mundial do Comércio - OMC. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Organização Mundial do Comércio - OMC. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
O balanço além da economia - Míriam Leitão
Marcadores:
2019,
2020,
América do Sul,
DEMOCRACIA,
escatológicas,
lua de mel,
mundo digital,
O balanço além da economia,
Organização Mundial do Comércio - OMC,
reforma da previdência
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
OMC paralisada interessa aos EUA, mas é ruim para o Brasil - Míriam Leitão
Os EUA têm trabalhado para paralisar a Organização Mundial do Comércio e isso é ruim para o Brasil. A política externa desse governo precisa trabalhar por uma OMC forte. Mas o presidente Jair Bolsonaro recriou o alinhamento automático com os EUA. A OMC sempre foi um palco importante para resolução de problemas. Nos últimos dois anos, no entanto, os EUA vêm vetando a indicação de novos juízes no Órgão de Apelações. Lá são analisadas as possíveis infrações e sanções aos países. São sete juízes na corte. Só havia mais três com mandato, o quorum mínimo para decisões. Na terça-feira, dois deixaram os cargos. O órgão está paralisado.
O debate da sobretaxa ao aço e ao alumínio brasileiro é um tema que pode parar na OMC. O presidente Trump anunciou no Twitter que iria aplicar tarifas extras sobre os produtos do Brasil, mas a aplicação ainda não se confirmou. Nesse estágio, os canais diplomáticos entre os países podem ser eficientes. Mas se não funcionarem, será preciso recorrer. Com a OMC enfraquecida, o Brasil ficará sem voz nem poder.
Esse caso mostra como é frágil e equivocada a política de alinhamento automático aos EUA. O Brasil precisa do multilateralismo, de uma OMC que ouça o ponto de vista do país para resolver conflitos. O governo de Donald Trump aposta no bilateralismo. Ele prefere resolver as questões diretamente com o outro parceiro, que certamente tem uma economia mais fraca que a americana. Nesse tipo de negociação, a vontade dos EUA se impõe. No âmbito da OMC, a instituição equilibra a discussão entre países que não tem o mesmo poder de barganha.
A mais famosa controversa do Brasil no comércio foi exatamente com os EUA, no algodão. O país passou por todas as etapas do processo e o Órgão de Apelação da OMC decidiu que os americanos deveriam nos compensar pelas práticas injustas no comércio do algodão.
O Brasil sempre teve participação intensa na criação de normas da OMC. O atual presidente da Organização, por exemplo é brasileiro, o embaixador Roberto Azevêdo.
Somos competidores dos EUA no mercado de carnes e de soja, grão que é subsidiado pelos americanos. Isso pode provocar problemas no futuro e a OMC é o local para resolver esses problemas. Ao menos, vinha sendo até ser paralisada pelos EUA.
Míriam Leitão, colunista - O Globo
Esse caso mostra como é frágil e equivocada a política de alinhamento automático aos EUA. O Brasil precisa do multilateralismo, de uma OMC que ouça o ponto de vista do país para resolver conflitos. O governo de Donald Trump aposta no bilateralismo. Ele prefere resolver as questões diretamente com o outro parceiro, que certamente tem uma economia mais fraca que a americana. Nesse tipo de negociação, a vontade dos EUA se impõe. No âmbito da OMC, a instituição equilibra a discussão entre países que não tem o mesmo poder de barganha.
A mais famosa controversa do Brasil no comércio foi exatamente com os EUA, no algodão. O país passou por todas as etapas do processo e o Órgão de Apelação da OMC decidiu que os americanos deveriam nos compensar pelas práticas injustas no comércio do algodão.
O Brasil sempre teve participação intensa na criação de normas da OMC. O atual presidente da Organização, por exemplo é brasileiro, o embaixador Roberto Azevêdo.
Somos competidores dos EUA no mercado de carnes e de soja, grão que é subsidiado pelos americanos. Isso pode provocar problemas no futuro e a OMC é o local para resolver esses problemas. Ao menos, vinha sendo até ser paralisada pelos EUA.
Míriam Leitão, colunista - O Globo
Marcadores:
aço e alumínio,
algodão,
carnes,
embaixador Roberto Azevêdo,
grão,
OMC paralisada interessa aos EUA,
Organização Mundial do Comércio - OMC,
soja
sábado, 6 de julho de 2019
Ruptura, para quê?
Bolsonaro foi eleito por circunstâncias que não lhe dá carta branca para governar só para seguidores originais
Uma ação disruptiva pressupõe substituição de processos ou procedimentos
em direção ao futuro. Num momento em que a democracia representativa
está em xeque no mundo ocidental, temos um governo de ruptura que sabe o
que quer mudar ou destruir, mas não sabe o que colocar no lugar. Bolsonaro foi eleito por um conjunto de circunstâncias que não lhe dá
carta branca para governar apenas para os seus seguidores originais. Não
há estelionato eleitoral, é verdade, mas também não é razoável que o
presidente eleito possa fazer o que lhe dá na cabeça.
Apesar de continuar insistindo em temas polêmicos, como, desta vez, o
trabalho infantil, pelo menos ele já sabe que há limites para suas
idiossincrasias. Por isso, advertiu que não pretende apresentar nenhuma
mudança na legislação brasileira, que o proíbe. O Congresso, o
Judiciário e a opinião pública seriam obstáculos intransponíveis.
O presidente talvez tenha tido o seu primeiro mês de sucessos com a
assinatura do acordo Mercosul-União Europeia e aprovação da proposta de
emenda constitucional da reforma da Previdência na Comissão Especial.
Atos, no entanto, que foram limitados pelo protagonismo da Câmara, no
caso da reforma, ou pelas regras internacionais a que o governo tem que
se submeter, quando adere ao acordo com os países europeus. Um governo que pretende se unir cada vez mais ao Ocidente, contra o que
considera uma conspiração internacionalista de esquerda, terá que
respeitar regras desse mesmo globalismo, seja com relação ao clima, seja
à própria democracia.
A simples menção ao trabalho infantil, por exemplo, cria um
mal-entendido desnecessário. Mais uma vez, Bolsonaro demonstra que não
entende o peso de suas palavras. O aumento de produtividade na
agricultura é dos maiores sucessos econômicos mundiais, à base de muito
investimento em tecnologia e criatividade. Não pode ser colocado em
dúvida devido ao pensamento retrógrado e extemporâneo do presidente da
República.
Um governo que quer parear-se às democracias ocidentais não pode
normalizar, pela boca de seu presidente, uma ação criminosa que dá
vantagem competitiva no comércio internacional, fortemente questionada, à
China, capitalismo de Estado que está sendo obrigado a abrir mão dessas
más práticas por ter aderido à organizações internacionais como a
Organização Mundial do Comércio (OMC).
O que o presidente passou na infância, colhendo milho e carregando
cachos de bananas nas costas aos 10 anos, é uma triste realidade ainda
hoje no Brasil, e ele, como presidente, deveria dedicar-se a mudar essa
situação de carência extrema, e não transformá-la em uma situação
normal. O trabalho enobrece, diz Bolsonaro. Mas o trabalho infantil avilta. A
proteção à criança e aos direitos humanos [desde que direitos humanos para HUMANOS DIREITOS] deveria vir em primeiro lugar
para o presidente.
A visão do presidente a respeito de certas questões da democracia é
simplificadora, quando não perigosa. Ao anunciar que levará o ministro
Sergio Moro à final da Copa América amanhã, disse que o povo mostrará
quem tem razão, referindo-se à divulgação dos diálogos do hoje ministro
da Justiça com os procuradores da Lava-Jato. Provavelmente, o presidente e seu ministro serão aplaudidos. Bolsonaro
transforma o Maracanã num moderno Coliseu, onde o povo decide a sorte do
gladiador. A consulta direta ao povo, com que sonha Bolsonaro, é dos
aspectos mais distorcidos da democracia. O que parece ser uma atitude
democrática transforma-se em manipulação populista. Da mesma forma,
plebiscitos podem ser utilizados com objetivos políticos, dependendo de
quando forem convocados e organizados.
Não há nada de estranho que a chamada “democracia direta” tenha sido o
principal mecanismo político de atuação dos governos bolivarianos da
região, que Bolsonaro combate tanto. Os populismos se aproximam.O fim das intermediações do Congresso, próprias dos sistemas
democráticos, é sonho de consumo de presidentes autoritários, de direita
ou de esquerda. Este é o tipo de ação basicamente antidemocrática, pois
uma coisa é criticar a atuação do Congresso e exigir mudanças na sua
ação política para aproximar-se de seus representados, o povo. Outra muito diferente é querer ultrapassar o Poder Legislativo e outras
instituições fazendo uma ligação direta com o eleitorado através de um
governo plebiscitário.
Marcadores:
ação criminosa,
agricultura,
bolivarianos,
China,
Coliseu,
idiossincrasias,
legislação brasileira,
Ocidente,
Organização Mundial do Comércio - OMC,
plebiscitário,
temas polêmicos,
trabalho infantil
Assinar:
Postagens (Atom)