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domingo, 5 de janeiro de 2020

Vacina contra a desinformação para 2020 - Alexandre Garcia

À saída do Mosteiro, no domingo, um conhecido refez uma afirmação disfarçada em pergunta, que eu não havia respondido em janeiro: “Você não acha que só o que falta é melhor comunicação do governo?”. Agora, já com um ano de observação diária, eu respondi: “você não acha que suas fontes habituais de informação é que não estão noticiando as coisas do governo?”.

Cito como exemplo o que descobri só outro dia, por causa de um vídeo que me foi mandado pelo WhatsApp: está pronta a maior ponte ferroviária da América Latina, de quase 3 quilômetros de extensão, atravessando o Rio São Francisco, para a ferrovia leste-oeste, que vai ligar a norte-sul com o porto baiano de Ilhéus.   Se antes éramos destinatários de “o que é ruim, a gente esconde; o que é bom, a gente mostra” (ministro da Fazenda em 1994), neste ano parece que fomos vítimas de um “o que é bom, a gente esconde; o que é ruim, a gente mostra – e se não houver ruim a gente inventa”.[este é o mantra da turma do 'quanto pior, melhor'.]

Não dá para generalizar; é importante a fiscalização, a exposição das contradições, a crítica tudo com base em fatos. Não factoides, palavra criada pelo então prefeito Cesar Maia, pai de Rodrigo. Factoides são parecidos com fatos, mas são fatos deformados.  É  o mesmo que manchetar “Juiz de garantias abre crise entre Moro e Bolsonaro”, quando se sabe que ambos estão contra o tal juiz, e sabem que não vai funcionar, pelo menos nos próximos anos, mas vetar seria criar mais um caso com o Congresso. Moro e Bolsonaro sabem que é bom estar de bem com a maioria legislativa, para continuar aprovando medidas anticrime.

Fica fácil carregar crises sobre o governo, mesmo sem precisar alterar os fatos. Basta escolher analistas, especialistas, políticos, que se sabe o que vão argumentar. E basta procurar manifestações nas redes sociais do vereador Carlos, ou entrevistas do deputado Eduardo, ou usos de câmara de vereadores de Flávio, para criar interpretações catastróficas, como aquela no AI-5 no canal de Leda Nagle. Quem quer que tenha visto e ouvido a declaração, percebe perfeitamente que não houve pregação de volta do Ato Institucional. Mas, enfim, o doutor Freud explica. Quem sofreu derrota fragorosa em outubro de 2018 e padece do fracasso do regime criado pela revolução de outubro de 1917, precisa disso como mecanismo de compensação.

O otimismo voltou à economia e é o fator que impulsiona o investimento e o emprego. A propósito, até o desemprego serviu para estimular o brasileiro empreendedor, sem carteira assinada, com iniciativa própria, fornecedor de empresas, sem horário, dono do próprio nariz e de seu próprio faturamento. Fico pensando o quanto devem estar sofrendo os que apostam contra o giro da riqueza, que distribui bem-estar. Em geral são os mesmo sabichões, especialistas, que garantiam que o atual presidente não teria a menor chance nas eleições.

Imaginem quando todas as escolas deixarem de lado a velha ideologia fracassada e se empenharem no Português, na Matemática, nas Ciências – e não fizermos mais vexame no Pisa
Imaginem que tipo de ideologia pode apostar contra valores da família e a favor da corrupção? [só a da maldita esquerda, configurada no agonizante lulopetismo e no que os intestinos dos integrante da turma do quanto pior, melhor, produzem e expelem pela boca.] Pense nisso, olhando para trás para entrar mais imunizado neste 2020.
 


Gazeta do Povo


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ano melhor do que aquele que passou - Míriam Leitão

O Globo

A crise foi tanta nos últimos anos que o Brasil reduziu as expectativas. Hoje já se contenta com alta do PIB na casa dos 2,5%

As análises dos bancos para 2020 trazem uma coleção de dados otimistas, ainda que a projeção para o crescimento seja de apenas 2,5%. [2,5% não é o PIBÃO dos tempos do general Médici, mas, é superior aos 0,8% previsto por alguns 'pessimistas'. 
O importante a tendência, crescente, de aumento do PIB e a queda, acelerando, do desemprego.
Apesar de alguns considerem para um número indiscutível de desempregados - abaixo dos 12% e caindo ( pouco acima dos 11.000.000 de desempregados) - a existência de mais de 17.000.000 de desalentados =  condição básica para ser um desalentado é ser um desempregado.
Talvez a regra seja diferente para aqueles petistas que perderam as mamatas - mesmo assim, são desempregados.]  Esse número é melhor do que o dos últimos três anos, mas o Brasil, se o atingir, estará ainda assim crescendo menos do que a média do mundo. Os bancos avaliam que o ano começa sem alguns dos riscos que assustaram a economia mundial em 2019, e com a previsão de crescimento maior no Brasil. Há mais otimismo em relação a determinados setores, como o da indústria do petróleo, que deve crescer acima de 6% com a entrada em operação de quatro novas plataformas.

O clima de “agora vai” é tão forte que na mensagem que encaminha seu relatório sobre 2020 a XP Investimentos diz que o “avião está na cabeceira pronto para decolar”. A crise foi tanta nos últimos anos que o Brasil reduziu as expectativas. Hoje já se contenta com alta do PIB na casa dos 2,5%. Nenhuma decolagem se dá com voo tão baixo. “À nossa frente o horizonte está limpo e aberto. Os preparos necessários já foram feitos.” Começa assim o texto da XP. O Brasil tem um volume considerável de preparos necessários e não feitos antes que se possa falar em decolagem. É mais torcida do que análise. O Itaú ressalta no seu cenário que o ano começa sem duas ameaças, a da guerra comercial China-EUA e do Brexit desordenado. O Bradesco já não aposta que o risco da guerra comercial tenha ficado para trás. De fato, a ciclotimia da relação entre as duas potências torna difícil garantir que não haverá outros momentos de incerteza. E se agora há um mandato político claro para o primeiro-ministro Boris Johnson sair da União Europeia, os efeitos sobre a economia britânica e outros países ainda não estão controlados. E, como lembra o banco, a eleição americana vai acirrar a polarização. O mundo deve continuar sendo um ponto de dúvida no cenário.

A projeção é de um crescimento mundial de 3,1%, com estabilidade no comércio global. Como diversos países reduziram taxas de juros em 2019, o estímulo monetário poderá ajudar essas economias em 2020. Segundo o relatório do Itaú, pode haver mais apetite por risco da América Latina em 2020, apesar das incertezas no Chile, que estará votando uma Constituinte, e da Argentina, que tentará sair do córner cambial e do nível de atividade em que se encontra. As previsões são de que a recessão vai continuar por lá.

A expansão do crédito no Brasil é apontada por todos os analistas como um efeito direto da queda das taxas de juros nos últimos anos, com inflação controlada e uma fonte de dinamismo para este ano. O processo já vinha acontecendo no ano passado e vai continuar. Segundo o Bradesco, as vendas de veículos devem crescer 7,2%. Eletrônicos e bens de consumo também devem se beneficiar dos juros baixos. É sempre bom lembrar que as taxas caem, em diversas linhas, mas para níveis ainda muito altos se comparados a qualquer país do mundo.

O Bradesco também prevê que a indústria extrativa vai crescer puxada pelo petróleo. O grande desafio será fazer os leilões de concessão e formatá-los de tal forma que não sejam a decepção que foram os leilões do pré-sal em 2019. Mas a projeção de alta de 6,3% na produção de petróleo vem de quatro plataformas que entrarão em operação este ano, colhendo-se investimentos feitos anteriormente. A extração de minério de ferro deve crescer comparada aos últimos anos em que houve os desastres de Mariana e de Brumadinho.

O mercado imobiliário vai continuar sua recuperação, iniciada em 2019, e de forma mais disseminada pelo país. É a previsão mais comum no mercado financeiro. Por outro lado, não há centro de estudo de banco que preveja que o desemprego cairá de forma mais forte. Será uma redução gradual. O próprio governo prevê que ficará acima de 10% até 2022. Um desemprego tão alto por tanto tempo cria um clima social de instabilidade. [o Brasil resistiu por anos a um desemprego crescente, taxa em alta, e resistirá a um desemprego em queda, ainda que a taxas modestas.
Resistiu por anos  a um círculo vicioso e em 2020 se consolida o já iniciado círculo virtuoso.]
A produção de grãos deve ter um crescimento modesto, de 1,6% na previsão da Conag, mas com alta de 4,7% na soja, que é a principal cultura. O complexo carnes vai continuar se beneficiando da crise do suprimento de carne suína na China, abrindo possibilidades para o produto brasileiro. Tudo analisado, a previsão é de um ano melhor do que 2019, mas ainda com taxas muito modestas de crescimento, alto índice de desemprego ainda remanescente, e muitas reformas para melhorar o ambiente de negócios no Brasil.


Míriam Leitão, jornalista - coluna em O Globo, com Alvaro Gribel,  de São Paulo

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

O ano que pode interromper o ciclo de más notícias – Editorial - O Globo


Pela primeira vez desde a grande recessão de 2015/16, há indicadores mais firmes de uma recuperação

A economia ensaiou uma reação no início de 2017. Parecia que, como em crises anteriores, o PIB bateria no chão e subiria em ritmo firme. Mas não aconteceu. No biênio 2015/16, o Brasil mergulhou na mais funda recessão de que se tem notícia no pós-guerra, de mais de 7%. Devido às barbeiragens fiscais cometidas por Dilma Rousseff. Seja como chefe da Casa Civil do segundo governo Lula, quando inspirou um desastroso “pé no acelerador”, seja como presidente, quando insistiu no erro. Até sofrer impeachment em 2016, ao atropelar a Lei de Responsabilidade Fiscal. [o eleitor brasileiro foi estúpido ao votar, elegendo e reelegendo, (desculpem a redundância, mas, é para enfatizar a estupidez) uma mulher que conseguiu levar a falência o único negócio que dirigiu na vida = uma lojinha de R$1,99.
Mas, ele está aprendendo e se corrigindo. Ver post abaixo.]

Se a economia brasileira costumava se recuperar em pouco tempo das crises causadas por insolvências externas, puxada por exportações estimuladas por maxidesvalorizações cambiais — causa também de choques de inflação —, desta vez a insolvência foi interna, do Tesouro. A desvalorização do real de nada valeria. Seja como for, seguiu-se um período de virtual estagnação, com elevações minúsculas do PIB na faixa de 1%, fase que parece estar sendo superada agora. Esta é a boa notícia para 2020: o crescimento está acelerando. Mesmo os movimentos débeis nos subterrâneos da economia vêm conseguindo criar empregos. Boa parte informais, de baixos salários, mas capazes de aumentar a massa salarial.

No segundo trimestre, por exemplo, ela cresceu 2,4% sobre o mesmo período do ano anterior, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Este é um fator fundamental para a recuperação da economia, porque o Estado não pode repetir o seu clássico papel de indutor do crescimento por meio da elevação dos gastos. Pois ele quebrou do ponto de vista técnico. A demanda terá de continuar a ser impulsionada pelo poder de compra das famílias e pelos investimentos, internos e externos.

O último relatório Focus de 2019, feito pelo Banco Central, a partir da mediana das expectativas de analistas do mercado coletadas no dia 27, sexta-feira, confirma um cenário otimista para 2020: crescimento de 2,30% — 2,22% há quatro semanas — e uma inflação sob controle, em 3,6%, abaixo da meta, que é de 4%. As boas perspectivas vêm sendo acompanhadas por indicadores positivos: também ajudadas pela liberação do FGTS, as vendas no Natal foram fortes — em São Paulo, crescimento no varejo foi de 6,6%, o maior desde 2010, de acordo com a Associação Comercial, e, no Rio, 7%, na mesma faixa. Além disso, no mês anterior, novembro, o número de empregos formais criados foi o maior também desde 2010 (99 mil).

De acordo com o IBGE, no trimestre de setembro a novembro a taxa de desemprego caiu de 11,6% para 11,2% — em relação aos três meses anteriores. Coerente com este quadro geral. Mas ainda há 11,9 milhões de desempregados. Falta muito para a economia se reequilibrar e não ser apenas uma retomada cíclica. Para novos avanços, é certo, precisa-se retomar as reformas. O impulso dado pelas mudanças na Previdência tem prazo para acabar.

 Editorial - O Globo 



terça-feira, 31 de dezembro de 2019

O balanço além da economia - Míriam Leitão

 O Globo

2019 teve ataques à democracia e reforma da Previdência

[foi possível perceber que a democracia brasileira tem características únicas = é a ditadura das minorias e as minorias são impostas não pelo voto, não pela vontade livre do eleitor, e sim por leis e decisões decretos que impedem qualquer manifestação contrária às minorias.  Se espera que em 2020 ocorra correções.]

O ano de 2019 na economia nunca poderá ser avaliado apenas pela economia. Houve em volta um ambiente de contínua piora institucional. O governo fez um ataque sistemático aos valores da democracia. Não ficou apenas em palavras. Das referências a um novo AI-5, feitas até pelo ministro da Economia, à demolição do aparato de proteção ambiental, às ameaças ao pluralismo na educação e na cultura, foram muitos os erros deste primeiro ano do governo Bolsonaro. A agenda presidencial oscilou entre miudezas e agressões. Foi um péssimo primeiro ano.

Na economia, especificamente, houve uma conquista a comemorar. Há mais de 20 anos o Brasil tentava incluir a idade mínima na sua estrutura de aposentadorias e pensões. As reformas anteriores feitas pelos governos Fernando Henrique e Lula não conseguiram. A proposta de Michel Temer ficou pela metade sem ser aprovada, abatida por um escândalo político. [escândalo causado por denúncias apresentadas sem provas,  e até hoje não provadas, apresentadas pelo então chefe da PGR;
a propósito: sobre o livro do ENGANOT, a quantas anda? encalhado ou um best seller?]
A de Bolsonaro chegou a bom termo, apesar de ele mesmo só ter interferido para defesa corporativa dos policiais. A previdência dos militares não foi exatamente uma reforma. Foi um biombo para uma grande concessão salarial. E eles mantiveram privilégios como a paridade e a integralidade até para os que futuramente entrarão nas Forças Armadas. [continua a insistência em comparar a carreira militar com a civil - esquecem as especifidades da primeira.
Um exemplo óbvio: o Ibaneis, governador do DF, se valeu de um descuido do presidente Bolsonaro ao fazer uma promessa, e saiu vendendo o reajuste dos militares do DF - bombeiros e policiais - com um reajuste líquido e certo com data definida.
Por falta de amparo legal - ao se declarar jurista, Ibaneis passou recibo de ser sabedor da  ausência de suporte legal.
Agora os policiais civis do DF, também enganados com a promessa de aumento devem entrar em greve nos próximos dias - forma de protesto que é vedada aos militares.]
Na economia houve frustração e, depois, melhora. No começo do ano a previsão do mercado era de que o PIB cresceria 2,5%. Esse otimismo desidratou-se rapidamente ao longo do primeiro semestre e chegou a 0,8% em agosto. A partir daí houve uma melhora gradual nas expectativas, a tal ponto que se pode dizer que o ano terminou bem melhor do que se esperava há seis meses. A mais importante mudança de ambiente aconteceu no mercado de crédito. A redução da taxa de juros iniciada em 2016, no período de Ilan Goldfajn no Banco Central, foi seguida neste período de Roberto Campos Neto. Os juros caíram a um ponto em que está havendo toda uma movimentação de investidores, inclusive os pequenos, para outros produtos financeiros. As taxas cobradas do tomador começaram enfim a ceder. O mercado privado passou a financiar a agricultura. Surgiram novas instituições financeiras pequenas, nascidas no mundo digital. Não chegam a aumentar a concorrência no concentrado sistema bancário brasileiro, mas servem para arejar o mercado. A bolsa teve um ano excelente, mas curiosamente os estrangeiros foram embora. Se ela sobe é pela entrada de novos investidores nacionais.

A inflação baixa, os juros reduzidos, a reforma da previdência melhoraram as projeções sobre a dinâmica da dívida pública. Temia-se uma trajetória explosiva e hoje as contas foram refeitas para muito melhor. Nada começou no atual governo, mas o resultado dos últimos três anos permite concluir que o pior para a dívida interna foi superado. A economia internacional não ajudou. Estados Unidos e China passaram o ano inteiro em idas e vindas na sua guerra comercial. Apesar de estarem formalizando um acordo neste fim de ano, o estrago já foi feito. Para se ter uma ideia, numa reunião em novembro, o presidente do Banco Central brasileiro ouviu de Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), que o ritmo de crescimento do comércio mundial havia caído de 2,8% no começo do ano para 1,2% em agosto. As ameaças e as tarifas, ainda que temporárias, afetaram cadeias globais de comércio ao redor do planeta. Na América do Sul, a recessão argentina afetou diretamente as exportações brasileiras.

Normalmente, os presidentes aproveitam a lua de mel após a posse para tentar atrair eleitores que não votaram nele mas torcem para que o governo dê certo. O presidente Bolsonaro preferiu manter constante ambiente de conflito e estresse na sociedade. Brigou até com o partido pelo qual se elegeu. Criou a rotina hedionda de diariamente sair e exibir-se para uma claque de apoiadores, agredindo os repórteres que fazem plantão na porta do Palácio. De falas escatológicas, sobre a frequência da ida ao banheiro, até declarações homofóbicas, tudo foi servido nessas declarações matinais. O pior são as mentiras deliberadamente divulgadas nessas entrevistas ou na rede social. A economia se ressentiu do desgaste provocado pelas crises fabricadas pelo governo. O PIB poderia ter sido mais forte não fosse a imperícia na condução do país. [a razão principal da melhora tímida na economia, uma certa retração, foram as causas brilhantemente  apontadas nos dois parágrafos anteriores a este;

quanto as razões citadas neste, são motivos menores e que sequer mereciam ser citados - jamais interferirão na economia. Mas o autor da matéria e a colunista detém o direito de escrever o que desejam... ] O contexto encolheu o desempenho da economia. A torcida é por um 2020 melhor. Feliz ano novo.

Blog da Míriam Leitão, colunista - com Alvaro Gribel, São Paulo - O Globo
 



quinta-feira, 21 de julho de 2016

Agora é LEI - Temer sanciona reajuste de servidores do Judiciário e do MPF

Apenas em 2017, aumentos vão ter impacto de mais de 5 bilhões de reais sobre as contas públicas

O presidente interino Michel Temer sancionou sem vetos os projetos de lei que garantem reajustes para servidores do Judiciário e do Ministério Público Federal (MPF). Apenas em 2017, os reajustes vão gerar impacto de mais de 5 bilhões de reais sobre as contas públicas.

As propostas, aprovadas no fim de junho pelo Senado, determinam reajuste de 41% dividido em oito parcelas aos servidores do Judiciário e de 12% aos funcionários do MPF. [oito parcelas semestrais, vencendo a primeira em JULHO/2016 e a oitava em JANEIRO/2020.
O índice de cada parcela é inferior a 5% e por conta do aumento que só agora virou lei, já deixou de ser pago um reajuste de 14% que o Governo Federal deve aos servidores do PODER JUDICIÁRIO deste 2033.]
 Os aumentos serão pagos gradativamente em parcelas até 2019. As duas leis serão publicadas na edição desta quinta-feira (21) do Diário Oficial da União.
Leia mais: Governo corrige cálculo, e impacto de reajuste de servidores passa a R$ 67 bi


Além do vencimento básico, as medidas preveem aumentos na gratificação judiciária e dos cargos em comissão. À época da aprovação, o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que os reajustes não teriam impacto negativo nas contas do governo.

Fonte: Agência Brasil