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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Principais partidos são presididos por investigados, denunciados e um preso

É como se no sétimo dia, quando Deus descansou, tivessem surgido sobre a terra os partidos políticos brasileiros. Em consequência, uma característica fundamental da dificuldade do eleitor é ter que ouvir os presidentes dos partidos durante vários anos para chegar à conclusão de que eles não têm nada a ensinar sobre ética, exceto que se trata de uma virtude facilmente contornável.

No momento, os principais partidos do país são comandados por investigados, denunciados e até um preso. Em maior ou menos extensão, enfrentam enroscos criminais, entre outros, os presidentes do PMDB, PSDB, PT, DEM, PP, PR, PRB, PSD e SD. Todos negam participação em desvios. 

Nesta terça-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal converteu em réu o senador Agripino Maia (RN), presidente DEM. Ele responderá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É acusado de receber propina da OAS. Coisa de R$ 654,2 mil entre 2012 e 2014. Declara-se inocente.

(...)

A senadora Gleisi Hoffmann (RS), presidente que Lula consentiu para o PT, guerreia no Supremo contra uma ação penal na qual a Procuradoria a acusa de receber R$ 1 milhão em verbas desviadas da Petrobras para sua campanha ao Senado em 2010. Em petição submetida ao julgamento da Primeira Turma do Supremo, a Procuradoria pede, além da condenação criminal de Gleisi e seus cúmplices, o pagamento de uma indenização de $ 4 milhões ao Estado, a título de indenização por danos morais e materiais.  

(...) 
 
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, preside o SD, sigla de Solidariedade. Entre outros processos, ele é protagonista de uma denúncia na qual a Procuradoria o acusa de ter se beneficiado de esquema que que desviou verbas do BNDES. Responde por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Deus, como se sabe, existe. 

Mas quem repara no cenário de terra arrasada que domina o sistema político brasileiro fica tentado a acreditar que Ele não merece existir. Fica evidente que o Todo-Poderoso criou a política sem a menor atenção e, ao retornar do descanso, percebendo o tamanho da encrenca, terceirizou a administração dos partidos políticos ao diabo.



 
Principais partidos são presididos por investigados, denunciados e um preso... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2017/12/13/principais-partidos-sao-presididos-por-investigados-denunciados-e-um-preso/?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cabeças pretas do PSDB exigem privilégio para os servidores. O samba-do-tucano doido 1

Ala do partido faz três exigências para, quem sabe!, votar em favor da reforma da Previdência: uma aceita, uma inaceitável e outra indecorosa

Eu tenho alguns problemas que são, admito, também de fundo moral com o que se chama habitualmente de “gente fingida”. A ala tucana que quer romper com o governo alega, intramuros, que o partido não pode arcar com o peso da impopularidade da gestão Michel Temer. Sei… Será que os números serão os mesmos no ano que vem? Mas deixemos isso pra lá agora. Havia outro elemento silencioso a pressionar em favor da retirada: os tais “cabeças pretas” não queriam e não querem se comprometer com a reforma da Previdência. E aquele conversa de “votaremos a favor do Brasil, mas não precisamos, para isso, de cargos?” Neste blog, escrevi faz tempo: isso aí é medinho não-declarado da reforma. E isso agora está claro.


O partido, ou  fatia considerável dele, faz três exigências para votar a favor das mudanças. E olhem que Ricardo Trípoli (SP), o líder da legenda na Câmara, ainda assim, não garante os 46 votos, não. Os tucanos querem: a: integralidade no benefício por invalidez, não importa o local do acidente, se no trabalho ou não; b: que a pessoa possa acumular benefícios, como aposentadoria e pensão, desde que não ultrapasse o teto de R$ 5.531;
c: que os servidores que ingressaram na carreira até 2003 tenham aposentadoria integral (igual ao último salário) e que não valha para eles a regra da idade mínima; para tanto, teriam de pagar um pedágio.

Passo por cada uma rapidamente, destacando que as três propostas elevam os gastos em vez de diminuir: – a primeira, a da invalidez, pode ser considerada aceitável.  Afinal, estamos a falar de pessoas que, em tese ao menos, têm mais dificuldades para encontrar fontes alternativas de renda; – a segunda, a do acúmulo, já é inaceitável porque, como se nota, não vincula o teto do recebimento ao valor da contribuição ou ao tempo. O estabelecimento do teto não elimina o fato da acumulação de vencimentos; – a terceira, a dos servidores, além de inaceitável, é indecorosa.
[uma pergunta sobre uma situação hipotética, mas que existe aos milhares: um servidor ingressou no serviço público em 2002 e desde então tem contribuído sobre o salário integral - vamos supor R$15.000,00, alíquota de 11% - e por ter apenas 45 anos, tem que trabalhar no mínimo mais 17 anos.
Óbvio que seu salário de quinze mil reais não pode ser reduzido. 
Mesmo que passe a contribuir sobre apenas o teto do INSS - quase R$ 6.000,00 - e com alíquotas que começam em 8%, atingindo os 11%  apenas sobre o valor acima de quatro mil e poucos reais, ele contribuiu durante mais de quinze anos  com um valor quase quatro vezes o máximo que o trabalhador da iniciativa privada contribuiu (o máximo atual do INSS, iniciativa privada, fica abaixo dos seis mil reais).
É justo que quando este camarada que hoje contribui com R$1.650,00 - situação que perdura há quinze anos - ao se aposentar, receba no máximo R$5.800,00 (valor aproximado do teto do INSS)?
NÃO. É necessário que haja uma regra de transição, que permita que sejam consideradas as duas situações.] 


Cadê o partido que votaria a favor do Brasil, estando ou não no governo? É admissível que sejam os tucanos a abrir uma brecha como essa, numa reforma que, convenha-se, já é mitigada? Observem que a alteração mexeria com duas questões essenciais de uma proposta que já é bastante suave e aquém das necessidades: idade mínima e vencimentos integrais para servidores.


Nesta terça, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, que fala com entonação de Torquemada contra os gastos quando dialoga com os tais mercados, resolveu dar piscadelas para as propostas dos tucanos. Sim, de forma realista, admitiu que já é difícil aprovar a reforma com os votos do PSDB; sem eles, ficaria praticamente impossível. Daí ter dito que talvez conviesse ao governo ceder às ditas sugestões, que sugestões não são. Aécio Neves, presidente licenciado, defende o apoio à proposta do governo e quer que o partido feche questão. Mas parece que isso não acontecerá.


A verdade é que o PSDB não tem ideia nenhuma para a Previdência que não seja tentar garantir alguns privilégios que a já mitigada reforma do governo não prevê. A carta de intenções do partido, tornada pública nesta terça, deixa isso muito claro pelo caminho da omissão.

  LEIA TAMBÉM: PELA ORDEM: Rapazes de Janot decidem engolir Raquel Dodge. E estão conseguindo…

Procuradora-geral da República é, por enquanto, mera caudatária dos métodos heterodoxos postos em prática por seu antecessor

 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

PMDB do B



Interessante a estratégia do grupo do senador Aécio Neves para não caracterizar a saída de Bruno Araujo do ministério de Temer como um protesto. 

Ele se antecipou a seus colegas, e foi anunciado que coordenará a campanha do governador Marconi Perillo à presidência do partido.  Ao mesmo tempo, abre caminho para uma reorganização ministerial, deixando Temer com o cobiçado ministério das Cidades livre para negociações. Com a decisão do governador de Goiás de não aceitar uma candidatura de consenso para a presidência do PSDB, insistindo em permanecer na disputa, fica claro que a candidatura do governador paulista à presidência da República não é consensual.

A disputa pela presidência do partido será um divisor de águas, e se o grupo do senador Aécio Neves demonstrar que ainda controla as bases partidárias, provavelmente, aliado ao governo Temer, apresentará outro candidato, que poderá ser o prefeito João Dória ou o próprio Perillo, que há muito tem o sonho de se candidatar à presidência da República. Ou se aliar a uma candidatura que represente uma eventual retomada econômica, como a do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, filiado ao PSD de Kassab. Que, aliás, poderia apoiar também seu velho aliado, o senador José Serra, que pretende disputar o governo de São Paulo.

O centro da disputa passou a ser o futuro do PSDB visto pelas lentes do grupo do senador Aécio Neves, que já anunciou que pretende se candidatar a um cargo majoritário nas próximas eleições, governador de Minas ou senador. Mesmo tendo o controle da maior base eleitoral do partido, o governador Geraldo Alckmin não tem influência importante nas demais máquinas estaduais, o que aparentemente o senador Aécio Neves mantém, apesar dos percalços por que vem passando. Se a opção desse grupo for mesmo por um candidato paulista como Dória em oposição a Alckmin, não restará ao governador outra saída que ir para o PSB, uma alternativa que estava em cogitação já desde que escolheu Marcio França para seu vice.

O PSB ganhará de qualquer maneira um governador de São Paulo, em troca de apoio a Alckmin numa coligação ou, no limite extremo, lançando-o à presidência da República. A montagem prevista por Fernando Henrique, com a indicação de Alckmin como candidato de consenso à presidência do PSDB, levaria a uma decisão antecipada do candidato do partido à presidência, e a um ambiente mais pacificado.  A resistência até o momento de Marconi Perillo, e agora o anúncio de que a saída de Bruno Araujo não significa o início da debandada tucana, mas o reforço de uma candidatura a presidente do PSDB com o apoio do Palácio do Planalto, demonstra que a estratégia do grupo de Aécio Neves é mais ampla.

Controlando o partido no ano da eleição, esse grupo poderá impor as soluções que lhe convierem. A destituição do presidente interino, senador Tasso Jereissati, combinada com o próprio presidente Michel Temer, faz parte de um acordo que certamente coloca o PMDB mais uma vez em uma coligação eleitoral que, se será prejudicada pela baixa popularidade governista e pela imagem fisiológica do partido, terá recompensas com o tempo de televisão e a máquina governamental.

Além da esperança de que a economia estará em melhores condições em 2018, beneficiando os aliados do governo. Resta saber se os mecanismos da velha política ainda serão úteis em um país que está polarizado entre posições radicalizadas à esquerda e à direita, e ansiando pelo novo, que tenta surgir, apesar do ambiente adverso. O PSDB, que já representou o novo na política, corre o risco de um triste fim, novamente se aliando ao PMDB velho de guerra, transformando-se numa espécie de PMDB do B.     

Merval Pereira - O Globo
 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

O erro de FHC 1: O ex-presidente não percebe que Temer é o nome da solução, não do problema

Tucano está pautado, também ele, não por aquilo que aprendeu com Manuel Castells sobre a sociedade em rede, mas pelo alarido de milícias organizadas na Internet que se fazem passar por sociedade civil

Considero FHC o presidente mais importante da história do Brasil. “Nossa! Mais do que Getúlio Vargas?” Mais.

Há nisso, claro!, questões de gosto, ideologia, convicções etc. Getúlio nos ligou à modernização do atraso.  E não escolho palavras ao léu. Deu atualidade a nossas raízes patrimonialistas. FHC voltou a pôr o Brasil no mundo e teve de enfrentar aquela pesada herança do Estado Novo, que ainda está aí, de que o lulismo é desdobramento, com algum bolchevismo misturado com água benta. Dito isso, vamos ver: o erro de um homem inteligente, como é o ex-presidente, pode ter consequências mais dramáticas do que o erro de um estúpido. Sabem por quê? De algum modo, ele rebaixa também o pensamento.

FHC assinou no domingo um artigo lamentável no Estadão, em que defende o nome de Tasso Jereissati para a presidência do PSDB (não entro na economia interna do partido) e, por consequência, o rompimento imediato com o governo Temer. De algum modo, alimento a ilusão — nada secreta a partir de agora de que não seja ele o autor. Na minha benevolência, anuiu com a costura malfeita de algum ghost writer. Mas isso é só afeto intelectual pessoal. Para todos os efeitos públicos, assinou, e o artigo é seu. E traz uma soma formidável de equívocos.

O FHC que conheço, e cuja inteligência prezo, já teria percebido que Michel Temer é a solução, não o problema. Ocorre que o ex-presidente está pautado, também ele, não por aquilo que aprendeu com Manuel Castells sobre a sociedade em rede, mas pelo alarido de milícias organizadas na Internet que se fazem passar por sociedade civil. Essa gente, como a eleição irá demonstrar, é a falsificação da teoria. Daí que FHC tenha escrito, ou que alguém o tenha feito por ele, o seguinte: “Nas sociedades atuais, com a mídia social em constante evolução, um fio desencapado pode reavivar velhos rancores e esperanças. Só que isso é imprevisível.” Bem, a conclusão evidencia que o raciocínio leva a… lugar nenhum.

As tais redes tiveram importância, sim, na queda de Dilma. Colaboraram para mobilizar as ruas. Mas um ex-presidente tem a obrigação de considerar em suas reflexões que foi a articulação política que pôs fim à desordem do governo petista. Dilma prestou um favor ao país ao cometer crime de responsabilidade. Redes sociais e ruas não realizam prodígios. Prodígios não existem.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é mais efetivo, em casos assim, do que 80 milhões de “likes”. E assim é porque ele foi um conspirador??? Não! Porque foi um político. “Ah, mas o Ministério Público diz que…” Não trato desse assunto agora. Que os senhores procuradores apresentem suas provas e que os juízes julguem. O fato é que, dependesse de boa parte dos tucanos, Dilma ainda estaria no poder, e o país, no buraco. Ou alguém duvida? Se ela nos levou da planície para o fundo do poço, por que seria ela própria a nos levar do fundo do poço para, ao menos, a planície?
Ao defender o rompimento do PSDB com o governo Temer, FHC afirma que todos os partidos arcarão com o peso do que está em curso — a Lava Jato — e escreve um troço realmente lastimável: “Nem o PSDB deixará de pagar por ter dado a mão ao governo Temer e de tê-la chamuscada por inquéritos.”

[FHC já passou, faz muito tempo, da hora de se aposentar, se recolher e parar de dar palpites.
De todo o artigo aqui referido ele, ou quem recebeu sua anuência, falou apenas uma verdade que realmente interessa ao Brasil e aos brasileiros:
por ele foi avalizado, 
Epa!
O passivo do PSDB com a sociedade, justa ou injustamente, antecede o governo Temer. A propósito: NÃO HÁ UM SÓ INQUÉRITO ENVOLVENDO O PARTIDO QUE DIGA RESPEITO AO PERÍODO EM QUE A LEGENDA ENTROU PARA A BASE OU QUE DERIVE DE ATOS DE SUAS LIDERANÇAS A SERVIÇO DESSA GESTÃO.

A história contada assim fica capenga. Também há no texto algo que não é digno do ex-presidente nem característico de sua trajetória: covardia intelectual e política. A única referência explícita à Lava Jato vem assim expressa: “[as pesquisas] indicam certo ceticismo quanto aos resultados da Lava Jato e de outras operações de investigação, que, não obstante, continuam a contar com o apoio da sociedade.”

Nem uma miserável linha sobre desmandos que colheram, inclusive, a legenda a que ele próprio pertence.
Tucanos são bichos curiosos. O PT ataca o Ministério Público e a Lava Jato por maus e bons motivos. Seu candidato, com uma penca de inquéritos e uma condenação, lidera as pesquisas de opinião e seria eleito hoje presidente da República. O PSDB NÃO CRITICA o MPF nem por bons nem por maus motivos. Acoelha-se. Seus candidatos aparecem lá pelo quarto ou quinto lugar nas pesquisas; o partido enfrenta uma baita rejeição, e está em curso uma guerra não exatamente leal pelo comando da sigla. Das grandes legendas, é a que está mais desestruturada.

Aí o esperto, julgando que me pegou, pode dizer: “Ah, mas as respectivas situações de PT e PSDB nada têm a ver com a Lava Jato”. Bem, se não, mais um motivo para não refugar ao menos a luta em defesa do Estado de Direito. Que lhes parece?

 Blog do Reinaldo Azevedo