Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Juntos, o STF e o
Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de
oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
O Brasil, dia após dia, está se transformando num país soviético. Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população.
Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos. Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe. Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema.
Há um Congresso Nacional; na Rússia soviética também havia.
Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF,na hora em que ele quer, e seja o assunto que for.
É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto.
A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes.
Funciona, na vida real, como um grande Pravda, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português.
Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandre de Moraes e Rosa Weber (12/12/2022) | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Ainda
falta um bom caminho para chegar lá, e a República Soviética do Brasil,
pelo menos por enquanto, está se limitando a eliminar a liberdade
política. (Na Rússia comunista, por exemplo, não havia, nem há, Parada
Gay; também era preciso passaporte interno para ir de uma cidade à
outra, e a lista telefônica de Moscou era segredo de Estado, entre
outras curiosidades que só o comunismo foi capaz de criar.)
Mas é
exatamente para lá, um regime totalitário mais ao estilo do século 21 e
fabricado basicamente com peças de produção nacional, que o país está
indo. Faça uma pergunta simples: quem vai impedir, se são o STF e o
Sistema “L” que escrevem as leis e decidem o que é legal e o que é
ilegal?
Não vão ser, com certeza, as Forças Armadas, que de cinco em
cinco minutos declaram-se a favor da “legalidade”, ou seja, do que o
consórcio STF-Lula diz que é a legalidade.
De mais a mais, os
comandantes militares estão a favor desse partido único que hoje governa
o país; entregaram para a polícia, trancados em ônibus, os cidadãos que
protestavam contra o resultado das eleições, em manifestação legítima,
em frente ao QG do Exército em Brasília.
Não será o Judiciário, que é
apenas uma grande repartição pública comandada pelo STF.
Não será,
obviamente, o Congresso, que não existe mais como força política
efetiva.
Não serão os 150 milhões de brasileiros que estão ocupados o
dia inteiro com a sua sobrevivência física, e não têm tempo para tratar
de política. Em suma: não é ninguém.
Em que país
sério do mundo, esses mesmos onde Lula faz “política externa” turística
se hospedando em hotéis com diária de quase R$ 40 mil, o presidente, rei
ou primeiro-ministro nomeia seu advogado pessoal para a Suprema Corte?
Nem Stalin fez isso; é verdade
que ele não tinha advogado, e nunca precisou de um, mas o fato é que não
fez. Lula, na verdade, governa sem nenhum freio — pois um dos freios, o
Judiciário, é seu sócio no partido único, e o outro, que seria o
Legislativo, não é capaz de frear nada, mesmo porque, quando tenta frear
alguma coisa, o STF vem e diz que não vale. O resultado prático é que
Lula compra sofás de R$ 65 mil para a decoração de sua residência — com
dinheiro do pagador de impostos, é claro.
Compra um novo Airbus para o
seu transporte pessoal. Recebe em Brasília um ditador que tem a cabeça a
prêmio por US$ 15 milhões, por tráfico internacional de drogas. Faz o
que quer, e o que o STF deixa.
A união soviética brasileira não é um“copiar
e colar” da antiga URSS; embora leve mais ou menos aos mesmos
resultados, em termos de criar uma ditadura efetiva na vida pública, é
basicamente coisa de construção tupiniquim, sem maiores filosofias
políticas como o original em alemão. Não houve nenhuma revolução, nem a
tomada do Palácio de Inverno ou a descida de Sierra Maestra.
Sua chave é
o acordo de acionistas entre o STF e o Poder Executivo, tal como ele é
encarnado por Lula — juntos, governam o país sem nenhum tipo de
concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus
movimentos.
Os ministros, para ficar só no mais grosso, eliminaram as
leis brasileiras para tirar Lula da cadeia, onde cumpria pena pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e para anular todos
os processos penais contra ele, de modo a possibilitar a sua candidatura
à Presidência da República.
Em seguida, através do TSE, comandaram a
campanha mais escura, contestada e parcial da história eleitoral
brasileira, com um sistema de urnas eletrônicas que não é utilizado em
nenhuma democracia do planeta; contaram os votos e declararam que Lula
tinha ganhado.
Em troca, o Sistema “L” aceita tudo o que o Supremo quer
que se faça, em qualquer área ou ocasião.
Juntos, escolhem os novos
integrantes do TSE, que passa a ser 100% controlado pelo consórcio, e
combinam quem será o novo procurador-geral da República, o que elimina o
Ministério Público como força independente na vida pública brasileira,
conforme estabelecido na Constituição.
São decisões tomadas em
churrascos hermeticamente fechados e isolados do resto do mundo em
Brasília, com a proibição da entrada de celulares no recinto. Que diabos
de “instituições” resultam de um negócio desses?
Na
verdade, as instituições e os deveres obrigatórios de uma república ou
das verdadeiras democracias estão sendo eliminados, um depois do outro,
pelas decisões tecnicamente legais do consórcio STF-Lula. O presidente,
em meio à indiferença da população e à anestesia moral que marca o
Brasil de hoje, nomeia o seu advogado pessoal para a vaga existente no
STF — o seu advogado pessoal, nada menos que isso.
A mídia, o mundo
político e as classes intelectuais fingem que a nomeação é uma coisa
normal, ou quase normal.
Não chama a atenção de ninguém um fato muito
simples: é impossível, no mundo das realidades, que o novo ministro tome
qualquer decisão minimamente contrária aos interesses do presidente da
República — ou alguém acredita, honestamente, que ele possa ser
imparcial nas suas sentenças, como é exigência elementar de qualquer
democracia decente?
Há
eleições no Brasil, mas também há o TSE — e enquanto houver o TSE as
eleições não valem nada, ou só valem o que a “Justiça Eleitoral” diz que
valem.
O TSE, hoje, é uma polícia política integralmente a serviço do
governo.
É uma aberração que consegue gastar R$ 10 bilhões por ano,
mesmo nos anos em que não há eleição nenhuma, e não tem similar em
nenhuma democracia séria do mundo — a começar pelo fato de que se dá o
direito de cassar mandatos de deputados federais ou de quem lhe der na
telha. Acaba de acontecer.
Cassaram o mandato do deputado Deltan
Dallagnol, por vingança pessoal de Lula, sem o mais remoto vestígio de
legalidade;
foi uma decisão de AI-5, com umas fumaças de procedimento
jurídico que não enganariam uma criança com dez anos de idade.
O
resultado é que o consórcio anulou a decisão legítima dos eleitores do
Paraná; pior ainda, nomeou de forma grosseira o novo ocupante da vaga
que foi aberta pela cassação, colocando no lugar de Dallagnol, que teve
350 mil votos, um outro que teve 12 mil.
Que tal, como limpeza, ou mera
lógica, do sistema eleitoral?
Preparam-se, agora, para cassar os
direitos políticos de Jair Bolsonaro, única e exclusivamente porque
identificam nele um possível candidato que se opõe com chances de
sucesso ao partido único STF-Lula.
É uma medida preventiva, ou de back-up
antecipado — estão agindo como se as próximas eleições presidenciais
pudessem ser diferentes das de 2022, do ponto de vista operacional do
TSE.
De novo, como no caso do deputado Dallagnol, a proibição para
Bolsonaro disputar eleições, ou ter qualquer participação na política
brasileira, é 100% ilegal.
A desculpa é que ele manifestou dúvidas sobre
a perfeição do atual sistema de urnas eletrônicas, só adotado, além do
Brasil, em dois países, Butão e Bangladesh. Poderia ser qualquer outra
coisa: genocídio, assassinato de índios, quilombolas e gays, defesa da
cloroquina.
Como é possível, com um mínimo de racionalidade, tornar
alguém inelegível porque ele disse que tinha dúvidas sobre um sistema de
votação obviamente sujeito a todo tipo de dúvida?
Antes disso, por um
despacho do ministro Alexandre de Moraes, o STF cassou sem nenhuma
formalidade legal o mandato do governador de Brasília.
Depois devolveu,
por outro despacho do mesmo Alexandre de Moraes — mas o governador,
hoje, é capaz de jurar que o triângulo tem quatro lados, se os ministros
assim quiserem.
Com
o Congresso é o mesmo tipo de calamidade.
O que adianta pagar R$ 14
bilhões por ano para manter um Congresso cujas leis podem ser anuladas a
qualquer momento, e sem razão nenhuma, pelo Supremo? Não é só o marco
temporal.
Já foi a mesma coisa com a anulação da lei que determinava o cumprimento da pena em prisão fechada para réus condenados em segunda instância,o que tirou Lula do xadrez da Polícia Federal onde ficou trancado durante 20 meses. Promete ser assim, daqui a pouco, com a lei, perfeitamente aprovada pelo Congresso, que tornou voluntário o pagamento do imposto sindical — o efeito imediato dessa lei, obviamente, foi que nenhum trabalhador brasileiro quis pagar mais. O que poderia representar com mais perfeição a vontade do povo?
Mas Lula quer que o imposto volte
a ser obrigatório, e o STF se prepara para atender a exigência.
O
ministro que foi encarregado de resolver o problema argumenta que hoje
os “tempos são outros” — um raciocínio realmente espantoso, levando-se
em conta que os tempos estão em mudança perpétua e, por via de
consequência, nenhuma lei aprovada no passado é válida no presente.
Fazer o quê? Esse Congresso Nacional que está aí não é capaz sequer de
proteger os mandatos dos seus próprios deputados; não é capaz de nada. A
“Mesa” da Câmara dos Deputados concordou oficialmente com a cassação de
Dallagnol. Já havia concordado, não faz muito tempo, com a prisão por
nove meses do deputado Daniel Silveira, também por ordem do ministro
Moraes.
É diretamente contra a lei. A Constituição diz que um deputado
federal só pode ser preso em flagrante, e pela prática de crime
inafiançável;Daniel Silveira não foi preso em flagrante nem cometeu
nenhum crime inafiançável. E daí? Foi preso do mesmo jeito.
Aliás, está
preso de novo hoje, desta vez por não usar a tornozeleira eletrônica que
o ministro lhe impôs, apesar de ter recebido um indulto absolutamente
legal do ex-presidente Bolsonaro; o STF, como nas leis aprovadas pelo
Congresso, decidiu que o indulto não vale. Esperar o que, se o
presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, está disposto a assinar a
cassação do seu próprio mandato, se receber ordem do STF? Não há nada a
esperar.
Daniel Silveira | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A
República Soviética do Brasil não acabou com a propriedade privada — e
nem parece a ponto de acabar, quando se considera a ilimitada quantidade
de propriedades estritamente privadas que os membros do consórcio têm.
Também não tornou legal, pelo menos até agora, a coletivização da terra —
apesar da paixão de Lula pelo movimento semiterrorista que invade
propriedades rurais, destrói bens e pratica violência armada, sem que um
único de seus agentes seja jamais incomodado pelo sistema judicial. Mas
já organiza e hospeda, em Brasília, reuniões do seu próprio Comintern,
a que hoje se dá o nome de “Foro de São Paulo” e que cobra inscrições
em dólar. Está montando uma máquina estatal de estilo soviético, que só
serve ao partido e está mais distante do povo brasileiro do que a Terra
da Lua. O Ministério da Justiça, logo esse, já é comandado por um
comunista de carne e osso; ele mesmo, aliás, já disse que é comunista
“graças a Deus”. É para aí que vai a procissão.
Ninguém poderia imaginar, quando foi dada a primeira
ordem de #FiqueEmCasa, que tão pouco tempo depois a tirania legalizada
estaria querendo tirar os filhos dos pais
Estão de volta ao mundo e ao Brasil,que até hoje vinha conseguindo
evitar com relativo sucesso os surtos de tirania mais dementes dos
últimos 150 anos, a estrela amarela e o pijama listado que denunciavam
em público, na Alemanha nazista, o grande crime da época: “Você é
judeu”. Vão dizer, é claro, que não é assim, e que a marca da maldição
de 2022 é indispensável para salvar a humanidade — mas na verdade é
assim mesmo que está sendo, e com viés de ficar pior. Esperar o que, se
muitos dos próprios judeus, em Israel ou outros lugares — a maioria,
talvez —, são os primeiros a ficarem a favor da perseguição? Não é
especificamente contra eles, desta vez. A estrela e o pijama,neste
retorno triunfal do nazismo da Alemanha de Hitler, ou da ditadura da
Rússia comunista de Stalin, estão destinados a denunciar outro crime:
“Você não tomou vacina”.
Abismo entre pessoas | Ilustração: Oeste/Shutterstock
O não vacinado de hoje, por aqui e no resto do mundo, é o judeu da Berlim de 1935. O Brasil, como todos sabemos, foi largamente poupado do crime de perseguir judeus — talvez pelo seu próprio subdesenvolvimento, talvez por ficar na periferia do mundo, onde as ideias superiores da Europa civilizada, como campos de concentração ou fornos crematórios, demoram a chegar, ou não chegam nunca. Mas as“autoridades locais”, com o apoio desesperado das elites, da mídia e de tudo o que pode ter descrito como “de esquerda”, parecem obcecadas num esforço sem precedentes para tirar o atraso — perdemos nossa chance com o judeu, lá atrás, mas dessa vez nós temos pela frente o “não vacinado”. É ele a desgraça do mundo atual, aqui ou na Cochinchina. Para cima dele, então. Temos de liquidar essa raça. Não vamos perder a oportunidade — ou a gente acaba com eles, ou eles acabam com a gente. Basta olhar um jornal ou ouvir dois minutos de rádio ou televisão. O ataque, cada vez mais fanático, está lá, o tempo todo.
Os perseguidores não contam hoje em dia, para caçar não vacinados,com os meios materiais de Hitler ou de Stalin, sua cópia comunista da mesma época.Não têm sua Gestapo, nem a sua KGB, e nem outras facilidades. Vivem em democracias cada vez mais loucas para se comportarem como ditaduras, é verdade — mas é gente mole, medrosa e incapaz de ir para o pau como fazem os ditadores de verdade que gostariam de ser. Você acha que um prefeitinho desses, ou um governadorzinho meia-boca, ou um bucrocratinha com um talão de multa numa mão e carteirinha de procurador público na outra têm coragem para mostrar a sua verdadeira cara? Não têm.
Eles descobriram o quanto é bom, para eles próprios, agirem como agem as autoridades fascistas — mas não têm energia moral para serem fascistas de verdade. É por isso que a polícia do governador Zé Mané ainda não está prendendo não vacinado,nem o Supremo Tribunal Federalreinventou a pena de morte e mandou alguém para a câmara de gás, ou coisa parecida. Mas, enquanto isso, fazem todo o tipo de perseguição que conseguem fazer impunemente — e que não ameace, segundo calculam, a sua própria segurança no emprego, no seu mundinho social e em tudo o mais que lhes interessa.
É tudo de uma desonestidade fundamental — com doses gigantes de hipocrisia, mentira e má intenção
A aberração mais recente, e mais sinistra, é a ameaça, por parte dessas autoridades que estão aí, de retirar dos pais a guarda dos filhos que não forem vacinados.Jamais, em 522 anos de história do Brasil, alguém propôs uma violência tão estúpida quanto essa. De novo, a lembrança é dos momentos mais negros da humanidade — as ditaduras comunistas na Rússia de Stalin ou na China de Mao Tse-tung, onde a autoridade pública se dava o direto de roubar as crianças de suas famílias para punir os pais por motivos políticos.
Um despacho insano do ministro Ricardo Lewandowski, do STF,dentro do progressivo processo de demência que vem marcando as sentenças da alta e baixa justiça brasileiras, abriu a porta para esse delírio de o passado voltar ao Brasil de hoje.
É óbvio, quando as “instituições” permitem que a lei seja rasgada, que o instinto ruim das ditaduras vai sair correndo de dentro do armário, onde fica escondido até não haver mais risco em vir para fora; é o que aconteceu, na hora.
Para ficar apenas num exemplo, o procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, já ameaçou tirar dos pais que não tiverem vacinado seus filhos a “guarda temporária” das crianças. Vamos ver, agora, o que ele faz na vida real. Na teoria, ao que parece, as escolas deveriam entregar ao Ministério Público suas listas negras, delatando os pais de alunos que não apresentarem atestados de vacinação. Presumivelmente, a partir daí, o MP de São Paulo vai exigir que as famílias lhe entreguem as crianças não vacinadas.
E o que o procurador Sarrubbo vai fazer com as elas, a partir daí?Podem ser 1.000, ou 10.000, ou 100.000, ou mais — ninguém, a começar pelo MP e pelos juízes, tem a menor ideia de quantos sejam. Falam em entregar a guarda para “os avós”. E as crianças que não tiverem avós, ou cujos avós não puderem cuidar delas?
Sugere-se, vagamente, que a meninada seja entregue “ao Estado” — um horror absoluto, que só pode passar pela cabeça dos militantes mais histéricos da caça aos “não vacinados”, e assim mesmo se eles não ficarem com o trabalho de se ocupar das crianças. O “Estado”? O Estado brasileiro não tem competência para cuidar nem das crianças abandonadas que, às dezenas de milhares, ocupam a paisagem das cidades — não consegue cuidar nem dos seus presidiários.
O que o procurador Sarrubbo e seus colegas de MP vão fazer, por exemplo, com 1 milhão de crianças não vacinadas, ou seja lá quantas forem, em São Paulo e no resto do Brasil?
Vão desmanchar famílias que estão perfeitamente constituídas, para criar uma multidão de crianças que não terão mais pai nem mãe?
A Justiça vai ter de decidir, caso a caso, como ficam as coisas?
Ou haverá cassações em massa da guarda paternal, por ordem do MP, do ministro Lewandowski ou do inspetor de quarteirão da prefeitura? É uma alucinação.
Esse mesmo procurador-geral, anos atrás, foi contra a reabertura das investigações sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel, o crime que vai assombrar para sempre o PT, Lula e a esquerda brasileira. Mas agora, no caso das crianças não vacinadas, ele quer lançar contra milhares de cidadãos indefesos, que não praticaram absolutamente nenhum delito, toda a fúria da máquina de repressão do Estado — a mesma que foi proibida de incomodar os mandantes de um crime abjeto.
Que sentido faz um negócio desses? Ninguém poderia imaginar, quando foi dada a primeira ordem de “#FiqueEmCasa” — ou ponha máscara, use gel, não trabalhe e cale a boca —, que tão pouco tempo depois a tirania legalizada de quem ocupa um emprego público estaria querendo tirar os filhos dos pais. É onde estamos no momento. Quais serão os próximos passos do STF, do MP e da prefeitada que se apaixonou pelo nazifascismo que está aí?
Campos de reeducação para as crianças?
Colônias penais infantis?
Cadeia para os pais? Na verdade, é tudo de uma desonestidade fundamental — com doses gigantes de hipocrisia, mentira e má intenção.
As autoridades, essas que não conseguem nem manter em funcionamento os sinais de trânsito, querem assumir a guarda familiar das crianças, num país de 200 milhões de habitantes, sem esgoto para metade da população e com sua miséria maciça exposta na cara, do Oiapoque ao Chuí. É óbvio que não vão fazer coisa nenhuma; é óbvio que estão mentindo. Mas, com certeza, estão aproveitando o pânico criado pela mídia, seus “cientistas” e seus fiscaispara criar, eles próprios, o seu pânico particular — e exibir o quanto podem mandar na vida das pessoas.
É uma oportunidade única para a demagogia, e sem assumir risco nenhum; afinal, quanto mais estúpida a decisão, mais palmas ela recebe no Jornal Nacional e no resto da imprensa. Ninguém vai perder a chance, é claro.
É assim que o prefeito de São Bernardo, para ficar estritamente em exemplos paulistas nesta onda de boçalidade agressiva levantada para impor a vacina, tomou a prodigiosa decisão de segregar em classes separadas, nas escolas municipais, os alunos que não estiverem vacinados. Seu despacho a respeito é uma declaração de guerra à inteligência comum. Ele admite que a lei não obriga ninguém a se vacinar, e que que as crianças de São Bernardo não podem ser impedidas de frequentar a escola por não estarem vacinadas. Na mesma folha de papel, porém, o prefeito diz que vai denunciar ao MP os pais de alunos não vacinados — enquanto promete, também, criar classes separadas para a população infantil do município.
Os que não tiverem tomado a vacina ficarão em salas isoladas;não poderão estudar junto com os colegas, nem brincar juntos no recreio.É como se fazia, antigamente, com os alunos negros nas escolas americanas ou da África do Sul; fiquem para lá, naquele canto, separados dos brancos. Receberão o selo de párias da prefeitura de São Bernardo — “não vacinados”, filhos de inimigos da pátria, negacionistas, impuros, ameaça à saúde alheia, criminosos em potencial, direitistas, bolsonaristas.
Quem deu esses poderes extraordinários ao prefeito?
Que lei o autoriza a tratar desse jeito infame crianças de 8 anos de idade? Seu colega de Osasco, no mesmo tipo de depravação, criou um “Certificado de Coragem” para as crianças vacinadas — exatamente como os diplomas de “herói”que a Rússia de Stalin dava a crianças que denunciavam os próprios pais por falarem mal do governo, ou prestavam outros serviços destacados ao regime. (Coisa parecida acontecia com a juventude nazista na Alemanha, ou a juventude fascista na Itália.) As crianças viravam estrelas da juventude comunista; os pais iam para o campo de concentração na Sibéria.
A lista de aberrações como essas poderia continuar por páginas e mais páginas — publicações digitais, como se sabe, não têm os limites físicos de publicações feitas em papel, nem dos programas que precisam obedecer ao tempo marcado no relógio.
Mas quem vê o procurador de São Paulo e os prefeitos de São Bernardo e de Osasco não precisa ver mais nada, não é mesmo?
É o que dá para ter, num país em que o ministro Barroso, encantado pela insensatez irresponsável que faz do STF essa delegacia de polícia de república bananeira que temos aí,proíbe os cidadãos brasileiros “não vacinados” de entrarem em seu próprio país. Foi mais um absurdo que não deu em nada, e nem poderia dar, mas sua decisão foi aplaudida pela imprensa brasileira como uma sentença do Rei Salomão.
É o mesmo aplauso que os jornalistas reservam para as aberrações dos prefeitos de São Bernardo, Osasco e dezenas de outros — que contam, também, com a admiração encantada de uma parte importante da população, feliz de viver submetida a uma das maiores lavagens cerebrais já praticadas na história humana. O prefeito propõe que se volte à época da Rússia de Stalin. Recebe uma salva de palmas da imprensa, dos professores da USP e dos banqueiros de esquerda.
Nada disso tem a ver, realmente, com a saúde pública — embora tenha muito a ver com a covardia terminal diante da morte demonstrada por tanta gente hoje em dia. O que se pode querer num mundo onde o sujeito pega uma gripe, não vai nem ao pronto-socorro, e acha que está correndo risco de vida? É o ambiente ideal para os falsários políticos. A guerra suja para impor a vacina, e todo o resto do arsenal de repressão que se montou em nome do combate à covid, é, na verdade, uma agressão direta e já sem disfarces à democracia. Não é, obviamente, algo que está acontecendo só na Grande São Paulo. Trata-se de um assalto mundial às liberdades. Não querem proteger a sua saúde — querem roubar os seus direitos. Não estão interessados em saber se a vacina funciona mais ou menos como proteção contra o vírus, da mesma forma como nunca estiveram interessados em saber se uma máscara de pano pode salvar a sua vida —, o que querem é controlar a sociedade. Querem um mundo de funcionários, de fiscais, de comitês médicos, de cientistas que não admitem discutir questões de ciência, de protocolos, de quem cria segregação de classes nas escolas.
Os direitos individuais estão sendo destruídos ativamente, num arco que vai do ministro Barroso ao prefeito de Osasco
Está acontecendo não apenas no Brasilzão primitivo, mas em lugares considerados até pouco tempo atrás como as mais exemplares democracias do mundo. Na Austrália, um ministro de terceira categoria tranca o tenista Novak Djokovic num hotel-presídio, impede que participe de um dos mais prestigiados torneios de tênis do circuito profissional e o expulsa do país como um criminoso vulgar — tudo porque ele não toma vacina anticovid e é um adepto da medicina alternativa. O que a Austrália vai fazer agora?
Prender quem se trata com homeopatia?
O Canadá proíbe os não vacinados de comprar bebida — ou maconha. Quer se chapar?
O governo canadense exige que você mostre o seu passaporte vacinal. Na França, o presidente da República declara em público que seu objetivo é “irritar” os não vacinados. Nas mais formosas democracias europeias, essas que dão lições permanentes de conduta ao Brasil “dos militares”, da “direita” e da “destruição a Amazônia”, tocam a polícia em cima da população e criam multas ruinosas para quem não se vacina — ou querem que eles sejam processados na Justiça criminal.
É mundo cada vez mais escuro. A democracia, a liberdade e os direitos individuais estão sendo destruídos ativamente, todos os dias, num arco que vai do ministro Barroso ao prefeito de Osasco, dos burocratas da Austrália ao jornalista militante, da empresa que descobriu a “questão social” aos cartórios de combate ao racismo, à desigualdade e ao aquecimento da calota polar. Não vão deixar que a covid passe. E, se ela passar, não têm a menor intenção de devolver as liberdades que estão destruindo agora.