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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Viver na incerteza - Fernando Gabeira

Em Blog

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O boi de piranha do ENEM - Prova de redação ou controle do pensamento?



Representações pedindo a anulação da prova do ENEM devem ser encaminhadas ao Ministério Público Federal exigindo providências contra mais essa afronta à Constituição perpetrada pelo governo petista.

No último domingo, enquanto milhares de pessoas denunciavam o despudorado viés ideológico das questões do ENEM, o músico Roger Moreira chamava a atenção, no Twitter, para um problema ainda mais grave e preocupante: “Ganham zero [as] ideias que desrespeitem os direitos humanos. Ué? Não é prova de redação? Ou é controle do pensamento?”

Roger se referia à exigência de que o candidato elabore, na redação, uma proposta de intervenção para o problema abordado, “respeitando os direitos humanos”. Segundo o INEP, é necessário que o candidato “não rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural”, sob pena de zerar na redação.

Ao impor esse requisito, porém, o próprio INEP desrespeita claramente os direitos humanos, já que as liberdades de pensamento, opinião e expressão, além de garantidas pela Constituição Federal, estão previstas na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Condicionar o acesso de um estudante ao ensino superior a que ele possua ou expresse determinada opinião sobre o que quer que seja configura, sem sombra de dúvida, uma forma acintosa de cerceamento àquelas liberdades. Para piorar a situação, os candidatos e os corretores das provas não estão familiarizados com a legislação brasileira sobre direitos humanos o que de resto não é exigido pelo INEP. Assim, o mais provável é que todos considerem como “direitos humanos” um punhado de clichês politicamente corretos consagrados na academia e nos meios de comunicação. É o que sugere, aliás, o INEP, ao falar vagamente em “cidadania, solidariedade e diversidade cultural”, expressões que remetem de forma inequívoca ao discurso da esquerda.

Este ano, mais de 7 milhões de estudantes tiveram de escrever uma redação sobre a violência contra a mulher na sociedade brasileira. Cuidava-se, é claro, de uma provocação ideológica, e é de supor-se que muitos candidatos tenham ficado temerosos de expressar seu pensamento.

E com razão. Basta pensar no possível desfecho das seguintes situações: o candidato A sustenta, em sua redação, que a proibição do aborto é uma forma de violência contra as mulheres; e apresenta como proposta de intervenção a descriminalização dessa prática. Já o candidato B relativiza o problema da violência contra as mulheres; identifica, entre suas causas, o comportamento das próprias mulheres; e propõe como solução a mudança desse comportamento.

Como serão corrigidas essas redações? Se a legislação brasileira fosse aplicada, o candidato A deveria receber zero, pois a Convenção Americana sobre Direitos Humanos estabelece que o direito à vida deve ser protegido pela lei “desde o momento da concepção". Mas, se prevalecerem os clichês do politicamente correto, não só isso não vai acontecer, como quem pode acabar levando zero é o candidato B, embora sua proposta de intervenção não desrespeite a legislação relativa aos direitos humanos.

Ora, nenhum dos candidatos deveria ser punido ou beneficiado por possuir ou expressar sua opinião. Ninguém pode ser obrigado a dizer o que não pensa para poder entrar numa universidade. O exemplo demonstra, em todo caso, que, além de ferir a liberdade de consciência e de crença dos candidatos, a exigência do INEP, na prática, transforma a prova de redação do ENEM num imenso filtro ideológico de acesso ao ensino superior.

No fim das contas, Simone de Beauvoir era apenas o boi de piranha do ENEM.
Aguardemos para ver se o Ministério Público Federal vai tomar alguma providência contra mais essa afronta à Constituição perpetrada pelo governo petista.

Miguel Nagib, advogado, é coordenador do Escola sem Partido, iniciativa de estudantes e pais que visa combater a doutrinação política e ideológica em salas de aulas.

Fonte: Miguel Nagib


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A "ideologia de gênero" no ENEM



Todo professor sabe que não pode cobrar em prova uma matéria que não deu em sala de aula. Para o governo comuno-petista, a moral é outra. No Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) deste ano - realizado no último fim de semana - a questão 05 da prova de Ciências Humanas levantou a bandeira da "ideologia de gênero" e exigiu dos alunos conhecimento sobre o assunto.

Mas, o caso não é apenas de matéria não dada em sala de aula. É mais grave. Trata-se de matéria vedada nas escolas. No ano passado, o Congresso Nacional impediu a inclusão da "ideologia de gênero" - por conta de suas teses absurdas e disparatadas - do Plano Nacional de Educação (PNE).

Inconformado, o governo comuno-petista resolveu desacatar. Inseriu a matéria no Documento Final do CONAE-2014 (Conferência Nacional de Educação) - ato que foi objeto de denúncia na Câmara dos Deputados [1]. E mais. Para fugir dos holofotes da política e dos debates nacionais, lançou mão da estratégia ardilosa de tentar nas sombras incluir a "ideologia de gênero" nos planos estaduais e municipais de educação. Estratégia traiçoeira e ilícita que levou o cidadão comum à Assembleia Legislativa do seu estado, à Câmara de Vereadores de sua cidade para afastar - na maioria esmagadora dos casos, com sucesso heroico - o nefasto projeto de engenharia social e comportamental comuno-feminista-gayzista das escolas.

A questão do ENEM é uma afirmação do governo: vai impor a "ideologia de gênero" de qualquer forma, nem que seja necessário passar por cima do Congresso Nacional, pisar as leis e cuspir na vontade da própria população. Na "Pátria Educadora" comuno-petista a moral é outra: prevalecem os princípios dos delinquentes que a proclamaram. 

***

"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher". Em vez de iniciar uma discussão sobre a tese exposta na prova do ENEM - basta o seu absurdo auto-evidente -, é importante colocar alguns dados biográficos da sua proponente: Simone de Beauvoir (1908-1986). Eles podem ser úteis até para contestar as teses da feminista louvada no exame comuno-petista, uma vez que ela fazia parte de um círculo intelectual que pregava a prioridade da "existência" sobre a "essência".

Na obra de Paulo Johnson, "Os Intelectuais",  (Imago: Rio de Janeiro, 1990. pp. 258; 261), lemos o seguinte:

[...] "ela não possuía nenhuma das fraquezas de Sartre, EXCETO O HÁBITO DE MENTIR.

"Apesar disso tudo, essa mulher brilhante e de espírito vigoroso tornou-se uma SERVA de Sartre desde quase o primeiro encontro deles E CONTINUOU ASSIM POR TODA A SUA VIDA ADULTA ATÉ MORRER. Ela serviu a ele como amante,  esposa substituta, cozinheira e administradora, guarda-costas feminina e enfermeira, sem ter obtido nenhum outro 'status' legal ou financeiro em sua vida.

Em linhas gerais, Sartre não a tratava melhor do que Rousseau em relação a Thérèse; tratava-a pior, porque ele era flagrantemente infiel. NOS ANAIS DA LITERATURA, EXISTEM POUCOS CASOS PIORES DE UM HOMEM QUE EXPLORA SUA ESPOSA. ISSO É AINDA MAIS SURPREENDENTE PORQUE SIMONE DE BEAUVOIR FOI UMA FEMINISTA DURANTE TODA A SUA VIDA.

Em 1949, ela descreveu o primeiro manifesto moderno do feminismo, 'O segundo sexo', que vendeu bastante pelo mundo afora. As palavras que abrem o livro, 'On ne nait pas femme, on la devient' ('Não se nasce mulher, torna-se mulher'), são uma citação consciente da abertura do 'Contrato social' de Rousseau. BEAUVOIR, NA VERDADE, FOI A PROGENITORA DO MOVIMENTO FEMINISTA E DEVE, POR DIREITO, SER SEU SANTO PATRONO. PORÉM, EM SUA PRÓPRIA VIDA ELA NÃO FEZ JUS A TUDO O QUE ISSO REPRESENTA.
[...]

"Porém, como Beauvoir ensinava a alunas muito mais adequadas, ERA ENTRE AS ALUNAS DELA QUE ELE [Sartre] ESCOLHIA A MAIOR PARTE DE SUAS VÍTIMAS; na verdade, BEAUVOIR PARECE TER ACEITADO, NESSA ÉPOCA, O PAPEL DE CAFETINA. Ela também, em seu confuso desejo de não ser excluída do amor, criou seus próprios relacionamentos íntimos com as garotas. Um deles foi com Nathaline Sorokine, filha de exilados russos e a melhor aluna de Beauvoir no Lycée Molière, em Passy, onde lecionou durante a guerra.

Em 1943, os pais de Nathaline fizeram ACUSAÇÕES FORMAIS CONTRA BEAUVOIR POR TER RAPTADO UMA MENOR, UMA SÉRIA TRANSGRESSÃO CRIMINAL QUE PODIA ACARRETAR UMA SENTENÇA DE PRISÃO. Amigos dos dois intervieram e eles por fim desistiram da acusação criminal. MAS BEAUVOIR FOI EXPULSA DA UNIVERSIDADE E TEVE A LICENÇA, QUE LHE PERMITIA DAR AULAS EM QUALQUER PARTE DA FRANÇA, CASSADA PELO RESTO DA VIDA".


Sobre o a militância de Simone de Beauvoir em prol da PEDOFILIA, leia: VÂLSAN, Lucian.
"Simone de Beauvoir: Nazista, pedófila, misândrica e misógina"

No vídeo abaixo, Simone de Beauvoir - na companhia de seu amante, Jean-Paul Sartre, e de outros "intelectuais" - é recebida na União Soviética. Feminista prestigia o regime comunista, que transformava mulheres em escravas sexuais dos membros da "nomenklatura", e assassinou milhares delas nos Gulags.

Khruschev Meets European Writers (1963)