Ação trata de suposta propina paga pela Odebrecht por meio das compras de um terreno que abrigaria instituto e uma cobertura em São Bernardo do Campo (SP)
[até quando a Justiça vai aceitar que o presidiário petista e sua brilhante defesa debochem do Poder Judiciário com petições estúpidas e fundamentadas em argumentos infantis?]
Para justificar o pedido de um novo depoimento, os advogados de Lula apontaram o afastamento do juiz Sergio Moro de suas funções à frente da Operação Lava Jato para assumir o Ministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A defesa afirmou que, além do contato presencial com o julgador ser “fundamento para o exercício do contraditório”, o depoimento de Lula colhido por Moro “não permitiu o exercício da autodefesa”.
A juíza, entretanto, não concordou. Em despacho, ela salientou que a defesa não apontou eventual prejuízo na sentença a ser proferida por outro magistrado. “Os depoimentos das testemunhas e dos acusados foram todos gravados em mídia audiovisual e estão à disposição do juízo, que irá analisá-los oportunamente, antes da prolação da sentença”, escreveu a magistrada.
A juíza também afirmou que, caso necessário, poderá determinar a repetição das provas já produzidas. Mas ressaltou que isso não é uma obrigatoriedade.
Apesar de ter seu pedido negado, Lula vai se encontrar com Gabriela Hardt nesta quarta-feira ,14, mas para depor em outro processo, sobre o sítio de Atibaia. Será a primeira vez que o petista deixará a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde que foi preso, em 7 de abril.
Processo
Na ação sobre o terreno e o apartamento vizinho de Lula em São Bernardo do Campo, o petista é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Parte da suposta propina, 12,4 milhões de reais, sustentam os procuradores, foi gasta na compra de um terreno para abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo – o prédio acabou sendo construído em outro endereço.
Outros 504.000 reais teriam sido usados na compra da cobertura contígua à de Lula no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP). [essa cobertura tem um detalhe cômico e que mostra que petista, até roubando - atividade que a para maioria deles não é estranhas - é burro; os recibos que a defesa de Lula apresentou como prova de um suposto aluguel e com erros grosseiros, sendo um deles que o recibo referente ao mês de novembro foi firmado com data de 31 de novembro.]
As duas compras teriam sido feitas por meio de laranjas, sustenta a acusação: no caso do terreno, o empresário Demerval Gusmão; no caso da cobertura, Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do petista. Além de Lula, serão julgados na ação penal Gusmão Costamarques, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-assessor do ministro Branislav Kontic, e o advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente.
Revista Veja