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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A ordem do dia - [O grande mudo falou] Veja - Blog do Noblat

O grande mudo quebra o silêncio





Ao contrário do seu antecessor, o general Eduardo Villas Bôas, que gostava de falar e que pelo menos uma vez pressionou o Supremo Tribunal Federal para que negasse habeas corpus pedido por Lula, o general Edson Leal Pujol pôs uma trava na língua desde janeiro passado quando assumiu o comando do Exército.

Em julho, baixou uma norma para frear o ativismo político de soldados e oficiais nas redes sociais. Vinculou suas manifestações ao que está “fielmente prescrito no Estatuto dos Militares e no Regulamento Disciplinar do Exército”. E para dar o bom exemplo, fechou suas contas no Twitter e no Facebook.
Quando o presidente francês Emmanuel Macron criticou o governo brasileiro por causa das queimadas na Amazônia, e Villas Bôas, agora como assessor do Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República, falou em “ameaça de guerra”, Pujol tirou por menos. Disse à saída de uma visita ao Congresso:
– A França é um país de tradição de liberdade e de democracia. Certamente não há motivos para nós nos sentirmos ameaçados.

Pois bem: às vésperas de mais um aniversário da Proclamação da República, o mudo voltou a falar. Numa curta ordem do dia com apenas sete parágrafos, valeu-se três vezes da palavra “profissão” ou “profissionalismo” para caracterizar e exaltar a missão do Exército.

Proclamação da República - 15 de novembro 

Íntegra do texto publicado no site Exército Brasileiro 

Braço Forte - Mão Amiga

Na história nacional, vemos a presença dos militares do Exército Brasileiro nos momentos mais significativos da Pátria.Assim, destacamos que, desde as Batalhas de Guararapes, o soldado participou da formação do País, especialmente na definição dos destinos da Nação com a Proclamação da Independência em 1822.

Nos anos anteriores à Proclamação da República, o Império de D. Pedro II começava a perder suas bases econômicas, sociais e militares. A aristocracia cafeeira sentiu-se prejudicada na questão escravista, sobretudo com o fim da escravidão, em 1888, impulsionando o movimento republicano. O imperador viu se envolvido na questão religiosa, rompendo com o importante apoio da Igreja Católica, ao interferir, por meio do padroado, nas decisões papais.

Após a campanha vitoriosa da Tríplice Aliança, observou-se a indiferença do Segundo Reinado com os feitos heróicos dos militares, ocasionando o distanciamento das lideranças da caserna em relação à monarquia e a inevitável aproximação com as ideias propagadas pelo positivismo, que defendia a república como forma de governo.

Na capital do País, Rio de Janeiro, os republicanos insistiram para que o Marechal Deodoro da Fonseca liderasse o movimento da Proclamação da República, cuja decisão foi tomada no dia 14 de novembro de 1889. Dessa forma, o Marechal Deodoro liderou as ações na ocupação do Quartel-General do Rio de Janeiro e do Ministério da Guerra, ocasionando a destituição do Visconde de Ouro Preto e do seu gabinete ministerial, na tarde do dia 15 de novembro de 1889, na Câmara Municipal, e a consequente Proclamação da República, inaugurando-se o regime de governo republicano no Brasil.

A servidão de soldado pela liberdade, independência e evolução do País permanece nos dias atuais e consolida-se na sua nobre missão da defesa da Pátria, da garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem e do desenvolvimento brasileiro, honrando o lema da República de “Ordem e Progresso”.

Dessa maneira, ao comemorarmos a Proclamação da República, exaltamos o papel do soldado brasileiro, componente essencial à continuidade do futuro esplendoroso da nossa Nação, que compartilha alegrias e dores, sonhos e conquistas com o seu povo. Com isso, nos quatro cantos do imenso território nacional, afirmamos que o militar do Exército Brasileiro, homem ou mulher, pertence a uma instituição de Estado, coesa e totalmente integrada à sociedade, que está em constante evolução e preserva os mais fortes sentimentos de orgulho por sua Pátria.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


domingo, 16 de junho de 2019

Bolsonaro defende armar a população para evitar golpe de Estado

Presidente participou de evento do Exército em Santa Maria (RS) na noite deste sábado (15)
Em evento do Exército em Santa Maria (RS) neste sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que armar a população pode evitar golpes de Estado. "Nossa vida tem valor, mas tem algo com muito mais valoroso do que a nossa vida, que é a nossa liberdade. Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta. Temos exemplo na América Latina. Não queremos repeti-los. Confiando no povo, confiando nas Forças Armadas, esse mal cada vez mais se afasta de nós", falou em pronunciamento. Ele não atendeu a imprensa.
O presidente participou neste sábado (15) da Festa Nacional da Artilharia (Fenart), no 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, que celebra o aniversário do marechal Emílio Luiz Mallet, seu patrono. Bolsonaro assistiu a uma encenação da Batalha de Tuiuti, de 1866, durante a guerra do Paraguai, vencida pela Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina). A apresentação contou com tiros, cavalos, luzes, narração e soldados com os uniformes da época. Com ares de superprodução, a encenação foi acompanhada pela orquestra da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) que interpretou a trilha ao vivo, incluindo a música de abertura do seriado "Game of Thrones".
Na chegada, os convidados foram recepcionados por soldados com os uniformes usados na Guerra do Paraguai em acampamento cenográfico com direito a churrasco e chimarrão. Antes, Bolsonaro deu tapas em um "pixuleko" e depois o jogou para cima. O boneco com a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido como presidiário foi entregue por um apoiador que estava com o grupo que o recepcionou na chegada na base aérea da cidade. O presidente foi acompanhado por carreata até o evento do Exército.
O presidente volta a Santa Maria 26 anos depois de ser considerado "persona non grata" da cidade.  Em junho de 1993, por unanimidade, os vereadores aprovaram moção de repúdio contra Bolsonaro, na época deputado federal, por ter defendido o fechamento do Congresso e a volta da ditadura em uma entrevista ao jornal A Razão. A moção nunca foi revogada. O caso foi relembrado na última semana pelo jornal Zero Hora. Desde a tarde, simpatizantes do presidente o aguardavam para uma carreata. Em frente ao 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, Regimento Mallet, pessoas vestiam roupas nas cores verde e amarela e seguravam bandeiras do Brasil. Apoiadores levaram cadeiras e chimarrão para esperar o presidente na praça que fica em frente ao regimento.
Além de Bolsonaro, estavam presentes os ministros e o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército Brasileiro, e o general Geraldo Antônio Miotto, do Comando Militar do Sul. "Precisamos, mais que um parlamento, o povo ao nosso lado para que possamos impor uma política que reflita em paz e alegria para todos nós", disse no evento.
SANTOS CRUZ
Mais cedo no sábado, em Brasília, Bolsonaro comentou a demissão do general Santos Cruz da Secretaria de Governo. "Todo mundo pode ser [demitido]. Muita gente se surpreendeu com a saída do general Santos Cruz. Isso pode acontecer. Muitas vezes, a separação de um casal você se surpreende: 'Mas viviam tão bem!'. Mas a gente nunca sabe qual a razão daquilo. E é bom não saber. Que cada um seja feliz da sua maneira". O presidente não deu detalhes sobre o que motivou a saída de Santos Cruz, demitido na quinta (13).
Em seu lugar assumirá o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. À frente do Comando Militar do Sudeste desde maio de 2018, Ramos comandou a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) de 2011 a 2012. Como novo chefe da Secretaria de Governo, integrará a ala militar do Planalto, [por enquanto o general Luiz Eduardo é o único general, quatro estrelas,da ativa, na ala militar do Planalto.] composta também por Heleno, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e os generais Otávio Rêgo Barros, porta-voz, e Floriano Peixoto, chefe da Secretaria-Geral da Presidência. 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O lugar dos índios

Além de uma tragédia para os índios, a integração da Funai ao Ministério da Agricultura seria um presente de grego para Teresa Cristina, desviando o foco de sua atuação

O novo governo em formação é uma espécie de “humanograma”, no qual os ministérios que estão sendo extintos são desmembrados e agregados a outras pastas de acordo com o perfil dos novos ministros. Até agora, não há uma reforma administrativa clara, focada na reestruturação do Estado, no enxugamento da área meio e no fortalecimento de atividades-fim. Os critérios ainda são corporativistas ou ideológicos. É o caso da subordinação da Funai ao Ministério da Agricultura, cuja titular é a ministra Teresa Cristina (DEM-MS), anunciada pelo futuro chefe da Casa Civil, Ônix Lorenzoni.

Mais tarde, diante da repercussão negativa, o próprio presidente Jair Bolsonaro disse que a questão não estava ainda decidida e o ministério poderia ir para a pasta da Cidadania, cujo titular ser[a o ministro Osmar Terra. Somente haveria duas explicações para o órgão criado sob a inspiração do Marechal Cândido Rondon não permanecer subordinado ao Ministério da Justiça: a sobrecarga de trabalho do futuro superministro Sérgio Moro ou o fato de a ministra ser de um estado onde há muitos conflitos entre fazendeiros e indígenas.

Desmembrado de Mato Grosso em 1977, pelo então presidente Ernesto Geisel, Mato Grosso do Sul tem 357,1 mil km², com uma população indígena estimada em 74 mil pessoas, das etnias Atikum, Guarani (Ñandeva), Guató, Kadiwéu, Kaiowá, Kamba, Kinikinau, Ofaié e Terena, dentre outras. A maioria vive em pequenas reservas criadas entre 1910 e 1920, como a de Dourados, na qual há uma população multiétnica de aproximadamente 14 mil pessoas em apenas 3.475 hectares. A questão fundiária remonta à colonização da região, intensificada após a guerra entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (1864/1870), com a chegada dos “pioneiros” vindos de diversas regiões do país e do exterior.

Foi graças às alianças com os indígenas da região que Portugal estabeleceu sua hegemonia para além dos limites do Tratado de Tordesilhas, de 1494. Com a Independência, essa aliança se manteve, a ponto de os índios Guató, Kadiwéu e Terena terem um papel decisivo na Guerra do Paraguai, sem o qual o marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, naquela região, não teria organizado uma cavalaria forte o suficiente para enfrentar os paraguaios que ocuparam a região entre 1864 e 1867. Esse apoio valeu a doação de terras na fronteira para os índios, pelo próprio Caxias, quando presidente do Conselho de Ministros do Império, parte das quais, hoje, estão arrendadas pelos próprios índios para produtores de soja.


Adeus, Paulo Elisiário!
Faleceu ontem, em Belo Horizonte, o ex-presidente do PPS de Minas Gerais e militante histórico da legenda Paulo Elisiário, em decorrência de complicações de um câncer na próstata, contra o qual lutava havia cerca de cinco anos. Foi vice-presidente do Instituto de Previdência de Minas Gerais (IPSEMG) durante a gestão do ex-governador Antônio Anastasia (PSDB). Com 79 anos, estava internado no Hospital Felício Roxo havia cerca de 30 dias, e o quadro se agravou na última semana. Amigo querido e fiel leitor desta coluna, Paulo Elisiário era um ser humano excepcional, sereno e solidário, de grande sensibilidade política e retidão moral. Deixa viúva Geralda, sua companheira de todas as horas, e os filhos Mariana e Paulo.


Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB