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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Descoberta ligação de Lula com doleiro Youssef. É questão de dias Lula ser preso - ele não tem mais imunidade. Será tratado como um bandido semianalfabeto

Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula

GFD, empresa de Youssef, deu R$ 3,7 milhões à Planner, que pagou R$ 3,2 milhões à OAS durante a construção

Um grupo empresarial que recebeu R$ 3,7 milhões da GFD, empresa usada para lavar dinheiro do doleiro Alberto Youssef, repassou quase a mesma quantia para a construtora OAS durante a finalização das obras de um prédio no Guarujá onde o ex-presidente Lula tem apartamento. Entre 2009 e 2013, a empresa de Youssef fez vários pagamentos para a Planner, uma corretora de valores mobiliários. Em 2010, a Planner pagou à OAS R$ 3,2 milhões. 
 A suspeita do Ministério Público Federal é que parte do dinheiro de Youssef repassado à Planner possa ter sido usado para concluir a obra iniciada pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), que foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Vaccari e Youssef estão presos na Operação Lava-Jato.

O repasse da GFD para a Planner aparece entre os primeiros documentos analisados pela Polícia Federal depois da quebra de sigilo fiscal das empresas de Youssef. Já a negociação financeira entre a OAS e a Planner consta do processo que investiga irregularidades na Bancoop que tramita na 5ª Vara Criminal de São Paulo, segundo documentos obtidos pelo GLOBO em cartório de registro de imóveis do Guarujá.

A OAS afirmou na terça-feira que a Planner foi usada apenas para a emissão de debêntures (títulos da empresa). Carlos Arnaldo Borges de Souza, sócio da Planner, afirmou que o dinheiro da GFD refere-se à “compra e venda de ações”. Disse ainda que o repasse de R$ 3,2 milhões para a OAS foi resultado da compra de debêntures emitidas pela construtora, que deu o imóvel em hipoteca. Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado de Vaccari, não quis se manifestar por desconhecer a operação.

O Edifício Solaris é emblemático. Lula é dono de um tríplex avaliado entre R$ 1,5 milhão e R$ 1,8 milhão. Vaccari é dono de um apartamento avaliado em R$ 750 mil no mesmo prédio. Além dos dois, também é dona de imóvel no edifício Simone Godoy, mulher de Freud Godoy, que foi segurança do ex-presidente Lula.

O Instituto Lula voltou a negar nesta terça-feira que o ex-presidente possua apartamento no Edifício Solaris. Afirmou que a família de Lula é dona de uma cota no empreendimento, adquirida em nome de dona Marisa Letícia Lula da Silva em 2005 e quitada em 2010. A família não teria escolhido ainda se receberá de volta o dinheiro investido ou um dos apartamentos.

A Planner usou duas empresas do grupo. Enquanto a corretora recebeu de Youssef, a Planner Trustee repassou recursos para a OAS. A construtora havia assumido as obras do Edifício Solaris em 2010, depois que a Bancoop se tornou insolvente. Logo em seguida, a Planner repassou os R$ 3,2 milhões à OAS e recebeu o empreendimento como garantia da construtora.

O Ministério Público de São Paulo, que denunciou Vaccari em 2013, vai reabrir as investigações sobre o relacionamento da OAS com a Bancoop, e as provas serão compartilhadas com os procuradores da Operação Lava-Jato. Os promotores querem saber o que levou a OAS a assumir obras de uma cooperativa habitacional insolvente.

Cerca de 3 mil cooperados ficaram sem seus imóveis quando a cooperativa quebrou. Além do Solaris, a empreiteira assumiu pelo menos oito empreendimentos da Bancoop, num total de 2.195 unidades habitacionais.

A Planner fez diversas operações financeiras com a Bancoop. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que o Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários de São Paulo, que também foi presidido por Vaccari, repassou R$ 18,1 milhões para a Bancoop e, no mesmo dia, a cooperativa transferiu o montante para a Planner. Foi ainda a Planner que administrou o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da Bancoop, criado em 2004, que recebeu R$ 26,2 milhões dos fundos de pensão de estatais Petrus (Petrobras), Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil). A operação com os    fundos deu prejuízo de R$ 12 MI à cooperativa. A Planner recebeu ainda pelo menos um depósito de uma das empresas de fachada usadas para desviar dinheiro da Petrobras, a Empreiteira Rigidez, no valor de R$ 59 mil.

O promotor José Carlos Blat, do MP de São Paulo, já havia descoberto que o dinheiro da Bancoop irrigou campanhas do PT. Para isso, o partido usou empresas de fachada, que prestaram falsos serviços à cooperativa. Vaccari é réu por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Em abril passado, ele foi preso na 12ª etapa da Lava-Jato, e responde na Justiça Federal sob acusação de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras.

A Lava-Jato ainda investiga porque a OAS teve prejuízo na compra de um apartamento, no mesmo prédio, da cunhada de Vaccari, Marice Correia de Lima. Ela tinha um apartamento declarado por R$ 200 mil e o vendeu à construtora por R$ 432 mil. A OAS, no entanto, revendeu o imóvel por menos: R$ 337 mil. Marice teria recebido, a mando do doleiro Youssef, R$ 244 mil provenientes da OAS.

Fonte: O Globo

 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fundos de pensão e PT usaram gráfica de Vaccari



Com CNPJ do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bangraf embolsou R$ 10 milhões para imprimir informativos da Previ, Petros e Funcef. Gráfica também serviu para imprimir propaganda política do PT e aliados

A descoberta pela Lava-Jato do uso de serviços gráficos da editora “Atitude” para mascarar propina ao PT pode arrastar, veja só, os fundos de pensão para dentro do escândalo do petrolão. ISTOÉ descobriu que Previ, Petros e Funcef usaram durante anos a fio os serviços de outra gráfica umbilicalmente ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bangraf. Ela foi contratada no início do governo Lula para imprimir os informativos das três maiores caixas de previdência pública do País. Estima-se que tenha embolsado mais de R$ 10 milhões com o negócio. Mais preocupante que a possível suspeita de contratação dirigida está o fato de que a mesma Bangraf foi usada pelo PT para imprimir material eleitoral para campanhas do PT. Ou seja, o dinheiro que pagou a propaganda política petista se misturou com os recursos dos fundos de pensão destinados a bancar a impressão dos boletins oficiais.

Como os esquemas do PT não param de surpreender, a Bangraf não tem CNPJ próprio. Ela usa o do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Na verdade, a Bangraf nunca existiu formalmente como pessoa jurídica, sendo apenas uma espécie de “departamento gráfico” do sindicato. Isso quer dizer que os fundos de pensão contrataram, não a Bangraf, mas o próprio Sindicato dos Bancários.

De 2004 a 2011, a Bangraf imprimiu 70 edições da Revista Previ, cuja tiragem informada oficialmente é superior a 150 mil. Já o Jornal da Petros, foram mais de 100 números produzidos pela Bangraf entre 2003 e 2012 com tiragem média de 140 mil exemplares. No caso da Revista Funcef, ao todo foram produzidos 74 números desde 2004, com 120 mil exemplares de tiragem média. O contrato entre o fundo de pensão dos servidores da Caixa com o Sindicato dos Bancários está ativo até hoje, sendo renovado seguidamente. Segundo a Funcef, “em função da apresentação de menores preços”. A Previ informou que contratou a Bangraf por processo de “tomada de preços com empresas de mercado reconhecidas, tendo vencido por apresentar capacidade técnica e menor preço”.

Contas eleitorais
Levantamento da ISTOÉ nas contas da campanha do ano passado revela que a Bangraf, ou melhor, o Sindicato dos Bancários embolsou R$ 2,8 milhões com a impressão de propaganda política, majoritariamente para os diretórios paulistas do PT e do Solidariedade (SD). Dentre os candidatos que tiveram santinhos impressos pela Bangraf está o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, que fracassou na disputa por uma vaga na Câmara Federal. Em sua campanha, Marcolino recebeu gordas doações das empreiteiras enroladas na Lava-Jato. O sindicalista já dirigiu a Editora Gráfica Atitude, apontada pela força-tarefa como destino de propina do petrolão. Outro petista que usou os serviços da Bangraf foi Mario Reali, ex-prefeito de Diadema. Ele também não foi eleito e hoje trabalha como assessor especial da Prefeitura de São Paulo. No Solidariedade, a Bangraf imprimiu propaganda política do deputado eleito Paulinho da Força.

Em 2012, a Bangraf embolsou na campanha R$ 1,45 milhão em serviços prestados aos diretórios do PT de São Paulo, Diadema e Embu das Artes. O Diretório do PDT também imprimiu vasta propaganda política. Na época, Paulinho da Força ainda era do PDT e concorreu a Prefeitura. Em 2010, a Bangraf obteve mais R$ 2,7 milhões em serviços para as campanhas de Paulinho e de candidatos petistas, como Ricardo Berzoini, oriundo do Sindicato dos Bancários e hoje ministro das Comunicações; José Di Filippi, hoje secretário de Saúde do prefeito Fernando Haddad; além do deputado federal Ricardo Zarattini. Em 2006, a Bangraf trabalhou apenas para o PT. Ao todo, consumiu R$ 2 milhões em propaganda eleitoral para a campanha de reeleição de Lula à Presidência. A gráfica do Sindicato dos Bancários também imprimiu propaganda de Antonio Palocci, Vicentinho e Berzoini.

Bancoop
No inquérito que investiga desvios da Bancoop, o laranja Hélio Malheiro contou que João Vaccari Neto, quando dirigia a Bangraf, pressionou seu irmão Luis Eduardo Malheiro, então presidente da cooperativa, a “emprestar dinheiro da Bancoop para a Bangraf”. Segundo Hélio, o empréstimo depois foi pago, embora não saiba dizer como. Na CPI da Bancoop, a ex-diretora Ana Maria Ernica disse que a gráfica era “um departamento do sindicato” e prestava serviços regularmente para a cooperativa, imprimindo boletos de mensalidade, além de informativos e a revista da Bancoop. A Bangraf também imprime informativos da CUT, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da ONG Travessia e do Banesprev, o fundo de pensão dos servidores do Banespa, adquirido pelo Santander.

Fonte: IstoÉ OnLine

sábado, 18 de abril de 2015

O ESCÂNDALO ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE DILMA

O escândalo se aproxima de Dilma

Prisão do tesoureiro João Vaccari compromete o PT e agrava a situação política da presidente. O ex-dono do cofre petista é investigado por ter desviado recursos para o partido durante uma década

Por volta das 6h da manhã da quarta-feira 15, a Polícia Federal bateu à porta da casa de João Vaccari Neto em Moema, zona sul de São Paulo. O petista se preparava para sua caminhada matinal e não ofereceu resistência. Em tom sereno, pediu aos agentes alguns minutos para trocar o moletom e o tênis. Vestiu uma calça jeans, camisa social xadrez e sapatos. Numa pequena valise, que foi revistada, colocou peças de roupa íntima e material de higiene pessoal. Poucas horas depois, Vaccari foi conduzido à carceragem da PF em Curitiba, ponto de encontro dos réus do Petrolão. A prisão do até então dono do cofre do PT, seguida da revelação dos agentes da Lava Jato de que ele desviava recursos para a legenda havia 10 anos, compromete o partido e aproxima a presidente Dilma Rousseff do escândalo. A força-tarefa já tem fortes indícios de que as campanhas da petista em 2010 e 2014 foram abastecidas com dinheiro ilegal, desviado de contratos da Petrobras. 

 POÇO SEM FUNDO
A denúncia de lavagem de recursos da Petrobras numa gráfica
ligada ao PT atemoriza o Planalto. A gráfica atuou de
maneira irregular na campanha de Dilma

Além das doações oficiais, o MPF descobriu que uma gráfica ligada ao PT foi usada para receber propina do esquema. Registrada em nome do Sindicato dos Bancários de São Paulo e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Editora Gráfica Atitude fez campanha irregular para Dilma em 2010 sendo inclusive multada pelo TSE e, no ano passado, publicou uma série de capas de apoio à reeleição da petista.

A pista da gráfica surgiu em depoimento complementar do delator Augusto Mendonça, executivo da Setal Óleo e Gás, em 31 de março. Mendonça contou que Vaccari lhe pediu que contribuísse com pagamentos à Editora, em vez de proceder as habituais doações ao PT. A justificativa oficial seria a publicação de propaganda na Revista do Brasil. Não há, porém, registro de que tais anúncios foram publicados e nem havia interesse comercial da Setal em fazê-lo. Segundo o delator, Vaccari, entre 2010 e 2013, o procurou em três oportunidades para realizar os depósitos totalizando R$ 2,5 milhões. “Os pagamentos foram efetuados de forma parcelada, mês a mês, neste período”, disse. Para tentar conferir ares de legalidade aos repasses, todos superfaturados, foram celebrados contratos de prestação de serviços, mesmo expediente usado nos desvios das grandes obras da Petrobras. A quebra de sigilo bancário da Atitude revelou 14 pagamentos de R$ 93.850,00 no período indicado, num total de R$ 1,5 milhão.

Um dos dirigentes sindicais que administraram a gráfica suspeita é José Lopes Feijó, nomeado assessor especial da Secretaria Geral da Presidência. Feijó foi indicado na gestão de Gilberto Carvalho e permaneceu lá com Miguel Rossetto. Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e dirigente da CUT, seu nome chegou a ser sondado para o Ministério do Trabalho. Além dele, também passou pelo comando da Gráfica Atitude o petista Luiz Claudio Marcolino. O sindicalista e ex-deputado estadual concorreu a deputado federal no ano passado, arrecadando R$ 2,5 milhões, dos quais R$ 580 mil oriundos de empresas encrencadas na Lava-Jato.
 
A Revista do Brasil é um órgão com viés partidário e sem distribuição oficial. Sua tiragem tampouco é auditada pelo mercado, sendo impossível verificar se os anúncios foram publicados e na quantidade negociada. Ela foi condenada por propaganda eleitoral irregular em abril de 2012. O TSE considerou que a publicação de outubro de 2010 enalteceu a candidatura de Dilma “em manchetes, textos e editoriais, como se a candidata fosse a mais apta a ocupar o cargo público pretendido”. A ministra relatora Nancy Andrighi acusou a revista de fazer propaganda negativa de José Serra, então candidato do PSDB à Presidência.

Para os investigadores, será necessário, agora, comprovar a veiculação dos anúncios públicos e privados na Revista do Brasil. O MPF também pedirá ao juiz Sérgio Moro a extensão da quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos sindicatos que controlam a Gráfica Atitude e de seus dirigentes. Em 2005, a CPI dos Correios descobriu caso semelhante, sugerindo que esta é uma velha maneira de operar do PT. A DNA Propaganda, de Marcos Valério, realizou depósitos na conta da Gráfica FG, ligada a uma associação sindical beneficente. A justificativa da agência para repasse foi a impressão de 1,5 milhão de folhetos informativos do Banco do Brasil. Assim como a Atitude, a Gráfica FG era dirigida por um sindicalista, Tsukassa Isawa, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. 


Para o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato, o caso da Atitude reforça a suspeita de uso de agências de publicidade para o pagamento de propina. “Isso se liga naturalmente às investigações da área de comunicação. Vamos verificar se há link com outros casos já divulgados”, disse. Lima se referia à recente prisão do ex-deputado federal e ex-secretário de Comunicação do PT André Vargas, acusado de receber propina pela intermediação de contratos da agência Borghi Lowe com órgãos públicos, como o Ministério da Saúde. 
(...)


 Os procuradores falam ainda do risco de que “parte das doações de 2014 das empresas investigadas na Operação Lava Jato seriam na realidade pagamento de vantagem indevida” e tomaram também como base o processo que Vaccari responde na Justiça de São Paulo por suspeita de fraudes que teriam desviado R$ 100 milhões dos cofres da Bancoop (Cooperativa de Bancários de São Paulo), um escândalo revelado por ISTOÉ em 2004 . Fruto da contribuição dos cooperados e de investimentos da Funcef e da Previ, o dinheiro deveria ter sido usado para a construção de unidades habitacionais pela construtora OAS. Embora tenha dado o calote em quase 3 mil associados, a empreiteira entregou os apartamentos de dirigentes do PT, incluídos aí Vaccari e sua cunhada Marice Correia de Lima, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comprou um apartamento no Guarujá.

Para a oposição, a prisão de Vaccari torna a situação de Dilma ainda mais delicada. O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), disse que o PT “é financiado pelo crime”. “Isso complica a situação da presidente Dilma porque evidencia que ela se beneficiou do esquema de corrupção na Petrobras”, diz. O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, classificou a situação como “o mais triste retrato de um partido político que abdicou de um projeto de país para se manter a qualquer custo no poder”. Já o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), disse que a prisão comprova “que a corrupção na Petrobras tinha como finalidade o uso dos recursos desviados para financiamento ilegal de financiamento de campanha do PT e aliados”. 

Em razão da denúncia, Mendonça defende a cassação do registro do partido. O cerco sobre Dilma e o PT se fecha.

O maior temor no PT é de que o ex-tesoureiro não resista à prisão de seus familiares. Sua cunhada Marice de Lima, que estava foragida da polícia, se entregou na carceragem da PF, em Curitiba, na sexta-feira 17. Sua esposa Giselda Lima foi alvo de mandado de condução coercitiva para depor na PF. Como ela estava em casa e mostrou-se emocionalmente muito abalada, Vaccari convenceu os policiais a tomarem o depoimento dela ali mesmo, evitando mais exposição e desgaste. 

Mas ainda existe o risco de Giselda ser convocada para prestar novos esclarecimentos. O MPF descobriu que ela recebeu R$ 8,9 milhões entre 2006 e 2014. No extrato bancário dela, há movimentações atípicas. Só em 2011, a aposentada recebeu mais de R$ 1 milhão, uma média mensal de R$ 90 mil – três vezes o teto do funcionalismo público.

Ler na íntegra......................... IstoÉ

Fotos: Ueslei Marcelino/REUTERS; Rafael Fortes, Gabriel Chiarastelli; Michel Filho/Ag. o Globo; Geraldo Bubniak/Folhapress, Evaristo SA/AFP; Roberto Castro/AG. ISTOÉ; ANDRE DUSEK/AE; Adriano Machado/AG. ISTOÉ;
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO; Rodrigo Paiva, Geraldo Bubniak, Joel Rodrigues - Folhapress 



quinta-feira, 16 de abril de 2015

Manchete a ser veiculada ainda este mês: Lula indiciado na Lava Jato



PT já teme que, depois de Vaccari, Dirceu, Rose e até Lula sejam os próximos indiciáveis por Sérgio Moro
A cúpula petista já faz previsões catastróficas sobre o que tende a acontecer na 13ª fase da Operação Lava Jato, depois que a 12ª promoveu a prisão de João Vaccari Neto, que foi obrigado a renunciar à Secretaria Nacional de Finanças do PT. Os variados temores e os informes nos bastidores de judiciário indicam que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, tem tudo para mexer com José Dirceu, Rosemary Noronha e até o líder máximo Luiz Inácio Lula da Silva, e suas relações com a maior transnacional brasileira, a Odebrecht. Quando será a 13ª fase? Dia 13 de maio? Ou a qualquer momento? O cagaço é tão letal na petelândia quanto a picada do mosquito da dengue.

A "oposição" resolveu endurecer o discurso contra o PT. Ontem, se falava, abertamente, que o partido-seita corre o risco concreto de perder seu registro em função da prisão do tesoureiro. Basta que as investigações da Lava Jato tenham encontrado provas objetivas de que as campanhas de Dilma Rousseff tenham se beneficiado diretamente dos recursos arrecadados por Vaccari. O senador goiano Ronaldo Caiado, líder do DEM, foi direto ao ponto: "Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma foi beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais que suficiente para ela perder o mandato por corrupção".

A prisão de Vaccari reacendeu até o espírito ofensivo de Aécio Neves, que até outro dia evitava falar em impeachment de Dilma Rousseff. Aécio Neves bateu mais forte: “Hoje eu reitero a mesma pergunta que eu fiz à presidente Dilma nos últimos debates (da campanha eleitoral). Presidente, a senhora continua confiando no tesoureiro do seu partido que hoje está preso? O que mais me chama atenção é que o PT se fragilizou tanto que virou refém do medo de tirar Vaccari do partido. A história vai registrar que, pela primeira vez, o tesoureiro do partido que governa o país está preso. Será que ele vai continuar despachando da prisão? A prisão do Vaccari é a azeitona na empada das irregularidades no Governo".  

Caiado pegou ainda mais pesado: "O PT não tem credenciais de partido político, e sim de lavanderia. O partido é reincidente ao ter o tesoureiro Vaccari, sucessor de Delúbio Soares, flagrado e preso por arrecadar dinheiro desviado de empresas públicas para alimentar suas campanhas e encher os bolsos de seus dirigentes". O líder do PSDB na Câmara, o deputado paulista Carlos Sampaio, foi na mesma linha: “A prisão também comprova que o mensalão foi o protótipo do petrolão, dois esquemas de corrupção criados para drenar dinheiro público para os cofres do PT com o objetivo de financiar o projeto partidário em detrimento dos interesses do País.”

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), lembrou o fato dantesco de Vaccari ter pedido, na semana passada,
um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal para não ser obrigado a assinar termo de compromisso em dizer a verdade na CPI da Petrobras: “A máxima do dia é que mentira tem perna curta. Vaccari foi preso menos de uma semana depois de mentir descaradamente”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, inimigo declarado do PT, pegou mais leve, mas de forma irônica com o futuro do caso Vaccari na Lava Jato: "Ele já está sendo denunciado, já era réu numa ação penal, já esteve na CPI. Acho que esse é um problema que está sendo discutido no Poder Judiciário. A gente só cabe assistir e lamentar. Vamos ver no que vai dar".


Se depender do PT, dará em nada... Depois de tensa reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou o desligamento de Vaccari. O PT repudiou a prisão e reafirmou a confiança na inocência do tesoureiro, “não só pela sua conduta frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”. Os petistas nos matam de rir e chorar:O Partido dos Trabalhadores expressa sua solidariedade a João Vaccari Neto e sua família, confiando que a verdade prevalecerá no final”.

A "verdade" que o PT deseja ver prevalecida no final é um grande e nada fácil acordo de sobrevivência que está sendo costurado com a cúpula do PMDB. O objetivo é um pacto para impedir que Dilma seja derrubada, mas também não passe o mandato todo como uma refém dos graves acontecimentos. Nos bastidores, o PT sinaliza com "radicalização no emprego de sua máquina", se acontecer o que chamam de "golpe do Impeachment". O PMDB investe na sabotagem, mas não deseja assumir o poder de frente. Prefere o papel de sempre: governista com ação de bastidor, sem botar a cara na Presidência, ainda mais agora. A grande dúvida é: um "acordão" PT-PMDB será bem sucedido?

A conjuntura brasileira é de impasse institucional, com alto teor de insatisfação popular e risco de ruptura. Nela, tudo pode acontecer... De bom ou de muito ruim... Por isso, o espertíssimo Eduardo Cunha tem toda razão quando fala: "Vamos ver no que vai dar"...

Fonte: Blog Alerta Total


Vaccari também é investigado, desde 2004, por golpe de R$ 100 MI contra bancários - foi por sua folha corrida que Vaccari conseguiu se tornar tesoureiro do PT

As primeiras digitais de Vaccari

Tesoureiro é investigado desde 2004 por golpe contra 4 mil bancários lesados em R$ 100 milhões

A 12ª etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira 15 e que levou para a cadeia o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, bem que poderia se chamar “Teu Passado Te Condena”. Endossam a tese desse título pelo menos dois depoimentos de autoridades federais e uma infinidade de bancários lesados em mais de R$ 100 milhões. “João Vaccari Neto vem sendo investigado há bastante tempo. Já temos uma denúncia de doações oficiais que, na verdade, escondem operações de lavagem de dinheiro relativas a valores da corrupção da Petrobras. Nós verificamos que ele tem uma reiteração de conduta que vem desde 2004”, afirmou o procurador de Justiça Carlos Fernandes Santos Lima. Fala agora o delegado federal Igor Romário de Paula: “A característica de reiteração criminosa dele é bem clara”.

O procurador e o delegado, ao constatarem reincidência e reiteração delituosas, têm atrás de si um coro de aproximadamente quatro mil funcionários de bancos que depositaram periodicamente suas economias na Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) na esperança da comprarem a casa própria e se viram literalmente tungados – tem gente até hoje esperando que as obras brotem do chão, tem gente que não consegue a escritura definitiva do apartamento que adquiriu porque outras torres do mesmo empreendimento imobiliário não foram concluídas.

Aqui surge o Vaccari do passado ou o passado do Vaccari, o que dá mesma: ele era diretor do conselho fiscal da Bancoop. E foi ISTOÉ, com exclusividade, que primeiro mostrou no início dos anos 2000 que havia digitais do tesoureiro do PT em negócio sujo. Em dezembro de 2014 a Associação de Vítimas da Bancoop entregou ao Ministério Público Federal um documento que relaciona o caso da cooperativa com a Lava Jato – e o elo na cadeia evolutiva da tungada (a “reiteração” da qual o MPF de Curitiba fala) é o tesoureiro petista. “O João Vaccari Neto, que está sendo processado por estelionato, é o responsável por esse pesadelo dos associados da cooperativa dos bancários.

"O mínimo que lhe pode acontecer é a cadeia”,
declarou na ocasião Marcos Sérgio Migliaccio, presidindo a associação. A Bancoop, atualmente, alega que lhe falta dinheiro em caixa para tocar as obras. O Ministério Público de São Paulo, que em 2004 denunciou Vaccari à Justiça, estima que os associados da cooperativa tiveram um prejuízo de no mínimo R$ 100 milhões. Somando o Vaccari do passado da Bancoop com o Vaccari do presente do petrolão com certeza cobre-se esse rombo e ainda sobra muito troco graúdo.


Saiba mais lendo: Tesoureiro do PT. A casa caiu

BANCOOP = Cooperativa do PT não entregou nem o triplex do Lula - Caso Bancoop: triplex do casal Lula está atrasado

e na IstoÉ: o laranja da Bancoop
 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O petrolão chegou de vez ao PT

O depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco colocou o foco em propinas doadas de forma ‘legal’ ao partido, uma diferença desse caso em relação ao mensalão

O PT já viveu momentos mais festivos do que nestes 35 anos de existência, comemorados ontem em Belo Horizonte. Pois, além de todo o desgaste causado no partido por mais um escândalo, o do petrolão, o tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto, um dos investigados no caso, foi levado, na quarta-feira, por policiais federais a depor. A cena de agentes pulando o portão da casa do petista, que resistia a ir à PF, reflete bem a situação em que se encontra o PT, nos seus 12 anos de Planalto.

O baque começou na quarta, com a revelação de que, no depoimento prestado em regime de delação premiada, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirmou que o partido, em dez anos, de 2003 a 2013, recebeu, em propinas garimpadas na estatal, entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões, cifras majestosas em qualquer lugar. E desses, US$ 50 milhões teriam sido coletados por Vaccari. O testemunho de Barusco levou à convocação do tesoureiro.

Do inventário das piores situações passadas pelo PT desde a chegada de Lula ao Planalto, em 2003, constará esse depoimento de Barusco, ao lado de um outro, prestado em 2005 na CPI dos Correios, pelo marqueteiro da campanha de Lula, Duda Mendonça, em que ele afirmou ter recebido pagamento do partido em paraíso fiscal no exterior. Era a prova de que o PT já se lançara a traficâncias financeiras ilegais em dólares.

O petrolão, por sua vez, mostra-se um caso bem mais robusto que aquele, o mensalão. A diferença mais evidente está no volume de dinheiro surrupiado dos cofres públicos. Estima-se que o mensalão desviou algo como R$ 150 milhões, enquanto no petrolão o Ministério Público contabilizou até agora mais de R$ 2 bilhões. Outra diferença é que enquanto no primeiro o objetivo era comprar literalmente parlamentares e irrigar alguns partidos aliados, o assalto à Petrobras, além disso, abasteceu, tudo indica com muito dinheiro, os cofres do próprio PT. Há depoimentos sobre a conversão de propinas pagas por empreiteiras em doações ao partido.

O PT se defende com o argumento de que foram doações “legais”. Sim, mas com dinheiro ilegal. Trata-se, à primeira vista, de uma forma engenhosa de lavagem por meio de doações registradas na Justiça eleitoral. Nesse caso, os recursos precisariam ser devolvidos à Petrobras. Como os denunciados, pelas regras da delação premiada, precisam provar o que dizem, há grande expectativa sobre como tudo isso será comprovado.

Barusco, nos testemunhos, ampliou o papel na rapina do ex-diretor Renato Duque, indicado pelo PT/José Dirceu, e reforçou o entendimento de que propinas se tornaram parte do cotidiano na estatal. Não que o lulopetismo tenha inventado a corrupção na estatal. O próprio Barusco confessa ter cobrado “por fora" durante o governo FH. Mas sem dúvida o PT criou um esquema amplo de corrupção na empresa, algo jamais visto na história do país. Por tudo isso, há mesmo poucos motivos para alegria nas hostes petistas.


Fonte: Editorial - O Globo