Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Advogado alega que STF não tem competência para julgar o ex-presidente
Jair Bolsonaro: silêncio na PF (Silvio Avila/AFP)
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, afirma, em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal, que seus clientes permanecerão em silêncio durante depoimento marcado para esta quinta-feira, 31, na sede da Polícia Federal, em Brasília.
A alegação é que o STF, que investiga o caso das joias e outros presentes comercializados no exterior, não tem competência para julgar o assunto. “Os peticionários, no pleno exercício de seus direitos (…) optam pela prerrogativa do silêncio”.
A petição, assinada pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, afirma que Bolsonaro já prestou os devidos esclarecimentos em abril deste ano, fornecendo todas as informações que foram solicitadas.
As unidades administrativas que prestem atendimento ao público
e que já possuam agendamento para atender cidadão, presencial ou
remotamente, no dia 30 de novembro, devem funcionar normalmente
O Ministério da Economia definiu que, nesta quarta (3011), em que o DF celebra oDia do Evangélico, será ponto facultativo. A portaria está publicada no Diário Oficial da União de hoje (29/11)e
vale para órgãos e entidades da administração pública direta,
autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal com sede no DF.[COMENTÁRIO: observem do Poder Executivo Federal; para o Poder Legislativo e Judiciário, federal, NÃO VALE.
Memória: no Brasil é regra ter dia para tudo - tem dia dedicado a homenagear certas coisas que se alguém ousar criticar será processado e até preso.
O Dia do Evangélico foi inventado por um pastor evangélico e deputado distrital,(sempre os digitais legislando sobre bobagens, sempre eles e a CLDF = essa sigla...) ADÃO XAVIER, que não gostava do seu nome.
O distrital esperava com sua invenção se tornar governador do DF - cargo que não exige muito dos que o exercem - só que deu azar.
Preocupado com a política, esqueceu da esposa e essa com necessidades mais prementes e prazerosas a satisfazer, do que ser esposa de pretendente ao GDF, procurou satisfazer àquelas necessidades com o auxílio de um guapo jovem de 16 anos.
Só que a notícia do'chifre' chegou aos ouvidos do Adão que não gostou e contratou mão de obra especializada para matar o rapaz.
A missão foi cumprida, a PCDF - que naquela época tinha efetivo e recursos para investigar, solucionou o homicídio. Adão foi preso e aproveitou o tempo de cadeia para mudar o nome para Carlos.]
As unidades administrativas que prestam atendimento ao público e já
possuam agendamento para atender o cidadão presencial ou remotamente,
nesta quarta (30/11), devem funcionar normalmente. O feriado do Dia do
Evangélico foi criado através da lei distrital nº 963, de 4 de dezembro
de 1995.
Ao sair do Alvorada, no domingo (6/11), o general ainda chamou Lula de "cachaceiro"
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
general Augusto Heleno, disse a apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que
"infelizmente" o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não
está doente. Heleno também chamou o petista de "cachaceiro". A
declaração ocorreu após o questionarem em relação a uma notícia falsa
que circula entre grupos bolsonaristas.
"Esse negócio do Lula estar doente... Não está,
infelizmente. Vamos torcer para que tenhamos um futuro melhor. Na mão do
cachaceiro, não vai", afirmou o general, no domingo (6/11), a um grupo
de apoiadores de bolsonaristas ao sair do Palácio da Alvorada.
Segundo a fake news que circula em grupos
bolsonaristas, Lula estaria internado. A notícias falsa ganhou força nos
últimos dias devido ao fato de o petista não ter aparecido publicamente
após sua eleição, em 30 de outubro. O presidente eleito passou alguns dias de descanso na
Bahia com sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, e
volta a atuar na transição de governo nesta segunda-feira (7).
O presidente eleito passa o dia em São Paulo,
onde se reúne, em um hotel, com membros da equipe de transição. Amanhã
ele é aguardado em Brasília, onde está localizada a sede de transição do
governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Setor de Clubes
Esportivos Sul.
Maurício Souza, campeão olímpico de vôlei | Foto: Reprodução Instagram
O rei Luís XVI, condenado à morte por alta traição e crimes contra o Estado,foi enviado à guilhotina. Sua esposa, Maria Antonieta, teve o mesmo destino nove meses depois. Após a execução do rei, a guerra com várias potências europeias e intensas divisões ideológicas conduziram a Revolução Francesa à sua fase mais violenta e turbulenta. Em junho de 1793, os jacobinos tomaram o controle da Convenção Nacional dos girondinos mais moderados e instituíram uma série de medidas radicais, incluindo o estabelecimento de um novo calendário e a erradicação do cristianismo. Aqui, foi desencadeado o sangrento Reino do Terror, um período de dez meses em que os inimigos suspeitos da revolução foram guilhotinados aos milhares.
Eu não poderia deixar de visitar esse período bárbaro da história mundial e, guardadas as devidas proporções, abordar o assunto da semana envolvendo o jogador de vôlei Maurício Souza. Ele foi “cancelado” pela turma da tolerância e do amor por expor sua opinião sobre um desenho em quadrinhos.
O campeão olímpico teve o contrato rescindido unilateralmente pelo Minas Tênis Clube depois que os patrocinadores do time sofreram pressões dos atuais jacobinos virtuais que tentam de todas as maneiras tirar de circulação aqueles que não rezam a cartilha progressista da turba do Beautiful People. Em tempos em que questionar virou crime inafiançável,opinar contra o politicamente correto virou crime hediondo, com pena de prisão perpétua nos calabouços dos revolucionários de butique. E opinar, sem ofensas, foi o que Maurício fez.
Em seu Instagram pessoal, Maurício já havia criticado o uso da chamada “linguagem neutra”,mais uma página rasa da agenda de identidade de gênero que cancela sem dó nossa linda língua portuguesa. Nessa postagem, Maurício colocou na legenda: “O céu é o limite se deixarmos! Está chegando a hora de os silenciosos gritarem”. Na semana passada, alguns dias depois da repercussão do lançamento da história da DC Comics em que o filho do personagem Super-Homem se assume bissexual, o jogador postou: “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”.Mesmo sendo duramente criticado pelo terrível crime de opinião sobre um desenho — um de-se-nho, vale frisar —, Maurício voltou ao seu perfil e comentou mais um capítulo da agenda nefasta da esquerda radical: a exclusão de mulheres com a inclusão de homens biológicos em esportes femininos. Para isso, Maurício publicou uma foto de Gabrielle Ludwig, atleta transexual que faz parte de uma equipe feminina de basquete universitário. A foto, uma afronta às mulheres, já foi usada por mim em palestras sobre o assunto para mostrar — em claras e gritantes imagens — o absurdo que as mulheres estão sendo obrigadas a suportar caladas para não serem guilhotinadas. Homens biológicos, visivelmente formados com todos os resultados de anos de testosterona, competindo com meninas.
Diante de tamanha atrocidade protegida por essa política injusta e cruel com as mulheres, Maurício comentou: “Se você achar algum homem nessa foto você é preconceituoso, transfóbico e homofóbico. Mais uma conquista do feminismo para as mulheres!”. Não deu outra. Não foram apenas os jacobinos virtuais que chegaram aos montes à praça das redes sociais, as guilhotinas, compartilhadas por jornalistas e até atletas, formaram um corredor revolucionário “do bem”.Não bastava apenas silenciar o rapaz que pecou contra a agenda jacobina, era preciso mostrar às multidões o que acontece com os transgressores.
É preciso tirar o sustento de um pai de família, encerrar a carreira de um atleta e destruir seu nome e sua reputação. Mas, claro, tudo em nome do amor ao próximo.
Inicialmente, antes de decidir pela rescisão do contrato do jogador, o Minas Tênis Clube, pressionado por seus dois principais patrocinadores, Fiat e Gerdau, havia apenas afastado e multado Maurício, além de exigir que ele publicasse uma retratação. E assim ele o fez. Publicou um pedido de desculpas àqueles que porventura se sentiram ofendidos, mantendo a defesa sobre a liberdade que todos têm para opinar. Não surtiu efeito. Maurício, campeão olímpico em 2016 e ainda rendendo como atleta de alta performance, teve a cabeça cortada em uma ação injusta, orquestrada milimetricamente.
O mais preocupante de tudo é que esse não é um caso isolado. É a nova regra, o novo normal que não pode — em hipótese alguma — ser aceito por nós. Em texto publicado no dia 28 de outubro em sua coluna na Gazeta do Povo, J.R. Guzzo foi no coração da questão: “A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Luiz de Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos ‘politicamente corretos’. Foi um linchamento, puro e simples, da reputação e da carreira esportiva de um cidadão brasileiro que não fez absolutamente nada de errado, e nem outra coisa além de exercer o direito constitucional à expressão do seu próprio pensamento”.
Ainda dentro desse contexto que agitou o noticiário, minha grande decepção foi com o técnico da seleção brasileira masculina, Renan Dal Zotto, exímio ex-atleta que também defendeu o Brasil nas quadras durante anos, e uma pessoa por quem tenho respeito.
Infelizmente, Renan não aguentou a pressão das guilhotinas chegando à praça pública. Paralisado com a virulência da movimentação jacobina, ajoelhou-se e beijou os anéis dos supostos novos reis do pedaço e suas cartilhas politicamente corretas. Em entrevista ao jornal O Globo, Dal Zotto afirmou: “É inadmissível esse tipo de conduta do Maurício. Sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não há espaço para profissionais homofóbicos. Não posso ter esse tipo de polêmica no grupo”. O técnico marcou pontos gloriosos com a audiência jacobina, o aplauso fácil veio instantaneamente. No entanto, Dal Zotto não mencionou a atrocidade, o crime nem a injúria cometidos por Maurício.
Esse cancelamento faz parte de uma pandemia intelectual de proporções bíblicas
Tive a sorte de ter bons técnicos na minha carreira como atleta profissional. Alguns me marcaram e deixaram lições que carrego até hoje. Além de técnicos, eles eram líderes. Nos erros, nos acertos, na escolha das palavras e nas lições plantadas que, uma vez proferidas e semeadas, não podem mais ser guardadas. Homens firmes, com prudência, zelo, sem menosprezar nem descartar a contribuição que podem deixar na construção do ser humano. Renan não foi capaz de pairar acima das agendas políticas e mostrar a mão de um líder nato. Seitas ideológicas cobram pedágio, e Renan pagou o seu para ser poupado.
Mas não se enganem, esse cancelamento acompanhado de linchamento e perseguição faz parte de uma pandemia intelectual de proporções bíblicas. Os atuais jacobinos, que prometem lutar contra a opressão às minorias, estão, curiosamente, apenas militando em países “opressores”onde há liberdade suficiente para que tanta bobagem seja dita e colocada em prática, como aqui nos Estados Unidos.
Há três semanas, o comediante Dave Chappelle cometeu um crime tão hediondo quanto o do jogador do Minas. Chappelle, em seu novo show na Netflix, disse que “gênero é um fato” e que “cada ser humano nesta sala, cada ser humano na Terra teve de passar pelas pernas de uma mulher para estar na Terra. Isso é fato”. Depois ele condenou o ataque contra as mulheres que não obedecem à teoria de gênero da esquerda. Já escutaram as guilhotinas se aproximando? Sim, elas foram trazidas, e durante duas semanas o comediante negro que ousou desafiar o politburo foi amarrado em praça pública para a exposição que já conhecemos.
Imediatamente, a mesma onda jacobina que pediu a cabeça do Maurício e de tantos outros que não beijam o anel invadiu as redes sociais e um dos prédios da Netflix. O que eles pediam? Um pedido de desculpas? Não. Queriam a cabeça de Chappelle por ele ter dito — o horror! — que gênero é um fato com homens sendo homens e mulheres sendo mulheres. Grupos ativistas como o Glaad (Aliança de Gays e Lésbicas Contra a Difamação, em português) espalharam a falácia de que “o conteúdo anti-LGBTQ”viola a política da Netflix de rejeitar programas que incitam ódio ou violência. A Glaad pediu então aos executivos da Netflix que ouvissem os funcionários LGBTQ, líderes da indústria e o público e se comprometessem a “viver de acordo com os padrões”.
Quando o especial de Chappelle foi lançado em massa, o grupo disse que a “marca do comediante se tornou sinônimo de ridicularizar pessoas trans e outras comunidades marginalizadas”. Como outros artistas da Netflix, Jaclyn Moore, que foi roteirista e produtora do programa da Netflix Dear White People, foi até as redes sociais inflamar a militância com comentários do tipo: “Não vou trabalhar com eles (Netflix) enquanto eles continuarem a lançar e lucrar com conteúdo transfóbico descarada e perigosamente”.
Bem, praça cheia, guilhotina a postos, jacobinos babando por sangue. Vamos! O que estamos esperando? Faltou combinar com Chappelle, que não estava muito disposto a entregar sua cabeça. Quando perguntado sobre uma greve de funcionários transgêneros na Netflix depois de o conteúdo de seu show ter viralizado, ele disse: “Para a comunidade transgênero, estou mais do que disposto a lhe dar uma audiência, mas você não vai me convocar. Encontro com vocês nos meus termos, onde eu quiser e quando eu quiser. Não vou ceder às exigências de ninguém”.
Caitlyn Jenner, hoje transexual e que já foi campeão olímpico no decatlo masculino em 1976, está apoiando Dave Chappelle em meio à polêmica em torno dos comentários que ele fez sobre a comunidade transgênero em seu especial da Netflix, The Closer: “Dave Chappelle está 100% certo”, tuitou Jenner. “Não se trata do movimento LGBTQ. É sobre a cultura do politicamente correto, do cancelamento. Cultura enlouquecida que tenta silenciar a liberdade de expressão. Nunca devemos ceder ou nos curvar para aqueles que desejam nos impedir de falar o que pensamos.”
Diante da postura de Chappelle, o codiretor-executivo da Netflix, Ted Sarandos, acabou usando o bom senso e defendeu o especial de Chappelle em vários memorandos para funcionários da Netflix escrevendo: “Embora alguns funcionários discordem, temos uma forte convicção de que o conteúdo (do show) não se traduz diretamente em danos no mundo real”.
Quem me acompanha em outras plataformas sabe da minha admiração pelo psicólogo canadense e grande pensador contemporâneo Jordan Peterson. Peterson também já sofreu inúmeras tentativas de assassinato de sua reputação por parte dos jacobinos do bem. Para isso, ele tem o seguinte conselho: “Nunca peça desculpas a uma multidão sedenta de sangue. Você não está lidando com pessoas com quem pode restabelecer um relacionamento. Você está lidando com uma ideia sem alma que possui pessoas”.
Milhares das mortes na guilhotina que foram realizadas durante a Revolução Francesa aconteceram sob as ordens de Robespierre. No entanto, o francês revolucionário, que queria impor suas ideias com violência e brutalidade, jamais imaginou que seus métodos alcançariam exatamente o seu pescoço.
Robespierre, que dominou o draconiano Comitê de Segurança Pública, foi executado em 28 de julho de 1794.
A Revolução Francesa se tornou modelo para outras revoluções nos séculos seguintes, e, como ela, esse tipo revolução consome seus próprios filhos. O Comitê de Segurança foi levado ao seu fim vergonhoso tanto por aqueles que não achavam que Robespierre era radical o suficiente quanto pelos moderados que denunciaram a violência em primeiro lugar. No final, a guilhotina também foi seu destino.
Leia também: É desproporcional o que fizeram com Maurício Souza, afirma Janaina Paschoal
Deputada não aprovou a demissão do jogador de vôlei pelo Minas Tênis Clube
O julgamento virtual começou no mês passado, como mostrou o Radar, e já registrou os votos do relator, Marco Aurélio Mello, e de outros cinco ministros
[inimigos do Brasil = inimigos do Povo brasileiro = inimigos do presidente - desistam;
por mais que tentem, não vão conseguir incriminar o presidente Bolsonaro em nada, absolutamente nada. A estupidez de vocês, que em sua maioria são ladrões do dinheiro público, os leva a pensar que o presidente Bolsonaro é corrupto - tentem provar, é uma tarefa impossível, irrealizável, provar crimes não cometidos.]
Seis dos onze ministros do STF já votaram pelo arquivamento do pedido formulado por um advogado de Santa Catarina para que Jair Bolsonaro fosse investigado no caso dos cheques depositados por Fabrício Queiroz na conta da mulher dele, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro durante o lançamento do programa Adote um Parque, no Palácio do Planalto Marcelo Camargo/Agência Brasil
O julgamento virtual começou no fim do mês passado, como mostrou o Radar,e já registrou os votos do relator, Marco Aurélio Mello, e de outros cinco ministros que seguiram seu entendimento contrário ao pedido: Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Ricardo Lewandowski.
Proposto pelo advogado R. B. S., [optamos por não publicar o nome completo do rábula, seguindo nossa política de não conceder holofotes aos que não os merecem -Blog Prontidão Total.] o pedido de investigação pelo crime de peculato contra o presidente da República tinha relação com os famosos cheques de Queiroz — no total de 89.000 reais — depositados na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. [“A despeito dos depósitos terem sido feitos na conta da esposa do noticiado e em período anterior ao mandato presidencial em curso, os fatos relatados pela imprensa são graves e revelam a prática, pelo presidente da República, do crime”,] argumentou o advogado.
Prisão do tesoureiro João Vaccari
compromete o PT e agrava a situação política da presidente. O ex-dono do
cofre petista é investigado por ter desviado recursos para o partido
durante uma década
Por volta das 6h da manhã da quarta-feira 15, a Polícia Federal bateu à
porta da casa de João Vaccari Neto em Moema, zona sul de São Paulo. O
petista se preparava para sua caminhada matinal e não ofereceu
resistência. Em tom sereno, pediu aos agentes alguns minutos para trocar
o moletom e o tênis. Vestiu uma calça jeans, camisa social xadrez e
sapatos. Numa pequena valise, que foi revistada, colocou peças de roupa
íntima e material de higiene pessoal. Poucas horas depois, Vaccari foi
conduzido à carceragem da PF em Curitiba, ponto de encontro dos réus do
Petrolão. A prisão do até então dono do cofre do PT, seguida da
revelação dos agentes da Lava Jato de que ele desviava recursos para a
legenda havia 10 anos,compromete o partido e aproxima a presidente
Dilma Rousseff do escândalo. A força-tarefa já tem fortes indícios de
que as campanhas da petista em 2010 e 2014 foram abastecidas com
dinheiro ilegal, desviado de contratos da Petrobras.
POÇO SEM FUNDO
A denúncia de lavagem de recursos da Petrobras numa gráfica
ligada ao PT atemoriza o Planalto. A gráfica atuou de
maneira irregular na campanha de Dilma
Além das doações
oficiais, o MPF descobriu que uma gráfica ligada ao PT foi usada para
receber propina do esquema. Registrada em nome do Sindicato dos
Bancários de São Paulo e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Editora
Gráfica Atitude fez campanha irregular para Dilma em 2010 – sendo
inclusive multada pelo TSE – e, no ano passado, publicou uma série de
capas de apoio à reeleição da petista.
A pista da gráfica surgiu em depoimento complementar do delator
Augusto Mendonça, executivo da Setal Óleo e Gás, em 31 de março.
Mendonça contou que Vaccari lhe pediu que contribuísse com pagamentos à
Editora,em vez de proceder as habituais doações ao PT. A justificativa
oficial seria a publicação de propaganda na Revista do Brasil. Não há,
porém, registro de que tais anúncios foram publicados e nem havia
interesse comercial da Setal em fazê-lo. Segundo o delator, Vaccari,
entre 2010 e 2013, o procurou em três oportunidades para realizar os
depósitos totalizando R$ 2,5 milhões. “Os pagamentos foram efetuados de
forma parcelada, mês a mês, neste período”, disse. Para tentar conferir
ares de legalidade aos repasses, todos superfaturados, foram celebrados
contratos de prestação de serviços, mesmo expediente usado nos desvios
das grandes obras da Petrobras. A quebra de sigilo bancário da Atitude
revelou 14 pagamentos de R$ 93.850,00 no período indicado, num total de
R$ 1,5 milhão.
Um dos dirigentes sindicais que administraram a gráfica suspeita é
José Lopes Feijó, nomeado assessor especial da Secretaria Geral da
Presidência. Feijó foi indicado na gestão de Gilberto Carvalho e
permaneceu lá com Miguel Rossetto. Ex-presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e dirigente da CUT, seu nome chegou a ser sondado
para o Ministério do Trabalho. Além dele, também passou pelo comando da
Gráfica Atitude o petista Luiz Claudio Marcolino. O sindicalista e
ex-deputado estadual concorreu a deputado federal no ano passado,
arrecadando R$ 2,5 milhões, dos quais R$ 580 mil oriundos de empresas
encrencadas na Lava-Jato. A Revista do Brasil é um órgão com viés partidário e sem distribuição
oficial.Sua tiragem tampouco é auditada pelo mercado, sendo impossível
verificar se os anúncios foram publicados e na quantidade negociada.
Ela foi condenada por propaganda eleitoral irregular em abril de 2012. O
TSE considerou que a publicação de outubro de 2010 enalteceu a
candidatura de Dilma “em manchetes, textos e editoriais, como se a
candidata fosse a mais apta a ocupar o cargo público pretendido”. A
ministra relatora Nancy Andrighi acusou a revista de fazer propaganda
negativa de José Serra, então candidato do PSDB à Presidência.
Para os investigadores, será necessário, agora, comprovar a
veiculação dos anúncios públicos e privados na Revista do Brasil. O MPF
também pedirá ao juiz Sérgio Moro a extensão da quebra do sigilo
bancário, fiscal e telefônico dos sindicatos que controlam a Gráfica
Atitude e de seus dirigentes. Em 2005, a CPI dos Correios descobriu caso
semelhante, sugerindo que esta é uma velha maneira de operar do PT.A
DNA Propaganda, de Marcos Valério, realizou depósitos na conta da
Gráfica FG, ligada a uma associação sindical beneficente. A
justificativa da agência para repasse foi a impressão de 1,5 milhão de
folhetos informativos do Banco do Brasil. Assim como a Atitude, a
Gráfica FG era dirigida por um sindicalista, Tsukassa Isawa, do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Para o procurador Carlos Fernando dos
Santos Lima, integrante da força-tarefa da Lava Jato, o caso da Atitude
reforça a suspeita de uso de agências de publicidade para o pagamento
de propina. “Isso se liga naturalmente às investigações da área de
comunicação. Vamos verificar se há link com outros casos já divulgados”,
disse. Lima se referia à recente prisão do ex-deputado federal e
ex-secretário de Comunicação do PT André Vargas, acusado de receber
propina pela intermediação de contratos da agência Borghi Lowe com
órgãos públicos, como o Ministério da Saúde. (...)
Os procuradores falam ainda do risco de que “parte das doações de 2014
das empresas investigadas na Operação Lava Jato seriam na realidade
pagamento de vantagem indevida” e tomaram também como base o processo
que Vaccari responde na Justiça de São Paulo por suspeita de fraudes que
teriam desviado R$ 100 milhões dos cofres da Bancoop(Cooperativa de
Bancários de São Paulo), um escândalo revelado por ISTOÉ em 2004 . Fruto
da contribuição dos cooperados e de investimentos da Funcef e da Previ,
o dinheiro deveria ter sido usado para a construção de unidades
habitacionais pela construtora OAS. Embora tenha dado o calote em quase 3
mil associados, a empreiteira entregou os apartamentos de dirigentes do
PT, incluídos aí Vaccari e sua cunhada Marice Correia de Lima, além do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comprou um apartamento no
Guarujá. Para a oposição, a prisão de Vaccari torna a situação de Dilma ainda
mais delicada. O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio
(SP), disse que o PT “é financiado pelo crime”. “Isso complica a
situação da presidente Dilma porque evidencia que ela se beneficiou do
esquema de corrupção na Petrobras”, diz. O senador e presidente nacional
do PSDB, Aécio Neves, classificou a situação como “o mais triste
retrato de um partido político que abdicou de um projeto de país para se
manter a qualquer custo no poder”. Já o líder do DEM na Câmara dos
Deputados, Mendonça Filho (PE), disse que a prisão comprova “que a
corrupção na Petrobras tinha como finalidade o uso dos recursos
desviados para financiamento ilegal de financiamento de campanha do PT e
aliados”.
Em razão da denúncia, Mendonça defende a cassação do registro
do partido. O cerco sobre Dilma e o PT se fecha.
O maior temor no PT é de que o ex-tesoureiro não resista à prisão de
seus familiares. Sua cunhada Marice de Lima, que estava foragida da
polícia, se entregou na carceragem da PF, em Curitiba, na sexta-feira
17. Sua esposa Giselda Lima foi alvo de mandado de condução coercitiva
para depor na PF. Como ela estava em casa e mostrou-se emocionalmente
muito abalada, Vaccari convenceu os policiais a tomarem o depoimento
dela ali mesmo, evitando mais exposição e desgaste.
Mas ainda existe o
risco de Giselda ser convocada para prestar novos esclarecimentos. O MPF
descobriu que ela recebeu R$ 8,9 milhões entre 2006 e 2014. No extrato
bancário dela, há movimentações atípicas.Só em 2011, a aposentada
recebeu mais de R$ 1 milhão, uma média mensal de R$ 90 mil – três vezes o
teto do funcionalismo público.