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sábado, 25 de janeiro de 2020

Melhor que Regina pague o que deve antes de casar com o governo - VEJA - Blog do Noblat


Ricardo Noblat 

Conflito de interesses

Se princípios morais ainda fossem respeitados, ou se a lei existente fosse aplicada com todo rigor, a atriz Regina Duarte não poderia assumir o cargo de Secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro. E por uma simples razão: conflito de interesses. VEJA descobriu que uma empresa dela, A Vida É Sonho Produções Artísticas, conseguiu três financiamentos com base na Lei Rouanet que somaram 1,4 milhão de reais. Em março de 2018, o Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de um dos projetos.

Regina captou 321 mil reais para encenar a peça “Coração Bazar”. Por motivos mantidos em sigilo, ela terá de restituir 319 mil e 600 reais ao Fundo Nacional da Cultura. A conta só não foi cobrada ainda porque Regina entrou com um recurso. Como Secretária de Cultura, ela será hierarquicamente superior aos funcionários que julgarão o recurso. Ou ela paga o que deve antes de tomar posse, ou se poderá dizer no futuro, caso o recurso acabe sendo aceito, que isso se deveu à sua influência.

[dois aspectos que devem ser destacados:
- se houve, em 2018, o entendimento do então Ministério da Cultura de  que a atual noiva do presidente Bolsonaro, tinha que restituir recursos ao FNC e dessa decisão  cabia recurso, que foi impetrado, a situação atual é que Regina Duarte não tem que restituir nada - situação atual, qualquer entendimento em contrário é antecipar julgamento;
Não podemos esquecer que estamos no Brasil, país em que um famoso e multi condenado - sentença confirmada e majorada pelo STJ, um outra já confirmada pelo TRF-4 - aguarda em liberdade  que o STF confirme.
- ainda que vindo ser secretária da Cultura e se torne superior hierárquica dos funcionários públicos lotados naquela Secretaria, a atriz não tem poderes para compelir os funcionários encarregados do julgamento do recurso a fazer, ou deixar de fazer, no julgamento do processo, qualquer coisa que não tenha o devido amparo legal.
A sustentar a independência dos funcionários julgadores existe a estabilidade do servidor público e a dos que integram comissão que efetue julgamentos.
Uma vez condenada, caberá recurso ao Poder Judiciário, permanecendo a situação de inocente da atriz - o que não impede que seja demitida sumariamente pelo presidente da República, na eventualidade do recurso administrativo ser negado.]

Diz a Lei nº 12.813/2013 que conflito de interesses é a situação gerada “pelo confronto entre interesses públicos e privados que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública”.  A lei se aplica. sem exceção, a todos os ocupantes de cargo ou emprego público do Poder Executivo Federal. Eles não podem, por exemplo, beneficiar pessoa jurídica em que participe o próprio agente público, seu cônjuge ou parentes até o 3º grau. 

Advogados existem para dizer uma coisa e o seu oposto. Alguns dirão que Regina está livre para casar com o governo e mandar nos funcionários que decidirão se ela deve dinheiro ao Fundo Nacional de Cultura, quanto deve ou se deixou de dever. Mas por que começar uma nova etapa de sua vida sujeita a tal constrangimento? Regina é uma mulher rica. Mesmo fora do ar, recebe mensalmente da Globo 60 mil reais. No ar, 120 mil. Melhor que pague o que deve e enterre essa história de uma vez.

 Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Moro e Bolsonaro apontam rumos opostos para Ministério da Segurança Pública

Bolsonaro diz que vai avaliar a recriação do Ministério da Segurança Pública, área sob o comando do ex-juiz na pasta da Justiça. Declaração do chefe do Executivo foi feita em reunião com secretários estaduais do setor, sem a presença do ministro

A recriação do Ministério da Segurança Pública está no radar do presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu, nesta quarta-feira (22/1), 18 secretários estaduais da área, que pediram a volta da pasta, e prometeu estudar a medida. Criado em 2018, no governo Michel Temer, o ministério foi extinto pelo atual chefe do Executivo no enxugamento da Esplanada. A iniciativa, uma das primeiras medidas adotadas pelo governo, reduziu de 29 para 22 o número de pastas. Atualmente, a área está vinculada à Justiça e é comandada por Sérgio Moro. A eventual divisão diminuiria os superpoderes do ex-juiz e, portanto, provocaria novo desgaste dele com o comandante do Planalto. Um dos nomes cotados para assumir o eventual novo cargo é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM), amigo de Bolsonaro.

O chefe do Planalto mencionou o assunto em live transmitida nas redes sociais, durante a reunião com secretários de Segurança de estados e do DF, que apresentaram uma lista de pedidos. Entre as demandas, além da recriação da pasta, estão a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de segurança e a transferência de presos de alta periculosidade. “É dever de todos, sem exceção, zelar pela segurança pública. Todas as sugestões serão analisadas e buscaremos, na medida do possível, dar uma solução para esse problema. Apesar do trabalho dos senhores ter diminuído o índice de violência, reconhecemos que ainda está em alta em relação aos números de outros países”, afirmou. “A busca pela diminuição da violência no Brasil tem de ser compartilhada por todos nós. Resolvendo parte, diminuindo os índices da violência, a gente faz a economia rodar, muita coisa acontecer.”

Na live, Bolsonaro comentou sobre o pedido dos secretários para a recriação do Ministério da Segurança Pública. “Talvez, pelo anseio popular de ter dificuldade nessa área, de ser, talvez, o ponto mais sensível em cada estado, essa possível recriação poderia ser melhor para gerir a questão da segurança. É esse o entendimento dos senhores?” Os secretários confirmaram, e Bolsonaro se comprometeu a avaliar.
O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Teles Barbosa, foi um dos que sugeriram o retorno do ministério. “Temos de tentar dar um olhar um pouco mais próximo à pasta da Segurança para que a gente tenha essas questões sendo tratadas de forma direta”, frisou. O ministro Sérgio Moro, no entanto, não participou da reunião. Ele estava num encontro sobre crimes cibernéticos com representantes do governo dos Estados Unidos.

Despesas
O economista Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, afirmou que a eventual criação de um ministério terá impacto nas despesas públicas. “Sob o ponto de vista do orçamento, o gasto vai aumentar, pois passa a ter dois ministros, mais cargos de secretários de primeiro escalão. Esse possível retorno demonstra que houve, desde o início, uma pressão mais política do que técnica”, avaliou. 


Para o economista José Luis Oreiro, a verba, possivelmente, seria dividida entre os ministérios da Justiça e da Segurança Pública e, portanto, não haveria um grande impacto econômico. “Não vejo problema. Criou-se uma lenda urbana de que o número de ministérios aumenta as contas. Nesse caso, os cargos são poucos. Vai passar uma parte do Ministério da Justiça para o de Segurança”, argumentou. “O impacto sobre o orçamento é pequeno, duvido que passe de R$ 200 milhões por ano e, de fato, pode ter ganhos de eficiência, desafogando Moro. Boa parte do custo é para realocar funcionários que estavam em um ministério grande.”

 
Demanda
Quando aceitou o convite para ser ministro, Moro tinha como meta combater a corrupção e o crime organizado, o que deixava implícita a junção das pastas. A redução nas taxas de violência em 2019 tem sido comemorada por ele, que atribui parte da queda à sua gestão no ministério. O ex-juiz também fazia questão de ter o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) sob o seu comando, o que já perdeu. [o Coaf pela sua natureza mais financeira - cujo nome (UIF ou Coaf)  se tornou importante para os que querem boicotar o governo Bolsonaro -  tem até sentido ficar com o Banco Central, já a Segurança Pública fica bem mantendo o vínculo ao Ministério da Justiça - aliás, a subordinação da PF e PRF ao MJ é antiga e tem apresentado bons resultados.] 
 
Maia aprova recriação 
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se mostrou favorável à recriação do Ministério da Segurança Pública. Ele disse que, além de ser importante para a redução da criminalidade, a pasta é necessária para corrigir uma falha do Executivo. “O fim do ministério, no início do governo Bolsonaro, foi um erro do próprio governo”, frisou. “Um governo que foi eleito com a pauta da segurança pública acabar com o ministério que foi, enfim, criado no governo de Michel Temer, que é umas agendas prioritárias da sociedade, foi uma sinalização ruim para o próprio governo”, emendou, nesta quarta-feira (22/1), na residência oficial da Câmara.
[o que o primeiro-ministro oficioso Rodrigo Maia tem a ver com os Ministérios do Governo Bolsonaro?
Sua função, enquanto presidente da Câmara e pautar apreciação e votação das matérias.
Vejam o quanto ele gosta de colocar casca de banana no caminho do presidente Bolsonaro: 'o juiz das garantias' foi criado pelo Congresso - condição que envolve, obrigatoriamente a Câmara, presidida por Maia, e o Senado, presidido pelo Alcolumbre - e sancionado pelo presidente Bolsonaro.
Se o Congresso não cria, Bolsonara não veta ou sanciona. No caso, o presidente optou pela sanção para evitar um desgaste com o Congresso - se vetasse o veto seria derrubado.
Agora, o Maia sai de lado e atribui a responsabilidade pela criação do juiz das garantias à sanção pelo presidente Bolsonaro - omitindo que se o presidente vetasse, o próprio Maia e o  Alcolumbre comandariam a derrubada do veto.]


Maia indicou que a ideia de recriar o ministério representa um avanço no combate ao crime e um aceno para o público que elegeu Bolsonaro confiando na pauta da segurança pública, mas que, recentemente, se mostrou insatisfeito com medidas como a sanção do juiz das garantias. “É uma sinalização de priorização do tema da segurança pública, que, de fato, precisa de uma política concentrada no tema”, afirmou.

Da mesma forma, Maia disse que a recriação do Ministério da Cultura, que começou a ser cogitada pelo Planalto como uma forma de atrair a atriz Regina Duarte para o primeiro escalão do governo, é positiva. “Vai reorganizar a relação do setor com o governo, que vem muito machucada nos últimos meses”, avaliou. Ele disse, ainda, que as medidas não vão, necessariamente, impactar no orçamento do governo. 


Correio Braziliense

 
 

segunda-feira, 18 de março de 2019

Regina Duarte defende fim do STF para, ‘com certeza’, acabar com corrupção

Entre manifestações de apoio e ironia à "conclusão" da atriz, publicação levou seu nome aos assuntos mais comentados do Twitter neste domingo

Em uma série de publicações em apoio à operação Lava Jato, a atriz Regina Duarte defendeu, em sua conta no Instagram, o fim do Supremo Tribunal Federal como solução para — “com certeza” — acabar com a corrupção no país.  Entre manifestações de apoio e de ironia à “conclusão” compartilhada em verde e amarelo, a publicação levou o nome da atriz aos assuntos mais comentados do Twitter neste domingo.

A atriz convocava seus seguidores para participar de atos em favor da operação Lava Jato depois que o STF decidiu que cabe à Justiça Eleitoral avaliar conexão de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro com fatos envolvendo campanha — algo que contraria a tese defendida pelos procuradores da operação.  Também ajudaram a fermentar a contrariedade contra o Supremo a abertura de um inquérito para investigar ameaças contra ministros da corte e a suspensão de um acordo da força-tarefa que previa a criação de uma fundação com 2,5 bilhões de reais recuperados da Petrobras.

Na sequência de sua publicação em que defende o fim do STF, Regina Duarte também compartilhou um link para uma crítica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à decisão da corte sobre a competência da Justiça Eleitoral; uma agenda com atos em favor da Lava Jato neste domingo; e um abaixo assinado em apoio ao procurador Deltan Dallagnol.  A atriz também é notória militante antipetista: em 2002, gravou um vídeo em que dizia “ter medo” da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva; em 2016, participou das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff. Já nas eleições de 2018, defendeu o voto em Jair Bolsonaro.
No sempre polarizado ambiente das redes sociais, a publicação sobre o fechamento do STF dividiu os usuários, que debatiam a opinião da atriz.

MATÉRIA COMPLETA na Revista Veja