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quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Caso surreal - Regime cubano convoca menina de três anos para depor no caso do pai preso político - Gazeta do Povo

Mundo - John Lucas    

 


 
O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, ao lado do ex-ditador Raúl Castro, durante comemoração do dia 1º de maio, em Havana| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

A ditadura de Cuba, liderada por Miguel Díaz-Canel, convocou uma menina de três anos de idade para depor no caso do seu pai, um preso político chamado Idael Naranjo, detido pelo regime e condenado a dez anos de prisão por ter participado dos protestos de 11 de julho de 2021, quando milhares de cubanos pediram por liberdade em várias cidades da ilha. A menina foi intimada oficialmente a comparecer a uma estação policial em Havana. A mãe dela, Yunisleydis Rillos Pao, relatou em entrevista ao site argentino Infobae o seu choque e indignação ao receber a intimação.  "Tenho a intimação em mãos, inicialmente pensei que fosse um erro. O que eles vão perguntar? O que ela deve falar, sendo uma criança?", disse.

Pao acrescentou que, caso a criança não compareça à estação policial, poderá ser multada e acusada de desobediência.  A intimação foi entregue à avó paterna da menina na manhã desta segunda-feira (7). 
A criança e sua avó devem comparecer à estação policial do Capri, em Havana, nesta terça-feira (8), às 14h30, no horário local. No entanto, Pao anunciou que não irá expor sua filha a essa experiência intimidadora. "A menina ficará na creche e eu irei em seu nome com minha mãe. Não vou submeter minha filha a isso", afirmou ela.

A ONG Prisoners Defenders, sediada em Madri, foi quem primeiro denunciou o caso, classificando-o como uma “tática de intimidação do regime cubano”. A organização questionou o motivo de se convocar e ameaçar uma criança de três anos, destacando que ela não consegue compreender os procedimentos legais. "Isso é repugnante. Já vimos coisas iguais ou piores. O regime de Cuba é extremamente repugnante. Em todos os aspectos, exala nojo e degradação", declarou a ONG, em comunicado divulgado nas redes sociais, onde marcou o perfil da Unicef.

“Tudo o que acontece em Cuba clama aos céus, e essas barbaridades são distópicas”, completou a organização.

Pao relatou na entrevista que ela mesma é frequentemente vigiada por agentes de segurança do regime cubano. Ela disse que conversa regularmente com Idael Naranjo, seu marido, mas todas as chamadas são gravadas pela polícia do regime. Ela acredita que a intimação da filha seja uma tentativa de amedrontar sua família, em retaliação à sua luta por liberdade.

John Lucas, jornalista - Coluna Gazeta do Povo - MUNDO

 

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

UM “LIBERALOPATA” - Alex Pipkin, PhD

Essa semana fui chamado de “liberalopata”. Sinto-me muito honrado.

Sim, claro, eu acredito no livre mercado, na concorrência e na capacidade dos indivíduos e das empresas de produzirem e de inovarem. São os indivíduos e as empresas os verdadeiros heróis, criadores de riqueza.

Distintamente do que pensa esse amigo que me “elogiou”, os empresários, na sua grande maioria, não são os capitalistas malvados, sem coração, “comedores de criancinhas”. Não são os vilões das desigualdades sociais…

Quem pensa desta maneira, desconhece que são nos mercados que se estabelecem relacionamentos associativos e colaborativos, e mais importante, de forma voluntária, ou seja, livre associação sem coerção.  O Estado tem a função de garantir nossas liberdades, de definir os direitos de propriedade, e de administrar a gestão da saúde, da educação e da segurança, porém, não acredito que a operação seja exclusividade estatal.

Verdadeiramente, o grande problema quase sempre está no intervencionismo - e no grau - do pai, mãe, avó, governo. “Boas intenções” não bastam, os resultados são comprovadamente piores quando o Estado intervém na tentativa de corrigir àquilo que supostamente era um problema.

Ludwig von Mises dizia que quem pede maior intervenção estatal está, em última análise, pedindo mais compulsão e menos liberdade.  Certo que os burocratas estatais encherão a boca para dizer que o governo deve intervir em razão das externalidades (Perdoa, Deus, a grande maioria deles não sabe o que diz - o que significa).

Por que eu deveria acreditar na inteligência e na capacidade superior do Estado? Pelo contrário, as tentativas estatais de impedir o funcionamento do livre mercado, por meio da coerção estatal, produzem compadrio, criam distorções e reduzem a riqueza de todos. Ou tu achas que os homens da máquina sabem gerenciar e alocar melhor os recursos do que as pessoas e os empresários? Eu não.

Um “liberalopata”, evidentemente, é contrário à ótica de que o Estado tenha que intervir para promover à ordem e fornecer a caridade para as pessoas, partindo-se da lógica que as pessoas sempre necessitam de uma “babá”, e proteção contra os gananciosos homens - ah, e mulheres - do mercado.

É tão singelo, mas tão difícil de compreender: todo o recurso do Estado sai do bolso dos contribuintes; e quando o Estado dá 1 com uma mão, pode ter certeza que já retirou 3 com a outra mão.

Um “liberalopata”, enfim, é cético, já que não acredita no nobre bom-mocismo, que na vida real não serve e não funciona para resolver os reais problemas.

Transcrito do Blog Percival Puggina -   Alex Pipkin, PhD


sábado, 7 de dezembro de 2019

Caso Bernardo: Processo da morte de mãe de Paulo Osório é desarquivado

A avó de Bernardo, Neuza Maria Alves, foi esfaqueada, asfixiada e queimada pelo próprio filho, em 1992. O caso ocorreu na casa onde o servidor público morava atualmente, na 712 Sul

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) desarquivou o processo do assassinato de Neuza Maria Alves, 45 anos. Ela foi morta com cinco facadas pelo próprio filho, Paulo Roberto de Caldas Osório, 45. O servidor público também é assassino confesso de Bernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses. Ele sequestrou e diz ter matado o filho em 29 de novembro, após pegar o menino na creche onde ele estudava, ma 906 Sul. 
 
Paulo Osório - Reprodução/CB
Conforme informações do TJDFT, o processo de Neuza estava arquivado desde 2004, quando Paulo Osório cumpriu os 10 anos de pena na ala psiquiátrica do Complexo Penitenciário da Papuda. O homem esfaqueou a mãe, asfixiou-a com uma corda de náilon e, em seguida, colocou fogo no corpo. O assassinato ocorreu em uma casa na 712 Sulmesmo local onde o servidor morava desde que conseguiu a liberdade
 
À época da morte de Neuza, uma amiga da vítima chegou a solicitar aos investigadores da Polícia Civil para que Paulo Osório fosse liberado do presídio para comparecer ao velório da mãe. Entretanto, o delegado responsável pelo caso negou o pedido. Além disso, durante o cumprimento da pena pelo assassinato da mãe, o servidor teve habeas corpus rejeitado pela Justiça: laudo psiquiátrico desfavorável ''à cessação da periculosidade''.

Assassinato de BernardoPaulo Osório sequestrou e teria matado o filho com o uso de remédios para dormir em 29 de novembro. O homem pegou Bernardo na escola e, durante o trajeto para a residência dele, deu um suco de uva envenenado. O menino passou mal e, depois, adormeceu. O assassino confesso colocou o garoto no carro e pegou a BR-020, rumo à Bahia. Em depoimento aos investigadores da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), alegou que só percebeu que o garoto tinha morrido quando parou o carro para abastecer.
 
O servidor afirmou ter jogado o corpo do filho na rodovia, após a divisa do estado de Goiás com a Bahia. Agentes fizeram buscas no local indicado por Paulo Osório, mas não encontraram o cadáver. Na última sexta-feira (7/12)um corpo com as características do menino Bernardo, e uma cadeirinha de carro, foram encontrados no povoado de Campos de São João, no município de Palmeiras, na Bahia, cidade a 1033 km de Brasília.

Correio Braziliense - Cidades, Notícias