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quarta-feira, 23 de março de 2022

Mourão, sobre Lula e Alckmin: ‘Um chamava o outro de ladrão e outras.....

'Na minha ética, isso aí não funciona', complementou o vice-presidente 

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) criticou nesta quarta-feira, 23, a possibilidade de o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin ser vice do ex-presidente Lula (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto.

Em conversa com jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto, ele disse que “um chamava o outro de ladrão e agora vão ficar abraçados”. Hoje, o ex-tucano se filiou ao PSB e abriu caminho para disputar com o petista.

“Quem conhece a trajetória do Alckmin acha estranho essa mudança de comportamento dele. Se é para ele e concorrer junto com o Lula, é algo mais estranho ainda porque um chamava o outro de ladrão e agora vão ficar abraçado”, disse.

“É difícil isso aí, né? Na minha ética, isso aí não funciona”, complementou Mourão.

Mourão também afirmou que poderá comparecer ao evento de lançamento da pré-candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), caso seja convidado.“Se for convidado, eu vou”, garantiu. O vice-presidente não estará na chapa de reeleição de Bolsonaro. Ele já anunciou que vai disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

Nesta semana, em entrevista à Jovem Pan, o presidente da República sinalizou que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, deve ser o seu parceiro de chapa. “Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato. Por isso posso adiantar que hoje em dia, por coincidência, o vice é de Minas Gerais”, disse.

O presidente disse não querer adiantar o nome, mas afirmou que o objetivo é ter um vice que o ajude a governar o país, mais do ganhar competitividade eleitoral.

Ao se filiar ao PSB, Alckmin afaga Lula: 'Representa a própria democracia'

Revista Oeste

 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Premiação do Brasileirão: quanto cada clube ganhou com a classificação final

O Globo

Última rodada promoveu mudanças na tabela e definiu a quantia que cada clube receberá pelo desempenho

As brigas pela Libertadores e contra o rebaixamento deixaram o torcedor em estado de nervos ao longo da última rodada do Brasileiro. Mas, para os clubes, estas não são as únicas definições que importam. A premiação por desempenho também é um atrativo. E, com o desfecho do campeonato, já é possível saber quanto cada um embolsou.

Conheça: Os nove brasileiros que vão à Libertadores e o que se pode esperar deles

Cada posição na tabela vale uma quantia diferente em termos de premiação. Um valor que varia de R$ 11 milhões (destinado ao 16º colocado) a R$ 33 milhões (para o campeão). Apenas os quatro últimos não têm direito a esta receita.

Grêmio:Rebaixado, clube vai reduzir gastos, mas ainda assim deverá ter o elenco mais caro da Série B

Este valor é equivalente à terceira parcela do contrato referente ao televisionamento. Em vigor desde a edição de 2019, o modelo prevê o pagamento em três cotas. A primeira, de 40% do total, é compartilhada igualmente entre os 20 participantes. A segunda, de 30%, é distribuída conforme o número de jogos transmitidos de cada time. A última, também de 30%, varia com a classificação final.

1º - FLAMENGO (2019) - Gabigol ergue a taça em fim de ano histórico sob o comando de Jorge Jesus. Foto: CARL DE SOUZA / AFP

 12º - SANTOS (2002) - Os meninos da Vila, Robinho e Diego, com a taça de campeão. Foto: Ricardo Bakker/Diário

SANTOS (2002) - Os meninos da Vila, Robinho e Diego, com a taça de campeão. Foto: Ricardo Bakker/Diário

Libertadores:Torneio tem 44 clubes definidos para a edição 2022; veja a lista

Veja a lista de prêmios em dinheiro e leia as observações no fim:

  • Atlético-MG: R$ 33 milhões
  • Flamengo: R$ 31,3 milhões
  • Palmeiras: R$ 29,7 milhões
  • Fortaleza: R$ 28 milhões
  • Corinthians: R$ 26,4 milhões
  • Bragantino: R$ 24,7 milhões
  • Fluminense: R$ 23,1 milhões
  • América-MG: R$ 21,4 milhões
  • Atlético-GO: R$ 19,8 milhões
  • Santos: R$ 18,1 milhões
  • Ceará: R$ 15,5 milhões
  • Internacional: R$ 14,6 milhões
  • São Paulo: R$ 13,7 milhões
  • Athletico: R$ 12,8 milhões
  • Cuiabá: R$ 11,9 milhões
  • Juventude: R$ 11 milhões
[Entendemos ser  justo e lícito que o CAMPEÃO receba um valor superior ao recebido pelo VICE = diferença de no máximo R$ 1.000.000,00.
Por uma questão de Justiça e de Mérito o 3º - terceiro lugar já não tem grande importância (o terceiro é o primeiro do resto) - deveria receber prêmio inferior em no mínimo R$ 5.000.000,00 ao recebido pelo Vice. Os demais = o resto = deveriam receber valor diferenciado também, no mínimo 1.000.000,00 entre cada colocação.
Temos que premiar o mérito = ou pretendem criar cotas para premiar a incompetência no futebol?]

Palmeiras, Santos, Athletico-PR, Ceará, Bahia, Chapecoense e Fortaleza podem apresentar alguma variação na premiação final do campeonato por terem assinado com a Turner para transmitir seus jogos na TV fechada. As demais equipes possuem contrato com a Rede Globo (TV aberta, Premiere e SporTV).

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Década de rupturas: 'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso

Thomas Traumann - O Globo

Jurista avalia que anseio da sociedade por punição tem influenciado a magistratura e critica efeitos da transmissão pela TV de sessões do Supremo, que faz ministros ‘virarem atores’

'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso Foto: Jorge William / Agência O Globo
'O Judiciário está intimidado por um discurso de ódio', diz Cezar Peluso Foto: Jorge William / Agência O Globo
Presidente do Supremo Tribunal Federal durante o histórico julgamento do Mensalão, Cezar Peluso acredita que parte da sociedade busca um punitivismo contra os acusados de corrupção. “Ao juiz não cabe a missão messiânica de mudar a cultura da sociedade mediante condenações para não permitir uma suposta impunidade. Ao juiz cabe julgar”, afirma. Segundo ele, o uso judicial dos diálogos obtidos ilegalmente das conversas entre os procuradores da Lava-Jato será decido no STF.  

Por que hoje em dia é mais fácil para um brasileiro médio saber os nomes dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal do que dos titulares da seleção brasileira?
Começou com a transmissão das sessões de julgamentos do STF pela TV Justiça. Embora se trate de um fato irreversível — ninguém conseguiria evitar que a TV transmita as sessões, pois haveria acusações de falta de transparência —, é da natureza humana ter comportamento diferente perante as câmaras. Onde a televisão foca os juízes decidindo, os juízes deixam, de certo modo, de ser juízes, e passam a agir como atores. Duvido que discussão sobre qualquer dos assuntos objeto das decisões do Supremo provocaria os mesmos excessos verbais se fosse travada em ambiente reservado.

Década de rupturas: entrevistas para entender o passado recente

Na sua experiência, algum ministro teve o seu voto influenciado por estar exposto às câmaras?
Não sou capaz de fazer avaliação de caráter subjetivo a respeito, mas há o risco, e isso já basta. E não se restringe aos ministros do Supremo, mas alcança os juízes em geral, porque está dentro do quadro de intimidação que os juízes vêm sofrendo. É subproduto desse ambiente de ódio, em que as pessoas já não suportam a diversidade de pontos de vista. Os juízes estão sendo objeto dessa pressão. 

O senhor enxerga uma intimidação ao Judiciário?
Sem dúvida. O Judiciário se defronta com intimidação exercida, dentre outros meios, pelos canais da internet, que expressam aspirações imediatistas das multidões. Por exemplo, é fato conhecido que certo juiz, ao conceder habeas corpus de procedência claríssima, que não podia ser negado, relativo à Lava-Jato, concedeu o habeas, mas fez uma advertência: “olha, estou concedendo o habeas corpus, mas não sou contra a Lava-Jato”. Ou seja, há preocupação de salvaguardar a imagem própria diante dessa pressão.

Mas a sociedade não tem direito de fiscalizar o Judiciário?
Sim, lógico, mas o problema é a cultura de punitivismo, inspirada no caldo dessa revolta justa contra a corrupção, mas também incentivado por setores da imprensa. É uma fase de ódio absurdo na sociedade brasileira, sobretudo dirigida contra o STF, mas também contra todo o Judiciário. Alguns ministros do STF, em certas circunstancias, não podem sair à rua.

A origem dessa atenção toda ao STF está no julgamento do Mensalão, em 2012. Qual o saldo do julgamento?
O processo e o julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão) foram admiráveis. Tínhamos no relator, ministro Joaquim Barbosa, um juiz muito rigoroso, mas em nenhum passo do processo o STF foi leniente com a legalidade. Teoricamente admitimos que algumas teses que o Supremo adotou podem ser discutíveis, como a questão da ‘teoria do domínio do fato’, mas nada sobre a irrepreensibilidade do processo e do julgamento dos réus. Aí nasceu essa expectativa distorcida de que o Judiciário tem que ser sempre punitivo. Se é divulgado que certas pessoas são culpadas, independentemente do que se apure no processo segundo as regras legais e garantias constitucionais, setores da sociedade, inclusive da imprensa, pretendem que esses réus sejam punidos de qualquer maneira.

(.....)

O senhor está se referindo à Lava Jato? 
Em relação à Lava Jato, reservo-me a não dizer o que penso a respeito das revelações do site The Intercept (sobre os vazamentos de diálogos dos promotores obtidos ilegalmente por um hacker). Mas, se, por hipótese, as revelações forem verdadeiras, a ilicitude na sua aquisição vai provocar uma discussão que terminará no Supremo Tribunal Federal: embora como prova ilícita não possam condenar ninguém, podem ser usadas para absolver alguém? Ou para anular processo? O Supremo tem encontro marcado com essa questão.

Qual a sua posição?  
Diálogos obtidos ilegalmente não podem ser usados para condenar ninguém, mas seria iniquidade dizer que não se pode usar prova ilícita para absolver um réu que ostensivamente, segundo esses dados, não cometeu o crime. O Direito não foi feito para isso. 
Qual sua avaliação sobre os juízes que entram na política, como o ministro Sergio Moro, o governador Wilson Witzel, a senadora Selma Arruda? 
Alguns juízes têm mais vocação de políticos do que de magistrados, o que acaba sendo confirmado pelo fato histórico de deixarem a função jurisdicional para, legitimamente, assumir nova carreira.
Mas isso pode de algum modo suscitar a suspeita de que alguns juízes estariam mais propensos a tomar atitudes ditadas menos pela interpretação da lei do que pelo impulso de exercer, ainda que inconscientemente, a missão política de fazer revolução cultural ou social. Ao Judiciário não cabe função primordial de combater a corrupção; isso é do objetivo e da competência da polícia e do Ministério Público.
Ao juiz, não cabe a tarefa messiânica de mudar a cultura da sociedade mediante condenações para não permitir uma suposta impunidade. E acho que nem toda a sociedade quer juízes-celebridade.

Como assim? 
Há setores que querem juízes justiceiros, mas noto uma saudável nostalgia dos velhos juízes, recatados, circunspectos, dotados de gravidade, com uma vida pública e privada irrepreensíveis, discretíssimos.

(....)

Mas o senhor fez uma PEC sobre o tema.
Sim, mas eu não estava preocupado em prender ninguém, mas em acabar com a crise sistêmica do Judiciário, da indústria dos recursos, em que manobras protelatórias retardam o fim dos processos e adiam a execução das sentenças.
A PEC dos Recursos, que inspirei, alterava o termo do ‘trânsito em julgado’. Ao invés de ser a última decisão de todos os recursos previstos na Constituição, fixaria o trânsito em julgado das decisões, sejam civis, criminais, trabalhistas, em segundo grau. 

Pela minha sugestão, os processos terminariam depois do julgamento do juiz de primeiro grau e do tribunal competente de segundo grau. Os recursos às cortes superiores não impediriam a execução imediata das decisões dos tribunais estaduais e regionais. Os recursos e outras vias continuariam existindo como hoje, em especial o habeas corpus, mas os recursos extraordinários já não poderiam ser usados para travar a execução das sentenças. Isso significa, por exemplo, que União, Estados e Municípios teriam de pagar os precatórios, ao invés de protelar seu pagamento. Acho que a sociedade não estava preparada para proposta tão ousada. 

Nesses dez anos, o Supremo decidiu sobre aborto de fetos anencéfalos, criminalização da homofobia, cotas nas universidades. O STF está tomando o lugar do Congresso? 
Essa acusação de ativismo do STF, no geral, é exagerada. Há uma dialética entre Parlamento e Judiciário, em todo lugar. Se decisões judiciais não são aceitas pela sociedade, toca ao Parlamento alterar a legislação em que o Judiciário se baseia. Se o Parlamento não muda essa legislação, se o Judiciário é chamado a se pronunciar em análise da Constituição, ele terá que tomar uma atitude, exercendo sua função de zelar pela integridade da Carta.

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA