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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Premiação do Brasileirão: quanto cada clube ganhou com a classificação final

O Globo

Última rodada promoveu mudanças na tabela e definiu a quantia que cada clube receberá pelo desempenho

As brigas pela Libertadores e contra o rebaixamento deixaram o torcedor em estado de nervos ao longo da última rodada do Brasileiro. Mas, para os clubes, estas não são as únicas definições que importam. A premiação por desempenho também é um atrativo. E, com o desfecho do campeonato, já é possível saber quanto cada um embolsou.

Conheça: Os nove brasileiros que vão à Libertadores e o que se pode esperar deles

Cada posição na tabela vale uma quantia diferente em termos de premiação. Um valor que varia de R$ 11 milhões (destinado ao 16º colocado) a R$ 33 milhões (para o campeão). Apenas os quatro últimos não têm direito a esta receita.

Grêmio:Rebaixado, clube vai reduzir gastos, mas ainda assim deverá ter o elenco mais caro da Série B

Este valor é equivalente à terceira parcela do contrato referente ao televisionamento. Em vigor desde a edição de 2019, o modelo prevê o pagamento em três cotas. A primeira, de 40% do total, é compartilhada igualmente entre os 20 participantes. A segunda, de 30%, é distribuída conforme o número de jogos transmitidos de cada time. A última, também de 30%, varia com a classificação final.

1º - FLAMENGO (2019) - Gabigol ergue a taça em fim de ano histórico sob o comando de Jorge Jesus. Foto: CARL DE SOUZA / AFP

 12º - SANTOS (2002) - Os meninos da Vila, Robinho e Diego, com a taça de campeão. Foto: Ricardo Bakker/Diário

SANTOS (2002) - Os meninos da Vila, Robinho e Diego, com a taça de campeão. Foto: Ricardo Bakker/Diário

Libertadores:Torneio tem 44 clubes definidos para a edição 2022; veja a lista

Veja a lista de prêmios em dinheiro e leia as observações no fim:

  • Atlético-MG: R$ 33 milhões
  • Flamengo: R$ 31,3 milhões
  • Palmeiras: R$ 29,7 milhões
  • Fortaleza: R$ 28 milhões
  • Corinthians: R$ 26,4 milhões
  • Bragantino: R$ 24,7 milhões
  • Fluminense: R$ 23,1 milhões
  • América-MG: R$ 21,4 milhões
  • Atlético-GO: R$ 19,8 milhões
  • Santos: R$ 18,1 milhões
  • Ceará: R$ 15,5 milhões
  • Internacional: R$ 14,6 milhões
  • São Paulo: R$ 13,7 milhões
  • Athletico: R$ 12,8 milhões
  • Cuiabá: R$ 11,9 milhões
  • Juventude: R$ 11 milhões
[Entendemos ser  justo e lícito que o CAMPEÃO receba um valor superior ao recebido pelo VICE = diferença de no máximo R$ 1.000.000,00.
Por uma questão de Justiça e de Mérito o 3º - terceiro lugar já não tem grande importância (o terceiro é o primeiro do resto) - deveria receber prêmio inferior em no mínimo R$ 5.000.000,00 ao recebido pelo Vice. Os demais = o resto = deveriam receber valor diferenciado também, no mínimo 1.000.000,00 entre cada colocação.
Temos que premiar o mérito = ou pretendem criar cotas para premiar a incompetência no futebol?]

Palmeiras, Santos, Athletico-PR, Ceará, Bahia, Chapecoense e Fortaleza podem apresentar alguma variação na premiação final do campeonato por terem assinado com a Turner para transmitir seus jogos na TV fechada. As demais equipes possuem contrato com a Rede Globo (TV aberta, Premiere e SporTV).

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Novo rebaixamento marca a falácia do ajuste

Diante de um governo que demonstra de forma sucessiva que não se compromete para valer com o equilíbrio fiscal, a Moody’s não tinha alternativa

Por mais esperado que fosse, o rebaixamento da nota de risco do Brasil para o “grau especulativo" ou “lixo” (junk) ganhou o devido destaque. Porque, entre outros motivos, se trata do último dos três grandes escritórios do ramo no mundo, ao lado da S&P e Fitch, a retirar do país o selo de qualidade como devedor. Isso ratifica a retirada do país do grupo de economias gerenciadas de forma prudente. Não é mesmo o caso do Brasil, e já há algum tempo.

Outro aspecto é que a revisão da nota em dois níveis para baixode “Baa3” para “Ba2" —, corte reforçado por um viés de baixa, ocorre há dias da apresentação pelo governo de uma proposta para limitar os gastos. Em Brasília, ouviu-se declaração esperançosa de que a Moody´s e outras agências de risco mudarão a percepção do Brasil assim que o governo, em abril, enviar ao Congresso as diretrizes orçamentárias de 2017.
Não passa de uma ilusão — a não ser que o Planalto mude de forma radical a leniência mal disfarçada diante do descalabro fiscal, e deixe de tentar fazer uma ajuste a conta-gotas, de todo ineficaz.

A leniência ficou cristalina, na semana passada, quando o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, propôs que o governo possa abater da meta de superávit a soma de R$ 84,2 bilhões, basicamente devido à frustração de receita, provocada pela persistente recessão. Assim, um superávit de 0,39% do PIB se converterá em um déficit de 0,97%. Somado ao de estados e municípios, poderá passar de 1% do PIB. Não há de ter passado despercebido pela Moody´s.  Se houvesse compromisso firme com o equilíbrio fiscal, o governo, a esta altura, com o país a caminho de completar o segundo ano no vermelho nas contas públicas, tomaria medidas de choque para reverter o quadro.


Mas não. Mesmo a necessária reforma da Previdência ainda que produza resultados a médio e longo prazos passará por um fórum onde sindicatos a bombardearão, com a ajuda de um ministro petista do governo, Miguel Rossetto. Enquanto o bom projeto de meta para gastos, não se sabe quando entrará em vigor. 

O governo Dilma não engana. Já foi o tempo, na década de 80, ainda no regime militar, que o Brasil assinava "cartas de intenção" com o FMI, para sacar bilhões de dólares de ajuda, não as cumpria e depois pedia perdão (“waver"). Tanto que as cartas passaram a ser chamadas de “más intenções". Hoje, está tudo na internet, de forma instantânea.

Um ajuste que na verdade gera um déficit de 1% do PIB chega a ser risível. O lulopetismo conseguiu destruir o equilíbrio fiscal, o qual aceitou apenas no início do primeiro mandato de Lula. Mas, não muito tempo depois, sucumbiu às tentações populistas e colocou tudo a perder. O resultado está aí.

Fonte: Editorial - O Globo

sábado, 12 de setembro de 2015

CPMF volta a ser considerada - Dilma tem a pretensão de conseguir aprovar a nova CPMF

Governo só aumentará tributos após reduzir gastos e nova CPMF volta a ser considerada

Expectativa é que as primeiras medidas saiam do papel no início da próxima semana

O governo federal decidiu que só anunciará aumento ou criação de impostos para reforçar a arrecadação após a divulgação de novos cortes de gastos em sua própria máquina. A expectativa é que as primeiras medidas saiam do papel no início da próxima semana. A decisão atende a um pleito de influentes congressistas, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que insistem que o governo só peça sacrifícios à população após “cortar na própria carne”. Do lado das receitas, voltou a crescer no governo a tese de que a melhor solução será a criação de um tributo sobre movimentação financeira nos mesmos moldes da CPMF. 
 A equipe econômica avalia que essa seria a melhor saída para fechar o rombo de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016 e tentar atingir a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços produzidos no país) no ano que vem. 

Em relação aos cortes, os técnicos da área econômica afirmam que as ações envolverão o enxugamento da máquina pública e também uma revisão de programas e benefícios sociais. No Ministério da Fazenda, há estudos que mostram que, se o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez fossem corrigidos até chegar a padrões internacionais, [sem dúvida o corrigido equivale a reduzido.] haveria uma economia anual de R$ 24 bilhões. Esses dois itens respondem por 16% dos gastos da Previdência Social.

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Já a reforma administrativa, que acabará com ministérios, secretarias e cargos comissionados, terá efeito mais simbólico. A equipe responsável pelos cortes se reunirá neste fim de semana.[serão extintos ministérios e secretárias inúteis e os funcionários remanejados para outros órgãos - afinal, mentir e enganar são especialidades do governo Dilma.] — O governo vai fazer um gesto, com o corte de gastos de sua máquina, para abrir caminho para o início das negociações com o Congresso e com a sociedade em busca de fontes de receita — disse um auxiliar de Dilma.
  FAZENDA JÁ FAZ SIMULAÇÕES SOBRE CPMF
A criação de receitas é um assunto delicado nessas discussões. Um ministro que participa dos estudos diz que há duas frentes possíveis. Uma é obter uma arrecadação pulverizada por meio de diversos tributos, como Cide, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Também poderia haver aumento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital.

A outra preferida pela área econômica é a criação de um tributo que resolva boa parte do rombo. Nesse cenário, surge a CPMF. Embora a presidente Dilma Rousseff tenha recuado da ideia de propor essa medida ao Congresso, por temer uma derrota, os técnicos dizem que a proposta “nunca saiu do radar”. — O desejo continua, pois a CPMF seria tributação mais indolor para a sociedade. Não onera um setor especificamente, tem alíquota pequena e dá a maior arrecadação, além de ajudar na fiscalização — diz um integrante do governo.

No Ministério da Fazenda, circulam simulações sobre a nova CPMF. A ideia é que seja temporária — o prazo de vigência pode variar de dois a quatro anos. A alíquota seria gradualmente reduzida durante sua vigência. Outro aspecto delicado seria a divisão da arrecadação com estados e municípios. É provável que a partilha com os governadores tenha que ser maior do que o planejado inicialmente para que eles ajudem a aprovar a proposta no Legislativo. [os governadores do Nordeste só ajudam na aprovação se criar o Bolsa Família estadual e o Bolsa Família municipal. Serão três bolsas para as regiões Norte e Nordeste.] 

Nesta sexta-feira, em Teresina, em encontro com líderes dos movimentos sociais no evento Dialoga Brasil, Dilma afirmou que o Brasil precisa repudiar os que querem sempre a catástrofe e o desastre. — Vivemos em uma democracia. Muita gente considera o pior melhor. O pior é melhor para uma minoria. Temos que repudiar aqueles que querem sempre a catástrofe, o desastre — afirmou a presidente. — Vamos superar as dificuldades porque somos capazes. O Brasil tem uma imensa força porque somos a sétima economia do mundo; segundo, porque temos condições, temos uma estrutura forte, uma indústria forte, e, nos últimos 13 anos, nós mudamos bastante o Brasil. [exatamente por isso Dilma está sendo repudiada; ela não só quer a catástrofe, o desastre, como foi ela que causou a situação catatrófica e miserável em que o Brasil está.]

Em relação à recriação da CPMF, a presidente teme enviar a medida por conta própria e vê-la derrotada no Congresso, ainda mais após o desgaste provocado com a desistência de encaminhá-la com o Orçamento, após a repercussão negativa que a medida tomou. Por isso, a solução seria convencer os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, ou do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB, a encampar a ideia.

LEVY NÃO CONTOU A DILMA SOBRE REBAIXAMENTO
O anúncio de cortes e de medidas de recuperação de receitas se tornou mais urgente devido ao rebaixamento do Brasil e à perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P). Na última quarta-feira, dia do anúncio da S&P, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi avisado à tarde de que a agência rebaixaria o país. Porém, ele só comunicou Dilma três horas depois.

Levy temia que a informação vazasse antes de o mercado fechar. Também queria tempo para preparar o discurso do governo. A ação de Levy foi reprovada por interlocutores do Planalto, pois deixou Dilma e o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, “vendidos” quando a imprensa passou a repercutir o rebaixamento.

No Congresso, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), [mais conhecido como 'capitão cueca' no submundo dos dólares na cueca] peregrina pelos gabinetes dos demais deputados para convencê-los a ressuscitar o imposto. Ele conta com a ajuda dos prefeitos para pressionar a Câmara. O petista disse a aliados que tem recebido representantes de municípios com pedidos para que o governo apresente a proposta, com parcela maior destinada aos entes federativos. O esboço inicial fixava a alíquota em 0,38% e destinava 0,01 ponto percentual a municípios e 0,02 a estados. Guimarães disse a prefeitos que o governo está disposto a alterar essa divisão.

No Senado, o líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a maior preocupação do governo é escolher tributos que não tenham impacto expressivo sobre a inflação. Ele admitiu a volta da CPMF: — Tem muita gente que não pode nem ouvir falar em CPMF, mas tem outro tanto apaixonada pela ideia — afirmou Delcídio.

Fonte: O Globo