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domingo, 5 de agosto de 2018

Esboço dos programas



As propostas econômicas dos candidatos ainda estão muito embrionárias, mas tanto Marina Silva quanto Geraldo Alckmin e Ciro Gomes defendem a taxação de dividendos, com redução dos tributos sobre as empresas. Na semana de entrevistas com cinco dos candidatos na Globonews, foi possível ver convergências e muita imprecisão ainda sobre o que está sendo proposto na economia. O candidato Jair Bolsonaro falou em privatizar a Petrobras, mas por um motivo conjuntural: o preço do diesel.

A privatização da empresa ícone do Estado brasileiro não pode ser decidida assim por esse motivo. Segundo o candidato, já que o preço dos combustíveis está alto, é melhor privatizar a companhia. Disse e repetiu. Bom, ela ser vendida como está só transformará um monopólio estatal em privado. E quebrar o monopólio no refino, com venda de algumas das refinarias, pode ser o caminho mais seguro para quem quer competição nos preços. Isso foi defendido por Geraldo Alckmin.

O mais importante que fica da série de entrevistas em que, pela ordem, Álvaro Dias, do Podemos, Marina Silva, da Rede, Ciro Gomes, do PDT, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Jair Bolsonaro, do PSL, falaram à Globonews é que ficou claro que alguns têm propostas econômicas mais definidas, mas há quem tenha apenas ideias desconexas. O candidato Jair Bolsonaro teve que parar de se esconder atrás do economista Paulo Guedes e não soube muito bem explicar por onde vai nesse tema. Ninguém tem que ser economista, mas pessoas que se dispõem a governar o Brasil tem que saber o que estão oferecendo aos eleitores como projeto para tirar o país da bomba fiscal em que está. Eles é que tomarão as decisões.

Ciro Gomes tem propostas que no tempo da entrevista, duas horas, não conseguiu explicar muito bem, mas que embute riscos. Para o discurso político ele acusa “meia duzia de plutocratas banqueiros” de receberem os juros da dívida. Se fosse simples assim, bastava então não pagar. Mas a dívida é, como ele sabe, carregada por milhões de brasileiros e 25% dela está na mão de fundos de pensão. Acusar os banqueiros é fácil e soa bem na retórica eleitoral, porque há um consenso de que os spreads brasileiros são altos demais, e os lucros, exagerados. Mas decidir não pagá-la ou estabelecer teto para o pagamento é o caminho mais curto para o desastre.

Marina Silva repete o que já disse em outras campanhas, mas agora de forma muito mais segura, que o ajuste fiscal terá que ser feito e através do controle estrito das contas públicas, mas precisará detalhar mais, como todos os outros, o caminho do equilíbrio. Geraldo Alckmin e Ciro Gomes prometem zerar o enorme déficit público brasileiro em dois anos. Hoje, o déficit primário está em R$ 150 bilhões e o ano que vem, primeiro do próximo governo, será o sexto ano no vermelho no qual a presidente Dilma levou o país e do qual ainda não se sabe como sair. O rombo tem que ser enfrentado. Mas como? Ainda não ficou claro. A maioria fala em cortar incentivos e subsídios. Esse é de fato um dos caminhos, o de reduzir as transferências para o capital, mas ninguém diz que interesse vai contrariar. Ciro Gomes afirmou ao fim da entrevista que será um corte linear de 15% em todos os programas, mas ao mesmo tempo defendeu durante a entrevista a permanência e até o crescimento dos subsídios à indústria, o que é uma contradição.

O país está diante da mais difícil das suas eleições. A economia é um dos dilemas. Não é o único. É preciso saber como garantir a governabilidade, após as eleições. Geraldo Alckmin montou uma grande coalizão eleitoral, mas com partidos envolvidos no que houve de pior nos últimos anos. Marina Silva, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Álvaro Dias estão em partidos pequenos. O PDT de Ciro é um pouco maior, claro. Mas nenhum deles tem dimensão para começar a organizar uma coalizão de governo.  Ciro chegou à entrevista no dia em que o PT armara o plano de tirar dele o apoio do PSB, assunto que ainda provoca tremores no PT. Em Pernambuco, Marília Arraes mantém a candidatura ao governo pelo partido, e em Minas Gerais Márcio Lacerda se insurgiu contra a decisão do PSB. [por isso defendemos algo que não sabemos como fazer - atualmente só pode ser imposto e para isto tem que ser um regime forte - seria um governo que tivesse para a área que vamos chamar de moralização = ORDEM - as ideias de Bolsonaro e para a área de recuperação da economia = passo inicial para o PROGRESSO - as ideias de  Alckmin.
E óbvio sem um Janot para atrapalhar, trabalhando contra o Brasil.]

Muito perto da eleição, sabemos pouco dos caminhos. Mas se Ciro ataca seres sem rosto como “o baronato” e os “plutocratas”, Jair Bolsonaro faz ofensas e ameaças diretas a parcelas do eleitorado: negros, mulheres, indígenas. Esta é a eleição que enfrentaremos.



segunda-feira, 30 de julho de 2018

MENOR DÉFICIT EM 3 ANOS - Contas do setor público têm rombo de R$ 14,4 bilhões no semestre


O setor público consolidado, formado pela União, os estados e municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em junho, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30), em Brasília.  O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 13,491 bilhões, resultado menor do que de igual período de 2017, quando chegou a R$ 19,552 bilhões.

Em junho, o resultado negativo veio do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que apresentou déficit primário de R$ 14,951 bilhões.  Desse resultado, a maior parte veio da Previdência, com déficit de R$ 14,513 bilhões. Por outro lado, os governos estaduais e municipais anotaram saldo positivo.

Empresas têm superávit
Os governos estaduais tiveram superávit primário de R$ 6 milhões, e os municipais, de R$ 347 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 1,107 bilhão no mês passado.

No primeiro semestre, houve déficit primário de R$ 14,424 bilhões, contra resultado também negativo de R$ 35,183 bilhões em igual período de 2017.  Em 12 meses encerrados em junho, as contas públicas ficaram com saldo negativo de R$ 89,823 bilhões, o que corresponde a 1,34% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.  A meta para o setor público consolidado é de um déficit de R$ 161,3 bilhões neste ano. Os gastos com juros ficaram em R$ 44,450 bilhões em junho, contra R$ 31,511 bilhões no mesmo mês de 2017.

De janeiro a junho, essas despesas chegaram a R$ 202,976 bilhões, contra R$ 206,584 bilhões em igual período de 2017. Em 12 meses encerrados em junho, os gastos com juros somaram R$ 397,217 bilhões, o que corresponde a 5,94% do PIB.  O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados dos juros, atingiu R$ 57,941 bilhões no mês passado ante R$ 51,063 bilhões de junho de 2017. No primeiro semestre, o resultado negativo ficou em R$ 217,4 bilhões, ante R$ 241,767 bilhões em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit nominal ficou em R$ 487,041 bilhões, o que corresponde a 7,28% do PIB.

Dívida pública
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,440 trilhões em junho, o que corresponde 51,4% do PIB, com aumento em relação a maio (51,3% do PIB).  No ano, a dívida líquida em relação ao PIB recuou 0,2 ponto percentual. Segundo o BC, essa redução ocorreu principalmente por conta da alta do dólar, acumulada em 16,6%.

Agência Brasil - IstoÉ

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Em um mês, Temer conseguiu aprovar pautas que estavam paradas



O governo de Michel Temer completou um mês conseguindo tramitar duas pautas importantes no Congresso. A meta fiscal foi revisada e a Desvinculação das Receitas da União (DRU) foi aprovada pela Câmara e enviada ao Senado. Houve também aumento de gastos, mas parte deles foi contratada pelo governo afastado.

A presidente Dilma havia proposto revisão da meta de déficit primário para R$ 96 bi no ano, mas a mudança não foi votada antes do afastamento. O novo governo recalculou e chegou a um valor ainda pior, um rombo de R$ 170,5 bi. Na revisão proposta por Dilma, receitas estavam superestimadas e as despesas eram subestimadas. Era esperada, por exemplo, alta de 9% na arrecadação, mesmo com a forte recessão na economia. Por essa proposta, as contas não fechariam. A nova meta é mais próxima da realidade das contas, mais razoável. A DRU foi encaminhada ao Senado. A desvinculação ampliou de 20% para 30% o percentual das receitas que o governo pode manejar livremente.

Em relação aos gastos, Temer foi contraditório. Pouco antes de ser afastada, a presidente Dilma enviou ao Congresso vários projetos de aumento para o funcionalismo. Ela poderia ter feito isso antes, mas apresentou as propostas quando o afastamento era iminente, na tentativa de criar constrangimentos ao governo interino. Temer apoiou não apenas os aumentos propostos antes como também quis estender o reajuste a mais categorias. Em outro ponto, após anunciar o corte de vagas na administração pública, criou mais cargos. Embora tenha dito que eles não serão preenchidos, a proposta é um risco. O funcionalismo já foi muito inchado nos últimos anos, em especial com os comissionados.     
Ainda falta outra parte do programa, a reforma da Previdência e a criação de um teto de gastos. A primeira discussão é um encontro marcado que o país tem. A mudança no sistema previdenciário vai demandar muita discussão.  A limitação dos gastos foi anunciada, mas ainda não virou realidade. Na política, o governo cometeu erros; algumas indicações para os ministérios foram muito boas, outras foram difíceis de entender e acabaram resultando em afastamentos.

Na economia, Temer teve mais acertos que erros. Em um mês, conseguiu avançar em pautas que estavam paradas no governo Dilma. O clima hoje é um pouco melhor. Ainda há um pé atrás com os próximos atos do governo, mas a confiança das empresas melhorou.

 Fonte: Blog Miriam Leitão – O Globo

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Dilma conquista mais um recorde negativo – rombo nas contas do governo é o maior desde 2001 – por favor, tirem essa mulher ou ela acaba com o que ainda resta do Brasil



Contas do governo fecham 2015 com rombo histórico de R$ 111,2 bi
Déficit primário do setor público é o maior desde o início da série do BC, em 2001;
Em relação a 2014, rombo mais do que triplicou
O rombo das contas do setor público em 2015 somou R$ 111,249 bilhões, conforme informou nesta sexta-feira o Banco Central (BC). A quantia representa 1,88% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, o País havia registrado déficit primário no valor de R$ 32,536 bilhões, ou 0,57% do PIB. O resultado verificado no ano passado é o pior da série histórica do BC para esse indicador, que teve início em dezembro de 2001.

Apenas em dezembro, o déficit primário foi de R$ 71,7 bilhões, também o pior resultado para todos os meses desde 2001. Em novembro, o resultado havia sido negativo em R$ 19,6 bilhões e, em dezembro de 2014, foi registrado déficit de R$ 12,9 bilhões. O número do ano ficou dentro das estimativas dos analistas. Levantamento do AE Projeções, feito com 13 instituições, apontava para um déficit em 2015 de R$ 101,7 bilhões a R$ 116,7 bilhões, com mediana de R$ 107,8 bilhões.

Apesar do rombo recorde, o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, destacou que a meta estipulada depois da última mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não foi ultrapassada. O limite máximo para o déficit fiscal era de R$ 115,8 bilhões.

Esse resultado fiscal de 2015 foi obtido com um déficit de R$ 116,656 bilhões do Governo Central (1,97% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um saldo positivo de R$ 9,684 bilhões (0,16% do PIB). Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 9,075 bilhões (0,15% do PIB), os municípios alcançaram um resultado positivo de R$ 609 milhões (0,01% do PIB).

As empresas estatais, por sua vez, registraram déficit de R$ 4,278 bilhões entre janeiro e dezembro do ano passado (0,07% do PIB).
Juros e dívida. Segundo o BC, o setor público gastou R$ 501,8 bilhões com o pagamento de juros em 2015, o equivalente a 8,46% do PIB. Trata-se de um forte aumento (61%) em relação ao gasto de R$ 311,380 bilhões registrado um ano antes.

Já a dívida líquida do setor público subiu para 36% do PIB) em dezembro, ante 34,3% de novembro e 33,1% de dezembro de 2014. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 2,1 trilhões. A dívida bruta, por sua vez, encerrou o mês passado em R$ 3,9 trilhões, o que representou 66,2% do PIB. Em novembro, essa relação estava em 65,1% e, em dezembro do ano passado, em 57,2%.

De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida foi influenciada principalmente pelo déficit primário no mês de dezembro e os juros nominais apropriados. No ano, o BC justifica que a influência vem da incorporação de juros, déficit primário, impacto da desvalorização cambial acumulada de 47% no período, ajuste da paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida, reconhecimento de dívida e efeito do crescimento do PIB nominal.

As Informações são do jornal O Estado de São Paulo