Não tem cabimento um assessor parlamentar dar um cheque para a madrasta de um deputado
A futura primeira-dama Michelle
Bolsonaro chega a Brasília para a primeira viagem à cidade onde nasceu,
depois da eleição do marido, Jair Bolsonaro - 21/11/2018 (José
Cruz/Agência Brasil)
Em junho de 1992, o motorista Eriberto França, que trabalhava para Ana Acioli, secretária particular do presidente Fernando Collor,
revelou que uma empresa de PC Farias pagava despesas pessoais da
família do presidente. Jorge Bandeira de Melo, sócio de PC, assinou um
cheque utilizado para comprar um carro (o famoso Fiat Elba) para a
primeira-dama Rosane Collor. [pergunta boba: falta só encontrar um motivo escuso para que a acusação prospere - até agora o fato da primeira-dama ter recebido o tal cheque não prova nenhum ilícito.
A maior acusação que pode ser feita ao ex-assessor e a primeira-dama é o argumento do emissor do cheque estar procurando agradar a madrasta e assim recuperar o seu emprego (considerando que o mesmo perdeu o emprego e tenta reaver) o que é sem sentido.
Assim, as provas da ilicitude ou o silêncio obsequioso.
A situação Collor x PC é totalmente diversa da Michelle x ex-assessor do enteado Carlos.]
Hoje o jornal “O Estado de S. Paulo”
mostra que um ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro deu um cheque de R$ 24 mil para Michelle
Bolsonaro, futura primeira-dama do país. Não há explicação razoável para essa
transação. A implicação óbvia é que a família Bolsonaro usou o poder
público – personificado pelo assessor – para fins pessoais. Essa é a
definição de corrupção usada por órgãos como o Banco Mundial, Fundo
Monetário Internacional e Transparência Internacional. Ao desviar recursos públicos para pagar despesas da
família Collor, PC Farias e seu sócio também cometeram corrupção. (Sobre
o governo Collor, o livro de Marco Antonio Villa é leitura obrigatória.)
MATÉRIA COMPLETA, clique aqui
MATÉRIA COMPLETA, clique aqui