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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Autoridade perdida - William Waack

O Estado de S. Paulo

Bolsonaro está se empenhando para se tornar cada vez menos respeitado

Entre um país que está quebrado (Bolsonaro, na terça) ou que está uma maravilha (Bolsonaro, na quarta) há uma enorme diferença. Ela é igual ao tamanho da perda de credibilidade de quem faz essas afirmações de forma tão inconsequente. Um presidente que se gaba num dia de ter poder para quase tudo, e no outro declara que não pode nada.

Por achar que para governar bastava ser engraçadinho com a claque à qual se dirige na porta do Alvorada – além de animador de auditórios virtuais [animador de auditórios já temos um,com  pretensões de governar o Brasil, usando jargão ridículo, estúpido e imbecil.]  Bolsonaro arriscou a credibilidade e perdeu a autoridade. Do ponto de vista formal (do relacionamento entre os poderes, por exemplo), a autoridade do presidente já vinha sendo encurtada desde o primeiro dia de mandato pela incapacidade dele de liderar e se articular frente ao Legislativo e ao Judiciário. 
 
Em outras palavras, a caneta do presidente tem menos tinta hoje do que há dois anos. Mas a autoridade política, subjetiva, se deteriorou mais rápido ainda com a pandemia. Uma coisa é ser falastrão diante de desafios da política, como os de levar adiante reformas estruturantes, desatar os nós da economia, derrubar o governo da Venezuela, peitar os críticos internacionais das políticas ambientais, prometer maravilhas e por aí vai.[público e notório que o chefe do Poder Executivo da União, desde sua posse, foi alvo da má vontade sistemática tanto do Poder Judiciário quanto do Poder Legislativo, que não aceitaram a vontade de quase 60.000.000 de brasileiros que votaram em Bolsonaro, com a agravante que o deputado que ainda preside a Câmara, se arvorou em primeiro ministro e passou a boicotar sistematicamente o iniciante Governo do capitão, sempre apoiado por decisões monocráticas de ministros do STF - buscando o descrédito do presidente da República e desacreditá-lo, desautorizando-o a qualquer pretexto, até ignorando a Independência e Harmonia dos Três Poderes da República.
Para dificultar mais ainda que o presidente Bolsonaro  conseguisse cumprir o mandato que lhe foi conferido surgiu a pandemia. As agruras da pandemia pioraram o que já estava ruim, mas a  resiliência do capitão e o apoio popular que recebe dos brasileiros, mostraram aos seus opositores que não tem terceiro turno e que o presidente vai cumprir o mandato que recebeu.
Os opositores do presidente, começam a mudar suas ações  e surge algum espaço (crescente) para JAIR BOLSONARO governar. O deputado Maia teve as 'pernas quebradas' quando tentou se re-reeleger e caminha para o desprestigiar - finge que tem controle de alguams coisas, mas o tempo mostrará que nada controla.]

Outra coisa completamente diferente é ser falastrão diante de uma crise sanitária sem precedentes na memória de qualquer geração atual, em escala planetária. Cabe não confundir autoridade com popularidade, embora em ocasiões uma coisa tenha influência sobre a outra. A autoridade de Bolsonaro que foi embora é preciosa: é aquela atribuída a quem se confia ser capaz de ajudar a resolver uma crise aguda de vida ou morte para milhares de pessoas.

Ao tratar assuntos (pandemia), pessoas (adversários políticos), instituições (chefes de outros poderes), eventos externos (eleições em outros países) com declarado desprezo ou desrespeito, pelos fatos e pela ciência, o presidente brasileiro em boa parte incentivou a atmosfera atual, na qual a ele se dá pouco respeito. [algumas vezes o presidente Bolsonaro fez manifestações para plateia; na maior parte, emitiu declarações que podem parecer, ou ser, desrespeitosas, expressar desprezo e o destinatário  as mereceu.
Um exemplo: o presidente francês simplesmente ameaçou invadir o território soberano do Brasil (internacionalizar é um nome diferente para invasão); qual brasileiro, patriota, que toma conhecimento de uma ameaça desse porte e fica calado?
O autor da ameaça continua se atrapalhando na guerra quixotesca que pretende mover contra a nossa Pátria Amada. A última é livrar a França da dependência da importação de produtos brasileiros - notadamente, a soja;
O caminho que ele apresenta como solução é aumentar a produção francesa. IMPOSSÍVEL. Por mais avançada que seja a tecnologia, o soja continua sendo produzida em relação direta com a área cultivada - falta solo aos franceses para tal aumento de produtividade. Portanto...]  De novo, estamos diante de um fator político difícil de quantificar, mas palpável: a ridicularização do personagem político, como acontece hoje com Bolsonaro, é um indício claro de perda de autoridade.

Dela ele precisará bastante se for capaz – há uma aparente unanimidade no mundo político de que ele não será – de proceder às difíceis escolhas que tem pela frente para, por exemplo, equilibrar as contas públicas ao mesmo tempo garantindo uma renda mínima e uma alta taxa de investimentos. Bolsonaro vacilou diante de qualquer decisão abrangente até aqui, [de que modo o presidente Bolsonaro pode tomar uma decisão abrangente, se a mesma será analisada não pelos beneficios que propiciará aos brasileiros e sim quanto influenciará  favoravelmente  o aumento da popularidade do capitão - o que favorece o presidente não pode ser aprovado.]  uma característica detectada pelo apurado olfato das feras do Centrão, em que está depositada no momento o que existe de autoridade política do presidente.

Não se pode criticar políticos, como Bolsonaro, que confundem índices de popularidade com autoridade. De fato, é difícil governar sem uma ou sem outra, em qualquer lugar. São fatores reais no mundo da política. Da mesma maneira, não se pode condená-los simplesmente pelo comportamento tão normal assumido por eles, que é aderir ao curto prazo deixando a visão de longo alcance para um eterno “depois”.  Bolsonaro sacrificou autoridade em busca de popularidade efêmera e volátil. Corre o gravíssimo risco de acabar ficando sem as duas.

William Waack, jornalista -  O Estado de S. Paulo

 

sábado, 10 de junho de 2017

Pra não dizer que não falei das flores

Temer diz que não sabia quem lhe deu carona no jatinho. Mas não sabia quem deu flores para sua mulher? 

Um homem incauto pode até não saber a quem pertence o jato particular que o transporta, com sua família, de São Paulo para o litoral da Bahia. Mas uma mulher sempre sabe – ou busca saber – quem a presenteia com um buquê de flores. O presidente Michel Temer tenta nos fazer crer que não sabia que o jato era de Joesley Batista, “o falastrão”. Hoje sabemos que Temer não sabia de nada, nada. Mas quem enviou as flores para Marcela Temer foi a mãe de Joesley. 

Esse é o relato do dono do Learjet e da JBS, o Joesley, que diz ter recebido um telefonema de Temer, agradecendo o mimo das flores. Temer nega. Nessa época, ano de 2011, Joesley ainda não gravava as conversas com um de seus cupinchas no Poder, o então vice-presidente Temer. Uma reportagem exclusiva do jornal O Globo, com o piloto do avião e ex-funcionário da JBS José Cerqueira, confirma o agrado para Marcela. Foi o piloto que entregou o buquê em mãos. A versão de que a mãe de Joesley mandara as flores – e não o empresário – serviria para afastar o ciúme de Temer.

Mas por que falar disso numa semana em que “um oceano de provas de propina e corrupção” na campanha presidencial de 2014 foi mandado às favas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o imodesto Gilmar Mendes, o maior marqueteiro da chapa Dilma-Temer? O voo em jato de dono desconhecido, empréstimo anônimo e desinteressado de amigo para amigo, é um “episódio menor” para o atual presidente Temer. Verdade. Hábito trivial em nossa República. Políticos brasileiros viajam de graça em jatinhos de empresários. De graça, não, porque a conta sempre aparece. E quem paga somos nós.

Às favas com os escrúpulos de consciência, disse em 1968 o então ministro do Trabalho e da Previdência Jarbas Passarinho, na edição do AI-5, o decreto que suspendia garantias constitucionais e fortalecia a ditadura militar. Meses antes do Ato Institucional, no mesmo ano de 1968, a música-hino da resistência civil e estudantil “Pra não dizer que não falei das flores”, também conhecida como “Caminhando”, de Geraldo Vandré, foi vice-campeã no Festival da Canção. Só não ganhou o festival por motivos óbvios. E a vitoriosa “Sabiá” de Chico Buarque levou uma das maiores vaias da história do festival. Vitórias e derrotas são muito relativas.

Os momentos do Brasil são diferentes. Nada a ver 1968 e 2017. As garantias constitucionais são respeitadas. A liberdade de expressão também. O julgamento histórico do TSE expôs, sem cortes, para a população e para a imprensa, a divisão entre juízes. Só os índios não contactados até hoje e talvez o PSDB ainda não sabiam de que lado estava a verdade real sobre a dupla mista PT-PMDB. Antes do desfecho, o júri popular já dera seu veredito no embate da ética.

O vencedor por pontos, o ninja Herman Benjamin, resistiu com argumentos, citações e documentos a todos os golpes abaixo da cintura. O derrotado-mor, o imodesto Gilmar Mendes, mandou a justiça, a coerência, as provas e sua própria história recente às favas. O vencedor tinha “aura de relator”, segundo seu adversário, e encantou a todos nós. O vencido pedia para si os louros do julgamento. Gilmar acabou constrangendo apenas a si mesmo ao contorcer a lógica e investir contra a “sanha cassadora” da mídia. Ele uniu contra sua arrogância os brasileiros, caminhando e cantando/braços dados ou não.

Por que então falar de flores numa semana em que caixas um, dois e três para financiar campanhas eleitorais foram desembrulhadas na frente do país para cassar uma chapa fria? Por que falar de jatinho se o que importa mesmo é a Lava Jato, com figurantes como o homem da mala Rodrigo Rocha Loures roubando o papel de protagonistas? Porque o presidente Temer foi flagrado numa mentira pueril. E não dá para mentir. Não agora.

Primeiro, Temer negou ter viajado em avião da JBS e afirmou que só voara em aviões da FAB. Depois, recuou e disse apenas o que todos têm repetido. Ele não sabia. Até o PSDB acha que o episódio do jatinho pode dar fôlego à ruptura. Ah, esses tucanos. Não se lembram mais da canção de Geraldo Vandré: Esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer.


Ninguém pode acreditar que Temer não soubesse de quem era o Learjet que levou sua família, incluindo o Michelzinho, de lá pra cá e pra lá, sem cobrar aluguel. A viagem não constava da agenda oficial do então vice-presidente. Assim como o encontro fatídico com o falastrão não tinha registro oficial. Ninguém pode acreditar que Temer não saiba quem deu as flores para sua mulher. Pode ter sido dona Flora Batista, mãe de Joesley. Pode ter sido o próprio Joesley. Temer, conversa com a Marcela. As mulheres sempre sabem.

>> Todas as colunas de Ruth de Aquino

Fonte: Ruth Aquino - Revista ÉPOCA

 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Palavras necessárias - MICHEL TEMER

Defenderemos o Brasil, tendo como missão a entrega de um novo País às próximas gerações


Foi-me confiada a responsabilidade de governar o País num momento de profunda crise econômica, política e moral. Assumi essa incumbência consciente dos desafios que teria pela frente.  Recebi um País arruinado economicamente, com alta taxa de desemprego, inflação descontrolada e empresas estatais saqueadas. Encontrei um País moralmente atingido, clamando por mudanças.

Conseguimos grandes vitórias. O PIB volta a crescer, o emprego dá sinais de revitalização, gestões profissionais são introduzidas em empresas estatais, a exemplo da Petrobrás e do BNDES, há forte redução da taxa Selic;

liberamos as contas inativas do FGTS, aumentamos o valor do Bolsa Família,
relançamos o Minha Casa, Minha Vida, criamos o Cartão Reforma, e assim por diante. Os ganhos sociais e econômicos foram imensos. Saímos da recessão. O Brasil ganhou governo e rumo.

Quando começamos este círculo virtuoso, abandonando os vícios do passado, eis que um áudio editado, adulterado, amplamente noticiado, põe em risco nossas conquistas. É inconcebível que uma “prova” imprestável desse tipo jogue o Brasil na incerteza. Não retrocederemos!  Fui questionado moralmente, quando é conhecido que sempre pautei minha vida pela correção, retidão e respeito à coisa pública, nos mais diversos cargos que ocupei como professor universitário, procurador do Estado de São Paulo, deputado e presidente da Câmara de Deputados. Foram milhares de alunos que passaram por minhas salas de aula e se orientaram por meus livros. Não quero que eles e meus amigos tenham alguma dúvida da minha integridade.

E quem me incrimina moralmente? Dono de um dos maiores frigoríficos do mundo, tendo crescido nos governos anteriores graças a bilhões de reais em empréstimos do BNDES. Adotou uma postura criminosa e, querendo safar-se da prisão, partiu para manchar a minha honra. Tornou-se instrumento dos que pretendem levar o País a uma nova crise. Pior ainda, a única pena que lhe imputaram foi uma multa irrisória enquanto ganhou bilhões manipulando o câmbio e a Bolsa de Valores. [multa que ele se recusa a pagar, mesmo que seu valor total seja superior aos ganhos que ele obteve com a especulação propiciada por sua conduta criminosa de delator; e tal multa será parcelada em várias parcelas ANUAIS.]

Teve a petulância de transferir o domicílio fiscal de suas empresas para os EUA. Deveria devolver aos cofres públicos o que tirou para seus negócios escusos. Após tais prejuízos à Nação, muda-se para a “prisão” de Nova York, com shopping centers de luxo, restaurantes elegantes e residências de alto padrão. Será que o crime compensa?

Note-se que não tenho silenciado. Nestes últimos dias fiz dois pronunciamentos à Nação, dado o volume de mentiras divulgadas a meu respeito, colocando o próprio País à beira de uma crise institucional. E tudo isso em razão de uma armadilha montada por um “empresário” de nome Joesley Batista.

Como não tinha conseguido, num primeiro momento, negociar a delação com a Procuradoria-Geral da República, prometeu, então, entregar um “grande nome”. Chegou, pasmem, a fazer uma espécie de curso de delator, de 15 dias, para conseguir me envolver numa operação criminosa.

Esclarecida a Nação, ela não poderá enganar-se sobre os verdadeiros responsáveis pela atual crise.  O que me é imputado?

Receber um empresário à noite no Palácio do Jaburu? Todos os que me conhecem sabem que trabalho até altas horas da noite, além de acordar cedo. É normal o presidente da República receber grandes empresários. E o faz tal como recebe políticos, médicos, engenheiros, trabalhadores, e assim por diante. Não poderia saber de antemão que um empresário desse porte fosse um criminoso.

Sou calmo, acostumado a ouvir, não reajo de imediato. Assim sempre pautei a minha vida pública, em respeito ao interlocutor. Foi amplamente noticiado que teria comprado o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Nem no áudio editado consta o que, depois, veio a ser considerado minha suposta “anuência”. Aliás, o ex-deputado já declarou voluntariamente que nenhum silêncio seu teria sido comprado, por quem quer que fosse!

Foi-me igualmente imputado que teria havido tráfico de influência da empresa com procuradores e juízes. Ouvi tal impropriedade como algo característico de um falastrão que procura mostrar influência. Além disso, o próprio grampeador dias depois chegou a dizer que tal fala era falsa. Foi, porém, usada como acusação. Não tem lógica nenhuma!  Não tenho apego a cargos, mas sim às responsabilidades a mim atribuídas desde o momento em que assumi. E a responsabilidade maior é, sem dúvida nenhuma, com o País. Iniciamos um processo de reconstrução nacional que, certamente, chegará ao seu término. Percalços não me desanimam, sobretudo quando estão embasados na mentira e no atentado à honra pessoal. Sinto-me, isso sim, revigorado! Ganho nova energia para mudar o País.

Tive neste ano de governo enorme apoio de parlamentares que estão apoiando as reformas. Todos os que sonham com um País melhor sabem dos esforços que estamos empreendendo. Em pouco tempo, muito fizemos: a Lei do Teto do Gasto Público, a reforma do ensino médio, a Lei da Terceirização, entre outras iniciativas.  Se os que não pensam no futuro do nosso país cogitam que vamos parar, estão profundamente enganados. Continuo firmemente empenhado em prosseguir com a modernização da legislação trabalhista e as demais reformas em curso.

É curioso constatar que todos querem o prosseguimento dos projetos que estou levando adiante em meu governo.  Durante muito tempo se pregou a divisão da sociedade com clivagens artificiais. Aos crimes contra a economia e a minha honra soma-se, agora, uma nova tentativa de divisão da sociedade, com evidentes prejuízos para todos. Desde o primeiro dia tenho trabalhado pela pacificação do País e harmonia dos brasileiros. Não podemos desperdiçar nossas energias na luta entre brasileiros, mas nas convergências de objetivos em prol do bem comum.

A mensagem que quero deixar à Nação é: defenderemos o Brasil, tendo como missão a entrega de um novo País às próximas gerações.


*Presidente da República