Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Agressão em Roma mostra que o debate político adora ressuscitar os mortos: do comunismo aos políticos declarados inelegíveis
EmNon gridate più (Não gritem mais), Giuseppe Ungarettiinicia seu poema com o verso Cessate d’uccidere i morti
– Parem de matar os mortos, na tradução de Aurora Bernardini.
O
leopardiano Ungaretti fazia as palavras assumirem uma intensidade em que
um simples vocábulo se tornava um termo elegante, no qual vagavam a
fantasia e o sentimento.
Mas,
se aos poetas é possível levar ao verbo o inexprimível,aos iracundos é
permitido apenas a aridez monótona, vulgar, cansativa e vexatória do
xingamento. Dar a Alexandre de Moraes a alcunha de “comunista” mostra que o criador do apodo não leu sequer uma linha do autor que tanto odeia: Karl Marx.
Ele escreveu há quase dois séculos, em O 18 de Brumário de Luís Bonaparte,
que a reação do partido da ordem diante de qualquer ação da oposição
era sempre o mesmo e invariável veredicto: “socialismo!”. “Até mesmo o
liberalismo burguês é declarado socialista”.
O desenvolvimento cultural,
a reforma financeira, a construção de ferrovias e o “defender-se com um
porrete quando se é atacado com um florete”: tudo era socialismo.
Passados
200 anos, os hábitos perduram. Mas, nos tempos atuais, tudo também é
bolsonarismo.
Seria o partido da ordem, nas suas mais variadas
manifestações, ainda a expressão do gendarme?
Ou não passaria de falta
de bons modos e de civilidade a ação do empresário em Roma?
Açular os órfãos de Jair Bolsonaro tornou-se tão enfadonho quanto o uso da palavra comunismo. Uma revive o fantasma do socialismo real, morto e enterrado nosescombros do Muro de Berlim;outra, o de Bolsonaro, fulminado pelo TSE.[detalhe: Bolsonaro não está morto, nem enterrado.]
Moraes, no entanto, não deve se ver só como vítima de um episódio, que expõe o espírito do tempo. O ministro ofendido devia aproveitar a lição do destino de Sergio Moro. Nesse caso, não é preciso consultar o adivinho Tirésias para “perceber a cena e antever o resto”.
Moro viveu dias de Moraes naLava Jato. E Moraes, viverá dias de Moro? [certamente que não; Moro trocou um cargo vitalício pelo mandato de senador da República - com possibilidade de voos mais altos; já Moraes, se deixar o seu cargo vitalício, e partir para uma candidatura ao Senado ou cargo próximo, jamais será eleito.]Se a Justiça é indissociável da gravitas, o sentimento de honra e dever, ela também o é da pietas, essa virtude cívica que Spinoza ligara em sua Ética à civilidade.
Pode-se
pôr a força do peso de um cargo na balança com que se julga os réus,
mas não se pode obter Justiça.
Assim como se pode empalmar o poder sem a
piedade, mas não a glória.A força e o destempero continuam a fustigar
os mortos e os inelegíveis.
E a construir apenas um futuro sem palavras
elegantes.
Na França, é cada vez mais evidente o namoro com o autoritarismo sob o disfarce da racionalidade, da competência administrativa, do bem comum, da justiça social
Bem pouca gente ouviu
falar muita coisa a respeito da história que será contada a seguir — é
praticamente impossível, hoje em dia, ler, ouvir ou ver informações
sobre fatos que estorvam a visão do certo e do errado que existe na
cabeça da mídia mundial. Mas o fato é que acaba de ser cometido na
França um ataque especialmente vicioso, pervertido e hipócrita contra a
liberdade de expressão. Em perfeita simetria com a intenção dos seus
autores, é também uma missa cantada para celebrar a submissão do
indivíduo ao Estado — e promover um novo avanço da autoridade pública em
sua escalada para tornar-se o elemento mais valioso, e mais
privilegiado, da sociedade francesa.
Foi aprovada, agora neste
final de novembro, uma prodigiosa sequência de atos destinados a
proteger a polícia dos cidadãos em geral — e sobretudo dos jornalistas.
Você não leu errado. É isso mesmo: o governo do presidente Emmanuel
Macron, com o apoio maciço dos deputados da Assembleia Nacional,
declarou que a população se tornou um perigo para o Estado francês e
para os seus agentes. Em consequência, tem de ser tratada com repressão.
A desculpa é aumentar a segurança dos policiais no combate ao
terrorismo — e punir os cidadãos com sanções penais caso a polícia
decida que está sendo posta em risco por eles. [A França é uma democracia que sempre foi elogiada pelo imprensa e a medida aqui criticada teve o apoio quase unânime da Assembleia Nacional, o que mais que justifica sua adoção.
O objetivo é impedir que as ações policiais tenham seus agentes expostos por abuso da imprensa e da própria população em fotografar policiais em ação, combatendo o terrorismo e outros ilícitos. O argumento de que seu principal objetivo é aumentar a segurança dos policiais no combate ao terrorismo é inteiramente procedente e comparar tal fundamento a uma desculpa é até aviltante. Qual o interesse de um cidadão fotografar agentes policiais no legítimo exercício do dever legal?
Macron com sua insinuação de invadir o Brasil não goza de nossa simpatia, mas sua proposta de mais segurança para os que combatem o crime é um exemplo a ser seguido pelo Brasil - até mesmo para impedir que franceses ou outros tentem internacionalizar a Amazônia.]
A partir
de agora, por força do Artigo 24 da“Lei de Segurança Global” que acaba
de ser aprovado, as pessoas estão sujeitas a um ano de prisão e a € 45
mil de multa(ou perto de R$ 300 mil) se divulgarem “a imagem do rosto
ou de qualquer outro elemento de identificação de um policial ou de um
gendarme em ação de serviço”. Ou seja: os repórteres fotográficos, ou
quem mais estiver com a câmera do seu celular ativada, ficam legalmente
proibidos de registrar, por exemplo, imagens de policiais baixando o
cacete em qualquer tipo de manifestação pública, ou prendendo cidadãos
suspeitos de não observância do “distanciamento social”. Para amarrar a
coisa pelos sete lados, o Artigo 24 também exige que os veículos de
comunicação apaguem o rosto de policiais de qualquer foto ou vídeo que
porventura vierem a obter e a publicar.[aqui no Brasil além da proibição de foto de 'di menor' criminoso ser divulgada, ainda tem que ser mencionado apreendido em vez de preso, ato infracional substituindo crime e por aí vai.
Quanto aos bandidos adultos, até mesmo os condenados cumprindo pena, recolhidos em presídio, possuem o direito absurdo de ter a imagem preservada. Placas de veículos envolvidos em ocorrência policial, são sempre borradas. Já os policiais são mostrados em todos os ângulos.]
O veneno contido na lei
teve efeito imediato: dois jornalistas já foram detidos ao cobrir
manifestações de protesto contra o próprio Artigo 24. Está claro que o
propósito do governo Macron, dos deputados que lhe dão apoio e dos
sindicatos de policiais é reprimir os cidadãos e jornalistas que querem
(ou precisam) registrar atos de violência ilegal e de arbitrariedade
cometidos pela polícia — e não proteger seus agentes do terrorismo. O
ministro do Interior, que foi o principal corretor público da nova
legislação, admitiu que não tem nenhuma estatística a respeito de casos
em que a captação e a divulgação de imagens de policiais possam ter
provocado algum ataque contra eles. Também não soube informar quantos
funcionários da polícia, até hoje, foram importunados socialmente por
verem a sua atividade divulgada em público. O que sobrou, no fim das
contas, foi a prisão e a multa.
E se Bolsonaro ou Trump propusessem algo parecido com o tal Artigo 24?[com certeza tentariam levar os dois para o tronco; agora que a democrática Franca reconhece que necessita proteger seus policiais fica mais fácil a adoção de medidas do tipo em outros países.] A
lei diz que as punições deverão se limitar aos casos em que houver a
intenção deliberada, por parte de quem gravou as imagens, de atentar
contra a “integridade física ou psíquica” dos policiais — mas, na
prática, é a própria polícia quem vai decidir se a imagem foi captada
com malícia ou de forma inocente. O que você acha que vai acontecer na
vida real? No caso dos repórteres fotográficos, por exemplo: sua função
profissional inclui, obrigatoriamente, o registro da presença da polícia
e das ações praticadas por ela durante uma manifestação pública, e sua
intenção é mesmo divulgar as imagens que colheu.
Como é que fica, então?
Se a imagem com o rosto do policial for publicada no jornal ou na
televisão, ele estará sujeito, por definição, a um atentado terrorista.
[o risco é claro e precisa ser eliminado ou no mínimo reduzido.] Para cumprir a nova lei, portanto, o jornalista não poderá mais
fotografar ou filmar livremente nenhuma manifestação em que a polícia
esteja presente. (........)
A
pergunta que interessa, depois disso tudo, é a seguinte: existe no
Brasil alguma coisa parecida com esse Artigo 24? Não existe nem nunca
existiu — na verdade, é provável que nunca tenha passado pela cabeça de
ninguém fazer algo assim por aqui. Imagine-se, agora, o que o presidente
Macron, seus admiradores e as classes intelectuais, jornalísticas e
bem-educadas da França estariam dizendo se o presidente Jair Bolsonaro
mandasse para o Congresso Nacional um projeto de lei propondo exatamente
o que o governo francês acaba de fazer. (Pior: e se a ideia viesse de
Donald Trump? É melhor nem pensar.)
No mundo das ideias,o Brasil
visto da França de Macron e dos Estados Unidos de Joe Biden é um
inferno político onde a população é oprimida diariamente por uma
ditadura militar-fascista,que persegue os índios, os negros, os gays,
as mulheres e os pobres — além de queimar a Amazônia e praticar o
genocídio, porque o presidente não usa máscara, promove “aglomeração”
quando fala em público e recomenda o uso da cloroquina. No mundo dos
fatos, a França está jogando na cadeia repórteres que fotografam ou
filmam policiais em manifestações de rua.
A nova “Lei de
Segurança Global” é uma aula magna sobre a progressiva e inquietante
descida da França em direção ao totalitarismo estilo 2020 — essa mistura
pretensamente fina de supressão das liberdades individuais com a
transferência cada vez maior das decisões para a esfera dos altos e
médios servidores das máquinas estatais, das nações ou das entidades
“globais”. (A propósito: a proibição de captar imagens leva o nome de
“Lei Global”.) Não é algo que esteja acontecendo só na França. [essa suposta 'queda' da França rumo ao totalitarismo é consequência do excessivo descontrole de tudo que preservava valores que deveriam ser caros a toda a democracia -o desmonte a destruição desses valores e sua substituição por tudo que não presta, por tudo que agride a FAMÍLIA, aos BONS COSTUMES, aos VALORES CRISTÃOS, à MORAL, à VERGONHA, às CRIANÇAS, o DIREITO À PROPRIEDADE,à ORDEM, atingiu um ponto em que se tornou necessário aplicar um freio de arrumação e iniciar a reconstrução de tudo que foi, ou está sendo, destruído. A França já reconheceu, esperamos que o Brasil e muitas outras nações também reconheçam.] Na
Alemanha, praticamente no mesmo dia, a maioria governista que controla o
Parlamento aprovoua supressão de direitos individuais inscritos na
Constituição alemã para pôr em vigor a sua “Lei de Prevenção das
Infecções”, com restrições que vão da suspensão de liberdades por conta
do lockdown até a vacinação obrigatória. (Levantaram-se, na hora,
lembranças da “Lei Habilitante” de março de 1933, na qual esse mesmo
Parlamento, então chamado Reichstag, deu plenos poderes a Adolf Hitler.)
É
o avanço, nas democracias tidas como as mais avançadas do mundo, da
ideia geral de que as pessoas, no fundo, não sabem o que é bom para
elas; para não serem enganadas pelo “populismo”, que as leva a escolher
indivíduos inconvenientes para os governos, devem se submeter a um novo
“contrato social”. Por esse contrato, a autoridade, basicamente, deve
ficar a cargo dos que têm “qualificação técnica” para governar — as
camadas superiores dos ministérios disso ou daquilo, os altos burocratas
dos organismos internacionais, do FMI à Organização Mundial da Saúde,
os detentores do saber universitário e os funcionários públicos que se
encontram entre um galho e outro dessa árvore toda. À população cabe
cumprir ordens — da proibição de fazer uma imagem à obrigação de tomar
vacina.
(.............)
O que os burocratas que
ocupam bons lugares no aparelho estatal estão realmente querendo — seja
nos países, seja nos órgãos transnacionais —é mandar. Quanto mais
mandarem, mais seguros estarão nos seus altos salários, seus cartões de
crédito “corporativos”, suas aposentadorias com remuneração integral e o
resto da festa. Seu lema é: “Cada vez mais governo, mais ‘protocolo’ e
mais poder para quem não foi eleito — e cada vez mais obediência por
parte dos demais”.
A própria aprovação da Lei de Segurança
Global, em si, é um prefácio para esse mundo escuro que está se formando
nas nações mais bem-sucedidas do mundo. A Assembleia Nacional da França
tem 577 deputados. Para a sessão em que o seu Artigo 24 foi aprovado
compareceram apenas 170, ou 30% do plenário total — e a votação acabou
ficando em 146 a favor e 24 contra.[A legislação francesa permite que a Assembleia Nacional delibere com quórum mínimo e dos presentes quase 90% aprovaram a Lei.] Para que serve, então, um Parlamento
desses? Parece o Congresso da Venezuela, de gravata Hermès e bolsa
Vuitton. A reação dos franceses, ao mesmo tempo, foi de uma apatia capaz
de lembrar a postura geral dos chineses diante da ditadura em vigor em
seu país.
(.............)
Faz uma tremenda diferença, num país que tem hoje
5,5 milhões de funcionários públicos — cerca de 8% da população
nacional, e nada menos do que 20% da população economicamente ativa(ou
um em cada cinco franceses), descontando-se aí os 3 milhões de
desempregados atuais. Para chegar a esse nível, o Brasil teria de ter
entre 17 milhões e 18 milhões de servidores públicos; temos 12 milhões,
nos três níveis.