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terça-feira, 2 de maio de 2023

Câmara vai decidir entre jogar o país na censura ou defender a liberdade - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Os deputados brasileiros têm diante de si neste momento uma escolha perfeitamente clara: ou jogam o país na treva da censura ou mostram que ainda são capazes de defender a liberdade que resta aos cidadãos, e que se vê agredida cada vez mais pelo consórcio formado entre o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e as forças que os apoiam
Podem aprovar a entrega, aos que mandam hoje no Estado, de um sistema para reprimir a livre expressão de ideias ou dizer “não” à censura legal e hipócrita que querem impor à sociedade. É disso, e só disso, que se trata.
 
A lei a ser votada na Câmara não se destina a promover a “responsabilidade” e a “transparência” na internet, como diz a propaganda do PT.  
Ela dá ao governo a autoridade legal de decidir o que o brasileiro pode ou não pode dizer nas redes sociais – o resto da discussão é fraude, pura e simples.

    O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade.

O Sistema Lula diz que o censura criada pela lei será aplicada pela “sociedade”, não pelo governo; não é censura, portanto. É obviamente falso – na prática, é a máquina estatal que vai tomar as decisões. É ela que vai decidir o que é verdade ou mentira no Brasil – e proibir não apenas as fake news, como dizem, mas tudo aquilo que considerar “desinformação”. Que diabo quer dizer isso, “desinformação”? 
No palavrório da lei, é o que estiver “fora do contexto”, ou for “enganoso” ou passar por “manipulação” – quer dizer, na vida real, tudo o que os censores resolverem vetar.
 
A verdade oficial do governo Lula, por exemplo, estabelece que Dilma Rousseff sofreu um “golpe”, e não um processo legal de impeachment. Com a nova lei, os “representantes da sociedade” podem punir como culpado de “desinformação” quem falar “impeachment” em vez de “golpe”. Que tal?  
O governo diz que não vai ser bem assim, é claro, e que a censura será executa com o máximo de honestidade, isenção e critério. Mas vai ser exatamente assim, e daí para baixo. [o que chamam de desinformação, se implantado, tem um alcance bem mais amplo, sinistro e contra a liberdade. SAIBA MAIS, lendo: 'tratado internacional ...'.]

Veja Também:

    A censura está a ponto de ser institucionalizada – para a alegria de Lula, a esquerda e o STF

    MST não quer terra nenhuma, só dinheiro vivo – e quem paga é o povo

    Como um presidente da República pode ajudar os pobres comprando um sofá de 65 mil reais?

A lei vai ser votada dentro das piores práticas do Congresso Nacional – por trapaças variadas, o projeto irá a plenário sem ter passado por estudo ou debate em nenhuma comissão. É insano. 
A nova lei do ensino médio que o governo Lula acaba de anular, para ficar num caso só, levou mais de vinte anos de discussão para ser aprovada; mas um projeto que atinge diretamente a liberdade de expressão, determinada pela Constituição Federal , vai ser votado na correria.
 
O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade. Alguém é capaz de se lembrar, por exemplo, a última vez que Lula falou em favor da liberdade? 
Já falou sobre tudo, desde que em seu governo haveria “picanha para os pobres”, até que a Ucrânia é responsável pela invasão do seu próprio território, mas de liberdade nada
É mais uma demonstração do que estão pretendendo com a lei da censura.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Filé de ouro e a hipocrisia da esquerda caviar - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Um padre petista resolveu "causar" ao criticar alguns jogadores de futebol que foram ao restaurante mais caro de carne para degustar do famoso "filé de ouro", um bife literalmente folheado a ouro (cada um com suas manias esquisitas). O ato seria prova de insensibilidade num mundo onde tanta gente é pobre e passa até fome, alega o sensacionalista.

Como entre os jogadores havia figuras que não fizeram o L, foi a senha para que a esquerda caviar caísse em peso em cima deles. "Monstros, insensíveis, capitalistas!" O UOL esquerdista destacou em sua chamada: Bife de ouro provado por jogadores na Copa custa até R$ 9 mil.

E daí? E se o sujeito que tem milhões, por mérito próprio, resolve torrar uma fortuna num bife:
qual o problema? Podemos achar desperdício, mas a riqueza é um conceito relativo: dez mil reais para o Ronaldo é muito menos do que R$ 100 para a imensa maioria. E ele não roubou ninguém...

É aqui que reside o cerne da questão: a esquerda é hipócrita, e não se incomoda com o luxo em si, com o desperdício, com a desigualdade, com o exibicionismo, mas somente com quem está desfrutando dessas benesses. Se for um ditador socialista como Nicolás Maduro, por exemplo, a esquerda não acha nada demais, não condena, não reclama.

Quando o humorista Fabio Porchat, que fez o L, postou um vídeo no mesmo restaurante curtindo o mesmo filé de ouro, seus coleguinhas da esquerda não meteram o malho nele. Não é o bife que incomoda, não é a ostentação, não é a desigualdade: é quem está se mostrando ou abusando das vantagens capitalistas.

O que deveria incomodar padres esquerdistas e demagogos em geral não é jogador rico com seu próprio trabalho comer filé de ouro, e sim o Lula ladrão do povo tomar vinho de R$ 6 mil, como o petista fez várias vezes.  
Lula é multimilionário sem ter produzido nada de útil na vida!  [o aborto é proibido, mas a inutilidade do Lula, hoje, antes e no futuro, é tão patente, que ele tivesse sido abortado o Brasil teria sido menos prejudicado. Ousamos supor, como CATÓLICOS, que até a religião Católica que é contra o aborto levaria tal beneficio como atenuante.] A riqueza de Lula é que deveria deixar a esquerda indignada, se ela fosse coerente e sincera.

Danilo Gentili apontou para a hipocrisia da turma: "Um come carne com ouro usando o próprio dinheiro que ganhou graças ao seu trabalho e talento. Outro come a mesma carne usando o dinheiro do povo que deixou morrendo de fome. Apenas um deles recebeu críticas dos nosso iluminados jornalistas do bem. Adivinhem qual?" Gentili se referia a Maduro, o companheiro do PT.

Joel Pinheiro, o esquerdista que se finge liberal, rebateu: "Acho bobo o escarcéu condenatório ao bife de ouro. Mas há diferenças que explicam o tratamento diferente: Maduro não é uma referência, um modelo, para a sociedade. A seleção, sim". Joel é café com leite, um bobinho que só fala besteira. Se o problema é esse, então troca Maduro por Lula: por que a ostentação luxuosa de Lula não incomoda?

No mais, qual modelo para a sociedade é melhor: aquele que diz que correr atrás dos sonhos e se destacar rende bons frutos, ou aquele que diz que roubar a sociedade em nome do socialismo é uma maravilha? O namorado da Fátima Bernardes postou esses dias que torce para times "colonizados" e de países mais pobres na Copa, por "reparação social". Além da ignorância histórica, que ignora que impérios como o britânico levaram progresso para muitas colônias (e basta comparar com países vizinhos que não foram colonizados), a demagogia parte da premissa de economia como jogo de soma zero: o rico é rico porque o pobre é pobre, toda riqueza é fruto de exploração, uma "tese" absurda leninista.

Quem entende que riqueza não é um bolo fixo, não vai se importar com os ricos gastarem suas fortunas com seus mimos, luxos e manias esquisitas. Eu jamais comeria um bife de ouro de quase dez mil reais, mas alguém milionário degustar tal "iguaria" em nada muda minha vida, não me torna mais pobre, não me ofende, não é um problema meu. Liberdade!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Nova ‘emergência’ climática é falsa, hipócrita e mal-intencionada - O Estado de S. Paulo

Declarações do secretário geral da ONU, de que o mundo caminha para ‘o suicídio coletivo’ se ‘nada for feito’ para impedir a ‘mudança do clima’ é parte da guerra ideológica para submeter as sociedades a novas regras, novos controles e novos interesses materiais

Órfãos da covid, que saiu das manchetes e do rol das preocupações públicas de primeiro grau, burocratas e militantes da “reconstrução radical da sociedadecontinuam fazendo tudo para conservar as suas posições e os poderes que atribuíram a si próprios durante a pandemia a começar pelo mais cobiçado de todos eles, que tem sido o poder de dar ordens às pessoas e mandar nos governos sem nunca terem disputado uma eleição popular. A sua arma, agora, é a “mudança do clima”. Estão jogando tudo nela para provocar um novo terror – o de que o mundo vai acabar a curto prazo, destruído pela “deterioração” do meio ambiente.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, aderiu à onda de histeria para enfrentar a 'emergência climática'.

 O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, aderiu à onda de histeria para enfrentar a 'emergência climática'. Foto: Evan Schneider/Divulgação ONU

O último a se lançar nessa onda de histeria foi o secretário-geral da ONU, um cargo que não significa mais grande coisa e nem impressiona mais ninguém, mas ainda serve para fazer ruídos na segunda linha do noticiário e ajudar nas fantasias de que existe gente virtuosa cuidando dos problemas da humanidade. O secretário pareceu particularmente desesperado em sua conclamação ao pânico. Disse, pura e simplesmente, que o mundo caminha para o suicídio coletivo” se “nada for feito” para impedir a “mudança do clima”. É mesmo? 
Ele não explicou quando, mais exatamente, os 8 bilhões de moradores do planeta vão morrer. Já, agora em agosto? 
Ainda neste ano de 2022? Daqui a 1000 anos? Daqui a 1 milhão de anos?
 
Mas não importa, e nem o homem está interessado em fazer qualquer nexo do ponto de vista da ciência séria. Seu objetivo é tornar mais agressiva a lavagem cerebral pós-covid: o mundo vai acabar, e a sua única chance de salvação é obedecer às ordens que lhe serão dadas pelos especialistas, em controlar 'o clima'.
 
O “suicídio coletivo” anunciado pelo secretário-geral poderia ser apenas mais uma estupidez, ou um ato irresponsável de peixe gordo que não precisa fazer nexo para se manter no emprego. É isso, claro, mas também é mais – é parte da guerra ideológica para submeter as sociedades a novas regras, novos controles e novos interesses materiais.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

NUNCA SUBESTIME O LIMITE DA MILITÂNCIA EM DEFENDER TUDO O QUE NÃO PRESTA - Antes de tudo, arme-se

Felipe Fiamenghi

O que mais ouvi, nos últimos dias, foram bobagens sobre esse vagabundo: “Era satanista”; “Se escondia graças a bruxaria e poderes ocultos”; “Era um mateiro experiente que estava dando ‘baile’ na policia”, etc…

Hoje, a foto do defunto barbeado mostrou que o “capeta” que o escondia era de carne e osso. Esse, afinal, sempre foi o propósito da maioria das “lendas”: atribuir às bestas os atos atrozes da humanidade numa tentativa hipócrita e até inocente de negar a capacidade humana de cometer tais barbáries. A policia, tão menosprezada e diminuída, é quem lida diariamente com estes indivíduos. Gente tão ruim que faz com que histórias sobrenaturais sejam criadas.

São eles, os homens por baixo da farda, que exorcizam os demônios da sociedade.  Lázaro, por definição, apesar da divulgação errônea e midiática da imprensa, não era um “Serial Killer”. O que não o deixa menos perigoso. Ao contrário, aliás. O criminoso era um psicopata, sem empatia, remorso ou escrúpulos, que não matava por fantasias, rituais ou alucinações (como um serial Killer), mas por total e completo desprezo à vida alheia.

Quem hoje “chora” a sua morte, que chama de desastrosa a ação da policia, é tão ou mais psicopata do que o mesmo, pois não consegue ter empatia por suas vítimas, nem qualquer senso de preservação de sociedade, já que, vivo, seria um risco constante para qualquer um que cruzasse o seu caminho.  Eu sou um cara cético, que não costuma acreditar no “sobrenatural”. Não importa, porém, a sua crença; se acha que o mesmo era protegido pelo oculto, por forças malignas ou magia negra. Não teve reza forte ou mandinga que parasse o chumbo no seu lombo.

Portanto, ficam as lições:

1 – RESPEITE A POLICIA. É ela a fronteira entre você e um Lázaro.
2 – Não menospreze a maldade humana. O que muitas vezes achamos que, pela crueldade, só poderia ser obra de um demônio, pode ser feito por seu vizinho.
3 – Nunca subestime o limite da militância em defender tudo o que não presta. Não choraram a morte de nenhuma vítima, mas estão se debulhando em lágrimas pelo vagabundo.
4 – ARME-SE! O Estado é incapaz de te proteger, uma viatura não atinge 1045Km/h e, para cada Lázaro, existem muitos cúmplices. VOCÊ É RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA DA SUA FAMÍLIA! Na dúvida, releia o item 2.

“Antes de tudo, arme-se.”


 Reproduzido do Diário do Brasil, em 29/06/2021 - MAQUIAVEL, Nicolau

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Justificativa de Covas consegue ser pior do que ato em si - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - Vozes

Abandonei meu descanso de domingo para escrever um texto em tom de desabafo após ver as cenas do prefeito Bruno Covas no Maracanã, ele que resolveu restringir o funcionamento de serviços na cidade em que administra. Na ocasião, disse que apenas um pedido de desculpas implorando perdão e seguido da sua renúncia teria alguma dignidade.

Mas tucano é tucano, vive numa bolha de arrogância, descolado da realidade do povo. Bruno Covas não fez nada disso. Ao contrário: preferiu bancar a vítima e ainda atacar a multidão que ficou revoltada com seu ato. Ainda por cima demonstrou não ter a menor noção do que seja hipocrisia, ao falar que as redes sociais estavam sendo hipócritas, não ele. Covas disse que, depois de "tantas incertezas sobre a vida", a felicidade de ir com o filho para ao estádio "tomou uma proporção diferente para mim". Disse que a "lacração da internet resolveu pegar pesado", mas que "se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila". Ele concluiu: "Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila."

Ora, e o prazer dos outros que ele como prefeito usurpou? E o direito dos paulistanos de ter um prazer desses com seus filhos? E aqueles que não podem curtir os filhos pois estão desesperados demais sem seus empregos, sem poder abrir o restaurante, o bar?!

Covas é um hipócrita que ainda acusa os outros de hipócritas por apontarem sua hipocrisia. Ou é mesmo um idiota que não entende a revolta que produz ao impor algo ao cidadão da cidade que comanda e depois partir para o Rio como se não fosse nada demais. O prefeito alega que não fez nada ilegal, sem compreender que o problema é justamente isso ser ilegal para os outros na cidade que ele “administra”. Covas fez o que todo esquerdista sempre faz: bancou a vítima. Ele tinha um sonho de levar o filho num jogo de futebol. Que fofo! Que papai legal! E os trabalhadores que sonham apenas em trabalhar para sustentar a família, mas não podem por conta do arbítrio do prefeito tucano?!

Bolsonaro tinha apenas um sonho: dar um mergulho no mar com seus fãs, sentir-se livre e comum novamente. Mas a mídia o tratou como um sociopata. E agora protege Covas, age como sua assessoria de imprensa, dando destaque à sua "justificativa" como se nobre. Não dá mais para aceitar passivamente os desmandos de um governador e um prefeito que fecham o estado e a cidade e vão curtir a liberdade em Miami ou no Maracanã. Chega! Os dois tucanos perderam qualquer legitimidade no cargo, não devem mais ser respeitados como autoridades.

O povo também tem seus sonhos, também quer aproveitar os "pequenos prazeres da vida", também compreende que a vida pode ser curta ou efêmera, e por isso mesmo deseja o direito de viver com liberdade, algo que esses dois tucanos vêm impedindo com seu arbítrio em nome de uma ciência totalmente fake! Ou esses tucanos são dementes que sequer conseguem perceber a razão da fúria do povo diante de tanta hipocrisia; ou são eles os verdadeiros sociopatas, que entendem perfeitamente o que estão fazendo, mas não ligam. Diante desse descalabro, só restou mesmo a desobediência civil, como fez o dono do Ponto Chic:

"Tradicional restaurante de SP, Ponto Chic abre mesmo em meio à restrição.

Sócio afirma que tomou a decisão após ver que prefeito Bruno Covas foi a jogo no Rio"

Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Vai pra Cuba! E Lula foi. - Percival Puggina

Condenado em dois processos e respondendo acusações em outros três ou quatro, Lula está passando algumas semanas em Cuba a expensas da sociedade brasileira. Esse benefício desperta sentimento de repulsa, mas é escandalosamente legal. No Brasil, tais regalias são todas concedidas em lei. Os ex-presidentes da República não recebem pensão vitalícia, mas as compensações são muito mais vantajosas. Dilma, por exemplo, pode correr mundo, em 2019, pondo fogo onde houvesse fumaça contra o Brasil, com luxo, assessores e despesas pagas.

Pode isso? Pode, sim. Os ex-presidentes têm direito a dois carros oficiais e oito servidores, entre motoristas, seguranças e assessores cujos salários e despesas de viagem correm por nossa inesgotável conta. Enquanto o presidente recebe R$ 0,37 milhão por ano (R$ 30 mil/mês), em 2019 os ex-presidentes gastaram: valores entre R$ 0,490 milhão (Temer) e R$ 1,07 milhão (Dilma).

Lula, então, está em lua de mel no Caribe. Para todos os efeitos, viajou com o intuito de conceder entrevistas ao cineasta Oliver Stone que está gravando um documentário sobre a América Latina. Espero que o cineasta aproveite aquela excelente base para documentar, em imagens, o fracasso do comunismo cubano num paraíso caribenho que era próspero até 1959 e parou no tempo desde então, malgrado seu pequeno crescimento demográfico (45% em 60 anos) um dos menores do mundo ocidental.

Espero que ele tenha interesse em visitar presos de consciência, condenados por pedirem liberdade, condenados por terem sido acusados de conspiração contra o Estado por uma polícia política e uma justiça afinada com esta e com o governo comunista da ilha. Seria uma excelente matéria para o documentário e, para Lula, uma informação que talvez o faça compreender o mal que ele os seus causaram ao povo cubano
Junto com Fidel Castro, Lula criou o Foro de São Paulo em 1990 e, a partir de 2003, os governos de seu partido financiaram aquela ditadura que ontem completou 62 anos.

Um olhar cuidadoso e responsável sobre as instituições da ilha mostraria uma Assembleia Nacional cujos membros pertencem, todos, ao mesmo partido comunista e que jamais, em seis décadas, rejeitou algo vindo do governo. Mostraria que os juízes do Tribunal Superior Popular são escolhidos pelo Conselho de Estado (um colegiado extraído da Assembleia Nacional) e submetido à mesma Assembleia Nacional. É um esquema em que o totalitarismo se impõe num círculo fechado e no qual tudo se opõe à democracia; em que tudo e por tudo carece de legitimidade.

Talvez deva Oliver Stone ler as duas primeiras páginas da novíssima constituição cubana (2019), cujo art. 5º define: “O Partido Comunista de Cuba – único, martiano (de José Martí), fidelista (de Fidel Castro), marxista, (de Karl Marx), leninista (de Vladimir Lenin), vanguarda organizada da nação cubana, sustentado em seu caráter democrático e na permanente vinculação com o povo é a força política dirigente superior da sociedade e do Estado”.

Bestialógico tão hipócrita e contraditório só poderia nascer, em pleno século XXI, entre mentalidades abusada e doentiamente totalitárias.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Um caso de amor com a tirania - Revista Oeste

Na França, é cada vez mais evidente o namoro com o autoritarismo sob o disfarce da racionalidade, da competência administrativa, do bem comum, da justiça social

Bem pouca gente ouviu falar muita coisa a respeito da história que será contada a seguir — é praticamente impossível, hoje em dia, ler, ouvir ou ver informações sobre fatos que estorvam a visão do certo e do errado que existe na cabeça da mídia mundial. Mas o fato é que acaba de ser cometido na França um ataque especialmente vicioso, pervertido e hipócrita contra a liberdade de expressão. Em perfeita simetria com a intenção dos seus autores, é também uma missa cantada para celebrar a submissão do indivíduo ao Estado — e promover um novo avanço da autoridade pública em sua escalada para tornar-se o elemento mais valioso, e mais privilegiado, da sociedade francesa.

Foi aprovada, agora neste final de novembro, uma prodigiosa sequência de atos destinados a proteger a polícia dos cidadãos em geral e sobretudo dos jornalistas. Você não leu errado. É isso mesmo: o governo do presidente Emmanuel Macron, com o apoio maciço dos deputados da Assembleia Nacional, declarou que a população se tornou um perigo para o Estado francês e para os seus agentes. Em consequência, tem de ser tratada com repressão. A desculpa é aumentar a segurança dos policiais no combate ao terrorismo — e punir os cidadãos com sanções penais caso a polícia decida que está sendo posta em risco por eles. [A França é uma democracia que sempre foi elogiada pelo imprensa e a medida aqui criticada teve o apoio quase unânime da Assembleia Nacional, o que mais que justifica sua adoção.
 
O objetivo é impedir que as ações policiais tenham seus agentes expostos por abuso da imprensa e da própria população em fotografar policiais em ação, combatendo o terrorismo e outros ilícitos. O argumento de que seu principal objetivo é aumentar a segurança dos policiais no combate ao terrorismo é inteiramente procedente e comparar tal fundamento a uma desculpa é até aviltante. Qual o interesse de um cidadão fotografar agentes policiais no legítimo exercício do dever legal?
 
Macron com sua insinuação de invadir o Brasil não goza de nossa simpatia, mas sua proposta de mais segurança para os que combatem o crime é um exemplo a ser seguido pelo Brasil - até mesmo para impedir que franceses ou outros tentem internacionalizar a Amazônia.]

A partir de agora, por força do Artigo 24 da “Lei de Segurança Global” que acaba de ser aprovado, as pessoas estão sujeitas a um ano de prisão e a € 45 mil de multa (ou perto de R$ 300 mil) se divulgarem “a imagem do rosto ou de qualquer outro elemento de identificação de um policial ou de um gendarme em ação de serviço”. Ou seja: os repórteres fotográficos, ou quem mais estiver com a câmera do seu celular ativada, ficam legalmente proibidos de registrar, por exemplo, imagens de policiais baixando o cacete em qualquer tipo de manifestação pública, ou prendendo cidadãos suspeitos de não observância do “distanciamento social”. Para amarrar a coisa pelos sete lados, o Artigo 24 também exige que os veículos de comunicação apaguem o rosto de policiais de qualquer foto ou vídeo que porventura vierem a obter e a publicar.[aqui no Brasil além da proibição de foto de 'di menor' criminoso ser divulgada, ainda tem que ser mencionado apreendido em vez de preso, ato infracional  substituindo crime e por aí vai.

Quanto aos bandidos adultos, até mesmo os condenados cumprindo pena, recolhidos em presídio,  possuem o direito absurdo de ter a imagem preservada. Placas de veículos envolvidos em ocorrência policial, são sempre borradas. Já os policiais são mostrados em todos os ângulos.]

O veneno contido na lei teve efeito imediato: dois jornalistas já foram detidos ao cobrir manifestações de protesto contra o próprio Artigo 24. Está claro que o propósito do governo Macron, dos deputados que lhe dão apoio e dos sindicatos de policiais é reprimir os cidadãos e jornalistas que querem (ou precisam) registrar atos de violência ilegal e de arbitrariedade cometidos pela polícia — e não proteger seus agentes do terrorismo. O ministro do Interior, que foi o principal corretor público da nova legislação, admitiu que não tem nenhuma estatística a respeito de casos em que a captação e a divulgação de imagens de policiais possam ter provocado algum ataque contra eles. Também não soube informar quantos funcionários da polícia, até hoje, foram importunados socialmente por verem a sua atividade divulgada em público. O que sobrou, no fim das contas, foi a prisão e a multa.

E se Bolsonaro ou Trump propusessem algo parecido com o tal Artigo 24? [com certeza tentariam levar os dois para o tronco; agora que a democrática Franca reconhece que necessita proteger seus policiais fica mais fácil a adoção de medidas do tipo em outros países.]  A lei diz que as punições deverão se limitar aos casos em que houver a intenção deliberada, por parte de quem gravou as imagens, de atentar contra a “integridade física ou psíquica” dos policiais — mas, na prática, é a própria polícia quem vai decidir se a imagem foi captada com malícia ou de forma inocente. O que você acha que vai acontecer na vida real? No caso dos repórteres fotográficos, por exemplo: sua função profissional inclui, obrigatoriamente, o registro da presença da polícia e das ações praticadas por ela durante uma manifestação pública, e sua intenção é mesmo divulgar as imagens que colheu. 

Como é que fica, então? Se a imagem com o rosto do policial for publicada no jornal ou na televisão, ele estará sujeito, por definição, a um atentado terrorista. [o risco é claro e precisa ser eliminado ou no mínimo reduzido.] Para cumprir a nova lei, portanto, o jornalista não poderá mais fotografar ou filmar livremente nenhuma manifestação em que a polícia esteja presente.

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A pergunta que interessa, depois disso tudo, é a seguinte: existe no Brasil alguma coisa parecida com esse Artigo 24? Não existe nem nunca existiu — na verdade, é provável que nunca tenha passado pela cabeça de ninguém fazer algo assim por aqui. Imagine-se, agora, o que o presidente Macron, seus admiradores e as classes intelectuais, jornalísticas e bem-educadas da França estariam dizendo se o presidente Jair Bolsonaro mandasse para o Congresso Nacional um projeto de lei propondo exatamente o que o governo francês acaba de fazer. (Pior: e se a ideia viesse de Donald Trump? É melhor nem pensar.)

No mundo das ideias, o Brasil visto da França de Macron e dos Estados Unidos de Joe Biden é um inferno político onde a população é oprimida diariamente por uma ditadura militar-fascista, que persegue os índios, os negros, os gays, as mulheres e os pobresalém de queimar a Amazônia e praticar o genocídio, porque o presidente não usa máscara, promove “aglomeração” quando fala em público e recomenda o uso da cloroquina. No mundo dos fatos, a França está jogando na cadeia repórteres que fotografam ou filmam policiais em manifestações de rua.

A nova “Lei de Segurança Global” é uma aula magna sobre a progressiva e inquietante descida da França em direção ao totalitarismo estilo 2020 — essa mistura pretensamente fina de supressão das liberdades individuais com a transferência cada vez maior das decisões para a esfera dos altos e médios servidores das máquinas estatais, das nações ou das entidades “globais”. (A propósito: a proibição de captar imagens leva o nome de “Lei Global”.) Não é algo que esteja acontecendo só na França. [essa suposta 'queda' da França rumo ao totalitarismo é consequência do excessivo descontrole de tudo que preservava valores que deveriam ser caros a toda a democracia - o desmonte a destruição desses valores e sua substituição por tudo que não presta, por tudo que agride a FAMÍLIA, aos BONS COSTUMES, aos VALORES CRISTÃOS, à MORAL, à VERGONHA, às CRIANÇAS, o DIREITO À PROPRIEDADE,à ORDEM,  atingiu um ponto em que se tornou necessário aplicar um freio de arrumação e iniciar a reconstrução de tudo que foi, ou está sendo, destruído. A França já reconheceu, esperamos que o Brasil e muitas outras nações também reconheçam.]  Na Alemanha, praticamente no mesmo dia, a maioria governista que controla o Parlamento aprovou a supressão de direitos individuais inscritos na Constituição alemã para pôr em vigor a sua “Lei de Prevenção das Infecções”, com restrições que vão da suspensão de liberdades por conta do lockdown até a vacinação obrigatória. (Levantaram-se, na hora, lembranças da “Lei Habilitante” de
março de 1933, na qual esse mesmo Parlamento, então chamado Reichstag, deu plenos poderes a Adolf Hitler.)

É o avanço, nas democracias tidas como as mais avançadas do mundo, da ideia geral de que as pessoas, no fundo, não sabem o que é bom para elas; para não serem enganadas pelo “populismo”, que as leva a escolher indivíduos inconvenientes para os governos, devem se submeter a um novo “contrato social”. Por esse contrato, a autoridade, basicamente, deve ficar a cargo dos que têm “qualificação técnica” para governar — as camadas superiores dos ministérios disso ou daquilo, os altos burocratas dos organismos internacionais, do FMI à Organização Mundial da Saúde, os detentores do saber universitário e os funcionários públicos que se encontram entre um galho e outro dessa árvore toda. À população cabe cumprir ordens — da proibição de fazer uma imagem à obrigação de tomar vacina.

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O que os burocratas que ocupam bons lugares no aparelho estatal estão realmente querendo — seja nos países, seja nos órgãos transnacionais — é mandar. Quanto mais mandarem, mais seguros estarão nos seus altos salários, seus cartões de crédito “corporativos”, suas aposentadorias com remuneração integral e o resto da festa. Seu lema é: “Cada vez mais governo, mais ‘protocolo’ e mais poder para quem não foi eleito — e cada vez mais obediência por parte dos demais”.

A própria aprovação da Lei de Segurança Global, em si, é um prefácio para esse mundo escuro que está se formando nas nações mais bem-sucedidas do mundo. A Assembleia Nacional da França tem 577 deputados. Para a sessão em que o seu Artigo 24 foi aprovado compareceram apenas 170, ou 30% do plenário total — e a votação acabou ficando em 146 a favor e 24 contra. [A legislação francesa permite que a Assembleia Nacional delibere com quórum mínimo e dos presentes quase 90% aprovaram a Lei.] Para que serve, então, um Parlamento desses? Parece o Congresso da Venezuela, de gravata Hermès e bolsa Vuitton. A reação dos franceses, ao mesmo tempo, foi de uma apatia capaz de lembrar a postura geral dos chineses diante da ditadura em vigor em seu país.

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Faz uma tremenda diferença, num país que tem hoje 5,5 milhões de funcionários públicos cerca de 8% da população nacional, e nada menos do que 20% da população economicamente ativa (ou um em cada cinco franceses), descontando-se aí os 3 milhões de desempregados atuais. Para chegar a esse nível, o Brasil teria de ter entre 17 milhões e 18 milhões de servidores públicos; temos 12 milhões, nos três níveis.

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Leia também o artigo de Theodore Dalrymple desta edição, “Burocracia: do absurdo ao sinistro”

J.R. Guzzo, jornalista - Revista Oeste